Todo dia pelo menos um post…

voltei_arteOlá amigos e amigas deste blog. Estive distante por alguns dias porque mergulhei em um projeto profissional, e também político, de cabeça porque foi necessário. Estive, como estou há dois anos e meio, gerenciando a comunicação do deputado federal Mauro Mariani, agora o deputado federal mais votado da história de Santa Catarina. Um orgulho e satisfação para este blogueiro, jornalista, consultou, escritor. Afinal, não é sempre que se elege uma pessoa importante como Mauro com votação tão expressiva.

A partir de hoje, ainda meio cansado, quebrado, volto a escrever meus posts além de colocar informações de relevância para as pessoas, seja na área da saúde, educação, arte, negócios, economia e muito mais que você precise aí, via internet. Conto a todos também que minha amada companheira, Gi Rabello, está me ajudando muito na manutenção do blog, e é uma das editoras do Palavra Livre. E olhem só: logo logo ela vai escrever seus textos! É meio tímida, mas tem um talento, uma força interior… aguardem que vou convencê-la. Beijos amor!

Portanto leitores deste famigerado Blog, contem comigo, eu conto com vocês enviando notas, sugestões, crônicas, poesias, fotos, artes, textos. Aqui é o seu lugar, é o seu espaço também para apresentar seu talento e ideias. Abraço, saúde e paz!

Voltando com notícias,novidades e muito mais …

escada

O Caminho da Vida

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.

A cobiça envenou a alma dos homens… levantou no mundo as muralhas do ódios… e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.

Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.

Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.

Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

Charles Chaplin

Mortalidade por câncer entre mulheres cai 10,5%

cancerA taxa de mortalidade por câncer entre mulheres nas capitais brasileiras caiu 10,5% no período entre 1980 e 2004, aponta pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) publicada na revista da Associação Médica Brasileira. Entre os homens, a redução foi de 4,6%, ao longo dos 25 anos estudados. É uma das mais longas séries históricas sobre mortalidade por câncer com dados nacionais, e não regionais.

Em 1980, morriam por causa de câncer 105 mulheres a cada 100 mil habitantes. Em 2004, a taxa havia caído para 94 por 100 mil. Entre os homens, essa queda foi mais discreta – de 147,4 para 140,6 por 100 mil. O que mais contribuiu para essa redução foi a queda da mortalidade do câncer de estômago, afirma o médico Luiz Augusto Marcondes Fonseca, pesquisador do Departamento de Medicina Preventiva, que divide a autoria do trabalho com dois especialistas, os professores José Eluf-Neto e Victor Wunsch Filho.

“Possivelmente está diminuindo a incidência (de câncer de estômago) e isso ocorre em boa parte do mundo. Câncer é doença de longa produção, então o que se pensa é que a qualidade da comida está melhorando. Para preservar os alimentos, não se usa mais salgar ou defumar, que produzem substâncias carcinogênicas, por que se tem a geladeira”, afirma o especialista. A mortalidade de homens e mulheres por causa dessa doença foi cortada pela metade: a masculina caiu de 25 por 100 mil para 13 por 100 mil, e a feminina, de 12 por 100 mil para 6 por 100 mil habitantes.

Por outro lado, houve um aumento pequeno na taxa de mortalidade de mulheres por câncer de colo de útero e pulmão. Nos homens, subiu a mortalidade por câncer de próstata. “É correta a estratégia do Ministério da Saúde de focar campanhas que tratem da saúde do homem. Historicamente, sempre se teve programa de saúde infantil, materno-infantil, saúde da mulher. E o homem é quem menos se cuida”, diz Fonseca.

Uol

Presidente Lula sanciona lei que prevê fim dos lixões

reci.clagemO presidente Lula sancionou o projeto de lei que cria a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que traz regras para manejo de lixo e resíduos. A lei tramitou no Congresso Nacional por 21 anos. O objetivo da nova lei é acabar, a longo prazo, com os lixões e obrigar municípios e empresas a criarem programas de manejo e proteção ambiental.

“A lei trata não só de preservação ambiental, como de saúde pública”, disse Lula.

A lei dos resíduos sólidos proíbe a existência de lixões e determina a criação de aterros para lixo sem possibilidade de reaproveitamento ou de decomposição (matéria orgânica). Nos aterros, que poderão ser formados até por consórcios de municípios, será proibido catar lixo, morar ou criar animais.

As prefeituras poderão ter recursos para a criação de aterros, desde que aprovem nas câmaras de vereadores uma lei municipal criando um sistema de reciclagem dos resíduos. Estados e municípios terão dois anos para apresentar um plano de manejo de resíduos sólidos e, só depois, receber recursos da União para obras nessa área.

Haverá obrigações para consumidores, comerciantes e fabricantes. Todos estarão sujeitos a penalidades da Lei de Crimes Ambientais caso não destinem corretamente os produtos após o consumo.

As fábricas, por exemplo, terão de recolher os “resíduos remanescentes” após o uso. Os fabricantes de produtos com maior degradação ambiental (agrotóxicos, pilhas, lâmpadas fluorescentes, baterias, pneus e eletroeletrônicos) ficam obrigados a implementar sistemas que permitam o recolhimento dos produtos após o uso pelos consumidores.

O texto cria a chamada “logística reversa” para coleta de produtos descartados pelos consumidores. Comerciantes e distribuidores serão os principais pontos de receptação dos produtos descartados, que depois devem ser enviados aos fabricantes ou importadores. Estes últimos darão o destino final ao lixo.

Mais cedo, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse acreditar que a legislação poderá mudar o padrão de consumo, diminuindo a produção de resíduos e formalizando o trabalho dos catadores que era voluntário.

Reciclavéis

Exame de sangue pode detectar Alzheimer, afirma estudo

alzheimer1O Alzheimer, a forma de demência mais comum que existe, afeta pelo menos 26 milhões de pessoas no mundo todo. Não há cura, mas o tratamento paliativo apresenta melhores resultados se for iniciado prematuramente.

Outras equipes já haviam descoberto um diagnóstico precoce a partir do fluido vertebral, o que exige uma punção na coluna, procedimento que pode ser doloroso. Além disso, empresas especializadas em diagnóstico por imagem estão concluindo os testes de novos agentes capazes de tornar as placas (lesões) cerebrais visíveis em tomografias, um recurso disponível apenas em centros especializados.

Um exame de sangue tornaria o diagnóstico muito mais simples, segundo Sid O’Bryant, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Texas Tech, em Lubbock.

“Um exame sanguíneo abre acesso a todos. Qualquer clínica pode fazer isso. Até mesmo enfermeiras de cuidados domésticos podem fazer”, disse O’Bryant, cujas conclusões foram publicadas na revista Archives of Neurology.

A doença atualmente é diagnosticada pelos sintomas, e só pode ser confirmada por exames cerebrais após a morte.

Segundo O’Bryant, tentativas anteriores de fazer diagnósticos do mal de Alzheimer pelo sangue se mostraram falhas.

O novo exame busca mais de cem proteínas e combina isso com informações sobre os pacientes, inclusive se eles são portadores de um gene de risco para o Alzheimer, chamado APOE4. Uma análise informatizada então estabelece o grau de risco do paciente.

“Nossa taxa geral de sucesso em detectar portadores do mal de Alzheimer é de 94 por cento. Mas o acerto total em classificar os que não têm o mal de Alzheimer é de 84 por cento” disse o cientista.

O próximo passo será ver se o teste pode prever quem irá desenvolver o Alzheimer. O teste do fluido vertebral parece ser capaz de fazer isso.

Um outro estudo na mesma publicação, liderado por David Geldmacher, do Sistema de Saúde da Universidade da Virginia, avaliou se o medicamento pioglitazone, usado contra diabetes, pode combater a inflamação que causa a morte de células cerebrais em pacientes com Alzheimer.

Geldmacher alertou que ainda é preciso aprofundar o estudo, e que pesquisas mais amplas com drogas da mesma classe não confirmaram nenhum benefício na terapia do mal de Alzheimer.

Iparaiba

Caixa Econônica prevê mais liberaçao para crédito imobiliário

A Caixa Econômica Federal (CEF) deverá liberar mais de R$ 70 bilhões em 2010 em financiamento habitacional, segundo estimativa divulgada nesta quinta-feira (9) pelo banco. Caso confirmada, a previsão significará um crescimento de cerca de 48% sobre os R$ 47,05 bilhões liberados em todo o ano de 2009. O banco é responsável por 52% dos recursos destinados ao mercado de crédito imobiliário.

A presidente da instituição, Maria Fernanda Ramos Coelho, atribuiu o aumento à política habitacional do governo e a boa conjuntura econômica do país. “São os fundamentos macroeconômicos em relação ao trabalho e a renda das famílias, que possibilitam que a gente tenha essa perspectiva não só para 2010, mas também o prosseguimento disso nos próximos anos”, declarou.

No total já foram fechados pela CEF neste ano 778.717 contratos para financiamentos de imóveis, 355.358 relativos ao programa Minha Casa, Minha Vida. No total, o programa habitacional já atingiu, segundo a presidente da instituição, 63% da meta de 1 milhão de moradias, com 630.886 contratos.

Desses, 292.229 são referentes a habitações para famílias com renda de até três salários mínimos. Essa faixa é, no entanto, a que teve menor número de unidades entregues até o momento, com 3.588 moradias concluídas. No balanço total do programa, 160.883 unidades já estão nas mãos dos novos donos.

O vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, atribuiu os números ao tempo de conclusão dos novos projetos. Segundo Hereda, uma construção nova demora de 12 a 24 meses para ser terminada, por isso ainda não houve tempo suficiente para finalizar as novas unidades.

Até o final do ano devem ser entregues mais 101.494 moradias do Minha Casa, Minha Vida, 78.086 delas para famílias com rendimento de até três salários mínimos.

Site Mecânicos

Relatório da ONU aponta impunidade de quem explora trabalho escravo no Brasil

escravoUm relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece a atuação do governo brasileiro no combate ao trabalho escravo, especialmente empreendido pelos grupos de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego. O documento, no entanto, aponta a necessidade de melhorar a atuação dos três níveis de governo, principalmente dos municípios, e recomenda a alteração da legislação para aumentar a pena de quem explora e faz a intermediação do trabalho escravo.

“Essas ações exemplares [de combate ao trabalho escravo] tendem a ficar ofuscadas sem ação urgente no sentido de acabar com a impunidade de que desfrutam os fazendeiros, empresas locais e internacionais e alguns intermediários, conhecidos como gatos, que usam trabalho escravo. Pois enquanto tem sido possível obter êxito com penalidades cíveis [multas], ainda falta aplicar penalidades criminais [prisão]”, descreve o texto.

Segundo o relatório, o questionamento sobre a competência jurídica para julgar esses crimes e a demora do sistema judicial “frequentemente resultam na prescrição dos crimes e os perpetradores ficam impunes”. O documento ainda aponta que quando o crime é “cometido por um réu primário tem sido comum a punição com sentenças suaves, como prisão domiciliar ou serviços comunitários”.

O texto ainda assinala que apesar de já haver decisão, há quatro anos, do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a competência para julgar crimes de trabalho escravo é da Justiça Federal, nem sempre a determinação é seguida. Pede que sejam cumpridas integralmente “as recomendações da Comissão de Direitos Humanos no sentido de levar todas as violações sérias de direitos humanos para tribunais federais”.

O relatório será apresentado hoje no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra (Suíça), e é assinado pela relatora especial sobre Formas Contemporâneas de Escravidão, Gulnara Shahinian.

No relatório, Shahinian propõe cerca de 30 recomendações ao Estado brasileiro, entre elas a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 438/2001, que prevê o confisco de terras onde houver trabalho escravo. Em maio, quando a relatora esteve no Brasil, o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), recebeu um abaixo-assinado pedindo a aprovação da proposta que tramita há nove anos.

As principais vítimas da exploração de trabalho escravo no Brasil são homens jovens e adultos, com 15 anos ou mais, que trabalham para a agroindústria e a pecuária, na zona rural, e para a indústria de confecção, na área urbana.

Gulnara Shahinian esteve em Brasília, São Paulo, Cuiabá, Imperatriz e Açailândia (MA). No ano passado, a fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego resgatou 3.769 trabalhadores.

Agência Brasil

Mercado eleva estimativa do PIB de 2010 para 7,34%

pibO mercado financeiro elevou a previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, segundo a pesquisa semanal Focus, divulgada hoje pelo Banco Central (BC). A estimativa de crescimento da economia brasileira este ano passou de 7,09% para 7,34%. Para 2011, a previsão para o PIB foi mantida em 4,50%. Na última sexta-feira, o IBGE divulgou o PIB do segundo trimestre, que registrou alta de 1,2% ante o primeiro trimestre deste ano e expansão de 8,8% na comparação ao segundo trimestre de 2009.

Já a expectativa para a alta de preços acumulada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano manteve-se em 5,07%, ainda em um patamar acima do centro da meta de inflação para 2010, que é de 4,50%. Também na pesquisa Focus, a estimativa para o IPCA em 2011 teve um ligeiro ajuste para baixo, de 4,87% para 4,85%.

No caso da inflação de curto prazo, o mercado reduziu de 0,17% para 0,16% a previsão para o IPCA de agosto. Para a inflação de setembro, o mercado continua prevendo um índice de 0,36%, de acordo com a Focus.
A estimativa para a produção industrial em 2010 recuou de 11,47% para 11,37%. Para o ano que vem, a projeção para a expansão da indústria segue em 5%.

Juros e dólar

De acordo com a pesquisa Focus, a previsão para a Selic (a taxa básica de juros da economia) para o fim do ano continuou em 10,75% ao ano. Já a projeção para a taxa no fim de 2011 permaneceu em 11,50% ao ano. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa Selic em 10,75% ao ano, após três aumentos sucessivos da taxa promovidos desde abril.

Os analistas fizeram um ligeiro ajuste para o patamar do dólar no fim do ano. A taxa de câmbio esperada para encerrar dezembro passou de R$ 1,80 para R$ 1,79 por dólar. Para o fim de 2011, a expectativa para a moeda americana passou de R$ 1,85 para R$ 1,83. A previsão do câmbio médio no decorrer de 2010 seguiu em R$ 1,79 e do câmbio médio de 2011 passou de R$ 1,82 para R$ 1,81.

Contas externas

O mercado financeiro alterou as previsões para o déficit nas contas externas em 2010. A previsão para o déficit em conta corrente neste ano subiu de US$ 49,96 bilhões para US$ 50 bilhões. Para 2011, a previsão de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos permaneceu em US$ 58 bilhões.
Já a previsão de superávit comercial em 2010 permaneceu em US$ 15 bilhões. Para 2011, a estimativa para o saldo da balança comercial subiu de US$ 8,18 bilhões para US$ 8,68 bilhões. Analistas não alteraram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2010, de US$ 30, e de 2011, que continua em US$ 38 bilhões.

Estadão

Meta de redução do analfabetismo mundial ainda está longe da realidade

analfabetosA meta da ONU, de reduzir pela metade o analfabetismo no mundo até 2015, está longe de ser alcançada. Entre os 53 países que estão distantes do objetivo, está o Brasil.

Educação para todos: há dez anos, no Fórum Mundial de Educação, em Dacar, 164 países assumiram o compromisso de garantir o acesso de mais pessoas ao mundo das letras. Mas o último relatório da Unesco revelou que há muito o que ser feito: existem ainda 760 milhões de analfabetos no mundo.

Segundo o estudo, a África, o Oeste e o Sul Asiático concentram o maior número de pessoas que não sabem ler e escrever. Quase a metade dos analfabetos do mundo vive nos quatro países mais populosos, como Bangladesh, China, Índia e Paquistão. Diante desses dados, é possível dizer que houve avanços nos últimos dez anos?

Para Katja Römer, do escritório alemão da Unesco, em Bonn, não restam dúvidas de que houve progresso. Desde 2000, houve uma diminuição em 103 milhões no número de analfabetos. A taxa de adultos alfabetizados, por exemplo, subiu em 10% no mundo todo, chegando a 85%.

Os avanços mais notáveis foram registrados no Leste Asiático e na região do Pacífico. A China, por exemplo, alfabetizou mais de 100 milhões de cidadãos em duas décadas. Por outro lado, o Sudeste Asiático continua sendo uma das regiões mais problemáticas – o crescimento da população praticamente anulou os progressos alcançados. Outras regiões como a África subsaariana e os países árabes registraram uma queda na taxa de alfabetização.

Falta vontade

As Nações Unidas ainda estão distantes do objetivo proposto: reduzir pela metade a taxa de analfabetismo entre os adultos. O principal motivo para esse prognóstico, segundo Römer, é a falta de vontade política: “Muitos governos não consideram que os esforços em alfabetização possam contribuir também para o aumento da produtividade e para a prosperidade em alguns países.”

As pessoas que não sabem ler e escrever pertencem às camadas mais pobres da população e, geralmente, precisam lutar diariamente para sobreviver. No entanto, esse círculo vicioso da pobreza poderia ser rompido por meio de políticas e investimentos em educação, defende Caroline Pearce, da ONG Oxfam. “A longo prazo, os investimentos em educação para o crescimento econômico de um país e para sua estabilidade são três vezes mais importantes do que os investimentos em infraestrutura.”

E as mulheres correspondem a 66% dos analfabetos em todo o mundo. “As mulheres são marginalizadas em muitas sociedades. Isso se reflete certamente nas taxas de alfabetização”, diz Katja Römer. O número de mulheres que não lêem ou escrevem é especialmente alto nos países árabes, na região subsaariana e no Sudoeste Africano.

No Brasil

Segundo a Unesco, o Brasil está entre os 53 países que ainda não atingiram e nem estão perto de atingir os objetivos do programa Educação para Todos até 2015. A organização destaca, no entanto, que foram registrados importantes avanços ao longo das duas últimas décadas.

Ainda assim, a taxa de analfabetismo no Brasil reduziu lentamente: 2,9% em sete anos. Numericamente, os analfabetos representavam, em 2006, 10,5% da população. A maioria vive em zonas rurais (24,2%) e na região Nordeste (20,8%).

Problema também dos países ricos

O analfabetismo não é apenas um problema nos países em desenvolvimento: as nações ricas também têm alguns pontos fracos. No Reino Unido, por exemplo, 15% da população escrevem e lêem como um escolar de 11 anos.

Os dados da Unesco também mostram que, nos Estados Unidos, 14% da população adulta não conseguem compreender artigos de jornais ou um manual de instruções. E na Alemanha também é verificada uma tendência semelhante, embora não haja números precisos.

A Índia é um dos países onde o analfabetismo foi combatido com mais sucesso. Ainda em meados dos anos 1980, mais da metade dos cidadãos eram analfabetos. De lá para cá, o número de pessoas capazes de ler e escrever subiu para quase 70% da população.

“Isso se deve aos intensos esforços do governo, segundo a porta-voz da Unesco. A chamada ‘missão nacional de alfabetização’ em muitos estados se voltou exatamente para aqueles que eram mais atingidos pelo analfabetismo e para qual público deveria ser abordado. As medidas adotadas então provocaram esse efeito”, explica Katja Römer, que vê no caso indiano a confirmação de seu argumento. “Vontade política, como foi mostrada nesse caso, é realmente essencial quando se fala em redução do analfabetismo.”

Dw.world.de