Desvendando o mundo da escrita: Primeiros passos e escolha do gênero literário


Iniciar a jornada da escrita pode parecer desafiador, mas com algumas orientações, você pode transformar suas ideias em palavras de forma fluida e criativa. Aqui estão algumas dicas para começar a escrever e escolher o gênero literário que mais se adequa ao seu estilo e objetivos.

1. Encontre Sua Inspiração

Antes de mais nada, é essencial encontrar o que te inspira. Pode ser uma experiência pessoal, uma notícia, um sonho ou até mesmo uma conversa casual. Mantenha um caderno de anotações ou use um aplicativo no seu celular para registrar essas ideias assim que surgirem.

2. Defina Seu Objetivo

Pergunte a si mesmo: por que você quer escrever? É para expressar sentimentos, contar uma história, informar ou entreter? Definir seu objetivo ajudará a direcionar seu processo criativo e a escolher o gênero literário mais adequado.

3. Escolha o Gênero Literário

Existem diversos gêneros literários, cada um com suas características e públicos específicos. Aqui estão alguns dos mais comuns:

  • Romance: Ideal para contar histórias longas e detalhadas, com desenvolvimento profundo de personagens e tramas complexas.
  • Conto: Perfeito para narrativas curtas e impactantes, focando em um único evento ou personagem.
  • Poesia: Excelente para expressar emoções e pensamentos de forma lírica e condensada.
  • Crônica: Ótima para reflexões sobre o cotidiano, geralmente com um toque pessoal e informal.
  • Artigo: Indicado para textos informativos e opinativos, com base em fatos e argumentos.

4. Comece Pelo Que Te Atrai

Não se preocupe em começar pelo início. Muitas vezes, é mais fácil escrever a parte da história ou do texto que mais te atrai no momento. Depois, você pode conectar os pontos e estruturar o conteúdo de forma coesa.

5. Crie um Esqueleto

Faça um esboço do seu texto. Liste os principais pontos ou eventos que deseja abordar. Isso ajudará a manter o foco e a organizar suas ideias de maneira lógica.

6. Escreva Sem Medo de Errar

A primeira versão do seu texto não precisa ser perfeita. Escreva livremente, sem se preocupar com a gramática ou a estrutura. O importante é colocar suas ideias no papel. Revisões e edições podem ser feitas posteriormente.

7. Leia e Releia

Após concluir a primeira versão, deixe o texto descansar por um tempo. Depois, leia novamente com um olhar crítico. Faça as correções necessárias e ajuste o que for preciso para melhorar a clareza e o impacto do seu texto.

8. Busque Feedback

Compartilhe seu texto com amigos, familiares ou em grupos de escritores. O feedback externo pode oferecer novas perspectivas e ajudar a identificar pontos que você talvez não tenha percebido.

Conclusão

Escrever é uma arte que requer prática e paciência. Não se desanime com os desafios iniciais. Com dedicação e paixão, você encontrará sua voz e estilo únicos. Lembre-se: cada escritor tem seu próprio ritmo e processo criativo. O importante é começar e continuar escrevendo.


Espero que este texto te ajude a dar os primeiros passos na escrita! Se precisar de mais alguma coisa, estou aqui para ajudar.

* Salvador Neto

Aldeias de Angola: A longa caminhada da aprendizagem

Doroteia e Isabel seguem lado a lado pela estrada poeirenta e esburacada. Vão demorar mais de duas horas para chegar até à escola mais próxima da sua aldeia, Kawewe, no Bié, no coração de Angola.

Como elas, milhares de alunos angolanos de zonas rurais andam dezenas de quilómetros para ter acesso ao ensino devido à falta de transportes.Muitos cedem ao cansaço e à dureza das caminhadas e abandonam a escola logo nos primeiros anos. Outros prosseguem, mas com baixos níveis de aprendizagem e aproveitamento.

“O setor da educação aqui tem desafios significativos”, desabafa José Edgar, administrador comunal da Chicala, uma das comunas desta província angolana que ocupa uma área equivalente a 80% da superfície de Portugal Continental.

Estamos a 52 quilómetros do Cuíto, capital do Bié, uma vasta extensão de planalto onde a população se dedica sobretudo à agricultura familiar e onde o mau estado da estrada implica perder quase duas horas de carro para chegar.

Nesta comuna, os 18 mil habitantes estão distribuídos por 57 aldeias, todas distantes entre si, sem transportes públicos, sem água, sem eletricidade, sem rede de telemóvel nem Internet, e com um número elevado de jovens em idade escolar.

Com o processo de aglutinação das escolas, por falta de salas de aula, e insuficiência de professores, muitas crianças das aldeias circundantes passaram a ter de se deslocar à Chicala para ir às aulas, para descontentamento dos pais, que, muitas vezes, acabam por preferir manter os filhos consigo nas lavras.

“Os pais veem os filhos a sacrificarem-se, têm baixo aproveitamento, apresentaram-nos essa preocupação”, diz o responsável da comuna que conta com dois centros escolares — um secundário e um primário — para atender uma população estudantil de 350 alunos.

Os quatro professores chegam a ter 80 alunos por turma no início do ano letivo, mas muitos vão ficando pelo caminho. Dos mais de 1.800 alunos matriculados no ano letivo de 2023/2024, cerca de 30% deixaram de ir às aulas. É meio da manhã e ouve-se a partir da janela a toada infantil do bê-a-bá recitado pelos alunos da 2.ª classe.

Os materiais pedagógicos são escassos ou inexistentes e os estudantes, mal alimentados, revelam pouca capacidade de concentração. Quem está a dar a aula de português é Frederico Chipessola, que, pacientemente, vai ensinado o alfabeto.

Pede a uma das crianças para ir fazer a leitura no quadro, mas o rapazinho recusa. “Tenho fome”, justifica, tristonho. As crianças acordam cedo e muitos fazem a longa caminhada de barriga vazia.

Um sacrifício que se estende também aos professores, como Alberto Tiago, de 30 anos, que leciona a 3.ª classe e vai e vem de mota, diariamente, do Cuíto para dar aulas na Chicala.

“Saio às 04:30”, diz, acrescentando que por vezes pernoita na casa dos professores disponível na comuna. O seu aluno Manuel Gueve, de 12 anos, acorda quase à mesma hora para chegar à escola, a pé, a partir da aldeia de Candondo.

Os pais e os irmãos trabalham na lavra e, apesar dos cerca de 20 quilómetros que percorre, Manuel diz que quer continuar a vir às aulas “para aprender”, apesar do cansaço.

Prosseguimos pela tormentosa estrada cavada de sulcos abertos pelas chuvas, cruzando-nos com alguns — poucos — “kaleluias”, as motas de três rodas que servem como principal meio de transportes desta população rural e pobre.

 Por aqui anda-se sobretudo a pé, homens, crianças e mulheres que carregam os filhos nas costas e as bacias à cabeça, postais africanos onde as privações se escondem atrás de sorrisos.

A paisagem, ora descampada, ora povoada por pequenos núcleos de casas de adobe com telhados de colmo ou de chapa presa com pedras, sucede-se por mais uma hora.

Fizemos cerca de 15 quilómetros para chegar à escola n.º 122 de Chilema, que serve sete aldeias, a mais longínqua das quais — Dumba Kalunjololo – a 26 quilómetros.

Dos 68 alunos da Dumba inscritos inicialmente, restam 18, diz Leonardo Chicomo, o diretor desta escola, que gasta também seis horas por dia no percurso escola-casa, no Cuíto, na sua motorizada.

A sala de aulas está instalada num barracão e transforma-se em local de culto aos domingos. Uma solução que as autoridades locais encontraram para colmatar a insuficiência de salas de aula.

Pouco mais de uma dezena de meninos e meninas aconchegam-se em banquinhos nesta igreja que faz de escola, ouvindo distraídos a aula de matemática dada por Miguel da Costa, 26 anos.

Chegou à aldeia há menos de um ano, depois de quatro anos passados na Chicala e ganha cerca de 150 mil kwanzas mensais (162 euros). “O maior problema é a locomoção”, o que o leva a ficar durante a semana na aldeia onde os professores podem pernoitar, lamenta.

Com uma pontinha de orgulho, diz que foi aprendendo a lidar com as outras dificuldades, o isolamento, a vida sem Internet e sem telemóvel: “eu sou escuteiro, a gente acostuma-se”.

Avançamos para a aldeia de Kawewe, onde muitos dos jovens deixaram de ir à escola. Jacinto Bunga, por exemplo. Tem 16 anos e parou na 5.ª classe. Porquê? “As condições”, responde.

Demorava três horas para ir à escola e mais três para voltar e acabou por se dedicar “ao cultivo”, juntando-se à família. Em época de chuvas, a estrada transforma-se num lamaçal e torna-se intransitável, levando ao abandono escolar.

Ernesto Jamba tem dez filhos e diz que os mais novos não têm como ir até à escola. “É uma hora de marcha”, diz. Verónica Capolo tem nove filhos e também ela critica as distâncias que tornam ainda mais difícil a vida destes estudantes.

“Se fosse mais próximo podiam estudar de manhã e de tarde ir à lavra”, ajudar a mãe no cultivo do milho e feijão que servem de sustento à família. Verónica fala e, aos poucos, crianças e adultos vão vencendo a timidez e começam a apontar a lista de necessidades. “Queremos escola, queremos rede, queremos manivela (água), queremos luz, queremos saúde”, pedem.

Voltamos a encontrar Doroteia e Isabel, já de tarde, na escola da Chicala. As duas jovens de Cawewe têm 16 anos e frequentam a 6.ª e a 7.ª classe. Saíram de casa por volta das 10:00 e vão regressar de noite.

No dia seguinte, tudo se repete, serão mais 50 quilómetros para ter acesso à educação, um direito que é garantido, mas que nem todos conseguem exercer quando têm de escolher entre comer ou aprender.

O cenário poderá mudar em breve com a implementação de um projeto-piloto no âmbito da iniciativa “Unidos pela Educação” – que integra o Centro Ufolo, a Fundação Ulwazi e o Ministério da Educação – para formar professores ambulantes e levar uma “escola móvel” até às aldeias.  

O projeto está a ser gizado com as autoridades locais e pretende encontrar soluções logísticas para transportar os professores, estabelecendo parcerias com os mototaxistas locais, e garantir kits pedagóicos e meios audiovisuais, através, por exemplo, de painéis solares portáteis, explica Rafael Marques, do Centro Ufolo.

“A educação tem de ir ao encontro dos alunos”, diz o ativista e jornalista, diretor do site Maka Angola, que espera ter o projeto no terreno já no início do próximo ano letivo.

Fonte: História de Lusa

94ª Feira do Livro de Lisboa inicia hoje com destaque para programação e acessibilidade

A 94.ª edição da Feira do Livro de Lisboa começa hoje, no Parque Eduardo VII, naquela que será, segundo a organização, a maior de sempre, com um horário alargado e melhorias ao nível da acessibilidade.

Até 16 de junho, 350 pavilhões, com 960 marcas editoriais, representadas por 140 participantes, vão ter disponíveis para venda ao público 85 mil títulos, a que juntarão diversas iniciativas, entre sessões de autógrafos, conversas com escritores, espetáculos de música ou cinema ao ar livre.

Entre os destaques para hoje, conta-se o encontro de autores “Poesia africana”, com Conceição Lima, Ana Paula Tavares, João Melo e Ondjaki, e uma conversa em torno do livro “Oriente Próximo”, com Alexandra Lucas Coelho, Shadd Wadi e a participação especial de Dima Akram.

Fernando Aramburu, Jean-Baptiste Andrea, Jeferson Tenório, Joël Dicker, Leila Slimani e Michael Cunningham são alguns dos autores internacionais que vão passar pela feira, juntando-se a nomes da literatura nacional como Afonso Cruz, António Jorge Gonçalves, Hugo Gonçalves, Joana Bértholo, João Tordo e Lídia Jorge, entre muitos outros.

A edição da Feira do Livro de Lisboa deste ano chegou ao limite máximo da capacidade, com mais 10 pavilhões e duas novas praças, não sendo possível estendê-la mais nos próximos anos, disse à Lusa o presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), responsável pela organização do evento.

Uma das novidades deste ano é a forte aposta na acessibilidade de pessoas com mobilidade condicionada, graças a um protocolo assinado com a Access Lab (empresa que trabalha a questão da acessibilidade em Portugal, pelo direito à cultura das pessoas com deficiência) para os próximos três anos.

Já nesta edição, haverá mais casas de banho com acesso para pessoas de mobilidade condicionada e haverá também fraldários, em resposta aos pedidos das famílias.

Adicionalmente, as rampas vão estar mais bem sinalizadas e vai haver “uma formação bastante intensa por parte da Access Lab quer ao ‘staff’ da APEL, quer aos participantes, para poderem dar informação adequada às pessoas de mobilidade condicionada”, especificou o presidente da APEL, Pedro Sobral.

A parte da programação também será mais acessível, com uma agenda específica de eventos com língua gestual portuguesa, e a existência de um alfabeto de cores para daltónicos, que, entre outras coisas, ajuda as pessoas a orientarem-se nas praças, que são definidas por cores.

Outra novidade é a antecipação do horário de abertura da feira, que passa a abrir às 12:00 durante a semana, e às 10:00 ao fim de semana e feriados.

O horário de encerramento mantém-se às 22:00, com exceção dos sábados, sextas-feiras e vésperas de feriado, em que fecha às 23:00.

  • Fontes: Sapo24H e ECO

94ª Feira do Livro de Lisboa começa dia 29 de maio

A próxima Feira do Livro de Lisboa, a 94ª, acontecerá entre 29 de maio e 16 de junho de 2024 no Parque Eduardo VII. Este evento congrega editores, livreiros e leitores, representando uma oportunidade singular para descobrir novas narrativas, conhecer autores inspiradores e festejar a diversidade da cultura literária. Restam somente 14 dias para o começo desta edição, que promete proporcionar mais jornadas de descoberta literária e encontros culturais inesquecíveis.

Os destaques da Feira do Livro de Lisboa deste ano são variados e prometem agradar a todos os amantes da literatura. Aqui estão alguns dos pontos altos:

  1. Autores em Destaque: A feira contará com a presença de autores nacionais e internacionais, oferecendo sessões de autógrafos, palestras e debates. Fique atento à programação para saber quais autores estarão presentes.
  2. Lançamentos Literários: Editoras e escritores aproveitam a feira para lançar novos livros. Você terá a oportunidade de descobrir as últimas obras e adquirir exemplares autografados.
  3. Espaços Temáticos: A feira terá áreas dedicadas a diferentes gêneros literários, como ficção, poesia, não ficção e infantojuvenil. Explore esses espaços para encontrar livros que correspondam aos seus interesses.
  4. Atividades Culturais: Além da venda de livros, haverá apresentações musicais, exposições de arte e performances culturais. Aproveite para mergulhar na atmosfera criativa.
  5. Gastronomia: A feira também oferece opções gastronômicas, como cafés e food trucks. Desfrute de uma pausa entre as compras de livros.

Lembre-se de verificar a programação completa para não perder nenhum evento especial durante a Feira do Livro. Os horários de funcionamento da Feira do Livro de Lisboa variam ao longo dos dias. Geralmente, a feira abre às 10h00 e fecha às 22h00.

No entanto, é sempre bom verificar o site oficial ou a programação específica para confirmar os horários exatos em cada dia. Aproveite a feira e mergulhe na magia dos livros! Para maiores informações acesse: https://feiradolivrodelisboa.pt/.

UFSC – Inscrições abertas para o Processo Seletivo do primeiro semestre

As inscrições no processo seletivo para os candidatos às vagas dos cursos de graduação da UFSC para entrada no primeiro semestre de 2021 poderão ser realizadas até 4 de março.  A Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publicou na terça-feira, 26 de janeiro, o edital do Processo Seletivo não presencial.

Serão disponibilizadas 2.516 vagas, sendo que 1.801 serão preenchidas pela nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2017, 2018, 2019 ou 2020 e outras 715 vagas com utilização da nota de um dos cinco últimos vestibulares presenciais da UFSC (2018, 2018.2, 2019, 2019.2 ou 2020).

As inscrições serão exclusivamente pela internet no endereço https://www.processoseletivo2021.ufsc.br, por pessoas que concluíram ou estejam em vias de concluir o Ensino Médio (curso de 2º Grau ou equivalente). A taxa de inscrição é de R$ 80,00.

No momento da inscrição, deve-se indicar o sistema de notas desejado (Enem ou Vestibular). Cada candidato terá direito a apenas uma inscrição e deverá optar por um sistema de notas. A Coperve disponibilizará uma ferramenta de suporte que permitirá ao candidato verificar qual o sistema de notas que melhor o atende: a nota no Vestibular escolhido ou analisar a nota do Enem.

Haverá dois quadros de vagas com todos os cursos de graduação, sendo que 70% delas serão preenchidas pelo critério de média do Enem (1.801 vagas) e 30% pela nota do Vestibular (715). Por exemplo: o curso de Administração (diurno) oferecido no campus de Florianópolis vai disponibilizar 35 vagas neste processo seletivo, das quais 25 são destinadas à seleção pelas médias do Enem e 10 vagas serão preenchidas pela nota do vestibular. A distribuição das vagas segue os critérios da Política de Ações Afirmativas da UFSC nos dois sistemas de notas, sendo metade para concorrência geral e a outra metade na modalidade de reserva de vagas (cotas) para estudantes de escolas públicas.

Enem

Para participar do processo seletivo usando a média do Enem, o candidato deverá ter participado efetivamente de pelo menos uma das quatro últimas edições do Enem (2017, 2018, 2019 ou 2020). Além disso, precisará ter no mínimo 200 pontos na disciplina de Redação e nota superior em 10% à nota mínima daquela edição do exame em cada uma das seguintes disciplinas: Ciências Humanas e suas tecnologias; Ciências da Natureza e suas tecnologias; Linguagens e Códigos e suas tecnologias e Matemática e suas tecnologias. Quem fez o Enem como “treineiro” não poderá utilizar a nota para concorrer às vagas, conforme estabelecido nos respectivos editais do Inep.

Os candidatos que irão utilizar a média do Enem devem ficar atentos na hora de preencher os dados da inscrição. De acordo com o edital, “as notas das disciplinas do Enem serão recuperadas, a partir do CPF informado pelo candidato, na base de dados do Inep e serão confrontadas com as informações fornecidas pelo candidato no ato de inscrição”. A inscrição só será confirmada se os dados coincidirem.

Vestibular

Quem pretende concorrer usando nota de vestibular deverá ter participado efetivamente de pelo menos uma das edições do Vestibular da UFSC de 2018, 2018.2, 2019, 2019.2 ou 2020. Neste caso há uma diferença em relação ao Enem: os candidatos por experiência do Vestibular de 2020, exclusivamente, poderão usar a nota daquele concurso para concorrer.

A nota final será composta de duas partes: o número de acertos das questões de múltipla escolha e outra parte baseada em nova correção das questões discursivas e da Redação, a ser realizada por banca examinadora composta para esta finalidade. Serão recorrigidas as redações e questões discursivas dos candidatos que alcançarem uma pontuação mínima (conforme tabela que acompanha o edital) nas disciplinas de Primeira Língua, Segunda Língua, Biologia, Matemática, Ciências Humanas e Sociais, Física e Química.

Datas

Junto com a abertura das inscrições, em 27 de janeiro, começa também o período para solicitar isenção no pagamento da taxa, que vai até 9 de fevereiro. A partir de 10 de março inicia o prazo de confirmação das informações de inscrição. Em 5 de abril, a Coperve pretende divulgar a confirmação da inscrição preliminar com as notas com as quais o candidato concorrerá às vagas do processo seletivo.

A confirmação da inscrição definitiva – com informações sobre o curso pretendido, o sistema de notas e as notas a serem utilizados na seleção – será publicada em 16 de abril. Essa confirmação de inscrição deverá ser guardada pelo candidato. Conforme o cronograma, o Boletim de Desempenho Individual Preliminar será publicado em 3 de maio e em 14 de maio o resultado final do concurso. Todos esses eventos terão publicidade no site https://www.processoseletivo2021.ufsc.br.

O processo seletivo não presencial é parte de um conjunto de modalidades de seleção aprovado pelo Conselho Universitário (CUn) em sessão realizada no dia 8 de dezembro de 2020. Após uma dedicada avaliação da questão, e na impossibilidade de realizar um vestibular presencial pelo agravamento da pandemia de Covid-19, o Conselho Universitário decidiu que o ingresso aos cursos de graduação da UFSC no ano letivo de 2021 deveria se dar através de um processo seletivo não presencial, do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de um vestibular presencial no início de segundo semestre de 2021, caso as condições sanitárias permitam.

Agenda

27 de janeiro – Início das Inscrições e do prazo para pagamento da taxa de inscrição
27 de janeiro a 9 de fevereiro – Período de solicitação de isenção total do pagamento da taxa de inscrição
22 de fevereiro – Resultado das solicitações de isenção
23 de fevereiro até 18h – Data para interposição de recursos quanto ao indeferimento da isenção
26 de fevereiro – Resposta de recursos quanto ao indeferimento da isenção
4 de março – Fim do período de Inscrições
5 de março – Último dia para Pagamento da taxa de inscrição
8 de março – Confirmação das Informações de Inscrição
15 de março – Prazo final de correção de dados da Inscrição
5 de abril – Confirmação de Inscrição Preliminar com Notas (contém as notas com as quais o candidato irá concorrer às vagas do processo seletivo)
16 de abril – Confirmação de Inscrição Definitiva com Notas
3 de maio – Boletim de Desempenho Individual Preliminar (resultado preliminar do processo seletivo contendo o conjunto total de notas do candidato).
14 de maio – Resultado Final

Confira todas as datas importantes e o Edital no site https://processoseletivo2021.ufsc.br/

Movimento Escoteiro é indicado ao Prêmio Nobel da Paz

De forma inédita, o Movimento Escoteiro foi nomeado nesta semana ao Prêmio Nobel da Paz. A premiação anual realizada pelo Comitê Norueguês do Nobel é concebida desde 1901 à pessoas e entidades que se destacam por ações que promovam a fraternidade entre as nações. Em todo o mundo o Movimento Escoteiro é formado por 60 milhões de crianças, jovens e voluntários em 216 países, sendo o maior movimento de educação não-formal do mundo. Neste ano, a Organização Mundial do Movimento Escoteiro foi indicada pela escoteira e integrante do parlamento norueguês Solveig Schytz.

“O escotismo é construído para dar aos jovens as habilidades para se tornarem uma parte ativa da comunidade local e global. São milhões de meninos e meninas que são amigos uns dos outros. É um movimento para jovens de diferentes culturas, religiões e origens”, disse Solveig, acrescentando que, graças ao escotismo, os jovens podem assumir a liderança no enfrentamento dos desafios que o futuro nos trará. “É hora de valorizar a contribuição do escotismo e dos jovens para a paz em todo o mundo”, concluiu.

A proposta educativa do Movimento Escoteiro é a mesmas em todos os países, baseadas em valores e regras comuns. O jogo limpo, a aventura com os amigos, a permanência na natureza e sua proteção, o desenvolvimento do caráter e da personalidade ou a busca de oportunidades de ser útil e ajudar os outros são valores compartilhados entre os escoteiros de todo o mundo.

O fundador do Escotismo, Robert Baden-Powell, ele mesmo indicado várias vezes para o Prêmio Nobel da Paz, originalmente não deu ao Escotismo um papel na construção da paz. Mas isso mudou logo depois de experimentar a Primeira Guerra Mundial como um conflito com consequências de longo alcance, e viu a importância de uma comunidade operando globalmente, baseada nos princípios de amizade e compreensão mútuas, enquanto firmemente enraizada em seus países e comunidades locais. 

Ainda há um longo caminho para ganhar o Prêmio Nobel da Paz. No entanto, segundo o Diretor Presidente dos Escoteiros do Brasil, Rafael Macedo, a nomeação reforça a importância e a contribuição do escotismo no processo de educação da juventude. “São em momentos como estes que demonstram a importância do escotismo e o papel que ele desempenha no desenvolvimento integral de crianças e jovens em todo o mundo”, considera Macedo.

Em 2020 os Escoteiros do Brasil tiveram de se reinventar devido ao ano atípico de atividades causado pela pandemia. A realização de atividades online seguiu mobilizando os mais de 80 mil escoteiros em todo o país, inclusive com a realização de eventos como o Jamboree Nacional Online que foram levados do mundo físico para o digital e reuniram cerca de 8 mil participantes.

  • com informações dos Escoteiros do Brasil

Retorno às aulas em SC – Gestores recebem orientações

O detalhamento do retorno das atividades presenciais em 2021 foi tema de uma reunião virtual na tarde desta segunda-feira, 25, entre a equipe da Secretaria de Estado da Educação (SED), os gestores escolares e os coordenadores regionais de educação da rede estadual. Os professores da rede permanecem em período de recesso, mas devem retornar às atividades a partir da próxima semana, assim como as equipes técnicas das escolas e coordenadorias.

A reunião contou com a participação virtual de mais de 2,5 mil profissionais vinculados à gestão escolar da rede. O objetivo foi detalhar pontos relevantes sobre os modelos pedagógicos que vão orientar a ação de cada unidade escolar ao longo do ano letivo de 2021, como questões relacionadas ao retorno seguro das atividades presenciais, quadro de pessoal do magistério, transporte e alimentação escolar.

Aulas em três modelos no ano letivo de 2021

A perspectiva da SED é trabalhar com três modelos, que podem coincidir: 100% presencial, misto e 100% online. O primeiro será aplicado nas escolas que dispuserem de salas com infraestrutura adequada para realizar o distanciamento de 1,5 metro exigido entre as carteiras dos alunos. No caso de professores integrantes do grupo de risco, haverá duas possibilidades. Para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental será necessário fazer contratação de profissional ACT. Já nos Anos Finais do Ensino Fundamental e Médio, a respectiva disciplina será ministrada de maneira remota.

Caso a matriz de risco da região onde a escola estiver localizada se altere para o nível Gravíssimo (cor vermelha no mapa), a unidade passa a atender no modelo misto. O mapa de risco para Covid-19 em Santa Catarina é atualizado pelo Governo do Estado toda quarta-feira e pode ser acessado neste site

segundo modelo, que incluirá a maioria dos alunos, funciona com a alternância dos grupos que frequentam a escola e dividido em dois momentos: o “Tempo Escola” e o “Tempo Casa”. O “Tempo Escola” consiste no atendimento presencial na unidade escolar, com turmas subdivididas em grupos. Já as atividades pedagógicas que compõem o “Tempo Casa” podem ser realizadas com ou sem a mediação por tecnologias digitais, com orientação para que as escolas criem dinâmicas para que estudantes sem acesso possam, sempre que possível, integrar-se às atividades em espaços disponibilizados na unidade. O atendimento presencial nesse modelo se dará de duas a três vezes por semana nos Anos Iniciais e semanalmente nos Anos Finais e Ensino Médio.

Nesses dois modelos, a recomendação às escolas é a organização da carga horária priorizando horários concentrados nas turmas (aulas-faixa), para evitar trocas de sala constantes. O aluno deve permanecer na sala e, se possível, a carteira deve ser marcada para que o estudante use sempre a mesma.

Já o modelo 100% online, que foi aplicado ao longo de 2020, com a suspensão das aulas presenciais, continua em 2021 para os cerca de 28 mil alunos da rede estadual que, comprovadamente, fazem parte de grupo de risco para Covid-19, assim como os professores. Essa modalidade também será ofertada quando os pais optarem por manter seus filhos em atividades remotas. Nesse caso, os responsáveis devem assinar um termo de compromisso informando o desejo de manter o estudante nesse modelo. O termo tem validade de 15 dias e pode ser suspenso por desejo dos pais ou responsáveis, desde que a escola seja formalmente informada com sete dias de antecedência.

Transporte e alimentação escolar

A previsão da SED é que 20% do total de estudantes da rede utilizem o transporte escolar. A gestão das escolas, em conjunto com a rede municipal, deve organizar o roteiro de circulação dos veículos para atender os modelos pedagógicos que estarão vigentes. A orientação é priorizar os agrupamentos de alunos presenciais por proximidade.

No caso da alimentação escolar, a SED manterá a entrega dos kits de alimentação escolar aos alunos, mesmo para aqueles que retornem às atividades presenciais em quaisquer dos dois modelos. O serviço de bufê, existente em algumas escolas em 2020, não será aplicado em nenhuma unidade, atendendo às recomendações sanitárias. No caso de atendimento presencial, a refeição será preparada e entregue por profissional da empresa responsável por esse serviço.

Orientações para servidores

Os professores da rede estadual de educação retornam ao trabalho no dia 3 de fevereiro, quando iniciam a formação pedagógica com o objetivo de assegurar o planejamento docente coletivo da continuidade curricular entre 2020 e 2021. Os servidores que integram o grupo de risco devem preencher uma autodeclaração para permanecer em atividades remotas.

Semana de preparação da comunidade escolar

Para as equipes gestoras das coordenadorias regionais e das escolas, esta semana será de intenso planejamento e organização. Entre as tarefas necessárias estão levantamento dos alunos que devem permanecer em atividades remotas, finalização do Plano de Contingência Estadual para Educação (PlanCon Edu) e preparação dos informativos à comunidade escolar.

Criciúma – Prefeitura investe 1,6 mi em bolsas de estudos

Com as inscrições abertas, a Prefeitura de Criciúma investiu mais de R$ 1.616.924 em bolsas de estudos, destinadas aos estudantes de graduação da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc). A iniciativa contempla pessoas carentes e/ou pessoas com deficiência. O edital e a ficha de inscrição estão disponíveis no Diário Oficial Eletrônico (DOE), por meio do link: www.criciuma.sc.gov.br/site/doe.php?diario=2477#conteudo.

A entrega da documentação está marcada para ocorrer entre os dias 24 e 26 de março, no hall de entrada do Paço Municipal Marcos Rovaris, das 8h30 às 17h. Os interessados também podem apresentar a documentação na Central de Atendimento ao Acadêmico (Centac) da Unesc até 26 de março, das 8h30 às 21h.

As pessoas carentes podem concorrer as bolsas de 50%, e candidatos portadores de deficiência podem requerer 100%. Os selecionados deverão se enquadrar nos seguintes critérios: residir há cinco anos consecutivos em Criciúma, não ter diploma de graduação, estar matriculado em um dos cursos de Ensino Superior da Unesc, ter renda familiar bruta per capita de até três salários mínimos, não ter sido reprovado em três ou mais disciplinas no semestre anterior, se tiver recebido bolsa no semestre anterior.

A relação dos inscritos será publicada no site oficial da prefeitura www.criciuma.sc.gov.br e da Unesc www.unesc.net, no dia 31 de março. Nos mesmos endereços eletrônicos também será disponibilizada a lista dos pré-classificados, no dia 30 de abril. A relação oficial dos classificados contemplados e em lista de espera será divulgada no dia 13 de maio.  

Confira cronograma de entrega de documentos:

24 de março: LetrasPedagogiaArquitetura e UrbanismoEngenharia de ProduçãoCiências BiológicasCiência da ComputaçãoFisioterapiaDesignTeatroJogos DigitaisHistóriaArtes VisuaisCiências EconômicasOdontologia eCursos EAD. 

25 de março: Engenharia de Materiais, Engenharia Mecânica, Enfermagem, Direito, Geografia, Matemática, Nutrição, Engenharia Civil, Secretariado Executivo, Engenharia Química, Ciências Contábeis e Cursos EAD.

26 de março: Educação Física, Engenharia Ambiental e SanitáriaFarmáciaTec. Gestão Proc. GerenciaisTec. Gestão Rec. HumanosTec. Gestão ComercialEngenharia De AgrimensuraMedicinaBiomedicinaTec. em Design em ModaPsicologiaAdministraçãoAdministração Hab.Comércio Exterior eCursos EAD.

Senado aprova aumento de pena para quem maltratar cães e gatos

Em sessão remota nesta quarta-feira (9), o Plenário do Senado aprovou projeto que aumenta as penas para maus-tratos a cães e gatos (PL 1.095/2019). O texto foi aprovado na Câmara no final do ano passado e segue agora para a sanção.

Pela proposta, a prática de abuso, maus-tratos, ferimento ou mutilação a cães e gatos será punida com pena de reclusão, de dois a cinco anos, além de multa e proibição de guarda. Hoje, a pena é de detenção, de três meses a um ano, e multa — dentro do item que abrange todos os animais. O projeto altera a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605, de 1998) para criar um item específico para cães e gatos, que são os animais domésticos mais comuns e principais vítimas desse tipo de crime.

O deputado Fred Costa (Patriota-MG), autor da proposição, acompanhou a votação da sala da Secretaria de Tecnologia da Informação (Prodasen), de onde são transmitidas as sessões remotas do Senado. Para o deputado, o projeto responde a um problema concreto da sociedade brasileira, que tem se revoltado a cada caso de violência com os animais.

Relatório

O relator, senador Fabiano Contarato (Rede-ES), elogiou a iniciativa da matéria. Em seu relatório, ele apontou que, apesar da proibição legal, a imprensa e as redes sociais têm divulgado o aumento da frequência de delitos graves envolvendo atos de abuso e maus-tratos especificamente contra cães e gatos, “o que gera um clamor social para que a legislação seja alterada”. O senador lamentou que muitos desses atos cruéis sejam até filmados e divulgados na internet.

Contarato destacou que, com o isolamento social por conta da pandemia do coronavírus, os casos de maus-tratos cresceram muito. Com base nos registros da Delegacia Eletrônica de Proteção Animal (Depa), o senador informou que, somente no estado de São Paulo, denúncias de violência contra animais aumentaram 81,5% de janeiro a julho de 2020, em relação ao mesmo período do ano passado.

— Este projeto é muito importante. É inaceitável o que vem acontecendo no Brasil no aspecto da proteção animal — declarou o senador, lembrando que a data de 9 de setembro é destinada a comemorar o Dia Nacional do Veterinário.

De acordo com o relator, estudos acadêmicos e estatísticos ressaltam, inclusive, a correlação entre maus-tratos aos animais domésticos — em sua maioria cães e gatos — e violência doméstica. A crueldade animal, destacou Contarato, está conectada a outros atos de violência, o que torna os maus-tratos aos animais de estimação um indicativo de abuso familiar, com a demanda de serem devidamente evidenciados e reconhecidos, “para que a saúde e a segurança social sejam asseguradas na sociedade”.

— Este projeto é uma forma de dar viabilidade ao mandamento constitucional de proteger a fauna. É nossa responsabilidade garantir aos animais saúde e bem-estar — disse Contarato.

Da Vinci e Gandhi

Em seu relatório, Fabiano Contarato citou o ativista Mahatma Gandhi (1869-1948), que afirmou: “A grandeza de uma nação e seu progresso moral podem ser julgados pela forma como seus animais são tratados”. Na visão do relator, a aprovação da matéria é uma forma de aproximar o Brasil do nível de civilidade preconizado pelo líder indiano.

O relator também destacou uma frase do pintor italiano Leonardo da Vinci (1452-1519), que registrou que “chegará o tempo em que o homem conhecerá o íntimo de um animal e nesse dia todo crime contra um animal será um crime contra a humanidade”. Para Contarato, o projeto é uma oportunidade de o país dar mais um importante passo nessa direção.

Emendas

Contarato informou que foram apresentadas três emendas em Plenário. No entanto, nenhuma delas foi acatada. As emendas dos senadores Rose de Freitas (Podemos-ES) e Jean Paul Prates (PT-RN) pediam que as penas mais duras fossem aplicadas aos casos de violência com todos os animais criados em âmbito doméstico, e não apenas em relação a cães e gatos. O relator elogiou a emenda, mas sugeriu um projeto específico para tratar do assunto.

A terceira emenda, de autoria do senador Telmário Mota (Pros-RR), diminuía o tempo mínimo de detenção para dois meses — contra três meses da legislação atual e dois anos, do projeto. A emenda previa também a proibição da guarda de animal em caso de dolo. Telmário classificou o projeto como uma “grande inversão de valores”.

— Este projeto está fora da realidade. A relação com os animais tem que ser de carinho. Mas uma animal tem que ser tratado como um animal. Essa sensibilidade está atrapalhando a cultura dos brasileiros — argumentou Telmário, ao anunciar voto contrário ao projeto.

Ao rejeitar a emenda, Contarato argumentou que a redução das penas vai no sentido oposto do projeto, tendo potencial para estimular ainda mais os atos de crueldade contra cães e gatos. O relator ainda informou que já apresentou um projeto (PL 4.517/2020) para aumentar a pena dos maus-tratos com lesão grave contra pessoas. Segundo a proposição, a pena será de dois a cinco anos de reclusão. Hoje, a pena é de um a quatro anos.

Apoio

Vários senadores se manifestaram em apoio ao projeto. O senador Carlos Viana (PSD-MG), que presidiu a sessão, parabenizou o deputado Fred Costa pela autoria, o senador Fabiano Contarato, pela relatoria, e a todos os que lutam pela causa animal no país.

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) pediu uma convivência mais civilizada com os animais e com o planeta. Para o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), o projeto é um avanço para toda a sociedade. Rodrigo Pacheco (DEM-MG) registrou que a defesa dos animais é uma causa que tem o apoio da sociedade. Alvaro Dias (Podemos-PR), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Rogério Carvalho (PT-SE) classificaram o projeto como um salto civilizatório.

O senador Major Olimpio (PSL-SP) lamentou os recorrentes casos de violência contra os animais e elogiou a iniciativa do projeto. Os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Daniella Ribeiro (PP-PB) lembraram a importância dos animais domésticos para a saúde mental dos seus donos. Soraya Thronicke (PSL-MS), Lasier Martins (Podemos-RS), Eliziane Gama (Cidadania-MA), Izalci Lucas (PSDB-DF), Humberto Costa (PT-PE), Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), Paulo Paim (PT-RS) e Jorginho Melo (PL-SC) elogiaram o autor e o relator da matéria.

— Este é um projeto muito importante. Proteger os animais é uma questão de sensibilidade humana — afirmou Jorginho.

Manifestação

Na manhã de terça-feira (8), ativistas da causa dos animais fizeram uma manifestação em frente ao Congresso Nacional para defender a aprovação do PL 1.095/2019. Militantes independentes e representantes de entidades ligadas à defesa dos animais estenderam uma faixa cobrando cadeia para quem maltrata cães e gatos. Centenas de imagens de cães e gatos vítimas de violência foram colocadas no gramado, como forma de chamar a atenção para o tema. Cerca de 30 organizações manifestaram apoio ao ato em frente ao Congresso.

Fonte: Agência Senado

Crimes relacionados à pedofilia podem se tornar inafiançáveis

O Senado vai analisar proposta que torna inafiançáveis os crimes relacionados à prática da pedofilia. O PL 4.406/2020, do senador Dário Berger (MDB-SC), altera o Código de Processo Penal (Lei 7.209, de 1984) impedindo o pagamento de fiança nos casos de favorecimento de prostituição de menores, divulgação de imagens de estupro e crimes virtuais.

De acordo com o projeto, os crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069, de 1990) também serão inafiançáveis. Entre os crimes previstos no ECA estão fotografar, registrar, vender ou expor criança ou adolescente em cena pornográfica; simular a participação de criança ou adolescente em cenas de sexo e aliciar criança ou adolescente para praticar ato libidinoso.

Dário explicou que o crime de estupro de vulnerável praticado contra menores de 14 anos já é inafiançável, porém nos demais crimes sexuais contra menores ainda é possível pagar fiança.

— Qualquer crime que envolva crianças é revoltante e estarrecedor. É preciso que a legislação brasileira seja mais rígida para punir exemplarmente esses tipos de crimes porque um dos fatores para que eles continuem ocorrendo é a certeza da impunidade — disse à Rádio Senado.

O senador ainda ressaltou o número de denúncias de violência sexual envolvendo menores de idade.

 — Dados mostram que só no ano passado foram registradas mais de 17 mil denúncias de violência sexual contra menores de idade pelo Disque 100. Nos primeiros meses deste ano o governo federal registrou quase 5 mil novas denúncias, esse é o retrato da gravidade dessa situação. Por isso o projeto tem por objetivo acabar com essa impunidade — explicou o senador.

Fonte: Agência Senado