Tag: Busscar

  • Caso Busscar – Juiz libera R$ 40 mi para rateio entre 2.301 credores

    Caso Busscar – Juiz libera R$ 40 mi para rateio entre 2.301 credores

    Uma ótima notícia para os trabalhadores e trabalhadoras da falida Busscar, que foi uma das maiores fabricantes de ônibus do Brasil. Daqui 15 dias iniciam os pagamentos aos credores trabalhistas do grupo Busscar, de Joinville. A liberação dos recursos foi autorizada pela 5ª Vara Cível da Comarca de Joinville, sob a titularidade do juiz Edson Luiz de Oliveira. Em 20 de fevereiro passado, o Juiz havia liberado os R$ 40 milhões, e agora será feito o depósito em conta, dinheiro para o bolso destes trabalhadores.

    Nesta etapa, serão beneficiados 2.301 ex-funcionários das empresas do grupo, que receberão seus créditos até o máximo de R$ 50.000,00. Os pagamentos serão de responsabilidade do Administrador Judicial (Instituto Professor Rainoldo Uessler), de Florianópolis, estimando-se que mais de 90% dos credores dessa classe (trabalhistas extraconcursais) terão seus créditos integralmente liquidados.

    A relação dos credores beneficiados será publicada no diário oficial, em jornal de circulação local e na página do Administrador Judicial, estando também disponível no processo. O Palavra Livre compartilha aqui um link para acesso à lista. “Estamos desenvolvendo tudo quanto é possível para que os credores prioritários [os trabalhadores] sejam pagos com estes recursos. Serão 40 milhões de reais injetados na economia do Estado, nesses tempos difíceis de confinamento por conta da pandemia”, destaca o magistrado.

    Má gestão e ilusionismo
    O grupo Busscar, com sede em Joinville (SC) foi uma das mais importantes fabricantes de ônibus do Brasil. Como jornalista contratado para gerenciar a comunicação do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região, atividade que exerci entre os anos 2000 a 2013, vivenciei o primeiro processo de quase falência, quando a Busscar conseguiu R$ 40 milhões junto ao BNDES graças ao aval do Sindicato, lideranças políticas e boa vontade do então governo de Lula, e salvou-se por alguns anos.

    A partir de 2008 a empresa começou a mostrar sinais de novos problemas financeiros. Fechados em família, a família Nielson não aceitou as inúmeras sugestões feitas inclusive pelo Sindicato dos Mecânicos, e foi afundando a empresa em decisões erráticas, gastos desnecessários, messianismo religioso dentro das fábricas, até que entrou em recuperação judicial e finalmente a falência. Milhares de trabalhadores só não passaram fome por mobilização do Sindicato junto à sociedade joinvilense, arrecadando alimentos.

    Uma verdadeira guerra de comunicação foi travada contra o Sindicato, que desejava uma saída simples: que os donos vendessem suas participações para novos empreendedores, fatos que acompanhei de perto com muitos deles vindo para reuniões exaustivas. A teimosia em vender uma imagem de recuperação que nunca veio, deixou milhares sem receber salários. A foto de abertura da matéria, de autoria de Fabrizio Motta, mostra uma das assembleias de trabalhadores realizadas na sede esportiva do Sindicato em 2012, negando a proposta da Busscar. Logo a seguir seria decretada a falência. Naquele ano, os trabalhadores já estavam há dois anos sem salários.

    Agora pelo menos devem receber algo neste momento duro que passamos por conta da pandemia do coronavírus que ataca a saúde das pessoas e por consequência, a economia e empregos. Dinheiro devido há anos, que chega em boa hora.

    * com informações da Ascom/TJSC – Tiago Dias

  • Artigo: BMW, Busscar – noticiosas especulações da produção automobilística em SC, por Eduardo Guerini

    Artigo: BMW, Busscar – noticiosas especulações da produção automobilística em SC, por Eduardo Guerini

    gueriniO mestre em sociologia política, professor Eduardo Guerini, volta a oferecer aos leitores do Blog Palavra Livre o seu olhar atento ao cotidiano, aos fatos que saltam aos olhos de quem verdadeiramente vê. Confira mais esse artigo que faz pensar sobre essas vindas de multinacionais… Confira:

    Em seu retiro límbico, criando os pangarés para os barnabés provincianos que se vangloriam de  trocar 5.000 postos de trabalho de empresa nacional contra  1.500 empregos de corporação  transnacional…

    Na comemoração do auspicioso mês de abril de 2013 na província catarinense,com a presença de inúmeras personalidades governamentais de todas as esferas, marcaram presença   todos os envolvidos em nova especulação para o lançamento da “pedra fundamental” de nova planta  automobilística na cidade de Araquari (SC),  na região metropolitana de Joinville , nordeste catarinense.

    A terra do trabalho, sede de empreendedores criativos e dinâmicos,inserida no padrão automotivo implementado pelo governo lulo-petista como salvação de um plano de desenvolvimento vinculado ao incentivado consumo interno via concessão de crédito para indivíduos, famílias e empresas (estrangeiras como prioridade nacional), sem dinamização das bases produtivas articuladas à  dinâmica da economia nacional foram efusivamente saudados na cerimônia de assinatura do contrato de instalação da fábrica da empresa estrangeira.

    Com enfoque mais apurado, a adesão da BMW, tem um conteúdo simbólico importante para a Manchester  catarinense,  encontrar um novo modelo de desenvolvimento para a combalida  indústria metal-mecânica local.  Com toda a sorte de incentivos , doação de terrenos,  acrescidos de  um benefício de reversão de impostos  transformados em crédito em favor da montadora,  qualquer alma benevolente  estaria satisfeita com o  pacote distributivo em favor da empresa alemã. Os benefícios gerados segundo especulações é da ordem de 1.400 diretos, mais alguns empregos indiretos – em torno de 6.000 , sendo  bastante otimista.

    Contudo,a história se encarrega de dar força para os vitoriosos, relegando aos derrotados , um olímpico esquecimento diante de  toda  a mobilização de trabalhadores  e classe empresarial para manter  uma empresa nascida em  terras catarinas – a BUSSCAR Ônibus S.A.

    Uma empresa tipicamente catarinense, originária de descendentes suecos, iniciando suas operações como simples marcenaria, fábrica de aberturas,posteriormente, carrocerias de caminhões. A ascendente situação iniciada em 1946 progrediu para montagem de uma jardineira (em chassi Chevrolet), transformando-a posteriormente, na importante empresa de produção e montagem de ônibus: meio de transporte para maioria da população brasileira.

    Em 1990, a Busscar ganhou reconhecimento no mercado brasileiro e internacional, desenvolvendo tecnologia própria na concepção e fabricação de soluções para este “meio de transporte coletivo” elemento importante paraa crise da mobilidade urbana nas engarrafadas cidades brasileiras e catarinenses. 

    Um dado importante, a BUSSCAR empregou em sua época dourada – 5.000 trabalhadores diretos, que produziam  tecnologia própria , um escândalo para nossos governantes domesticados pela lógica  globalizada. As sucessivas tentativas de recuperação judicial, para reescalonamento de uma dívida de R$ 870 milhões, foram  rejeitadas pelos bancos credores (privados e oficiais), resultando  no fechamento daquele símbolo da pujança empreendedora catarinense.

    A cerimoniosa ostentação de nosso espetacular cinismo governamental uniu governistas de todas as plumagens para  a foto póstera , demonstrando novamente que  diante da vontade política, toda a máquina estatal dá fluidez aos desejosos interesses privados, para  construir e destruir empreendimentos. A opção para produção automobilística do carro dos sonhos de nossa elite provinciana e colonizada  traduz de forma cabal  qual a opção preferencial  dos gestores em torno da solução dos problemas do transporte nas cidades: ao invés da necessidade coletiva , o privilégio para a mobilidade individual e de luxo.

    Em síntese , melhor sofrer no engarrafamento dentro de uma BMW , gerando parcos empregos para os catarinas eufóricos da elite funcional do sistema , do que produzir ônibus  com tecnologia nacional de uma empresa local para massa de trabalhadores espremidos na marca  rejeitada pelo sonho inadiável de nosso operosos governantes.

    No ímpeto de pegar atalhos nas cidades engarrafadas, com veículos de marcas globais, tomei uma decisão minimalista inadiável, providenciei o aluguel de  um terreno para criar pangarés crioulos  que poderão ser usados com maestria na próxima eleição. Em breve mandareium plano de investimentos  para os bancos públicos  com intuito de angariar alguns níqueis para montar pastagens na linha de produção de pangarés que serão utilizados pelos barnabés cosmopolitas”.

    * Eduardo Guerini é  professor de ciência política da Univali desde 2000. Cursou mestrado em gestão de políticas públicas e sociologia política. Atualmente orienta pesquisas nas áreas da Dinâmica Institucional de Políticas Públicas, Criptoeconomia, Sociologia do Crime, Economia Política da Corrupção e Corrupção Institucional. Atento observador da cena política.

  • Marcopolo/Caio Induscar apresentam proposta para alugar parque fabril da falida Busscar

    A joint-venture formada pela Marcopolo e Caio/Induscar no início de 2012 formalizou uma proposta de aluguel/arrendamento do parque fabril da Busscar, que está em processo de falência na Justiça em Joinville (SC). Segundo o Sindicato apurou até agora, a proposta seria de R$ 300 mil mensais e com a contratação imediata de cerca de 500 a 600 trabalhadores e trabalhadoras. A petição foi protocolada na tarde de ontem (26/2), e deve agora ser avaliada pelo juiz substituto na 5a. Vara Cível, onde corre o processo.

    Após a decretação da falência é a primeira vez que uma proposta desta natureza é apresentada para que a produção de ônibus seja retomada, com geração de novos postos de trabalho e gerando receita para o pagamento das dívidas aos trabalhadores e demais credores. Cabe agora ao juiz a decisão sobre esse pedido. O Sindicato ainda vai analisar o pedido e aguardar o posicionamento da Justiça.

    Enquanto isso a Comissão de Trabalhadores que é formada por ex-funcionários da Busscar passa agora para a formalização da Cooperativa – Cooperbuss, após conseguir a adesão de mais de 540 trabalhadores para a idéia. Após este passo, a intenção do grupo é intensificar contato com o Judiciário, BNDES e lideranças políticas para a vinda de recursos para o plano de negócios produzido por eles.

    O Sindicato dos Mecânicos tem apoiado a iniciativa da discussão dos trabalhadores, bem como tem acompanhado o processo de falência da Busscar na Justiça, onde agora há uma proposta oficial por parte de interessados. A entidade sindical deseja que o processo se acelere para que os trabalhadores e trabalhadoras possam receber os seus direitos trabalhistas, salários atrasados e outros, no mais breve tempo possível. E acredita também na retomada da produção de ônibus em Joinville, para a geração de novos postos de trabalho e renda para os trabalhadores.

    Mais informações sobre a Cooperbuss podem ser vistas no link – http://www.sindmecanicos.org.br/2013/02/27/caso-busscar-cooperativa-parte-agora-para-a-formalizacao/.

    Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

  • Criação de cooperativa de ex-trabalhadores da Busscar avança mais um pouco

    A Comissão de ex-trabalhadores da Busscar, que apresentou a ideia de cooperativa para os demais interessados em duas assembleias realizadas nos dias 17/01 e 19/01, estão dando continuidade ao projeto. Segundo a Comissão, que está trabalhando para viabilizar o projeto, a continuidade dos trabalhos se faz necessária e agora está muito fortalecida com a inscrição de mais de 500 ex-funcionários interessados em serem sócios da Cooperativa.

    O grupo também avançou nos contados com o BNDES, que pediu alguns ajustes no plano de negócios – Cooperativa – para que a equipe técnica do banco estatal possa analisar a ideia e sua viabilidade. Nestes contatos a Comissão contou com apoio da Unisol Brasil, CNM/CUT, CUT, SENAES e Sindicato dos Mecânicos.

    Conforme os componentes da Comissão haviam afirmado nas duas reuniões realizadas em Janeiro, uma nova Assembléia será realizada para esclarecimentos aos inscritos(as) quanto as negociações com o BNDES e também tratar da formalização da Cooperativa. A reunião será realizada na Sede Central do Sindicato dos Mecânicos dia 21 de fevereiro (quinta-feira) as 19 horas.

    A Comissão dos Trabalhadores convida a todos que preencheram a ficha de inscrição para que compareçam na Assembléia. Segundo Pedro de Medeiros, porta-voz da Comissão de Trabalhadores, os interessados em fazer parte da Cooperativa podem fazer contato com a Comissão pelo e-mail coopbuss@gmail.com.

    Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

  • Caso Busscar: criação de cooperativa de trabalhadores segue em frente

    Cerca de 500 trabalhadores já teriam assinado a ficha de interesse em fazer parte da cooperativa

    A Comissão dos Trabalhadores que apresentaram o projeto de Cooperativa a centenas de ex-funcionários da Busscar em duas Assembleias no Sindicato dos Mecânicos, avaliou na semana passada, em reunião realizada na terça-feira (22/01) o resultado das adesões ao projeto.

    Os inscritos através das fichas disponibilizadas alcançou um número satisfatório e com isso a comissão dará continuidade ao projeto, partindo agora para as próximas etapas.Durante o processo de formatação e apresentação do projeto, a Comissão conseguiu alguns apoios importantes para que os próximos passos aconteçam, que inclusive estiveram presentes nas Assembleias.

    Entre esses apoios, o presidente da Unisol Brasil, o presidente da CNM/CUT, representantes da CUT/SC e diretoria da Secretária Nacional de Economia Solidária, além do Sindicato dos Mecânicos de Joinville, que tem disponibilizado o espaço para as reuniões pequenas e grandes, colocando também o seu departamento jurídico no acompanhamento da questão, já que envolve um tema em que o Sindicato tem atuação importante e forte na defesa dos direitos dos trabalhadores.

    Contudo, ainda estão abertas as inscrições, já que no entendimento dos apoiadores e Comissão, quanto maior o tamanho da Cooperativa maior será a força para vencer as próximas etapas.

    Segundo Pedro de Medeiros, porta-voz da Comissão de Trabalhadores, as inscrições ainda podem ser realizadas até o dia 28/01, na Sede do Sindicato, ou através do e-mail coopbuss@gmail.com. A comissão retornará individualmente a todos os inscritos para marcar uma nova data, onde já serão tratados os encaminhamentos para formalização da Cooperativa.

    Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

  • Caso Busscar: sonho de cooperativa ganha força com presença de trabalhadores

    Trabalhadores compareceram à reunião e questionaram bastante a comissão de trabalhadores

    Com a presença de bom público, cerca de 300 trabalhadores estiveram no auditório do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região na noite desta quinta-feira (17/1), o sonho da criação de uma cooperativa formada por ex-funcionários da Busscar para voltar a produzir ônibus na maior cidade catarinense deu um passo importante rumo a sua criação.

    Com as presenças do presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Paulo Caires; do representante da CUT/SC, Vilmar Ossowsky; do presidente da Unisol – Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários, Arildo Mota Lopes; presidente da Unipol – antiga Profiplast – Gilson Gonçalves, e do presidente do Sindicato dos Mecânicos, Evangelista dos Santos, a Comissão de Trabalhadores que estudou e produziu o plano de viabilidade para a cooperativa apresentou a idéia para um auditório tomado de expectativas e ansiedades dos trabalhadores.

    Pedro de Medeiros, que fazia parte da área comercial da Busscar, apresentou detalhadamente a proposta, suas dificuldades, oportunidades, explicando também a diferenciação entre a criação da cooperativa e o processo de falência que corre na Justiça. “Uma não afeta a outra, mas com a cooperativa em funcionamento, produzindo ônibus, além do maquinário não se perder e ter manutenção e assim o patrimônio ficar preservado para uma futura venda a preços justos para pagamento da dívida com os trabalhadores, vamos destinar parte do faturamento para pagar o arrendamento do parque fabril, aumentando os valores para que nós mesmos possamos receber o quanto antes o que nos devem”, falou Medeiros, que trabalhou por quase 25 anos na empresa.

    O presidente da CNM/CUT, Paulo Caires, disse que estava presente representando a base nacional dos metalúrgicos – cerca de um milhão de trabalhadores – para apoiar a idéia e, caso os trabalhadores realmente aceitem e criem a cooperativa, ajudar diretamente na busca por financiamentos junto ao governo federal, BNDES e outros.

    O presidente da Unisol, Arildo Mota Lopes, contou as histórias de formação de cooperativas de que fez parte e conhece pelo mundo e no Brasil, destacando ser um processo difícil, mas que dá resultados aos trabalhadores em médio prazo. Ele destacou casos como a Unipol em Joinville, que fazia parte do grupo Cipla, a Uniforja em Diadema (SP), um “case” de sucesso em cooperativas que já tem quase 20 anos de história, entre outras. A Unisol organiza, orienta, apóia a todos os projetos de cooperativas de trabalhadores e empreendimentos solidários pelo país.

    Após as explanações, acompanhadas atentamente pelos trabalhadores, foi aberto espaço a perguntas que foi intensivamente utilizado para esclarecimento de dúvidas. Durante o evento, aproximadamente 200 fichas de interesse em participar da cooperativa foram entregues à Comissão de Trabalhadores, que em seu plano de viabilidade prevê que para dar início à produção seriam precisos 600 trabalhadores de várias áreas para produzir dois ônibus ao dia, segundo planejaram.

    No sábado, dia 19 de janeiro, às 9 horas no mesmo auditório do Sindicato dos Mecânicos – centro de Joinville – será realizada a segunda grande reunião para apresentar o plano da cooperativa a quem não pode comparecer na primeira reunião. As fichas voltam a ser recolhidas para que na terça-feira (22/1) a Comissão e Sindicato se reúnam para avaliar os próximos passos.

    Grupo se reuniu no Sindicato para preparar a reunião da noite logo após vir da Prefeitura

    Ainda ontem, quinta-feira, a Comissão de Trabalhadores, Sindicato dos Mecânicos, Unisol, Unipol, CUT e CNM/CUT foram recebidos pelo secretário do Desenvolvimento Economico de Joinville, Jalmei Duarte, representando o prefeito Udo Döhler. Jalmei ouviu atentamente os apelos por apoio institucional do Executivo ao projeto, e prometeu dar um retorno logo após conversar com o Prefeito sobre o tema, mas deixou sinalização positiva à iniciativa dos trabalhadores.

    A Comissão dos Trabalhadores pretende buscar apoios das três esferas de poder – municipal, estadual e federal – tanto com o Prefeito de Joinville e Governador do Estado, quanto com os deputados estaduais, federais e senadores, além do Governo Federal, para dar sustentabilidade e garantir apoios de financiamentos ao projeto.

    Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

  • Caso Busscar: ideia de cooperativa será apresentada aos trabalhadores na quinta (17/1) e sábado (19/1)

    Os ex-funcionários da Busscar, que está em processo de falência deste o final de setembro de 2012, poderão ter acesso a uma ideia que surgiu da luta em comum por seus direitos trabalhistas: a criação de uma cooperativa de trabalhadores.

    A Comissão de Trabalhadores formada para acompanhar o processo de falência da empresa acabou realizando contatos na busca por outras alternativas para retomar a produção de ônibus com base na força da tecnologia e conhecimento dos trabalhadores de Joinville (SC), responsáveis pela excelência da marca Busscar nos velhos tempos.

    Agora, após muitas reuniões e envolvimento de todos os que acreditam na proposta, a Comissão de Trabalhadores vai apresentar a ideia, sua viabilidade, e até um plano mais elaborado, em duas reuniões nos dias 17 de janeiro (quinta-feira) às 19 horas, e no sábado (19/1) às 9 horas. As duas reuniões acontecem no auditório do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região – rua Luiz Niemeyer, 184 no centro de Joinville.

    O Sindicato apoia a iniciativa da Comissão em debater, discutir e propor a ideia da cooperativa, e para isso disponibiliza os espaços para reuniões do grupo, sempre acompanhando de perto como sempre atuou nessa crise da Busscar.

    Pequeno histórico
    Nas últimas reuniões convocadas pelo sindicato para prestar esclarecimentos a respeito da situação processual da Busscar Ônibus, logo após a decretação da Falência, foram indicados os nomes de alguns trabalhadores, que estão acompanhando a tramitação do processo e o andamento dos trabalhos. Todos se colocaram à disposição.

    A par disto, sem qualquer interferência no trâmite do Processo da Falência, surgiu a idéia de cooperativismo, que resultou do contato de membros da  UNISOL – União das Cooperativas do Brasil

    Assim, dentre os indicados, foram destacados alguns nomes, de vários setores, que se propuseram a fazer um estudo de viabilidade e elaborar  um primeiro esboço do projeto, que já foi apresentado para algumas instituições e autoridades.

    A idéia esta sendo apoiada pela UNISOL – UNIÃO DE COOPERATIVAS DO BRASIL e tem o apoio na discussão do tema pelo Sindicato dos Mecânicos, CNM/CUT, que se propõe a participar da discussão sobre a possibilidade de organizar-se em cooperativa e contribuir para retomada das atividades, objetivando a manutenção dos postos de trabalho.

    A idéia de cooperativismo, segundo a Comissão de Trabalhadores, vem se fortalecendo em função de que representa uma oportunidade aos ex-funcionários, em razão da reabertura dos postos de trabalho, a rentabilidade do negócio, com a possibilidade de ganhos a longo prazo.

    Já esta desenhada uma primeira idéia do projeto, um plano de viabilidade, a partir do conhecimento e experiências de cada posto, que será apresentado pela COMISSÃO DE TRABALHADORES nestas duas reuniões.

    Nestas datas o assunto será debatido, dúvidas serão esclarecidas, prestando informações complementares e, principalmente, buscar nomes que entendam e queiram participar deste desafio.

    A comissão de trabalhadores convida a todos para que compareçam e convidem outros ex-funcionários e interessados para conhecer a ideia da cooperativa, debater, esclarecer dúvidas e prestar informações complementares, e principalmente, buscar nomes que entendam e queiram participar do desafio da criação da cooperativa.

    Importante salientar que a possível criação de uma cooperativa de trabalhadores não interfere na tramitação do processo de falência da Busscar, que segue o rito normal do judiciário. O Sindicato orienta para que todos compareçam para conhecer a ideia, reproduzindo o convite aos seus colegas, até para saber do que se trata, e aí sim, decidir se participa ou não da ideia.

    Agendem-se e participem das movimentações em busca de oportunidades para profissionais que fizeram história na fabricação de ônibus no Brasil. Para os trabalhadores que desejarem fazer contato direto com os membros da Comissão de Trabalhadores, seguem os dados:

    O e-mail para contato sobre assuntos do projeto cooperativa é: coopbuss@gmail.com.

    NOME                                                  SETOR
    ADAIR BONATTI                                  QUALIDADE
    CARLOS OLIVEIRA MARTINS            PCP
    CLAUCIO PISKE                                 AR CONDICIONADO
    CLESIO COSTA                                  FABRICAÇÃO
    HUGO JORGE KUHN                          DESENV. PRODUTO
    LEANDRO OENNING MICHELS         PÓS VENDAS
    MOACIR                                               PREPARAÇÃO CHASSI
    NELZI JOÃO SOUZA                            MANUTENÇÃO
    OLAIR JORGE RODRIGUES              FABRICAÇÃO
    PEDRO DE MEDEIROS                     COMERCIAL
    TEREZINHA FÁTIMA NASCIMENTO    MONTAGEM COMPONENTES
    VOLNEI CLAUDINO                             PRODUÇÃO
    WILSON INOUE                                   ENG. / PÓS VENDAS

    Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

  • Busscar: trabalhadores querem criar cooperativa e retomar produção de ônibus

    Os ex-funcionários da Busscar Ônibus, também credores da massa falida já que o processo tramita na Justiça desde setembro deste ano, decidiram correr atrás de outra alternativa para a retomada dos postos de trabalho, produção e consequentemente, salários e renda. Reunidos em comissão, passaram a discutir a possibilidade de constituir uma cooperativa de trabalhadores com todos os interessados.

    O Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região está agindo dentro do que é sua determinação, acompanhando os passos e participando das reuniões do grupo para não haver surpresas. Do mesmo modo, cede suas instalações para as reuniões por se tratar de uma iniciativa dos trabalhadores, e por isso respeita e avaliza os encontros. O presidente Evangelista dos Santos já se manifestou sobre o tema em entrevistas à imprensa.

    — Muito complicado falar de cooperativa se não existe nada, ninguém está encabeçando a criação de uma, apenas conversando sobre o assunto —, esclareceu o presidente.

    Evangelista vê a criação de uma cooperativa como, quem sabe, uma oportunidade de continuar a fabricação das carrocerias. Porém, a preocupação do grupo é com relação aos créditos que espera receber da empresa. A maioria dos integrantes já tem emprego em outra empresa, porém continua participando do movimento.

    — As reuniões são multiplicadoras de ideias. É bom ter um grupo de trabalhadores se encontrando. Pois, quando o sindicato precisar reunir todo mundo, já há um grupo integrado nas questões da empresa —, concluiu.

    Reuniões acontecem em janeiro no Sindicato
    A ideia de cooperativismo vem se fortalecendo em função de que representa uma oportunidade aos ex-funcionários, não para serem funcionários, mas para ser sócios trabalhadores e responsáveis pelo negócio em sua integralidade. A razão maior é a reabertura dos postos de trabalho, e possibilidades de ganhos a longo prazo.

    Já está desenhada uma primeira ideia do projeto, um plano de viabilidade a partir do conhecimento e experiências de cada posto e função. Essa ideia será apresentada pela comissão de trabalhadores a todos os ex-funcionários que tem interesse, nos dias 17 de janeiro de 2013 às 19 horas, e também no dia 19 de janeiro às 9 horas na sede do Sindicato dos Mecânicos, localizada na rua Luiz Niemeyer, 184 no centro de Joinville (SC).

    A comissão de trabalhadores convida a todos para que compareçam e convidem outros ex-funcionários e interessados para conhecer a ideia da cooperativa, debater, esclarecer dúvidas e prestar informações complementares, e principalmente, buscar nomes que entendam e queiram participar do desafio da criação da cooperativa.

    Importante salientar que a possível criação de uma cooperativa de trabalhadores não interfere na tramitação do processo de falência da Busscar, que segue o rito normal do judiciário. O Sindicato orienta para que todos compareçam para conhecer a ideia, reproduzindo o convite aos seus colegas, até para saber do que se trata, e aí sim, decidir se participa ou não da ideia.

    Agendem-se e participem das movimentações em busca de oportunidades para profissionais que fizeram história na fabricação de ônibus no Brasil. Os trabalhos e ideias estão recebendo o apoio da Unisol – União de Cooperativas do Brasil e também da CNM/CUT.

    Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

  • Falência Busscar: recurso do MPSC também é negado pelo Tribunal de Justiça

    O Tribunal de Justiça de Santa Catarina não aceitou o recurso do Ministério Público que pedi a nulidade da Assembleia Geral dos Credores da Busscar, e por consequência, a revisão da decisão do juiz da 5a. Vara Cível Maurício Cavallazzi Póvoas, que decretou a falência da empresa.

    De acordo com a decisão da desembargadora Cláudia Lambert de Farias, o recurso do MPSC não foi aceito em virtude da falta de certidão de intimação da decisão de primeira instância, o que segundo a magistrada, “gera dúvida quanto a tempestividade do recurso”. A decisão pela falência em Joinville foi protocolada dia 27 de setembro de 2012, e o agravo de instrumento deu entrada no TJ apenas em 29 de outubro.

    “Desta forma não se tem condições de aferir precisamente a data de início da contagem do prazo recursal, com vistas à averiguação de sua tempestividade”, escreveu a desembargadora em seu despacho. O documento protocolado pela promotora de justiça, Angela Valença Bordini, da 6a. Promotoria da Comarca em Joinville apontava irregularidades na condução da assembleia. Entre elas, o indeferimento do pedido de suspensão da assembleia por mais 30 dias realizado pelo BNDES.

    Do Sindicato dos Mecânicos e Notícias do Dia

  • Falência Busscar 2: Sindicato e Comissão de Trabalhadores se reúnem na sexta-feira (9/11)

    Dando continuidade ao grande trabalho de orientação e organização dos trabalhadores e trabalhadoras da Busscar no processo de falência iniciado em 27 de setembro passado, o Sindicato dos Mecânicos está convidando a todos os interessados em saber mais sobre a novela que agora está na Justiça Comum para que participem da reunião da Comissão de Trabalhadores que acompanhará a tudo junto com o Sindicato. O encontro está marcado para esta sexta-feira, dia 9 de novembro, às 18 horas na sede central da entidade em Joinville (SC), localizada na rua Luiz Niemeyer, 184.

    Essa decisão de formar uma Comissão de Acompanhamento já é prática desde o início da crise, que depois se transformou em processos judiciais na Justiça do Trabalho, e Comum, buscando manter os trabalhadores informados a cada passo, e participantes das decisões que necessariamente serão tomadas em determinados momentos do processo de falência. Segundo o presidente Evangelista dos Santos, é preciso sistematizar e manter organizadas as informações para os trabalhadores.

    “Já realizamos assembleias em frente à empresa, fora dela, na sede central, em vários momentos. Depois criamos a Comissão, que agora toma outra forma já que o momento é de acompanhar passo a passo o processo de falência na Justiça. A Comissão sempre se reunirá quando necessário, e através dela e do Sindicato, os trabalhadores poderão se informar corretamente, com verdade e transparência, prática de sempre da nossa entidade. Por isso, quem ainda não esteve nas reuniões, ou não pôde participar, poderá estar conosco na próxima sexta-feira, e será muito bem vindo”, informa o Presidente.

    O Tribunal de Justiça de Santa Catarina negou recurso da empresa que pedia a suspensão da decisão do juiz Maurício Póvoas, pela falência, e agora vai analisar outro pedido, este do Ministério Público de Santa Catarina, que busca também suspender o processo. O Sindicato reafirma sua confiança na Justiça e espera que a decisão favoreça os trabalhadores, únicos atingidos diretamente com a falta de pagamento de salários, direitos trabalhistas e FGTS e outros.

    Do site do Sindicato dos Mecânicos