Metalúrgicos, químicos e trabalhadores no vestuário formam Sindicato Mundial

No início desta semana, três das maiores federações internacionais de trabalhadores na indústria vão se unificar, criando a IndustriALL Global Union. A entidade representará aproximadamente 50 milhões de trabalhadores nos setores metalúrgico, químico e de vestuário. A ratificação ocorrerá durante congresso em Copenhague (Dinamarca), que começou dia 18 de junho (segunda-feira) e termina nesta quarta-feira (20). Serão 1.300 delegados de 150 países, entre os quais o Brasil, representado por sindicalistas da CUT e da Força Sindical.

Para o secretário de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, Valter Sanches, a unificação internacional é um reflexo da configuração econômica – e pode representar, também, uma resposta ao poder das multinacionais. “Os setores industrias têm muita interligação. As cadeias produtivas são interrelacionadas”, observa. Uma possibilidade a ser discutida no futuro, acrescenta Sanches, é a participação do setor da construção e do mobiliário na nova entidade. Por enquanto, o IndustriALL Global Union reunirá Fitim (federação mundial dos metalúrgicos), Icem (setor químico) e FITTVC (vestuário).

No mês passado, a mesma fusão foi anunciada formalmente entre as federações das três categorias no continente europeu. Reunidos em Bruxelas (Bélgica), 550 delegados e convidados participaram da criação do IndustriALL Europa, com 7 milhões de trabalhadores na base. “A influência do sindicato não se deverá apenas à força do número de membros, mas a nossa clara determinação de ser um ator poderoso, decidido e eficaz na cena política europeia”, afirmou o presidente da entidade, Michael Vassiliadis.

Nessa reconfiguração do sindicalismo internacional, Sanches detecta uma possível tentativa de reduzir a participação da América Latina. “A nossa intervenção, dos sindicatos da CUT, é no sentido de que a organização realmente priorize a atuação em países onde o trabalho precário é mais grave”, afirma. Segundo o dirigente, a unificação de entidades por setor ainda não é uma discussão prioritária no Brasil, onde os sindicatos já atuam juntos quando necessário. “Não está na ordem do dia.”

Por: Rede Brasil Atual

Acidente de trabalho é mais elevado no setor metalúrgico

Os dados foram apresentados pelo técnico do Dieese, subseção CNM/CUT, André Cardoso, dia 31 de maio, no segundo dia da II Conferência Nacional de Saúde da CNM/CUT. Os dirigentes do coletivo de saúde dos sindicatos e federações de todo o país acompanharam a apresentação que apontou os setores que mais sofrem com acidentes de trabalho.

O Brasil tem cerca de 2,2 milhões de metalúrgicos e 11% de todos os acidentes de trabalho notificados de todos os ramos, são do trabalho metalúrgico. A maior incidência desses acidentes estão na fundição, setor naval, aeroespacial e automotivo ( ônibus e caminhões).Dentro do setor metalúrgico, os maiores casos de mortalidade estão na fundição e forjaria.

Os dados disponibilizados pelos órgãos oficiais não retratam a realidade de acidentes de trabalho no Brasil, afirmou o técnico do Dieese. Segundo André, isto acontece porque nem todos os casos são notificados pelo CAT  Comunicação de Acidentes de Trabalho, do Ministério do Trabalho.Além disso, os trabalhadores terceirizados e os autônomos não estão incluídos nas estatísticas.

A mesa  que abordou o tema Setores e Acidentes de Trabalho foi composta por Paulo Dutra e Maria Ferreira, da  Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT- MG.

Controle Social e atuação do Movimento Sindical
A vice-presidenta da CNM/CUT Rosilene Matos da Silva  e Julio Cesar, secretário de Saúde da FEM/CUT MG comandaram os trabalhos da mesa sobre Controle Social, apresentado por Guilherme Francisco Neto, diretor do Departamento de Saúde do Trabalho do Ministério da Saúde.

O representante do ministério falou sobre o SUS  Sistema Único de Saúde, e a importância da atuação dos Conselhos de Saúde, criados junto com o SUS. “ É fundamental a participação da sociedade organizada nos conselhos de saúde estaduais e municipais. É um importante espaço de atuação para o movimento sindical, disse Franco Neto.

Rede Nacional de Atenção à Saúde do Trabalhador
O Brasil tem 202 CERESTs, que é a Rede Nacional de Atenção à Saúde do Trabalhador, e terá 210 até final deste ano. “Estamos em processo de expansão das redes”, afirmou o diretor do Ministério da Saúde.

Os trabalhadores de todos os setores estão sofrendo da doença do século, que é o estresse,  afirmou do dirigente. “As mutilações, problemas auditivos e transtornos mentais estão crescendo muito nos últimos anos e atinge mais os trabalhadores metalúrgicos, precisamos ampliar os centros de atendimento ao trabalhador”, alertou.

CNM/CUT

Metalúrgicos cobram respeito à convenção coletiva em Joinville (SC)

O Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville defende que a convenção coletiva de trabalho seja respeitada e os trabalhadores precisam ser os fiscais para que as empresas obedeçam os direitos dos trabalhadores. Os trabalhadores na Nova Fundição estão denunciando que empresa não quer fazer o repasse dos 7,5% do reajuste salarial.

Segundo o Sindicato, a empresa justifica que antecipou um percentual deste reajuste ainda no mês de 2010. No entanto, esse repasse não foi feito para todos os trabalhadores da empresa, que também não comunicou o sindicato. Portanto, as antecipações salariais não podem ser descontadas do reajuste acordado na convenção coletiva de trabalho.

A direção do Sindicato vai denunciar a empresa no Ministério Público do Trabalho, para por fim às devidas irregularidades que a empresa está praticando e também para fazer a fiscalização dos locais insalubres.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville

Mecânicos e Metalúrgicos em campanha salarial

Duas das maiores categorias de trabalhadores e trabalhadoras de Joinville e Região estão em campanha salarial a partir do último sábado – 27 de fevereiro. Ambas pedem aumento de 10% aproximadamente, além de outras cláusulas sociais. Os Mecânicos querem um piso único de R$ 800 contra R$ 511 e R$ 650, tomando por base a aprovação do salário mínimo estadual aprovado em 2009 e em vigor desde janeiro deste ano. A data-base é 1 de abril. Ambas as categorias não descartam paralisações para o caso do empresariado não acatar os pedidos.