Há um ano estive cara a cara com a morte. Ela buscava tirar-me o ar, as forças, e quase me seduziu. A Covid-19 me deixou quase em trapos, fraco, e sentia que minha energia vital se esvaia… Nasci de novo. Perdi parte da capacidade pulmonar, tenho algumas sequelas de memória, cansaço que chega do nada, piorou minha fibromialgia, depressão, mas estou aqui de pé, como manda o protocolo de quem ama a vida.
Vale também para repetir: a Covid-19 não acabou. Continua aí firme e forte. Use máscara em todos os lugares, não relaxe. Lave bem as mãos, use álcool gel, não aglomere e mantenha ao máximo possível – afinal somos humanos – o distanciamento social. Não faça parte do exército dos negacionistas, vendedores de falsos remédios, responsáveis pelo morticínio de mais de 600 mil vidas de pais, mães, filhos, avós…
E tome vacina, uma, duas doses, reforços, o que for indicado. E viva, faça o bem, acumule momentos com quem ama e te quer bem. Conheça lugares, culturas, estude, leia, aprenda, crie, produza. Valorize seu tempo, ele é vida pura.Hoje celebro meu primeiro ano da vida que ganhei de volta. Minha gratidão final a todos os profissionais da saúde que não param um segundo sequer nesta batalha. Sem vocês, eu não estaria aqui escrevendo mais um texto… Muita força e luz para todas e todos!
* as fotos são de um ano atrás, mascarado em hospital, e de hoje mesmo.
Os voluntários vacinados com a tríplice viral tiveram redução de 54% na possibilidade de ter sintomas de Covid-19, enquanto o risco de serem internados caiu para 74%. Esses são os dados de uma pesquisa que está sendo realizada pelo Centro de Pesquisa do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc). As informações ainda são preliminares.
A tríplice viral, como é conhecida a vacina MMR, que age contra sarampo, caxumba e rubéola, usa microorganismos vivos e atenuados. Vários estudos têm demonstrado que esse tipo de imunizante apresenta uma excelente resposta imunológica a vários outros agentes, a chamada imunidade heteróloga. Desde julho, os pesquisadores catarinenses estão estudando o seu efeito na prevenção e na severidade da Covid-19, causada pelo novo coronavírus.
O Centro de Pesquisa no HU-UFSC está fazendo a pesquisa com 430 voluntários da área da saúde. Uma parte recebe o imunizante e a outra, placebo (substância inativa). O estudo ainda está em andamento, com avaliação clínica e exames PCR dos participantes, com previsão de ser finalizado em março. Os dados acima fazem parte de uma “NOTA PRÉVIA – Análise Interina de Dados”.
De acordo com o professor Edison Natal Fedrizzi, coordenador do estudo, uma “análise interina” é realizada quando já é possível verificar a eficácia de uma substância em relação ao placebo. “Não é a análise final. No decorrer do estudo, vamos fazendo algumas análises para avaliar possíveis efeitos colaterais e a eficácia do tratamento. Quando a gente tem um resultado significante, que está demonstrando a realidade, já começamos a divulgar porque provavelmente ele vai se manter ou melhorar até o final do estudo”, explicou.
A ideia por trás do estudo não é substituir as vacinas específicas, que já estão sendo administradas no Brasil. A tríplice viral, amplamente usada no Sistema Único de Saúde, pode ajudar na estratégia de vacinação. Como mostra a nota: “Estes resultados são bastante animadores, pois trata-se de uma vacina não específica para o novo coronavírus, mas que mostrou resultados de eficácia semelhante a algumas vacinas específicas divulgados recentemente. Em hipótese alguma a vacina tríplice viral irá substituir a vacina específica. No entanto, seria muito útil se fosse possível vacinar os grupos não prioritários com esta vacina até que tenhamos a disponibilidade de vacinar toda a população com as novas vacinas contra a Covid-19”.
O estudo da UFSC também está avaliando por quanto tempo a tríplice viral age contra o novo coronavírus. A hipótese é de que seja de três a seis meses, caso o paciente receba uma dose, ou oito meses a um ano, no caso de duas doses.
Isso porque a tríplice viral, contra o coronavírus, age de uma forma diferente das vacinas específicas. “Estamos usando um efeito deste tipo de vacina que é a primeira fase da imunidade, a imunidade nata. A imunidade de longo prazo é chamada de humoral, associada à produção dos anticorpos específicos contra o microorganismo alvo da vacina. A humoral produz anticorpos. A celular é a produção de células de defesa do nosso organismo no primeiro combate frente a um organismo agressor. É uma proteção contra qualquer infeção”, informou Fedrizzi.
Além da Fapesc, o estudo também conta com apoio do Laboratório FioCruz – Bio-Manguinhos, Secretaria Estadual de Saúde (SES – LACEN) e Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis (SMF).
Investimento da Fapesc
A Fapesc investiu aproximadamente R$ 2,2 milhões em ações contra Covid-19 em Santa Catarina, incluindo pesquisas e desenvolvimento de produtos para combater a pandemia e seus efeitos. O estudo da tríplice viral é um dos cinco projetos aprovados no edital 06/2020 e recebeu cerca de R$ 100 mil para o desenvolvimento.
Há também pesquisas sobre testes mais seguros para diagnósticos da doença, produção de tecido pulmonar humano e ativação de laboratório na Serra catarinense. A conclusão de alguns projetos será divulgada nos próximos meses.
Para o professor Amauri Bogo, diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação e presidente em exercício da Fapesc, fica clara a importância da ciência para a sociedade durante a pandemia. “A Fapesc está cumprindo seu papel ao dar suporte a uma série de pesquisas e inovações para o enfrentamento da pandemia. Alguns resultados já foram divulgados, mas, em breve, haverá outros”, afirmou.
A Polícia Militar de Santa Catarina está participando ativamente da distribuição das vacinas contra a Covid-19 em todo o território catarinense. Desde o dia 17 de janeiro a PMSC realiza a Operação Vacina – Covid 19 em conjunto com as demais instituições no estado de Santa Catarina para que a distribuição das vacinas seja efetivada.
Segundo o comandante-geral da PMSC, coronel Dionei Tonet, a principal preocupação é “garantir a guarda dos locais de armazenamento das vacinas, realizar os procedimentos de escolta para interiorização das vacinas e realizar policiamento ostensivo nos locais de vacinação”, completou.
PMSC faz também a segurança dos locais de armazenamento das vacinas (foto: PMSC-Ascom)
A operação No âmbito operacional, o sub-comandante-geral da PMSC, coronel Marcelo Pontes informou que as vacinas estão sendo distribuídas, inicialmente, a partir dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, sendo o transporte realizado através da Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
“Em Santa Catarina as vacinas estão sendo entregues à Secretaria de Estado da Saúde e, em seguida as vacinas serão interiorizadas para as cidades catarinenses”, afirmou. A PMSC também está realizando o patrulhamento nos locais de armazenamento, além das escoltas dos veículos que estão transportando as vacinas e realizando o policiamento ostensivo nos locais de vacinação.
Um incêndio atingiu as instalações do Instituto Serum na cidade de Pune, na Índia, na tarde desta quinta-feira (21, manhã no Brasil). Segundo informações da imprensa local, cinco trabalhadores morreram na tragédia. Ainda sem causa conhecida, as chamas já foram controladas e, de acordo com a empresa, a produção de vacinas contra a COVID-19 não foi afetada.
Segundo o site India Today, o incêndio aconteceu em um edifício em construção no instituto, a maior fabricante global de vacinas. O Serum é um dos responsáveis pela fabricação da vacina desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a universidade de Oxford, a mesma com acordo de produção pela Fiocruz no Rio de Janeiro (RJ).
Adar Poonawalla, CEO do Serum, publicou em seu perfil no Twitter que o cronograma de fabricação da vacina — batizada na Índia como Covishield — não foi afetado, mas lamentou as mortes causadas pela tragédia.
Era do Instituto Serum que o governo brasileiro esperava adquirir dois milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford, mas a operação foi cancelada após preparativos que incluíram até o destacamento de um avião para buscar a vacina.
A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria de Saúde divulga o plano municipal para vacinação contra o novo Coronavírus. O planejamento leva em conta o anúncio ministerial de início da vacinação para esta segunda-feira, 18. As primeira doses da vacina serão aplicadas simbolicamente em vacinadores do Município.
A primeira fase será destinada aos trabalhadores da Saúde, idosos acolhidos em Instituições de Longa Permanência (ILPIs), idosos acima de 75 anos, idosos acamados, posteriormente idosos acima de 60 anos e pessoas com deficiência maiores de 18 anos institucionalizados.
Entre os profissionais de saúde, a prioridade será para os que atuam no cuidado de pacientes graves. A estratégia é começar pelas UTIs e posteriormente seguir para os profissionais que atendem diretamente pessoas com sintomas do novo Coronavírus, que serão vacinados em seus locais de trabalho. As ampliações para a imunização de outros profissionais ocorrerá conforme os quantitativos de vacina forem chegando.
A Fase 2 será composta por Pessoas de 60 a 74 anos residentes em Florianópolis. A terceira fase será composta por residentes no município com comorbidades especificadas no plano de vacinação como diabetes, câncer, IMC acima de 40 e pessoas com transplante, por exemplo. As datas das próximas etapas serão divulgadas conforme envio dos imunizante e programação do Ministério da Saúde.
Para as fases seguintes de vacinação, as pessoas que ainda não tiverem cadastro no sistema municipal de saúde (prontuário eletrônico) poderão, por meio de um aplicativo que deve ser lançado nos próximos dias, abrir cadastro sem se deslocar às unidades de saúde. A população que já consultou em algum Centro de Saúde, UPA ou Policlínica, já recebeu vacina em algum momento ou já pegou medicamento em alguma farmácia municipal, já possui um cadastro e poderá acessar seus dados pelo aplicativo.
Segurança das vacinas:
A Prefeitura de Florianópolis já está organizando um sistema de segurança das vacinas para o novo coronavírus. O imunizante receberá escolta das forças policiais do almoxarifado municipal até os Centros de Referência de vacinação, que estão sendo fechados e serão divulgados nos próximos dias. A abertura dos Centros de Vacinação ocorrerá conforme a chegada de vacinas e da sua quantidade.
Os Centros de Saúde continuarão atendendo a população normalmente. A administração municipal lembra que os locais de vacinação, bem como outras informações sobre a campanha, serão divulgados assim que as doses forem chegando ao Município. Nesta primeira etapa, a vacina contra o Coronavírus não será feita em Centros de Saúde, mas diretamente nos locais de trabalho dos profissionais de saúde e Instituições de Longa Permanência. Sempre que novos lotes de vacinas chegarem ao município, as estratégias de cada etapa da campanha serão amplamente informadas.
A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria de Saúde, informa que os primeiros lotes de vacina contra Covid-19 da primeira fase da campanha serão destinados para profissionais de Saúde e idosos em Instituição de Longa Permanência (ILPI).
Entre os profissionais de saúde, a prioridade serão para os que atuam no cuidado de pacientes graves. A estratégia é começar pelas UTIs e posteriormente seguir para os profissionais que atendem diretamente pessoas com sintomas do novo Coronavírus, que serão vacinados em seus locais de trabalho. As ampliações para a imunização de outros profissionais ocorrerá conforme os quantitativos de vacina forem chegando.
O plano de imunização completo da capital será divulgado dentro dos próximos dias, conforme orientação de quantitativo de doses disponibilizadas pelo Ministério da Saúde. Toda a parte logística e de insumos já estão no almoxarifado da Prefeitura.
A 33ª Promotoria de Justiça da Capital, com atribuição estadual na área da saúde, requisitou informações sobre os planos e cronogramas de vacinação contra a covid-19 no estado e na Capital às Secretarias de Saúde do Estado e do Município de Florianópolis. O prazo para o envio das respostas é de cinco dias a partir do recebimento dos ofícios, que foram enviados na tarde desta segunda-feira (11/01).
As requisições às autoridades sanitárias do Estado e do Município são as primeiras providências pedidas pelo Promotor de Justiça Luciano Trierweiller Naschenweng no Procedimento Administrativo 09.2021.00000050-1 aberto para acompanhar o “Plano Estadual de vacinação contra a Covid-19 em Santa Catarina e o Plano de vacinação contra a Covid-19 em Florianópolis”, conforme consta na portaria de instauração publicada hoje.
O objetivo das requisições, segundo Naschenweng, é obter informações que permitam ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) conhecer as medidas que estão sendo adotadas e qual o planejamento para permitir a imunização da população do estado e da Capital de forma eficaz de maneira a evitar o contágio pelo coronavírus. Com as respostas será possível acompanhar as iniciativas e, se for o caso, exigir providências mais efetivas para proteger a saúde da população, explica o Promotor de Justiça.
O Instituto Butantan informou nesta quinta-feira (7/1) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que a vacina CoronaVac, feita em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, tem uma eficácia de 78% em casos leves e 100% em casos graves. As informações foram confirmadas pelo governo de São Paulo em coletiva de imprensa.
O percentual significa que a cada grupo de 100 pessoas que recebem as duas doses do imunizante, 78 estarão efetivamente imunizadas contra a covid-19. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda percentual mínimo de 50% de eficácia para que um imunizante seja registrado.
No caso das ocorrências graves da doença, a eficácia é de 100%. Anteriormente, em coletiva de imprensa, realizada em 23 de dezembro, o diretor do Butantan, Dimas Covas, já havia informado que o grau de proteção do imunizante em relação a casos graves foi de 100%.
Nesta quinta-feira (7), Covas afirmou que dos 12 mil voluntários, em metade foram aplicadas doses da vacina e a outra metade recebeu um placebo. O estudo foi feito pelo Butantan em parceria com 16 centros clínicos em oito estados brasileiros. Todos os voluntários, pode serem de áreas da saúde, tiveram um risco maior de infecção, segundo Covas, uma vez que cuidavam de pacientes com o vírus.
Eficácia de 100%
Nesta quinta, foi confirmado também que, em casos graves, casos moderados e internação hospitalar, a vacina tem eficácia comprovada de 100%. Ou seja, nenhum voluntário do grupo vacinal do estudo clínico da CoronaVac desenvolveu um caso de covid-19 considerado grave, moderado ou precisou de internação.
Desde o início da pandemia, a Fiocruz vem promovendo esforços para salvar vidas e contribuir para a vacinação o mais breve possível. A busca por doses prontas da vacina contra a Covid-19 sempre esteve na pauta das tratativas com a farmacêutica Astrazeneca. Em reunião realizada recentemente com o Ministério da Saúde e a Fiocruz, a Astrazeneca apresentou o cenário atual e a viabilidade de entregar ao governo brasileiro doses prontas, com a finalidade de antecipar o início da vacinação e reduzir os graves problemas causados pela pandemia.
O registro da vacina no Reino Unido, no dia 30 de dezembro de 2020, abriu caminho para o registro em outros países, como Argentina e Índia, e para a aprovação do pedido de importação excepcional de dois milhões de doses prontas feitos pela Fiocruz à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além do pedido de autorização para seu uso emergencial, que será formalizado, também à Anvisa, nesta semana. A Fiocruz irá adquirir as vacinas prontas do Instituto Serum, da Índia, um dos centros de produção da vacina.
A estratégia é contribuir com o início da vacinação, ainda em janeiro, com as doses importadas, de acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, e, ao mesmo tempo, dar início à produção, conforme cronograma já amplamente divulgado. O pedido de registro definitivo está mantido para 15 de janeiro e a chegada dos primeiros lotes do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) está prevista para janeiro.
Até julho de 2021, a instituição entregará 110,4 milhões de doses ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, sendo a primeira entrega, de um milhão de doses, na semana de 8 a 12 de fevereiro. Com a incorporação da tecnologia concluída, a Fiocruz terá a capacidade de produzir mais 110 milhões ao longo do segundo semestre de 2021. Dessa forma, a Fiocruz reafirma seu compromisso com a saúde pública e com o Sistema Único de Saúde (SUS).