Um desapego doloroso…

Olá leitores do Palavra Livre, estamos começando 2022 por aqui, e já escolhi um tema para o primeiro post, o desapego. Quem nunca teve que “deixar” algo que gosta para trás porque não teria como seguir com o objeto, a pessoa, a roupa, etc, para o novo lugar? Muita gente não é? Comigo vai acontecer o mesmo. Um desapego muito doloroso porque mexe com memórias, aprendizados, investimento de uma vida.

Eu e parte dos meus tesouros, uma biblioteca que carrega uma vida de aprendizado e investimento

Falo dos meus livros. Tenho uma biblioteca pessoal que reúne cerca de 600 a 650 títulos dos mais diversos temas. A maioria deles ligada a literatura, poesia, biografias, outros muitos de jornalismo, assessoria de imprensa, consultoria, direito, justiça, alguns de autoajuda, até uma enciclopédia Barsa tenho. Existem livros que nortearam o início de minha trajetória profissional, treinamento e desenvolvimento de pessoas, consultoria, e muitos presentes com autógrafo e tudo o mais.

Eles são verdadeiros tesouros da minha vida. E tem mais: dentro deles guardo recordações dos meus filhos quando eram menores e desenhavam, faziam cartinhas de amor para mim. Há fotos nossas, e outros tantos bilhetes que só mexendo em cada um deles saberia o que contém. Pura magia, emoções de tempos outros, lágrimas e sorrisos, vitórias e derrotas, desencantos, sonhos, tantas coisas! Mas eu preciso desapegar.

Para onde vou não será possível levá-los. Não caberão em uma mala, e o custo de transporte inviabiliza, bem como não saber o tamanho do espaço que vou residir. Assim, o coração dói, chora, sangra. Só quem tem uma relação afetiva com os livros, a leitura, a literatura, vai entender. Desde pequeno cresci entre livros, leituras, todas incentivadas por meus pais. Assim aprendi a escrever bem, me destacar na escola pelas redações, e depois atuar no jornalismo. Conheci culturas que jamais visitei. Tive mestres do marketing, gestão, jornalismo que jamais vi pessoalmente. Um valor inestimável.

Agora estou na fase inicial do desapego. Busco através dos amigos e amigas ideias para o que fazer com esta biblioteca. Pensei inicialmente em propor um projeto social que incluiria implementar uma biblioteca comunitária onde existiriam ações de incentivo a leitura, produção de textos, encontros literários, varais literários, declamação de poesias e textos, empréstimos de livros com organização, enfim, um propósito de educação e formação da cidadania. Assim, creio, todo o meu esforço financeiro, intelectual, teria um resultado efetivo que é formar novos cidadãos leitores, pensadores, prontos para a vida real.

Não sei ainda o que fazer realmente. Estou lendo as sugestões de amigos e amigas queridos, queridas, e vou decidir. Um pedaço da minha vida, importantíssimo, vai ficar em algum lugar, e gostaria que fosse um belo lugar cuidado, protegido e perene. Será que consigo?

País recebeu mais 26 bibliotecas a partir do final de semana

Unir comunidade e escola em bibliotecas. Esse é um dos principais objetivos do projeto Sala de Leitura, realizado pelo Instituto Oldemburgo de Desenvolvimento, em parceria com o ministério da Cultura. A iniciativa, que leva livros de todos os interesses para comunidades de todo o país, surgiu em 2003, a partir de doações para instituições públicas. Com apoio do governo, em 2008, o programa cresceu e passou a capacitar agentes de leituras, além de montar as salas de leitura. Desde 2008, o projeto já formou 3 mil agentes em 23 estados e, desde 2003, implantou 788 salas. Desde sábado (27/9), inaugurará outras 26.

Além de incentivar a leitura – com acervo para crianças, jovens e adultos que normalmente não têm acesso a livros –, o Sala de Leitura busca promover a integração do binômio escola-comunidade. Prioritariamente implantado em instituições educacionais, o projeto tem como objetivo principal fortalecer os laços de cooperação com a escola e fomentar polos culturais nas comunidades contempladas.

“Nós começamos em 2003, doávamos acervo para escolas, hospitais e dávamos um manual para montar a sala de leitura. Até 2008 era assim. A partir daí conseguimos aprovacão do ministério da Cultura para realizar também a capacitação de agentes de leitura, fizemos em todo Brasil”, explica Cristina Oldemburg, diretora executiva do Instituto Oldemburg de Desenvolvimento e idealizadora do projeto. “É um projeto comunitário e cultural, queremos trazer as pessoas da comunidade para dentro da escola. A biblioteca é instrumento de relacionamento entre escola e comunidade”, completa.

Nos próximos meses, a iniciativa inaugura outras 26 bibliotecas comunitárias, em três estados. No Rio de Janeiro, elas estarão localizadas no Morro Dona Marta, na cidade do Rio, e em Petrópolis, na região serrana do estado; em Minas Gerais, em Ouro Preto e no município de Recreio (MG) e no Espírito Santo na cidade de Vitória (ES). Até o final do ano, serão 814 salas de leitura espalhadas pelo país.

O acervo de cada sala de leitura conta com mil livros, para diversas faixas etárias e áreas de interesse, como: literatura, ciências sociais, história, artes, filosofia e esporte. E, para aproximar o público da literatura brasileira, as salas de leitura homenageiam autores nacionais tais como Dias Gomes, Graciliano Ramos e Rubem Braga, cujas obras fazem parte do acervo.

Do MinC

Feira do Livro de Joinville tem projeto aprovado no Pronac

O Instituto da Cultura e Educação, responsável pela organização da Feira do Livro de Joinville, deu largada à captação de recursos para a realização da décima edição do evento, que ocorrerá de 5 a 14 de abril de 2013. Com a aprovação do projeto no Pronac – Programa Nacional de Apoio à Cultura, empresas interessadas em utilizar os benefícios da Lei Rouanet já podem se integrar ao maior evento literário de Santa Catarina como patrocinadoras. Informações pelos telefones (47) 3422-1133 e 9972-2204 com a presidente do Instituto e idealizadora da Feira do Livro Sueli Brandão.

Conforme Sueli, a edição comemorativa ao décimo aniversário do evento está  sendo preparada para ser um marco desta história de sucesso. Com a confirmação, nesta semana, do nome da escritora carioca Eliana Yunes, a organização vai ampliando a grade de convidados, da qual já faz parte outros autores nacionais como Marina Colasanti, Ignácio Loyola de Brandão, Roseana Murray, Leo Cunha, Domingos Pelegrini, Maria Antonieta Cunha, André Vianco, Thalita Rebouças, Monica Buonfiglio, Liliane Prata, Chris Guerra e o desenhista de quadrinhos Daniel HDR. Dois escritores internacionais – Martin Koan (Argentina) e Carlos Liscano (Uruguai) – também estarão em Joinville. Também foram convidados e aguarda-se confirmação de Mia Couto e Sonia Bridi.

Ao lado da participação dos autores convidados e muitas outras atrações para o público, o Congresso para Professores faz parte da programação, discutindo o tema “Práticas leitoras – Ler é conquistar a liberdade”. O congresso é coordenado pelo Núcleo de Escolas de Educação Profissional da ACIJ – Associação Empresarial de Joinville, e pretende reunir 450 profissionais ligados à área educacional num roteiro de palestras, oficinas e encontros com escritores que estarão na Feira do Livro.

“Estamos preparando um grande evento e contamos com a sensibilidade das empresas e de pessoas que entendem que a cultura e a educação serão sempre o caminho mais fácil para uma sociedade cada vez melhor”, afirma Sueli Brandão. A Feira do Livro de Joinville é uma realização do Instituto da Cultura, Educação, Esporte e Turismo, com apoio do Núcleo de Escolas de Educação Profissional da ACIJ, SESC Joinville, Fundação Turística, Secretaria de Educação, Fundação Cultural de Joinville e Prefeitura, com apoio da Associação Nacional de Livrarias, AN Escola, Univille e Proler.

Feira do Livro de Joinville 2012 cheia de novidades

Ler é conquistar a liberdade. Com este slogan que diz muito o que representa a leitura na vida da gente, foi apresentada na manhã desta terça-feira (14/2) a 9a. Feira do Livro de Joinville, que promete ser um evento de causar inveja a outras cidades e até estados aqui do sul brasileiro. Sueli Brandão, a idealizadora e lutadora que empreendeu toda sua energia nessa vereda, apresentou um pouco do que a população, turistas, cidadãos enfim, terão o prazer de curtir durante os dez dias da Feira que inicia dia 12 de abril e segue firme até o dia 22 do mesmo mês.

Presentes ao evento o prefeito Carlito Merss, o secretário de Educação Marquinhos Fernandes, o presidente da Fundação Cultural, Silvestre Ferreira, o vereador James Schroeder – que conseguiu o patrocínio da Britania para essa edição, parabéns a ele – os apoiadores da leitura do Senac, da Univille, alguns empresários, escritores como o coordenador da Confraria do Escritor da cidade, Jura Arruda, e imprensa em geral. Dados interessantes ouvi no evento.

Primeiro que teremos aqui a presidenta da Academia Brasileira de Letras, a escritora Ana Maria Machado, também Alcione Araújoque também é membro da Academia, o sambista, compositor e também escritor Martinho da Vila – dá-lhe samba! – a atriz Eliane Giardini, o jornalista e blogueiro Sergio Rodrigues, e tantas outras personalidades da cultura, artes, literatura, cinema  que ainda serão anunciadas, segundo Sueli Brandão.

Ouvi também que Joinville já tem em andamento três ônibus da leitura, espalhando letras, leitura e cultura pelos bairros. Também soube que na área rural da cidade já existem 13 pontos da Arca das Letras, com cerca de 200 volumes em cada um deles, levando a leitura até nossos produtores e seus familiares. Não bonito isso? Também ouvi que há os saraus pelas bibliotecas municipais, e que o projeto Sacola do Livro está de vento em popa na rede municipal. E, vejam que bacana, que em breve a cidade contará com 100 agentes da leitura visitando as comunidades com maior vulnerabilidade social, levando livros a quem precisa matar a sede de letras e se encantar, se achar nas viagens que os livros oferecem.

Ou seja, fico muito feliz que nossa cidade esteja se transformando, ainda que lentamente, em cidade dos livros, de leitores, de produtores de livros, romances, peças de teatro, roteiros de cinema e documentários. Cidade desenvolvida se faz com educação, cultura, arte, literatura, lazer, saúde, para todos. Parabéns Sueli por esse trabalho que está chegando a sua maioridade, e vai dar um salto qualitativo ainda maior a cada edição. Parabéns ao prefeito Carlito, sua equipe, aos apoiadores da Feira do Livro. Vocês estão escrevendo um capítulo importantíssimo da história de Joinville que será exaltado, podem crer.

Porque é melhor termos viciados em livros, em leitura, em arte, educação e cultura, do que termos dependentes de drogas que buscam viajar pela química, e se encontram quase sempre na morte.  E que as empresas joinvilenses, que aqui tanto lucram, e assim também pagam impostos ao Governo Federal e Governo Estadual, invistam parte disso em eventos como esse, via incentivo a cultura. Penso que não é preciso vir uma empresa de outro estado para dar a lição de casa em nossos empresários. É muito simples, e melhor, não sai dos lucros, sai mesmo é dos impostos. Ah, antes que me esqueça, parabéns ao amigo e grande profissional Ronaldo Correa, que organizou o evento para a imprensa com maestria de sempre. Grande Ronaldo, que bom abraçá-lo e trocar ideias contigo.