Fora nazifascismo, fora racismo!

“L’amour toujours”: como uma canção de amor se tornou numa canção de ódio da direita na Alemanha.

Uma canção sobre o amor está a tornar-se cada vez mais um modelo para slogans da extrema-direita na Alemanha. Indignação, proibições, consequências legais – o que é que está a correr mal?

O amor é uma dessas coisas, e o amor quotidiano e eterno é ainda mais. O DJ italiano Gigi d’Agostino canta lindamente sobre “l’amour toujours”. E agora a canção está na lista vermelha – ou melhor, no índice castanho.

A medida musical está a ser cumprida na Oktoberfest de Munique – os organizadores querem proibir a canção para evitar os gritos racistas dos visitantes que bebem cerveja. A canção adquiriu uma “conotação de extrema-direita”. O chefe da Oktoberfest, Clemens Baumgärtner (CSU), não mede as palavras: “Não há lugar para todo esse lixo de direita na ‘Wiesn'”.

A Oktoberfest é um evento “leve e bonito” com muitos convidados estrangeiros. De acordo com Baumgärtner, os slogans de direita já foram evitados no passado e também não devem ocorrer no futuro. “O Wiesn é apolítico”.

Slogans nazis ao som de música disco

Todo este escândalo foi desencadeado por um escândalo ocorrido na semana passada na ilha de Sylt, no Mar do Norte. Os clientes do “Pony Bar”, em Kampen, cantaram “Foreigners out” e “Germany to the Germans” ao som de um êxito de discoteca aparentemente inofensivo. Um jovem parece ter imitado a saudação hitleriana. Alguém filmou a cena, que se tornou imediatamente viral na Internet. Agora, a polícia está a investigar.

E porque, como todos sabemos, uma vez nunca é suficiente, os convidados da festa com afinidade para o álcool em Sylt seguiram o exemplo duas vezes. As mesmas vaias, e uma jovem negra foi primeiro insultada racialmente e depois esmurrada na cara.

Tristes atuações de “l’amour toujours” são também relatadas noutros eventos por toda a República Federal da Alemanha, que celebra precisamente nestes dias os 75 anos da Lei Fundamental. A polícia estatal não tem mãos a medir. 

Despedimentos e consequências jurídicas

Do Deutsche Bank à Vodafone, as empresas estão a tomar uma posição contra o racismo. Estão a anunciar consequências para os seus empregados alegadamente envolvidos. Dois empregadores já declararam ter despedido os seus empregados.

O poder judicial também anunciou consequências: Thorkild Petersen-Thrö, do Ministério Público de Flensburg, explicou: “Do nosso ponto de vista, os slogans ‘Alemanha para os alemães’ e ‘Estrangeiros fora’ são puníveis, quanto mais não seja tendo em conta a recente sentença contra Björn Höcke.” Em caso de incitamento ao ódio, é possível uma pena de prisão de pelo menos três meses e de um máximo de cinco anos.

“É tudo sobre o amor”

“A minha canção é sobre um sentimento maravilhoso, grande e intenso que liga as pessoas. É o amor”. É assim que D’Agostino descreve a intenção do seu êxito de festa de 2001, que para ele é sobre o amor pela sua mulher, pela sua família, pela música e pela dança. D’Agostino não aborda os incidentes racistas específicos na sua declaração, escreve a revista “Der Spiegel”. O artista evita assim uma condenação clara da alienação da sua canção. Afirma não ter tido conhecimento dos incidentes.

Ministro do Interior: slogans “profundamente desumanos”

No talk show da ARD “Caren Miosga”, a ministra do Interior alemã, Nancy Faeser, também tomou posição: os slogans gritados eram “profundamente desumanos e racistas”. Temos de ter cuidado para que os valores da nossa democracia não se alterem. No entanto, não ficou verdadeiramente surpreendida com as explosões. Há anos que estudos demonstram que as “ideias de direita” estão profundamente enraizadas no centro da sociedade.

Quando as palavras se tornam atos

“O ventre ainda é fértil”, avisou Bertolt Brecht. Sobretudo quando as palavras se transformam em atos. Gritar slogans nazis pode parecer quase “inofensivo” – mas não é. Em 2019, um extremista de direita assassinou o presidente do distrito de Kassel, Walter Lübcke.

Assista a música clicando neste link.

Mãos estendidas que salvam vidas no Maciço do Morro da Cruz

Enquanto os poderosos brigam em relação ao que deveria ser feito sobre a pandemia da Covid-19 transmitida pelo coronavírus, e a população mais carente assiste sem empregos, sem renda, sem comida na mesa, existem algumas grandes almas que colocam as mãos, várias mãos a serviço de resolver a aflição de centenas de famílias no país. A fome é a principal aflição de mães e pais desde março de 2020 quando a pandemia se instalou no mundo. De lá para cá mais de 600 mil vidas foram ceifadas, e a inevitável paralisia econômica para evitar que o vírus matasse ainda mais gente, ampliou o grave problema da fome nas famílias brasileiras.

Na sala: não há impedimentos quando a vontade é ajudar o próximo na Servidão dos Lageanos

No Maciço do Morro da Cruz em Florianópolis, não foi e não é diferente. Mais exatamente na comunidade da Serrinha – Servidão dos Lageanos – estas mãos voluntárias tem evitado que muitas famílias passem fome e frio, e possam manter a higiene pessoal, se deslocar e até pagar contas. O Palavra Livre já noticiou (aqui, aqui e aqui) algumas vezes o grande papel que as lideranças da comunidade tem assumido nestes tempos sombrios. Liderança da Servidão dos Lageanos há mais de 35 anos, Maria Lucelma de Lima, a Celma, sempre está em contato com o Blog para contar das lutas sociais da região, dos avanços da regularização fundiária que dará o título de propriedade definitivo para as famílias após longa batalha jurídica com a União.

A fome não pode ser aceita com passividade, ninguém merece passar fome

Agora ela, que nunca para, manda um balanço da quantidade de cestas básicas arrecadadas, dos cobertores, das latas de leite em pó para bebês, roupas, materiais de higiene, uma infinidade de itens que o editor prefere que os leitores saibam pela própria Celma, já que acreditamos que a cidadania vai gritar no coração de cada um que ler a matéria, e cada um vai poder doar um pouco do seu para ajudar muitas famílias que não tem de onde tirar o sustento das suas casas, infelizmente.

A insensibilidade, e também a sensibilidade e solidariedade, ficaram ainda mais evidentes com a pandemia. Em março chegaremos há dois anos de medidas para evitar contágios e mortes, guerras por vacinas para proteger a população enquanto o Presidente da República e seus apoiadores apostavam na contaminação em massa (rebanho, dizem eles) que levou a mais de 600 mil vidas perdidas para a Covid-19. Imaginem os leitores se não existissem Celmas, Joões, Marias, Paulos, mulheres e homens que enxergam no outro a sua semelhança e estendem a mão que é necessária? Seria um caos interminável.

A união e solidariedade movem montanhas, você também pode ajudar este movimento

Por isso, ao parabenizar mais uma vez a dona Celma, as lideranças da Associação Força de Maria, Associação de Moradores da Serrinha e todos os voluntários anônimos que apoiam este gesto humanitário, fica o pedido para os leitores do Palavra Livre para que entrem em contato com Celma para multiplicar os apoios para o combate à fome e itens de primeira necessidade não só para a Servidão dos Lageanos, Serrinha, Maciço do Morro da Cruz, mas também para outras regiões carentes da capital Florianópolis. “A gente tem criado laços com as outras comunidades, e nos apoiamos para ajudar”, diz Celma.

Nós acreditamos, porque vimos com os próprios olhos a luta diária na comunidade por mais infraestrutura, saneamento, cultura arte e tudo o que é de direito aos seres humanos. Quer ajudar de alguma forma no combate à fome? Ligue ou mande uma mensagem de WhatsApp para 48 984761853 (Celma) e combine o que pode doar, fazer ou apoiar. Seu gesto pode salvar pessoas e minimizar sofrimentos!

  • fotos cedidas por Maria Lucelma de Lima

Um desapego doloroso…

Olá leitores do Palavra Livre, estamos começando 2022 por aqui, e já escolhi um tema para o primeiro post, o desapego. Quem nunca teve que “deixar” algo que gosta para trás porque não teria como seguir com o objeto, a pessoa, a roupa, etc, para o novo lugar? Muita gente não é? Comigo vai acontecer o mesmo. Um desapego muito doloroso porque mexe com memórias, aprendizados, investimento de uma vida.

Eu e parte dos meus tesouros, uma biblioteca que carrega uma vida de aprendizado e investimento

Falo dos meus livros. Tenho uma biblioteca pessoal que reúne cerca de 600 a 650 títulos dos mais diversos temas. A maioria deles ligada a literatura, poesia, biografias, outros muitos de jornalismo, assessoria de imprensa, consultoria, direito, justiça, alguns de autoajuda, até uma enciclopédia Barsa tenho. Existem livros que nortearam o início de minha trajetória profissional, treinamento e desenvolvimento de pessoas, consultoria, e muitos presentes com autógrafo e tudo o mais.

Eles são verdadeiros tesouros da minha vida. E tem mais: dentro deles guardo recordações dos meus filhos quando eram menores e desenhavam, faziam cartinhas de amor para mim. Há fotos nossas, e outros tantos bilhetes que só mexendo em cada um deles saberia o que contém. Pura magia, emoções de tempos outros, lágrimas e sorrisos, vitórias e derrotas, desencantos, sonhos, tantas coisas! Mas eu preciso desapegar.

Para onde vou não será possível levá-los. Não caberão em uma mala, e o custo de transporte inviabiliza, bem como não saber o tamanho do espaço que vou residir. Assim, o coração dói, chora, sangra. Só quem tem uma relação afetiva com os livros, a leitura, a literatura, vai entender. Desde pequeno cresci entre livros, leituras, todas incentivadas por meus pais. Assim aprendi a escrever bem, me destacar na escola pelas redações, e depois atuar no jornalismo. Conheci culturas que jamais visitei. Tive mestres do marketing, gestão, jornalismo que jamais vi pessoalmente. Um valor inestimável.

Agora estou na fase inicial do desapego. Busco através dos amigos e amigas ideias para o que fazer com esta biblioteca. Pensei inicialmente em propor um projeto social que incluiria implementar uma biblioteca comunitária onde existiriam ações de incentivo a leitura, produção de textos, encontros literários, varais literários, declamação de poesias e textos, empréstimos de livros com organização, enfim, um propósito de educação e formação da cidadania. Assim, creio, todo o meu esforço financeiro, intelectual, teria um resultado efetivo que é formar novos cidadãos leitores, pensadores, prontos para a vida real.

Não sei ainda o que fazer realmente. Estou lendo as sugestões de amigos e amigas queridos, queridas, e vou decidir. Um pedaço da minha vida, importantíssimo, vai ficar em algum lugar, e gostaria que fosse um belo lugar cuidado, protegido e perene. Será que consigo?

“Na Teia da Mídia” – 10 anos de lançamento

Um “combo” de erros graves da polícia de SC com erros de apuração e espetacularização da mídia catarinense e nacional que resultaram em destruição de uma família simples e tradicional. Este é o resumo do famoso caso ocorrido no ano 2000 em Joinville que deixou um saldo de nenhuma indenização às vítimas dos erros por parte da grande mídia – Judiciário livrou todos de pagarem pelos erros -, nenhuma punição aos delegados envolvidos e autoridades.

Apenas uma ínfima indenização foi definida pela Justiça para ser paga pelo Estado de Santa Catarina, o que não ocorreu até a morte do cidadão (2018) que foi injustamente exposto como o “Maníaco da Bicicleta”. A mãe faleceu em 2012, e o pai em 2018 um mês antes do filho. Esta é a marca produzida por um falso retrato falado, espetacularização midiática, a destruição de uma família.

Esta trágica história está registrada no livro “Na Teia da Mídia – A história da família Plocharski no caso Maníaco da Bicicleta” de autoria deste jornalista do Palavra Livre e do também jornalista e advogado Marco Schettert, lançado em 15 de dezembro de 2011, portanto há dez anos. A obra, com edição esgotada e encontrada apenas em sebos ou em lojas online, ou Amazon, tem duas partes.

A primeira que conta a história da família e sua relação com a mídia, e o seu enredamento por parte da polícia e da mídia que causaram danos irreparáveis à família. A segunda parte toca na questão jurídica, o dano moral que esteve claramente presente neste caso terrível que ensina como não investigar fatos criminosos, e como jamais apurar, escrever e divulgar imagens e fatos sobre pessoas sem checar, checar, checar, e ter absoluta certeza do que realmente ocorreu. Um “furo” jornalístico não pode valer mais que vidas.

Conheci Marli Plocharski, Ludovico Plocharski, Aluisio Plocharski e Áurea em 2002. Dona Marli, a mãe zelosa pelos seus, ouviu falar sobre um tal de Salvador Neto. Me encontrou e contou sobre como viviam em quase penúria total depois do caso. Falou detalhes, chorou, e pediu ajuda. Pedi autorização à ela para contar a história em livro, ela concedeu. A partir dali a vida se encarregou de adiar o meu trabalho, mas a amizade com a família seguiu forte.

Foto do lançamento do livro em 2011. Ao fundo à esquerda, de branco, Marli Plocharski

Somente em 2011 com o apoio e incentivo do Marco Schettert, conseguimos editar e lançar o livro. Foi um sucesso de vendas e interesse, e deixou dona Marli mais feliz, buscando reparação da imagem do filho Aluisio, que teve a foto indevidamente divulgada como o tal maníaco. Em abril do ano seguinte (2012) realizamos outro evento, e em agosto ela faleceu. Complicações diversas com depressão.

Aluisio e Ludovico viveram até o início de 2018, o primeiro às voltas com depressão, alcool, falta de empregos. O segundo, que havia tentado o suicídio logo após o fato após o ano 2000 e vivia sob o problema da bebida também, tinha se recuperado um pouco, mas o diabetes evoluiu muito. No início daquele ano, em um espaço de um mês, Ludovico e seu filho morrem. Da família ficaram Áurea, o marido Braz e seus filhos. A família nunca mais voltou a ter uma vida normal e em paz, com desentendimentos entre irmãos, tudo iniciado com o “combo” de graves erros da polícia e mídia.

Imagem do lançamento em abril de 20212. Marli já estava mal e foi ao evento mas não quis aparecer na foto

Ao lembrar e marcar esta data, desejo continuar a manter viva a luta de dona Marli e seu Ludovico pela recuperação da dignidade da família. Quero também manter viva a chama por um jornalismo ético, correto, baseado nas premissas básicas ensinadas nas boas faculdades. E que os agentes públicos e autoridades policiais aprendam a ter mais cuidado nas investigações e atos para desvendar crimes.

O livro “Na Teia da Mídia” já foi tema de muitas palestras, documentário acadêmico (clique aqui para ver), e espero que continue a fomentar discussões na área da comunicação, direito, justiça, direitos humanos e segurança pública. Infelizmente, os casos de erros policiais e da mídia não reduziram, aumentaram drasticamente desde 2013 – vide caso Cancellier. Mas não devemos jamais parar de denunciar e se opor a tudo isso.

Reitero aqui a minha gratidão à Áurea Plocharski, por sua resiliência e força, e toda a sua família, bem como a todos que desde aqueles tempos idos ajudaram a colocar o livro de pé, desde o parceiro Marco, diagramador, ilustrador, gráfica, livrarias, professores, todos que estiveram ao nosso lado.

“A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo o lugar” – Martin Luther King

“Se ages contra a justiça e eu permito que assim o faças, então a injustiça é minha”- Mahatma Gandhi

“Teu dever é lutar pelo Direito, mas se um dia encontrar o Direito em conflito com a Justiça, lute pela Justiça”- Eduardo Juan Couture

“A ética deve acompanhar sempre o jornalismo, como o zumbido acompanha o besouro” – Gabriel García Márquez

“O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter” – Cláudio Abramo

“No jornalismo, não há fibrose. O tecido atingido pela calúnia não se regenera. As feridas abertas pela difamação não cicatrizam. A retratação nunca tem o mesmo espaço das acusações” – Felipe Pena

Coluna Palavra Livre – Folha Metropolitana Junho/2

Obras do Rio Mathias – Agora é com o Ministério Público

Sem pizza e com mais de 300 páginas chegou ao fim a CPI do Rio Mathias, a obra que afundou o centro de Joinville. Encabeça a lista de responsáveis o ex-prefeito Udo Döhler (MDB), e depois seus ex-secretários do seu governo como Miguel Bortolini e Romualdo França e Jalmei Duarte. Relatório é robusto, com documentação que deve embasar o trabalho dos Ministérios Público Estadual e Federal. Será que alguém vai devolver o prejuízo à sociedade joinvilense?

Parabéns à CPI

Meritório o trabalho desenvolvido pelos vereadores integrantes da CPI, Willian Tonezi (Patriota), Neto Petters (Novo), e os membros Claudio Aragão (MDB) e Luiz Carlos Sales (PTB), e o relator Diego Machado (PSDB), que produziu o relatório final com equilíbrio e seriedade. Afinal, é para isso que o povo elege seus representantes, para fiscalizar o Executivo.

Previdência

Bancada pelo Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville (Sinsej), uma auditoria no Ipreville vai dizer quem tem razão, se o Governo Adriano Silva (Novo) e sua base na Câmara, ou os servidores que denunciam o projeto de Reforma da Previdência e o déficit alegado pelo Governo. O tempo da auditoria é curto, mas os resultados podem deixar imagens no chão.

Candidatíssimo

Carlos Moisés tem dado mostras de que pegou o gosto pela governança, e quer mais. Após sobreviver a dois processos de impedimento, o Governador desandou a correr SC. Leva recursos, entrega obras e anuncia que vai pagar acima de R$ 5 mil aos professores. E vem mais por aí. Atitudes de quem não quer ir para casa e aposentadoria de bombeiro militar.

MDB adia

Soou a voz da razão no velho Manda Brasa. Em reunião na segunda-feira (21/6), as prévias que aconteceriam em agosto, foram adiadas. Não há data para acontecerem, e talvez aconteçam somente no início de 2022. Com o partido dentro de postos chave no Governo Carlos Moisés, seria um suicídio político no momento.

Tucanos retomam voo

Após se aventurar no apoio à vice-governadora Daniela Reihner na tentativa de derrubar o governador do cargo, o ex-deputado Gelson Merisio (PSDB) procura retomar o espaço no ninho tucano rumo ao Governo de SC em 2022. Tem andado com a presidente do partido, a deputada Geovânia de Sá, em roteiros notadamente no sul do estado.

Sem voos no norte

Merisio precisa andar pelo norte do estado para afagar seus correligionários e organizar o time. Antes referência para as disputas majoritárias nos tempos de Marco Tebaldi e Paulo Bauer, hoje as coisas anda mornas na região.

Fora do circuito

Joinville está perdendo seu protagonismo estadual, antes tão presente com LHS, Tebaldi, Freitag, Pedro Ivo e outros. No tabuleiro para o Governo do Estado para o ano que vem, não se fala na cidade. A maior do Estado perdeu musculatura política, e o atual prefeito ainda não consegue ser protagonista para tanto. Enquanto isso, Jaraguá do Sul ocupa seu espaço.

OAB

A disputa na OAB/SC virou eleição comum. Tem até torcida e pedidos de votos de lideranças políticas para alguns advogados da lista. Pelo menos acabou a hipocrisia, porque sempre houve política também na busca por espaços no TJSC.

Só motociatas?

O presidente Bolsonaro virá a SC mais uma vez, para passear. Em plena campanha por reeleição, cria eventos que aglomeram e poe em risco a saúde da população com a Covid-19. E nada de novidades para obras novas, e mais dinheiro para o Estado.

Luto Perdi muitos amigos e amigas para a Covid-19. Sofri com a doença, sei como ela age e faz sofrer. Já perdemos 500 mil vidas para a doença por falta de ação correta do Governo Federal, negacionismos, erros graves. A coluna se solidariza com todos que perderam seus entes queridos. Ao chegar a sua vez, vacine-se. Sua vida vale muito.

Epagri/Ciram lança novo site

site da Epagri/Ciram mudou. O novo visual e as novas funcionalidades foram apresentadas à imprensa, lideranças e sociedade em geral em evento on-line realizado nesta segunda-feira, 24 de maio. O produto tem cerca de 1 milhão de acessos ao mês. São pessoas à procura de informações confiáveis de previsão do tempo e monitoramento ambiental em Santa Catarina.

Site da Epagri/Ciram recebe em média 1 milhão de acessos aos mês

Ângelo Massignam, gerente da Epagri/Ciram, explicou que a novo site vem sendo desenvolvido há mais de um ano, num trabalho multidisciplinar realizado pelos profissionais da Epagri, uma empresa do governo de Santa Catarina. “Há alguns meses colocamos a nova versão no ar, o que nos permitiu testar e aprimorar as funcionalidades apresentadas neste evento”, detalha.

O Secretário de Estado da Agricultura, da Pesca de do Desenvolvimento Rural, Altair Silva, ressaltou que “quem não tem dado, não gerencia, quem não gerencia, não planeja”, destacando assim a importância das informações geradas pela Epagri/Ciram para o planejamento das propriedades rurais catarinenses.

Edilene Steinwandter, presidente da Epagri, declarou que as informações de previsão de tempo e clima publicadas no site representam o início de um processo. Isso porque, a partir do previsto para os próximos dias, os agricultores podem preparar suas propriedades com objetivo de mitigar os efeitos dos eventos meteorológicos previstos, como aconteceu no frio intenso de agosto de 2020 e com a estiagem que atinge principalmente a região Oeste atualmente.  

O Ciram é um dos centros de pesquisa da Epagri geradores de informações para a sociedade, no caso de recursos ambientais e de hidrometeorologia. Assim, o seu site se destinada a disponibilizar o maior número de informações ambientais possíveis, com celeridade e precisão.

Novidades

Rafael Canan, profissional do setor de tecnologia da informação da Epagri/Ciram e líder do projeto, apresentou as novidades no evento, destacando que o novo layout está alinhado aos portais virtuais do governo do Estado e da Epagri. Outra mudança que se percebe imediatamente é que o site se tornou responsivo, ou seja, seu formato adapta-se automaticamente quando visualizado em telas de dispositivos móveis, como celulares e tablets.

Agora, quem abre o site da Epagri/Ciram enxerga no topo os avisos meteorológicos, hidrológicos e marítimos, que estarão destacados com uma caixa vermelha quando estiverem ativados. Logo em seguida aparece a seção Soluções para a Sociedade, que reúne os produtos mais acessados pelos usuários.

A primeira aba dentro de Soluções é Agricultura, que reúne os produtos criados prioritariamente para esse público: AgroconnectApis on-lineZoneamentoCebolaNetBoletim da Maçã e Previsão de Geada. Este último passou por reformulações e agora apresenta a previsão de ocorrência do fenômeno para os próximos cinco dias e em três mapas: probabilidade média, máxima e mínima.

Tempo e clima

Ainda dentro do campo Soluções, o internauta pode acessar a aba Tempo e Clima, que reúne 16 itens com diversos boletins de previsão para Santa Catarina, atualizados diariamente. É possível ver a previsão por município, para os próximos cinco e dez dias em todo o Estado e a previsão por regiões, que se diferencia das outras por apresentar os dados em tabelas.

A aba Tempo e Clima traz ainda produtos que atendem à sociedade em geral e também à imprensa, como previsões em áudio em vídeo, recordes de frio e de calornotas meteorológicas e um campo em que o usuário pode calcular automaticamente índices de calor e sensação térmica.

Também podem ser visualizados em Tempo e Clima produtos de interesse mais específico para conhecedores de meteorologia, como é o caso da Previsão Modelo. A previsão de chuva, que consta dentro de previsão modelo, foi um dos primeiros produtos melhorados no site, devido à grande demanda, explica Rafael. “Ampliamos as imagens e melhoramos as cores para facilitar a visualização dos dados especializados”, descreve ele. Os mapas de chuva representam a previsão acumulada diária e para cinco dias.

Rios e litoral

Voltando à aba Soluções para Sociedade o usuário vai encontrar dois links com conteúdos importantes para o cotidiano de muitos catarinenses. No link Rios é possível acessar três produtos, entre eles a plataforma Rio on-line, que sistematiza os dados do monitoramento hidrológico realizado pela Epagri/Ciram.

No link Litoral estão reunidas informações para o público que pratica pesca e outras atividades náuticas, como a plataforma Litoral on-line, dados de marégrafostábuas de marés e previsão para o mar, entre outros. O item Previsão de Clorofila-a é o mais novo do link Litoral e fornece dados sobre a concentração de clorofila na água, o que permite, por exemplo, acompanhar o surgimento de concentrações de algas na costa catarinense.

Navegando pelo site da Epagri/Ciram o internauta vai encontrar ainda diversas outras informações que se destinam não só a prestar serviço à sociedade, como também dar transparência às atividades desenvolvidas pela equipe, como a quantidade de projetos em desenvolvimento, a média de dados ambientais coletados e o número de pontos monitorados por estações hidrometeorológicas.

Referência

Agora reformulado, o site da Epagri/Ciram continua sendo uma referência em informações seguras para a sociedade catarinense, comprovada pelos cerca de 1 milhão de acessos mensais. “Nos momentos de previsão ou de ocorrência de fenômenos meteorológicos intensos, como muita chuva ou neve, essa quantidade de acessos se eleva exponencialmente, o que demonstra a relevância dos serviços prestados”, finaliza Ângelo. O site já chegou a 190mil acessos em um único dia.

No evento, Leda Limas, diretora de jornalismo da TV Barriga Verde, afiliada da BAND em Santa Catarina, destacou a importância das informações oferecidas à imprensa pelo site da Epagri/Ciram. Ela lembrou que a emissora é usuária diária das informações em previsão do tempo, exibidas em dois telejornais.

Roseli Oliveira, presidente da Associação Catarinense de Meteorologia (Acmet), declarou na live que “o site da Epagri/Ciram nos mostra um processo sério de informação, gerando conhecimento baseado em dados confiáveis”. Para ela, o novo site segue contribuindo para a sociedade com seu diferencial de credibilidade e pela importância dos serviços prestados.

  • Com informações da Ascom/Epagri-Ciram

Barrar o fascismo!

O ataque aos jornalistas equivale a agressão à sociedade. A busca por calar a voz da imprensa com base em violência, agressões, intimidações, são típicas de sociedades gravemente adoecidas. O mundo já experimentou o fascismo e o nazismo. Ambos geraram morticínios, fim das liberdades individuais, ditadura violenta, terror. Milhões foram assassinados por regimes assim que sempre iniciaram por calar a imprensa, censurar e violentar o jornalismo. Assim começa o desastre que representam estes movimentos políticos que só se criam diante da inércia do povo, ou pior, a manipulação do povo em acreditar que as verdades dos fascistas e nazistas vão resolver para sempre as suas vidas.

As agressões e intimidações ao jornalista da CNN Brasil, Pedro Duran, neste domingo (23/5) no Aterro do Flamengo no Rio de Janeiro em pleno exercício do seu trabalho mostra que é preciso barrar a escalada fascista no Brasil. A partir do início do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), já eleito em um movimento criado pela extrema direita do exterior e inoculada por aqui – escolha de um inimigo a ser exterminado – com uso de fake news, farsas e uso das redes sociais de forma criminosa, há um roteiro seguido passo a passo. Ele começa com atacar a imprensa e jornalistas que denunciam o movimento, as mentiras, a violência, a manipulação e a corrupção destes movimentos.

Os poderes da República que ainda resistem precisam sair da resistência para a ação efetiva. STF, Congresso Nacional, Governadores e Prefeitos, Vereadores, precisam unir forças à entidades como Fenaj, Sindicatos, movimentos sociais diversos, lideranças que acreditam no valor da democracia e enfrentar definitivamente este movimento capitaneado pelo líder maior: o Presidente da República, seus filhos e alguns militares. Diante da catástrofe na gestão da pandemia que já enlutou mais de 450 mil famílias no Brasil, Bolsonaro intensifica a radicalização contra a democracia e suas instituições. Incita seu bando de fascistas a agredir e intimidar jornalistas, emissoras, adversários políticos. Descumpre medidas de combate à Covid-19 promovendo aglomerações suicidas, em uma loucura que destrói o país. Ele antevê sua derrota em 2022 e continua sua saga em derrubar o sistema democrático.

Daqui da minha pequena e humilde tribuna, o Palavra Livre, farei minha parte para denunciar e barrar o fascismo. O Brasil não precisa de um ditador, regimes totalitários, golpes militares, violência de Estado, para ser uma nação próspera e feliz. Os brasileiros que já viveram uma ditadura sabem o preço que foi pago em vidas, atraso e mortes. Após tudo o que fizeram, os militares e poderes civis envolvidos na ditadura ganharam uma anistia, foi o acordo que desaguou no fim da censura em 1979, eleição indireta para Presidente em 1984 que resultou na eleição de Tancredo Neves e José Sarney, e no voto direito somente em 1989 onde o resultado da ditadura apareceu: eleição de Collor, deposto três anos depois por corrupção. A história não pode se repetir. O Brasil precisa avançar para ter uma democracia robusta para enterrar de vez estes movimentos fascistas.

  • Por Salvador Neto, jornalista e editor do Palavra Livre.

Mauro de Nadal é eleito presidente da Assembleia Legislativa de SC

O deputado Mauro de Nadal (MDB) foi eleito na tarde desta segunda-feira (1º) presidente da Assembleia Legislatvia de Santa Catarina (Alesc). Foram 38 votos a favor dele e uma ausência. Nadal foi o único candidato. Em seguida, foi eleito o restante da mesa diretora (veja abaixo).

O novo presidente vai comandar a Casa no biênio 2021-2023. Após ser eleito, Nadal discursou presencialmente na assembleia por quase 15 minutos.

“Iremos primar pela boa gestão, fazendo o melhor e gastando menos. Aplicando bem os recursos e fazendo a coisa certa. Tenho por meta diminuir a burocracia. Na era digital, o avanço da gestão pública exige que seja descontinuado o uso de papel e caneta. Transparência será outro pilar dos nossos atos enquanto presidente”, afirmou Nadal no discurso.

A votação ocorreu de forma nominal. Alguns deputados foram presencialmente à Alesc, enquanto outros trabalharam remotamente.

A ausência foi da deputada Ada de Luca (MDB). Além disso, Júlio Garcia (PSD), que foi o presidente da assembleia até domingo (31), não participou da votação porque está preso preventivamente suspeito de integrar o suposto esquema investigado na Operação Alcatraz. A Justiça Federal também ordenou que o afastamento do cargo dele de deputado.

Mesa diretora

Em seguida, Nadal convocou outra sessão para a eleição dos demais integrantes da mesa diretora: 1º vice-presidente, 2º vice-presidente, 1º secretário, 2º secretário, 3º secretário e 4º secretário.

A sessão da eleição da mesa diretora começou às 15h23, aberta já pelo novo presidente. Foi apresentada uma única chapa, que venceu por 39 votos.

A mesa diretora agora é composta da seguinte forma:

  • Presidente – Mauro de Nadal (MDB)
  • 1º vice-presidente – Nilson Berlanda (PL)
  • 2º vice-presidente – Kennedy Nunes (PSD)
  • 1º secretário – Ricardo Alba (PSL)
  • 2º secretário – Rodrigo Minotto (PDT)
  • 3º secretário – Padre Pedro Baldissera (PT)
  • 4º secretário – Laércio Schuster (PSB)

Foi feito um acordo entre os deputados para a eleição de Mauro de Nadal. Dessa forma, no próximo ano o presidente deve ser Moacir Sopelsa (MDB). Esse tipo de acordo é comum na Alesc.

Quem é Mauro de Nadal

O novo presidente da Alesc tem 49 anos e nasceu em Caibi, no Oeste, conforme a assembleia. Ainda jovem, mudou-se com a família para Cunha Porã, a cerca de 28 quilômetros de Caibi. Nadal se formou em direito pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), em Chapecó, também no Oeste.

Em 2000, ele se candidatou a prefeito de Cunha Porã. Foi reeleito e ficou no cargo até 2008. Em seguida, atuou dentro do governo de Luiz Henrique da Silveira. Depois, candidatou-se a deputado estadual em 2010 e foi eleito suplente. Em 2013, assumiu o mandado após César Souza Júnior se tornar prefeito de Florianópolis.

Nadal se reeelegeu deputado estadual em 2014 e 2018. Ele está na terceira legislatura e já foi líder da bancada do MDB e presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Alesc.

Mensagem do governador e início das sessões ordinárias

Na terça (2), haverá leitura da mensagem anual do governador, sessão especial marcada para às 15h. Já na quarta (3), deve ocorrer a primeira sessão ordinária do ano.

  • com informações da Ascom/Alesc

Lewandowski tira sigilo de conversas entre Moro e Dallagnol; acesse as mensagens

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski retirou o sigilo de mensagens obtidas no âmbito da Operação Spoofing, que envolvem conversas entre o ex-juiz Sergio Moro e procuradores da Operação Lava-Jato. A decisão atende a um pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A decisão de Lewandowski foi proferida nesta segunda-feira (1º/2), logo após a abertura do ano judiciário. E, na prática, permite acesso a cerca de 50 páginas de mensagens trocadas entre Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, em conversas privadas e em grupos de procuradores da Lava Jato, entre 2015 e 2017. As mensagens foram obtidas na Operação Spoofing, que investigou o grupo de hackers que, em 2019, invadiu celulares de autoridades como o ex-juiz Sergio Moro.

A medida atende a um pedido da defesa do ex-presidente Lula, que, no fim do ano, já havia obtido acesso às mensagens que dizem respeito, direta ou indiretamente, ao petista e às ações penais movidas contra ele. A ideia do petista é usar as mensagens para avaliar se Moro agiu de forma parcial ao condenar Lula à prisão por conta do triplex do Guarujá.

Clique aqui para ver as mensagens.

  • com informações do Correio Braziliense

Trabalhadores da Comcap encerram greve após acordo com a Prefeitura

Os funcionários da Comcap encerraram a greve nesta segunda-feira (1/2), após duas semanas de paralisação contra um projeto que corta benefícios, aprovado na semana passada na Câmara de Florianópolis. No domingo (31), a Comcap conseguiu mobilizar cerca de 5 mil pessoas em passeata no Estreito para protestar contra o projeto, já sancionado pelo prefeito, Gean Loureiro.

Em assembleia na parte da manhã, os trabalhadores da autarquia aceitaram voltar ao trabalho com a condição de que não sejam demitidos. Pelo acordo, a portaria que cria uma comissão para abrir processos administrativos será revogada. A prefeitura havia conseguido na justiça a autorização para demissão dos funcionários que ainda estivessem sem trabalhar. Os servidores vão poder compensar os dias de falta em horas extras e serviços extras para retomar a coleta e a limpeza e capina na cidade.

A justiça declarou a greve ilegal e tentava o bloqueio do dinheiro do Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis). Como houve depredação de patrimônio público e privado, contra os caminhões da empresa terceirizada, o sindicato pagará uma multa de R$ 100 mil, conforme acordado junto à prefeitura. Além disso, o projeto de lei que equipara direitos dos servidores da Comcap aos demais servidores municipais e permite a terceirização de serviços de limpeza na cidade permanecerá vigente. Para a categoria, houve uma vitória nas duas semanas de greve, em que foi acordada também a garantia de estabilidade até o último trabalhador se aposentar e a diminuição da multa ao Sintrasem.

Essa é a primeira vez que um sindicato pagará multa em Florianópolis após uma greve da Comcap. O município espera, com esse recurso, compensar os gastos com a recuperação de caminhões, da sede da Comcap no Itacorubi e com o prédio da prefeitura.

Com o projeto de lei aprovado e sancionado, agora os serviços da Comcap se dividem em duas secretarias: na de Infraestrutura, toda a parte de limpeza urbana, varrição e capina vão se unir às intendências municipais para melhorar a manutenção nos bairros, de acordo com a prefeitura. Já a parte da coleta de resíduos ficará a cargo da Secretaria do Meio Ambiente. De acordo com a prefeitura haverá uma força-tarefa durante a semana para deixar a cidade limpa. Os roteiros de coleta serão divulgados em breve.

  • com informações do Correio SC e agências