Ciência – Estudo preliminar indica que vacina tríplice viral diminui pela metade o risco de ter Covid-19 sintomática

Os voluntários vacinados com a tríplice viral tiveram redução de 54% na possibilidade de ter sintomas de Covid-19, enquanto o risco de serem internados caiu para 74%. Esses são os dados de uma pesquisa que está sendo realizada pelo Centro de Pesquisa do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc). As informações ainda são preliminares.

A tríplice viral, como é conhecida a vacina MMR, que age contra sarampo, caxumba e rubéola, usa microorganismos vivos e atenuados. Vários estudos têm demonstrado que esse tipo de imunizante apresenta uma excelente resposta imunológica a vários outros agentes, a chamada imunidade heteróloga. Desde julho, os pesquisadores catarinenses estão estudando o seu efeito na prevenção e na severidade da Covid-19, causada pelo novo coronavírus.

O Centro de Pesquisa no HU-UFSC está fazendo a pesquisa com 430 voluntários da área da saúde. Uma parte recebe o imunizante e a outra, placebo (substância inativa). O estudo ainda está em andamento, com avaliação clínica e exames PCR dos participantes, com previsão de ser finalizado em março. Os dados acima fazem parte de uma “NOTA PRÉVIA – Análise Interina de Dados”.

De acordo com o professor Edison Natal Fedrizzi, coordenador do estudo, uma “análise interina” é realizada quando já é possível verificar a eficácia de uma substância em relação ao placebo. “Não é a análise final. No decorrer do estudo, vamos fazendo algumas análises para avaliar possíveis efeitos colaterais e a eficácia do tratamento. Quando a gente tem um resultado significante, que está demonstrando a realidade, já começamos a divulgar porque provavelmente ele vai se manter ou melhorar até o final do estudo”, explicou.

A ideia por trás do estudo não é substituir as vacinas específicas, que já estão sendo administradas no Brasil. A tríplice viral, amplamente usada no Sistema Único de Saúde, pode ajudar na estratégia de vacinação. Como mostra a nota: “Estes resultados são bastante animadores, pois trata-se de uma vacina não específica para o novo coronavírus, mas que mostrou resultados de eficácia semelhante a algumas vacinas específicas divulgados recentemente. Em hipótese alguma a vacina tríplice viral irá substituir a vacina específica. No entanto, seria muito útil se fosse possível vacinar os grupos não prioritários com esta vacina até que tenhamos a disponibilidade de vacinar toda a população com as novas vacinas contra a Covid-19”.

O estudo da UFSC também está avaliando por quanto tempo a tríplice viral age contra o novo coronavírus. A hipótese é de que seja de três a seis meses, caso o paciente receba uma dose, ou oito meses a um ano, no caso de duas doses.

Isso porque a tríplice viral, contra o coronavírus, age de uma forma diferente das vacinas específicas. “Estamos usando um efeito deste tipo de vacina que é a primeira fase da imunidade, a imunidade nata. A imunidade de longo prazo é chamada de humoral, associada à produção dos anticorpos específicos contra o microorganismo alvo da vacina. A humoral produz anticorpos. A celular é a produção de células de defesa do nosso organismo no primeiro combate frente a um organismo agressor. É uma proteção contra qualquer infeção”, informou Fedrizzi.

Além da Fapesc, o estudo também conta com apoio do Laboratório FioCruz – Bio-Manguinhos, Secretaria Estadual de Saúde (SES – LACEN) e Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis (SMF).

Investimento da Fapesc

A Fapesc investiu aproximadamente R$ 2,2 milhões em ações contra Covid-19 em Santa Catarina, incluindo pesquisas e desenvolvimento de produtos para combater a pandemia e seus efeitos. O estudo da tríplice viral é um dos cinco projetos aprovados no edital 06/2020 e recebeu cerca de R$ 100 mil para o desenvolvimento.

Há também pesquisas sobre testes mais seguros para diagnósticos da doença, produção de tecido pulmonar humano e ativação de laboratório na Serra catarinense. A conclusão de alguns projetos será divulgada nos próximos meses.

Para o professor Amauri Bogo, diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação e presidente em exercício da Fapesc, fica clara a importância da ciência para a sociedade durante a pandemia. “A Fapesc está cumprindo seu papel ao dar suporte a uma série de pesquisas e inovações para o enfrentamento da pandemia. Alguns resultados já foram divulgados, mas, em breve, haverá outros”, afirmou.

  • com informações da Secom/Gov

Lei Geral de Proteção de Dados terá vigência imediata, decide o Senado

O Senado aprovou, nesta quarta-feira (26/8), por unanimidade, a vigência imediata da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Os parlamentares derrubaram o artigo da Medida Provisória 959/2020, que adiava o início da validade para 31 de dezembro de 2020.

Assim, a lei terá vigência imediata, mas as multas serão aplicadas apenas a partir de 3 de agosto de 2021. A data original para o início das penalidades era 14 de agosto de 2020, dois anos após a sanção original da LGPD. O texto segue, agora, para sanção do presidente Jair Bolsonaro.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), declarou a “prejudicialidade” do trecho após parlamentares argumentarem que o tema já foi deliberado pela Casa anteriormente e que foge do assunto originalmente tratado na MP, que define regras para bancos federais pagarem benefícios a trabalhadores durante a pandemia.

A decisão é considerada uma derrota para o governo, que apontava a pandemia como um fator para adiar o início da vigência da legislação.

A aprovação no Senado rendeu elogios de especialistas, mas reforça a pressão sobre o governo para a criação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), agência que será responsável pela aplicação da lei e que tem instalação ainda indefinida. “É claro que a entrada em vigor da LGPD sem a ANPD não é cenário ideal, mas o Brasil perderia mais se a lei fosse prorrogada mais uma vez”, disse Bruno Bioni, fundador e professor do Data Privacy Brasil.

Entenda mais sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)
A lei, de 2018, cria um marco legal para a proteção de informações pessoais de brasileiros, como nome, endereço, e-mail, idade, estado civil e situação patrimonial. A legislação é baseada em leis internacionais de proteção de dados e tem como principal inspiração as regras de privacidade recentemente estabelecidas na União Europeia (GDPR, na sigla em inglês).

Para uma empresa ter acesso a dados, será preciso o consentimento dos usuários para o fim específico de como as informações deverão ser usadas. A legislação também obriga que empresas ou órgãos públicos excluam os dados após o fim da relação com cada cliente.

Outra novidade é que a legislação obriga que empresas digam quais dados pessoais estão em sua posse quando isso for solicitado por brasileiros.

Para o advogado Mario Barros Filho, sócio do escritório BFAP Advogados, um dos pontos que deve gerar um grande debate jurídico é sobre as penalidades e sanções estabelecidas na nova lei. 

“Importante pontuar que as penalidades previstas na LGPD estão suspensas até agosto de 2021. Entretanto, a lei poderá ser evocada pelo Ministério Público, Procons e fundamento de decisões judiciais na discussão da responsabilidade das empresas em relação a coleta e análise de dados pessoais”, afirma.

As empresas que descumprirem a lei poderão ser autuadas e multadas em até 2% do seu faturamento bruto ou R$ 50 milhões por infração, além de poderem ser responsabilizadas no âmbito civil e criminal a depender do tipo de infração e dano provocado.

O advogado Marco Antonio Loschiavo Leme de Barros, consultor do escritório BFAP Advogados, ressalta que, apesar da importância da nova lei, está em aberto a criação da agência que fiscalizará a efetividade das novas regras.

“Importante conquista da sociedade, a vigência da LGPD vai contribuir para a efetivar as liberdades civis no Brasil, sobretudo agora no âmbito dos dados pessoais em destaque nas relações digitais em razão da pandemia. Capítulo ainda aberto é sobre a implementação da autoridade nacional, que deve ganhar novos contornos”, pontua.

Veja a seguir perguntas e respostas sobre a lei:


1 – O que é a LGPD? Quando entrou em vigor?

A Lei nº 13.709/2018, conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD, entra em vigor em 27 de agosto de 2020. A vigência da LGPD – na esteira de recentes casos estrangeiros de sucesso – representa um significativo avanço na área de proteção de dados pessoais no Brasil. Esta lei geral integra o direito à proteção de dados e à privacidade a vários setores que impactam a nossa atividade diária: relação de consumo, relação de trabalho, relação econômica e junto ao Estado.

2 – Quais os novos direitos importantes desta nova lei para o cidadão?

Todos nós estamos conectados, sobretudo durante a pandemia que enfrentamos, e a maioria das atividades que você realiza diariamente online – seja os diferentes formulários e cadastros preenchidos, acessos a páginas e todas as outras tecnologias usadas – deixa para trás uma quantidade gigantesca de dados pessoais.

Certamente, para algumas empresas, coletar dados, analisar e vincular bancos de dados diferentes representa uma possibilidade econômica de aprender informações muito pessoais sobre você e obter detalhes sobre sua vida e a vida daqueles com quem você se importa, de forma que jamais teria pensado ou lembrado! Apenas para ilustrar, a possível publicação de fotos em redes sociais possibilita que programas de reconhecimento facial o encontrem, novamente, quando atravessar a rua. Diante dessa situação, você precisa de maior conhecimento e às vezes proteção jurídica.

Como titulares dos dados, agora você está ciente da importância da LGPD nas suas atividades diárias. Mas, como sempre, para efetivar e zelar por tais garantias, você não precisa apenas conhecer os direitos, mas também necessita reivindicá-los ativamente.

A LGPD inclui várias disposições para facilitar o exercício de seus direitos e receber proteção efetiva pelas autoridades nacionais de supervisão e pelo sistema judicial. Faça uso de seus direitos para provocar uma mudança no comportamento de controladores e processadores – a aplicação pública não pode fazer isso sozinha.

3 – Que dados estão protegidos pela LGPD?

Estão protegidos pela lei, por exemplos, os dados de identificação pessoal: nome, e-mail, CPF, telefone e endereço, entre outros, bem como dados identificáveis, ou seja, dados que mesmo que não identifiquem uma pessoa diretamente, possam revelar sua identidade quando cruzados com outros dados disponíveis.

E também os dados sensíveis: relacionados a condições de saúde, preferências religiosas, políticas, entre outros.

As empresas, agora, terão que tomar muito cuidado com o trânsito desses dados coletados. Estarão protegidos todos os dados de qualquer pessoa que passar por um ou vários dos seguintes procedimentos coleta, produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transmissão, distribuição, processamento, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação ou controle da informação, modificação, comunicação, transferência, difusão ou extração.

4 – A LGPD se aplica a todas empresas?

A nova lei se aplica a toda empresa de qualquer setor e tamanho que colete ou armazene dados pessoais. Por exemplo, qualquer loja comercial que pede o CPF para dar um desconto ou registrar na nota fiscal; os prédios e condomínios comerciais e residenciais que registram dados pessoais para a entrada de visitantes, entre outros setores da economia, por exemplo, saúde, sistema financeiro, construção civil e setor imobiliário, educação e pesquisa.

5 – O que acontece se uma empresa descumprir a lei?

As empresas que descumprirem a lei poderão ser autuadas e multadas em até 2% do seu faturamento bruto ou R$ 50 milhões por infração, além de poderem ser responsabilizadas no âmbito civil e criminal a depender do tipo de infração e dano provocado.

6 – Quem é o encarregado (Data Protection Officer) e qual é sua importância para a atividade empresarial?

O encarregado (Data Protection Officer – DPO) é um prestador de serviço, especializado no âmbito de proteção de dados pessoais e segurança da informação, que assegura conformidade legal e monitoramento dos tratamentos de dados dentro da empresa, sendo o principal canal de comunicação entre a empresa, os titulares dos dados e a autoridade administrativa.

As principais atuações do encarregado são aceitar reclamações e comunicações dos titulares, receber comunicações da autoridade nacional e adotar providências, bem como orientar funcionários e os contratados da empresa a respeito das práticas necessárias ao tratamento de dados pessoais.

A nomeação de um encarregado é fortemente recomendada quando as atividades empresariais consistem em operações de processamento que requerem monitoramento regular e sistemático dos titulares de dados em larga escala; sendo sugerido uma consulta em setores da economia que lidam diretamente com o consumidor.

  • com informações do Correio Braziliense e Ag. Senado

Energia – Mercado livre de energia deve ter um crescimento acima da média

A Vektor Energia, que atende o mercado livre de energia em todo o Estado de Santa Catarina, prevê um salto de 40% na migração de empresas para o mercado livre de energia ainda este ano e até 2021. Esse crescimento se deve especialmente aos efeitos da pandemia do coronavírus, que derrubou o PIB e, por consequência, também o consumo de energia elétrica no Brasil.

O mercado livre de energia se tornou uma boa opção para os empresários, especialmente durante a pandemia, por gerar redução nos gastos com a conta de conta de luz, que pode variar entre 15% a 40%. Esse modelo se apresenta como uma alternativa viável e muito mais acessível em relação ao mercado tradicional de energia elétrica, atualmente operado pela Celesc em Santa Catarina.

A diminuição de preços pode ser explicada pelas próprias particularidades de cada mercado: enquanto no mercado livre o consumidor pode escolher livremente o seu fornecedor de energia; no mercado cativo (ou regulado), a contratação ocorre de forma exclusiva e compulsória com a distribuidora local. Todos os consumidores residenciais estão nesse mercado cativo, assim como a maioria do comércio, pequenas indústrias e consumidores rurais.

Além da redução nos gastos com eletricidade, o mercado livre de energia permite ao próprio consumidor negociar livremente todas as condições de contratação da energia que irá consumir: o fornecedor de quem irá adquirir, o período de contratação, o preço praticado, o percentual de reajuste e como ele será feito e o volume de consumo (se será linear ou em quantidades diferentes, no caso de ramos sazonais).

Essa liberdade na contratação dá a ele o benefício de prever todos os custos que a empresa terá com energia elétrica ao longo do período de contratação do serviço, permitindo direcionar o orçamento a outros setores. Além disso, também o protege das variações de preços, muito comuns no mercado cativo: não há surpresas na conta, nem riscos de revisão repentina nas tarifas de energia.

No mercado cativo, o consumidor é atendido pela concessionária de distribuição que possui monopólio de serviço. No caso, quando o contrato é feito com a distribuidora, é como se o consumidor custeasse dois produtos de naturezas distintas: o transporte da energia (que é o papel principal dessas concessionárias) e a compra da energia propriamente dita (que ela oferece em complemento à distribuição). Nesta modalidade, a distribuidora não possui qualquer controle sobre as tarifas praticadas ao usuário, já que elas são reguladas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – e, portanto, estão sujeitas à volatilidade do mercado.

Migração deve ser a maior dos últimos anos
O mercado livre de energia está em crescimento no Brasil e a nova onda de migração prevista para este momento é a maior nos últimos cinco anos – desde a recessão econômica ocorrida entre 2015 e 2016. Atualmente, a modalidade representa 31% do volume total de energia consumida no Brasil.

O maior público a migrar neste momento deve ser as empresas de médio porte que tenham um custo mensal de energia acima de R$ 35 mil mensais e que possuam uma demanda contratada acima de 500 kW junto à Celesc. Esse montante que pode ser oriundo de uma única unidade ou, então, de um grupo de empresas com o mesmo CNPJ. Neste caso, para fazer a migração, basta apenas fazer uma somatória das demandas até que o limite mínimo permitido por lei seja atingido.

“Estamos diante de um grande ponto de inflexão no mercado livre de energia. A pandemia abriu uma janela de oportunidade capaz de oferecer diferenciais extremamente competitivos para as empresas que exercerem o direito de escolha em ser livre ”, explica o diretor da Vektor, Sandro Bittencourt de Souza. A Vektor Energia faz parte do Grupo Ascensus, de Joinville. 

Só em julho de 2020, o mercado livre de energia recebeu 1.434 novos consumidores, o que representa um aumento de 23% nos últimos 12 meses. Em 10 anos, esta modalidade já cresceu oito vezes no país. Em 2010, 940 empresas já haviam migrado para o mercado livre, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Em 2020, esse número já está em 7.689.

No setor industrial, o mercado livre de energia já é uma realidade quase unânime: 85% da energia consumida por elas no país é proveniente dessa modalidade. E a Vektor estima que, até 2028, ela irá representar mais de 70% de toda energia consumida no Brasil. Ou seja: há muito espaço para conquistar.

O Brasil caminha ainda para uma expansão ainda maior o mercado livre de energia. Há dois projetos de lei em tramitação no Congresso para prever a adoção de uma portabilidade generalizada, permitindo que todos os brasileiros possam escolher o seu fornecedor de energia, independente do montante contratado.

Além disso, a Aneel e a CCEE têm prazo até 31 de janeiro de 2022 para apresentar um estudo sobre as medidas regulatórias necessárias para permitir essa abertura do mercado livre para todos os consumidores. A ideia é que isso aconteça já a partir de 1º de janeiro de 2024.

Como funciona o mercado livre de energia
O mercado livre de energia significa exatamente o que diz o nome da modalidade: o consumidor pode escolher livremente o seu fornecedor de energia. Quando há interesse em fazer a migração do mercado tradicional para o mercado livre, empresas como a Vektor tem o papel de ajudar o cliente a verificar se ele está apto para adentrar nesta nova modalidade. O passo seguinte é dar início a uma análise técnica pormenorizada e gratuita para levantar a viabilidade econômica e os benefícios que uma eventual migração poderia oferecer à empresa.

O que acontece, então, é uma portabilidade da conta de luz, em que o consumidor migra do mercado tradicional para o fornecedor que ele escolheu. A princípio não há qualquer custo com a migração. Um eventual investimento só vai ser necessário caso o consumidor não esteja com os medidores dentro do padrão especificado pela concessionária de distribuição – que, neste caso, vai exigir adequação. Se houver benefícios, é feita a portabilidade: é preciso comunicar a Celesc da rescisão contratual com 6 meses de antecedência de sua renovação.

Todas as condições para compra e consumo de energia são negociadas entre a empresa e o fornecedor de energia, incluindo o preço cobrado, o reajuste anual e o volume de energia fornecida. No caso de utilizar menos que o contratado, é possível vender a energia que sobrou a outro consumidor dentro do mercado livre.

Já no caso de ser necessário uma quantidade maior que a contratada, o consumidor continua utilizando o serviço normalmente e, ao fim daquele período, faz um pagamento extra correspondente ao excesso. Portanto, não há qualquer chance do consumidor ficar sem o fornecimento de energia: o risco disso acontecer é o mesmo do mercado cativo, já que a energia vem do mesmo lugar em ambas as modalidades. 

Ciser lança sua “loja on line”, iniciativa inédita no seu segmento

A Ciser — maior fabricante de fixadores da América Latina, que atua no fornecimento de soluções industriais para diversos segmentos, contando também com um portfólio completo em fixadores, produtos para o segmento da construção civil e correlatos — lança sua loja online, uma ferramenta inédita na indústria de fixação, desenvolvida exclusivamente para os seus clientes de todo o Brasil.

A iniciativa reforça o posicionamento da marca — já reconhecida pela inovação de seus produtos e, agora, em processos  —, ao ser a primeira empresa do segmento de fixadores a oferecer um canal digital para compras online. O planejamento da Loja Ciser se iniciou no final de 2019 e tinha previsão para conclusão em dezembro deste ano. Porém, com a mudança de hábitos de consumo e comportamentos dos clientes, devido à Covid-19, a empresa decidiu acelerar o processo e antecipar o lançamento do canal. A loja online faz parte do planejamento estratégico digital da Ciser, rumo à indústria 4.0. 

“Aproveitamos a mudança no comportamento das pessoas para antecipar algo que já estava latente em nossa estratégia de canais de vendas, que é a ampliação para o ambiente digital”, destaca Renato Fiore, gerente geral de Vendas e Marketing da Ciser. “Estar presente no meio digital é essencial para manter a Ciser como referência no mercado e expandir nossos negócios. Foi e tem sido um desafio transformador para a companhia. Atuar neste ambiente é fundamental para Ciser continuar sendo referência e líder no seu segmento”, frisa.

Como funciona
A nova ferramenta tem como objetivo facilitar a vida dos clientes, simplificando processos e reduzindo tempo de cotação e compra. A partir do acesso ao endereço online, o sistema permite que, independentemente da localização ou do tipo de dispositivo utilizado, o cliente consiga colocar pedidos ou consultar informações sobre os produtos de uma forma ágil, intuitiva e inteligente. Com total segurança e sigilo das informações fornecidas, o canal fica disponível 24 horas, nos sete dias da semana. Nele, também é possível realizar consulta de preços e tributos online, em tempo real, uma vez que a plataforma está integrada ao SAP, sistema integrado de gestão empresarial (ERP) da Ciser.

Estrutura e tecnologia
Para que o lançamento fosse antecipado, reforços foram contratados e um time focado foi estruturado. A tecnologia escolhida pela Ciser foi a SAP Hybris Commerce, implantada em parceria com a empresa de tecnologia FH Consulting e a agência de comunicação BriviaDez. Desenvolvido em conjunto com as áreas de marketing, vendas e tecnologia da informação da Ciser, o modelo de plataforma é utilizado também por outras grandes marcas como Arezzo, Leroy Merlin, Carrefour, Hering, Etna, entre outras.

Como acessar
Para visualizar o catálogo de produtos oferecidos na loja, o cliente precisa entrar no endereço loja.ciser.com.br. É possível navegar, preencher o carrinho e enviar uma cotação sem a necessidade de login. A visualização de preços e implantação de pedidos é liberada após a efetivação do cadastro do cliente. Para os clientes Ciser, será disponibilizada uma lista de espera e, após a configuração da conta do cliente, o acesso será liberado. Para os clientes novos, o cadastro precisa ser aprovado para realizar a primeira compra.

Com login e senha ativos, é possível realizar os pedidos em qualquer data e horário, ou seja, também fora do horário comercial, sem comprometer a rotina — tudo de forma autônoma e em poucos cliques. Em breve a plataforma também será disponibilizada para os clientes que atuam em outros países.

A Ciser tem capacidade produtiva de 6 mil toneladas/mês e portfólio de 27 mil produtos divididos em 500 linhas, para atender clientes em mais de 20 países. Mais de 1.500 colaboradores estão divididos entre as unidades de Araquari/SC e Sarzedo/MG. As instalações se completam com o centro de distribuição e o centro administrativo, situados em Joinville/SC.

A companhia, que completou 60 anos em 2019, segue investindo fortemente em inovação tecnológica e conduz ações de responsabilidade socioambiental. Ao longo de seis décadas de investimentos, aquisições e ampliação dos segmentos em que atua, a Ciser se tornou uma das maiores empresas de Santa Catarina. Seus produtos cobrem diversos segmentos, como agronegócio, energia solar, moveleiro, metalmecânico, construção civil, estruturas metálicas, automotivo, linhas branca e marrom, petróleo e gás, eletrônica e varejo da construção civil.

Covid-19: Novo teste rápido, mais seguro, está em desenvolvimento em SC

A estudante Rahisa Scussel iniciou o doutorado em 2020 com um grande desafio: desenvolver um teste rápido mais seguro para detectar Covid-19, doença que impactou o mundo todo. A jovem pesquisadora sai de casa todos os dias, de segunda a sexta-feira, para ir até o laboratório da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc). Faz as análises, ainda em computador, com ajuda do orientador e professor Ricardo Andrez Machado de Avila. Todo esse esforço é para garantir até setembro um importante avanço: encontrar moléculas que vão permitir identificar de maneira rápida e eficiente o vírus em pacientes contaminados.

Com esse resultado em mãos, será possível iniciar as análises clínicas e comprovar na prática o que está sendo testado usando a bioinformática, tecnologia que permite analisar e interpretar dados biológicos. O recurso tem sido usado frequente nos estudos de Covid-19 para entender com profundidade a composição do novo vírus. Já a etapa que inclui análises clínicas contará com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc), que destinou R$ 100 mil para a pesquisa via edital para combate à Covid-19 e seus efeitos em Santa Catarina.

Os recursos serão usados para compra de materiais e insumos, além de cobrir os custos de transporte, armazenamento e a análise de amostras realizadas em vários cantos do país. O estudo envolve, além da Unesc, as universidades federais do Amazonas, de Minas Gerais, de Santa Catarina e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen, destaca que o apoio financeiro é primordial para o avanço das pesquisas de Covid-19 em Santa Catarina. “Vamos continuar apoiando os pesquisadores e instituições catarinenses na busca de soluções para esta pandemia e para outros desafios futuros”, confirma.

Como funciona a pesquisa
O objetivo da pesquisa de Rahisa, realizada no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, é desenvolver uma plataforma que seja ultrassensível e rápida. Para isso, vai detectar aminoácidos pontuais do novo coronavírus que se ligam aos anticorpos da pessoa infectada. “Queremos então selecionar essa região específica para que não tenha uma reatividade cruzada com outras doenças, com outros vírus. Isso vai garantir a especificidade no nosso teste. A gente vai conseguir então diferenciar os indivíduos com a Covid-19 de outros tipos de enfermidades, como a influenza (gripe), por exemplo”, explica.

Para chegar a esse resultado, a pesquisadora está analisando as proteínas do novo coronavírus que participam do processo invasivo das células hospedeiras ou que fazem parte da replicação viral. O método usado por Rahisa também é diferenciado, com uso de nanomateriais magnéticos, comum no grupo de pesquisa em que participa. “Comparando com teste de ELISA tradicional (para detecção de anticorpos), por exemplo, com o de nanomaterial magnético, a gente notou que tende a apresentar maior sensibilidade e uma maior precisão dos resultados em um espaço de tempo menor”, confirma.

O professor Ricardo, também coordenador do projeto aprovado pela Fapesc, tem sua carreira voltada para o desenvolvimento de sorodiagnóstico usando os nanomateriais magnéticos. Até então, vinha pesquisando sobre doença de Chagas, leishmaniose, malária ou mesmo venenos de animais peçonhentos. Agora, o foco dele é garantir os dados para Covid-19 o mais rápido possível. Se tudo der certo, a partir de dezembro será possível ter um teste laboratorial com resultado em menos tempo e um teste rápido mais eficiente. “Vamos baratear o teste sorológico e dar mais segurança no resultado do teste rápido”, confirma o professor.

O modelo que está sendo desenvolvido no Fisiopat da Unesc poderá ser usado futuramente em caso de novas pandemias ou mesmo para fazer o diagnósticos de outras doenças. Rahisa, que segue os estudos envolvendo o novo coronavírus até pelo menos 2023, trabalhará em um segundo momento com possibilidade de desenvolver tratamentos a partir dos resultados obtidos nessa primeira etapa. Para o futuro, a jovem pesquisadora quer continuar na área de sorodiagnóstico. “Talvez me especializar nessa pesquisa de bioinformática e na estruturação de plataformas de diagnóstico”, finaliza.

Desenvolvimento de mais um teste
Pesquisadores do Centro Agroveterinário (CAV) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) Lages também desenvolveram uma nova tecnologia para realização de testes rápidos. Na prática, a equipe criou uma molécula que reconhece o vírus e se liga a ele. Essas estruturas emitem uma luz que se apaga em contato com o novo coronavírus, confirmando o resultado positivo.

Além da eficiência, esse teste permite uma análise mais rápida. “É um peptídeo (bloco de aminoácidos) totalmente nacional, com produção barata e teremos a possibilidade de realizar testes em massa”, afirma a professora Maria de Lourdes Borba Magalhães, coordenadora do projeto. O teste foi desenvolvido em parceria com a startup Scienco Biotech, criada pela professora Maria de Lourdes, que hoje está no Órion Parque de Lages. A empresa foi contemplada no edital da Fapesc Tecnova II e vai receber R$ 150 mil da fundação para desenvolver tecnologia da imunodiagnóstico aviário. Já a pesquisadora Maria de foi contemplada na última edição do Prêmio Inovação Catarinense, também da Fapesc, na categoria Agente Inovador.

Maria de Lourdes estará na próxima quarta-feira, 26, junto com o professor Ricardo e Rahisa em uma live organizada pela Fapesc. A transmissão começa às 17h para mostrar o desenvolvimento desses testes e como isso irá impactar no controle da pandemia. Para acompanhar, basta acessar a página do Facebook ou canal do YouTube.

Investimentos em ações contra Covid-19
A Fapesc lançou três editais de apoio a pesquisas e produtos para combater a pandemia e seus efeitos. O edital 06/2020 aprovou cinco projetos de pesquisa, incluindo o estudo de Rahisa e do professor Ricardo, além de ativação de laboratórios para realização de teste e criação de sistema de teleatendimento. Já o edital 07/2020 apoiou o desenvolvimento de cinco produtos, como tecidos pulmonar in vitro, uso de luz ultravioleta para higienização de ambientes e um painel para doação de recursos para projetos sociais.

Por fim, a fundação destinou bolsas de mestrado e pós-doutorado aos seis projetos catarinenses selecionados no edital do Governo Federal, que incluem desde desenvolvimento de vacina até estudos sobre o impacto da doença no organismo dos pacientes infectados. Para saber mais informações sobre esses projetos, acesse www.fapesc.sc.gov.br.

  • com informações da Ascom/Fapesc-Gisele Krama

WhatsApp envia comunicado a usuários, saiba do que se trata

WhatsApp introduziu uma espécie de comunicado no aplicativo sobre privacidade para usuários brasileiros no Android e no iOS, com base na Lei Geral de Proteção de Dados no Brasil (LGPD). A norma, prevista para entrar em vigor em agosto, regulamenta como companhias podem utilizar dados e informações de consumidores brasileiros.  

O Aviso de Privacidade explica como usuários podem exercer seus direitos nas plataformas e, para quem precisar de mais informações sobre o tratamento de dados, há um link para uma página dedicada ao tópico. 

“Você tem o direito de acessar, corrigir, portar, eliminar seus dados, além de confirmar que tratamos seus dados”, afirma o texto do aplicativo. “Em determinadas circunstâncias, você também tem o direito de se opor e restringir o tratamento de seus dados pessoais”, indica ainda. 

Além disso, o WhatsApp  avisa que usuários podem entrar em contato com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANDP), que terá a função de fiscalizar a aplicação da lei e definir as diretrizes. Os integrantes do Conselho Gestor do órgão, no entanto, ainda não foram indicados pelo governo federal. 

Confusão sobre a vigência

O aviso do app de mensagens, assim como de vários outros sites, ocorre em um momento em que a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD, 13.709/18) passa por momento de indecisão no país. Estava prevista para entrar em vigor em agosto, foi adiada por medida provisória publicada em abril e, se não for aprovada até 26 de agosto, caduca e faz com que o adiamento caia. O tema deveria ter sido votado nesta última terça-feira (18) na Câmara dos Deputados e pode ser votado nesta quinta-feira (20). 

Entenda a LGPD

 O que muda
Empresas terão de tratar com mais cuidado e transparência dados de usuários aos quais têm acesso. Uma das mudanças é que qualquer brasileiro poderá pedir informações sobre os dados as empresas com as quais se relaciona têm sobre cada um de nós. Outra é que, para determinado tipo de uso, a pessoa tenha de concordar explicitamente em ceder as informações. Conforme Azevedo, em  10 hipóteses de aproveitamento de dados, em nove não há necessidade de consentimento prévio.

As regras consideram dados sensíveis, para os quais é necessária concordância no acesso, os relacionados a origem racial ou étnica,  convicções religiosas, opiniões políticas, filiação a sindicatos ou a organizações de caráter religioso, filosófico ou político, saúde, vida sexual, dados genéticos ou biométricos.

Por que o Brasil está adotando essas regras
Tanto a legislação europeia quanto a brasileira têm a mesma origem: o escândalo da Cambridge Analytica, que com ajuda do Facebook, invadiu dados de 87 milhões de pessoas. O episódio gerou a necessidade de conscientizar usuários de que ferramentas digitais importantes, como a rede social de Mark Zuckerberg, embutem risco. Também tentam regular a atividade das gigantes da internet, que acumularam muito poder.

  • com informações da Zero Hora e agências

Tecnologia – Telegram passa a ter a opção de chamadas por vídeo

A mais nova atualização para a versão beta do Telegram trouxe uma das novidades mais esperadas pelos usuários do mensageiro: a possibilidade de fazer chamadas em vídeo. A opção está disponível na versão 7.0.0 do aplicativo, que inclui ainda novas bolhas de notificação para quem tem um celular com Android 11.

As chamadas em vídeo estão disponíveis na versão beta do aplicativo para Android, iOS e macOS. Para começar uma chamada, basta abrir o menu de três pontinhos no canto superior direito de qualquer conversa e tocar em “Chamada de vídeo”. Já as bolhas de notificação funcionam de forma semelhante às conversas do Messenger, permitindo que você responda alguém rapidamente, sem precisar parar o que está fazendo para abrir o Telegram.

Ainda não há muitos detalhes sobre o funcionamento dessas ferramentas porque elas não foram anunciadas oficialmente pelo Telegram, o que deve acontecer no dia do lançamento para a versão estável do aplicativo. Vale apontar que o recurso, ainda em fase de testes, também não está disponível para todos os usuários da versão Beta.

Novidade anunciada

As chamadas em vídeo surgem na versão beta apenas quatro meses após a empresa ter revelado que trabalhava na função e pretendia lançá-la ainda em 2020, após muitos pedidos dos usuários. O curioso é que esse será um caso raro em que o Telegram sai atrás do seu principal concorrente, o WhatsApp, ao lançar uma função que já existe no mensageiro há um bom tempo.

Não há data prevista para quando veremos as chamadas em vídeo na versão estável do Telegram, mas novidades que aparecem na versão beta costumam levar apenas algumas semanas até serem levadas para todos os usuários.

* Com informações de CanalTech e Olhar Digital, Telegram

Educação é tema de ebook que trata das práticas educacionais na pandemia

Mestre em Educação, o professor da Sustentare Escola de Negócios, George Stein, é um dos autores do livro (digital): “De Wuhan a Perdizes. Trajetos Educativos”, organizado por pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Educação: Curriculo da PUC-SP. Stein contribuiu com o texto:  “Novos contextos e caminhos para o currículo escolar na Educação com COVID-19”.

“Trata-se de uma coletânea, em forma ebook, elaborada em emergência análoga à da crise que nos revirou, que traz reflexões, análises e práticas da Educação com a Covid19”, explica Alípio Casali, Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo da PUC-SP.  “Imperdível para quem se interessa por Educação!”, complementa Stein.

De acordo com o coordenador, o programa é fruto da mobilização de mestrandos, doutorandos e docentes-pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo da PUC-SP. São textos que se distribuem, aproximadamente, em quatro vertentes: 

1) Descrição analítica das novas práticas emergentes que puseram em funcionamento os dispositivos tecnológicos necessários à boa continuidade do Currículo; 

2) Análise dos alcances e limites no uso das TIC nesse contexto; 

3) Avanços conceituais e prático-pedagógicos em novas frentes sociais, políticas e culturais do Currículo; 

4) Proposição de novos conceitos e práticas de desenhos curriculares, antevendo-se problemas sociais mundiais, que tenderão a se agravar no pós-pandemia

“Além disso, estou iniciando um grupo de troca, reflexão, análise e ação para construirmos o futuro de nossas práticas educativas nessa nova realidade de maneira coletiva e efetiva para transformar a Educação”, antecipa o professor George Stein.

Estas mudanças que a pandemia trouxe em todos os setores da vida merecem estudos cada vez mais profundos para uma nova realidade que está posta. A educação, já um tema central para o desenvolvimento da humanidade, precisa ainda mais de atenção para que possamos manter a formação das pessoas em novos meios e formatos.

Acesse o ebook gratuitamente no site: 

Apresentação da obra
“Em tempos sombrios, os livros podem trazer luz! Há livros que levam anos para serem produzidos; pesquisas, análises, profundas reflexões… Com De Wuhan a Perdizes: trajetos educativos foi diferente. Ele foi produzido dentro da pandemia para refletir a própria pandemia.

Esse foi o empenho realizado em 90 dias com intensos esforços, operados por meios digitais, que envolveram todos os professores do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: Currículo da PUC-SP.

Em uma sociedade marcada pela velocidade de divulgação do bem e de coisas más, a velocidade de organização de um livro faz parte dessa batalha pelo bem. Este livro, publicado pelos professores e por 18 alunos da PUC-SP, venceu na batalha do tempo. E temos, hoje, o relato da criação de condições de transformação de cursos presenciais para os 120 alunos em aulas remotas por meio de diferentes plataformas. Os conteúdos dos cursos, assim como as reflexões produzidas a partir das aulas e de pesquisas, estão nele retratados.

São alguns de seus temas: a história de outras epidemias e de como as tecnologias contribuíram e a sociedade se esquivou delas…, assim como as competências de articulação entre alunos e professores brotadas das aulas. Mas o teor do livro enfatiza, sobretudo, o papel da educação na compreensão das pandemias, de suas dimensões éticas e de seus impactos sociais no currículo escolar e na educação não formal.

De Wuhan a Perdizes mostra que ideias podem viajar tão rapidamente quanto a Covid-19 e nos auxiliar a enfrentar o vírus com conhecimento e sabedoria. E a Educ – Editora da PUC-SP, por meio da publicação deste livro de temática tão atual, busca contribuir para atravessarmos juntos esse momento crucial que a humanidade está vivendo.”

Jucesc e Prefeitura de Florianópolis lançam serviço digital que agiliza abertura de empresas

A partir da próxima quinta-feira, 13 de agosto, o processo de abertura de empresas, na categoria baixo risco, em Florianópolis se tornará mais fácil e rápido. Isso porque a Prefeitura de Florianópolis e a Junta Comercial de Santa Catarina (JUCESC) irão integrar os sistemas e tornar as etapas digitais, desde a consulta de viabilidade até a liberação do alvará de licença, seja para loja física ou online.

O empreendedor não precisará mais ir presencialmente até à JUCESC, Prefeitura, Bombeiros ou órgãos de meio ambiente. Essa medida de desburocratização fará com que, considerando todas as etapas, Florianópolis se torne a cidade com o processo de abertura de empresa mais rápido do país.

Outra mudança é a diminuição do tempo e gratuidade para realizar as Consultas de Viabilidade para Instalação, para saber em qual ponto da cidade a modalidade de negócio pretendida pode ser aberta. Antes, para cada consulta era cobrada uma taxa de R$ 8,00, que agora não existe mais. Além disso, o tempo que o solicitante levava para receber o resultado da pesquisa demorava entre 10 e 15 dias, o que será reduzido para menos de uma hora.

Antes, para que o empreendedor conseguisse atuar até que toda a documentação estivesse aprovada, o funcionamento do estabelecimento se dava por um alvará provisório. A partir do dia 13, após a entrada no processo de abertura da empresa, tudo corre digitalmente, e as informações são enviadas a todos os órgãos envolvidos, não apenas prefeitura, mas Bombeiros e órgãos de Meio Ambiente. O empreendedor recebe notificações do processo por e-mail e, caso todos os documentos e viabilidade estejam em conformidade, a empresa poderá ser aberta em apenas quatro horas, já pronta para operar e emitir nota fiscal.

Monitore-SC: CovidZero está recebendo inscrições até 31/8 para projetos sociais e de retomada econômica

Oportunidades como essa não podem ser deixadas de lado. Se você tem alguma ideia e precisa de recursos, pode se inscrever aí no Monitore-SC: CovidZero e conseguir os recursos necessários. Projetos voltados para ações sociais e de retomada econômica podem receber recursos de doadores em plataforma desenvolvida com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc). Os interessados em participar do painel Monitore SC: CovidZero têm até o fim de agosto para se inscrever no telefone (48) 99132-4633 ou pelo e-mail contato@incentiv.me.

As entidades inscritas vão passar por seleção para confirmar se atendem os critérios. Nesse primeiro momento, a ideia é criar um portfólio de projetos sociais que fomentem a geração de emprego e renda para as pessoas que foram afetadas pela pandemia. A partir de setembro, esses projetos já estarão prontos para receber doações ou recursos de impostos de empresas ou pessoas físicas.

O desenvolvimento do painel contou com R$ 80,4 mil da Fapesc, recurso aprovado via edital. Com o sistema, será possível acompanhar todo o percurso do dinheiro até o impacto social do investimento. A intenção é, além de incentivar a solidariedade, dar mais transparência às doações durante a pandemia.

Uma das fundadoras da startup Incentiv.me e coordenadora do projeto, Thais Nicolau, destaca as facilidades do sistema. “Não só o processo de doação foi pensado de forma prática, mas também o acompanhamento. Nós vamos poder calcular o impacto que cada projeto está trazendo, vamos mensurar o ROI (Retorno Sobre Investimento) social, saber as métricas de performance dos projetos e ter dados muito mais robustos, muito mais palpáveis”, comenta.

O presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen, destaca ainda que o Monitore SC: CovidZero vai gerar uma trilha de auxílio em Santa Catarina. “Para nós da fundação, essa é uma plataforma importante nesse momento. Com certeza trará muitos benefícios para o Estado de Santa Catarina e para as instituições catarinenses”, afirma.

Como funciona o programa

O painel Monitore SC: CovidZero faz parte do movimento Incentiva SC, criado pela empresa Incentiv.me, para que empresas e pessoas físicas possam destinar parte dos impostos para projetos sociais que, além de ajudar as pessoas, também vão contribuir para a retomada econômica.

O CEO da empresa, Douglas Nicolau, reforça o papel da plataforma em dar mais segurança às doações já que realiza um processo de compliance, de análise documental. “A lógica disso é que o imposto que a empresa iria pagar ou que a pessoa física iria destinar para o governo seja destinado a esses projetos sociais. E isso, automaticamente, vai ser revertido em emprego e renda para a sociedade”, defende.

O argumento de Douglas é que o dinheiro do imposto de renda e até parte do ISS e do IPTU demoraria algum tempo até retornar à sociedade. Com as doações diretas ou via incentivo fiscal, as pessoas mais vulneráveis teriam acesso ao recurso, gerando uma retomada econômica mais rápida.

Live para tirar dúvidas 

Quem tiver dúvidas sobre como inscrever um projeto ou como fazer uma doação, pode fazer sua pergunta durante a live que a Fapesc vai realizar nesta quinta-feira, 6, às 17h. A transmissão será feita pela página do Facebook facebook.com/fapesc.gov ou pelo canal do YouTube youtube.com/c/FapescGovSC.

Irão participar Douglas e Thais, que vão apresentar o movimento Incentiva SC, junto com o presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen, e a nova gerente de Inovação da fundação, Gabriela Mager.

Ações contra a Covid-19 em SC

Desde o início da pandemia, a Fapesc tem se mobilizado para combater os efeitos da pandemia em Santa Catarina. A fundação lançou um edital de pesquisa que contemplou cinco projetos de curto prazo, que vão se converter em novos testes rápidos para detectar a doença até a abertura de um laboratório na Serra catarinense.

Destinou ainda recursos para empresas que oferecem solução de curto prazo na retomada econômica e no combate à doença. O painel Monitore SC: CovidZero foi uma das cinco propostas aprovadas.

Mais recentemente, a fundação liberou R$ 1,2 milhão em bolsas de estudos para reforçar as pesquisas de grande porte que foram selecionados em edital federal para combate à Covid-19. Seis projetos catarinenses foram contemplados.

Para saber mais sobre os projetos e os editais em andamento, acesse o site da Fapesc www.fapesc.sc.gov.br.