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  • Voltamos ao ar…

    Depois de alguns dias de transição profissional – deixei a assessoria de imprensa do vereador Marquinhos Fernandes (PT), e logo após aceitei convite do deputado Mauro Mariani e seu homem de marketing, Nilo Braga, para trabalhar a candidatura do PMDB – volto à ativa no Palavra Livre. Recebi muitos e-mails de leitores, amigos e colegas me questionando a falta de atualização. A falta de tempo e a obrigatoriedade de priorizar alguns assuntos prejudicaram o trabalho no blog. A todos e todas que cobraram a volta, meu agradecimento. Afinal, se sentiram alguma falta é porque estamos fazendo a coisa certa.

    Vamos em frente!

  • A música do dia com Mercedes Sosa – "Gracias a la vida"

    Devemos dar graças a nossa vida, não importa o tamanho da luta, o esforço empreendido, as dores, as lágrimas, os risos e alegrias… Para celebrar a vida de cada um nada como a boa música da cantora Mercedes Sosa, Gracias a la vida. Mercedes Sosa (Tucumán, 9 de julho de 1935) é uma cantora argentina de grande apelo popular na América Latina. Alcunhada La Negra pelos longos e lisos cabelos negros.

    Descoberta aos quinze anos de idade, cantando numa competição de uma rádio local da cidade natal, quando foi-lhe oferecido um contrato de dois meses. Admirada pelo timbre de contralto, gravou o primeiro disco Canciones con Fundamento, com um perfil de folk argentino. Consagrou-se internacionalmente nos EUA e Europa em 1967, e em 1970, com Ariel Ramirez e Felix Luna, gravando Cantata Sudamericana e Mujeres Argentinas. Gravou um tributo também à chilena Violeta Parra.

    Sosa interpreta um vasto repertório, gravando canções de vários estilos. Atua freqüentemente com muitos músicos argentinos como León Gieco, Charly García, Antonio Tarragó Ros, Rodolfo Mederos e Fito Páez, e outros latino-americanos como Milton Nascimento, Fagner e Silvio Rodríguez.

    É também uma conhecida ativista política de esquerda, foi peronista na juventude. Em tempos mais recentes manifestou-se como forte opositora da figura de Carlos Menem e apoiou a eleição do ex-presidente Néstor Kirchner. A preocupação sócio-política refletiu-se no repertório interpretado, tornando-se uma das grandes expoentes da Nueva Cancion, um movimento musical latino-americano da década de 60, com raízes africanas, cubanas, andinas e espanholas. No Brasil, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, entre outros artistas, são expressões da Nueva Canción, marcada por uma ideologia de rechaço ao alegado imperialismo norte-americano, ao consumismo e à desigualdade social. Com vocês, Mercedes Sosa…

  • Sobre canários e sabiás

    sabiá

    Outra participação importante de um leitor do blog, Fernando Finder, ressalta o valor da liberdade de vôos próprios em busca da felicidade. Creio que o colega Finder esteja vivendo essa fase dos sabiás, a qual o autor do texto, o ex-executivo de multinacionais e agora também blogueiro Luciano Pires (www.lucianopires.com.br), resolveu viver e repassar a outras pessoas. A leitura serve como reflexão e motivação. Obrigado Fernando, valeu a participação. Continue participando e comentando nossas notícias e notas! 

    Algum tempo atrás comentei com um amigo sobre minha carreira como executivo e a intenção de um dia partir para vôo solo. Esse amigo então me falou de canários e sabiás. Disse que o canário canário passa a vida numa gaiola maravilhosa, com comida e água em abundância, veterinário e todos os cuidados necessários para cumprir sua nobre função: ser bonito de ver e melhor ainda de ouvir. O canário canta e encanta. Onde existe um canário a vida é mais alegre. E eles são lindos, em vários tons de amarelo, branco, laranja…Já os sabiás não servem para ser criados em gaiolas. Sabiás não são tão bonitos, as penas não são tão coloridas e seu canto não chega aos pés dos canários. Sabiás não são graciosos como os canários. E precisam lutar pela sobrevivência. Em compensação, sabiás voam. Voam alto, pousam nas árvores que querem, vão para onde querem e levam a vida em total liberdade.

    Um amigo disse que eu vivia a fase de canário e que um dia partiria atrás da liberdade do sabiá. Achei o conceito muito apropriado. E com o tempo fui percebendo como é verdadeiro. Os jovens – canários – têm energia, saco e curiosidade para suportar a gaiola, a rotina do dia-a-dia, a obrigação de cantar sempre. Para o jovem canário, cantar é o objetivo da vida. E, quanto mais alto e mais melodioso for o canto, mais valioso ele será. Não importa se numa gaiolinha, gaiolão ou viveiro, eu quero é cantar!¼br /> Canto, portanto sou feliz.

    Mas a maturidade traz outras prioridades. Cantar alto e melodioso deixa de ser objetivo para ser conseqüência. Sou feliz, portanto canto. A maturidade mostra que, por mais técnicos e hábeis que sejamos, cantamos melhor quando estamos felizes. E a felicidade só é plena quando existe liberdade. Liberdade de pensar, de realizar. Liberdade de ser você mesmo sem precisar seguir os roteiros e padrões da comédia corporativa.

    Para algumas pessoas – eu, por exemplo – o atributo mais importante que desaparece com a maturidade no ambiente profissional é a paciência. Quanto mais experiência, menos paciência. O tempo passa a ser valioso demais para ser desperdiçado com os rituais exigidos pelo mundo corporativo. Queremos resultados. Queremos voar. Ver o mundo de cima. Queremos prazer. Queremos crescer. Queremos ousar.
    ¼br /> A segurança da gaiola, os alimentos fartos, os cuidados médicos passam a ter um custo altíssimo: a liberdade.Pois bem. Estou deixando de ser canário para virar sabiá.
    Depois de 26 anos trabalhando numa multinacional, abro a porta da gaiola para enfrentar o mundo lá fora. Meu vôo solo.

    A primeira coisa que chega é aquele frio no estômago, sabe? Mistura de ansiedade com medo. Felizmente minhas aventuras pela vida me ensinaram a transformar esse frio em energia para fazer acontecer.

    Em seguida vêm outros canários (e até alguns sabiás meio castigados) dizendo: cuidado! Lá fora é perigoso demais! Outros sabiás, experientes e grandes voadores, me acolhem alegremente. Mas todos dizem: não é fácil! No entanto, não tenho escolha. Meu destino é voar. Levei 26 anos para preparar o vôo, aprendendo a navegar, a planejar, a surpreender, a observar, a criticar, a inspirar.

    Reforcei as asas. E fiz minha cabeça. Dentro de segundos lanço-me no espaço. Inebriado com a liberdade é provável que eu dê umas cabeçadas nos muros. Ou trombe com outros pássaros. Quem sabe passarei fome e frio até aprender a encontrar comida e abrigo.

    Mas de uma coisa tenho certeza: quando eu estiver em pleno vôo, lá no alto, olhando o horizonte e as copas das árvores com o vento no rosto e o calor do sol em minhas costas, sei o que passará por minha cabeça: –  Preciso contar pros canários!

  • Pensamento do dia enviado por leitor

    PensamentoDemorou um pouquinho, mas apareceram as primeiras participações de leitores do Palavra Livre. Cícero do Nascimento Amancio, sindicalista do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região, que hoje responde pela sub-sede de São Bento do Sul (SC), nos envia o pensamento do dia.

    Valeu Cícero, e continue participando!

     Presente e passado

    A esperança do futuro é viver o presente;
    A frustração do presente é não ter vivido o passado;
    A melhor experiência é viver realmente o presente

  • Mas o Museu da Bicicleta vai continuar fechado

    Agradecendo ao nobre e grande profissional de prensa, amigo Aires Zacarias, pela resposta à nossa nota questionando sobre a data de reabertura do Museu da Bicicleta, o fato é que continuamos sem data de reabertura do espaço mais visitado por turistas em Joinville. E isso é ruim não só para a imagem da cidade, mas também para o belo trabalho que escolas e instituições realizam ao levar estudantes para conhecer a história da bicicleta e suas peculiaridades.

    Joinville já foi considerada a “Cidade das Bicicletas”. Hoje, apesar de ainda constatarmos a existência de milhares delas em circulação, é fato que a cidade não se preparou para continuar com as “magrelas” rodando por nossas ruas de forma segura. Mas isso é outra papo, e para outro momento. Ainda sobre a resposta oficial da Fundação Cultural: é sabido que o processo de recuperação e restauração de um imóvel tombado é mais complicado. Mas é verdade também que essa situação deveria ter sido enfrentada há mais tempo. E olha que o espaço do Museu da Bicicleta foi inaugurado, após reforma, no ano 2001. São apenas sete anos de obras que já se deterioraram? E será que àquela época as questões de restauração, técnicas, foram cumpridas à risca?

    Enfim, é preciso que a Fundação Cultural realmente agilize esses trabalhos, busque recursos se é que estão faltando, e com a máxima rapidez. Porque a espera por essas reformas não pode demorar o tempo que a Estação Ferroviária levou para ficar pronta e servindo à população. Uma data definitiva e oficial seria bem vinda.

  • Reabertura do Museu da Bicicleta – Fundação Cultural responde

    Olá amigos leitores do Palavra Livre, estamos de volta após um dia de pane geral por conta de motivos profissionais. Pela falta de conteúdo no blog que já alcança bons índices de leitura, recebi vários e-mails. Mais uma vez, perdão.

    Agora, em relação à nota que publicamos no dia 5 de maio sobre o Museu da Bicicleta de Joinville, que continua fechado, recebemos e-mail do Coordenador de Comunicação da Fundação Cultural, Aires Zacarias, o qual reproduzimos na íntegra abaixo:

    Cumprimentando-o cordialmente, vimos responder seus questionamentos em relação ao Museu da Bicicleta, conforme publicação no seu blog www.palavralivre.com.br/.

    Essa Fundação informa que o prédio que hoje abriga o Museu da Bicicleta está tombado pelo Patrimônio Histórico, está sendo restaurado e não reformado. Assim sendo, há um processo diferenciado na obra, para que não haja descaracterização do referido prédio.

    Com novos recursos do BNDES, o Museu da Bicicleta ao ser aberto para visitação pública, em data  ainda não definida, oferecerá ótimas condições , num projeto que irá superar a expectativa da nossa sociedade e dos visitantes que aguardam ansiosamente a conclusão dos trabalhos.

    A exemplo do prédio central da Estação da Memória ( antiga Estação Ferroviária), existe a preocupação da Fundação Cultural em entregar esse novo espaço num menor espaço de tempo. Alguns entraves burocráticos e legais, às vezes, atrasam o cronograma da referida restauração. A restauração do telhado do antigo prédio de cargas requer técnicas específicas, com madeirame adequado e de ótima qualidade, respeitando sempre o projeto original tombado.

    Na expectativa de termos respondido aos seus questionamentos, enviamos nossas saudações, desejando a Vossa Senhoria sucesso na tão nobre missão de bem informar à população joinvilense.

    Atenciosamente,

    Aires Zacarias da Rosa Filho
    Coordenador de Comunicação Social
    Fundação Cultural de Joinville”

  • O poema do dia: Momento num café, por Manuel Bandeira

    Outro dos grandes poetas e cronistas brasileiros, Manuel Bandeira nos oferece neste poema um pouco da vida, um pouco da morte que nos passa todos os dias…

    “Momento num café”

    Quando o enterro passou
    Os homens que se achavam no café
    Tiraram o chapéu maquinalmente,
    Saudavam o morto distraídos,
    Estavam todos voltados para a vida,

    Aberto na vida,
    Confiantes na vida.

    Um no entanto se descobriu
    num gesto largo e demorado,
    Olhando esquife longamente,
    Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade

    Que a vida é traição,
    E saudara a matéria que passava,
    Liberta para sempre a alma extinta.

    * Manuel CARNEIRO DE SOUSA BANDEIRA nasceu em 1886, no Recife (PE), de onde se transferiu, menino ainda, para o Rio de Janeiro. Atacado de moléstia pulmonar, viu-se obrigado a abandonar os estudos. Viveu algum tempo na Suíça, para onde seguiu em busca de melhoras para sua saúde. Em 1.917 publicou seu 1º livro, “As cinzas das horas”, que foi seguido de : “Carnaval”, ” Ritmo dissoluto”, “Libertinagem”, “Estrela da manhã”, ” Estrela da tarde”, “Lira dos cinqüenta anos”, ” Belo, belo” e ” Estrela da vida inteira”. Valiosa sua obra de prosador, da qual se destacam: Apresentação da poesia brasileira(1944), Literário de Pasárgada(memórias/1954), Andorinha, andorinha(crônicas/1.965). Professor de Literatura no Colégio Pedro II e na Faculdade Nacional de Filosofia/RJ. Faleceu em 1.968, no Rio de Janeiro. Ocupa lugar destacado na moderna literatura brasileira, como poeta e como estudioso da poesia. É patrono da Academia Brasileira de Letras.

  • 1º de Maio: Centrais reúnem mais de 2 milhões em SP

    Trabalhadores em movimento. Notícia publicada pelo site de notícias Agência Sindical:

    As manifestações em comemoração ao 1º de Maio, promovidas pelas Centrais Força Sindical, CUT, CGTB, Nova Central, UGT, CTB e Conlutas, reuniram mais de 2 milhões de pessoas, nesta quinta-feira, na Capital e diversas cidades do Interior de São Paulo. Somente as duas maiores festas, da Força (na Praça Campo de Bagatelle, Zona Norte) e da CUT/CGTB (em Interlagos, Zona Sul), mobilizaram quase 1,5 milhões na capital paulista.

    Apesar da chuva e do frio intenso, os trabalhadores lotaram as praças e ruas de todo o País, para comemorar as conquistas obtidas nos últimos anos e cerrar fileiras na luta unificada em defesa da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Além disso, o Dia do Trabalho foi marcado por grandiosos shows musicais, sorteios de prêmios e discursos em atos com a participação de dirigentes sindicais, autoridades e líderes políticos convidados.

    Apoio político – Os ministros Carlos Lupi (Trabalho) e Marta Suplicy (Turismo) participaram, em São Paulo, das manifestações promovidas pela Força e CUT, acompanhados do presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT/SP), além de outras lideranças no Congresso. Em discursos e entrevistas, foram unânimes em observar que o Brasil tem evoluído na oferta e em melhores condições de trabalho.

    O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (Paulinho), ressaltou o fato da bandeira de todas as Centrais para o Dia do Trabalho ter sido unificada este ano. Sem exceção, elas elegeram a defesa da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais como o carro chefe das comemorações do 1º de Maio em todo o Brasil. Paulinho encerrou o ato político da Força anunciando que, no próximo dia 28, será realizado o dia nacional de manifestações em favor das 40 horas.

    O presidente nacional da CUT, Artur Henrique, lembrou da aprovação da Constituição de 1988, que reduziu a jornada de 48 para 44 horas semanais. O dirigente sindical afirma: “vinte anos depois, colocamos como a principal pauta dos trabalhadores uma nova redução”. Além do ato unificado com a CGTB, em Interlagos, a CUT promoveu manifestações em São Bernardo do Campo, Guarulhos e centro de tradições nordestinas no bairro do Limão, na Zona Oeste de São Paulo.
    Avanços – “Derrotamos o neoliberalismo, derrotamos o atraso, avançamos nas conquistas e juntos, unidos e organizados elegemos um operário presidente da República”, discursou o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Neto, na comemoração pelo 1º de Maio em Interlagos.

    Além da redução da jornada, as Centrais saíram em defesa da ratificação das convenções 151 e 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) – que garantem negociações coletivas aos servidores públicos e coíbem as demissões imotivadas no setor privado, respectivamente.

    Brasília – Nova Central, CTB, CGTB, CNT e Contratuh realizaram ato unificado, na Praça do Relógio, em Taguatinga. Ao discursar no evento, o presidente da Nova Central, José Calixto Ramos, conclamou a “unidade dos trabalhadores contra os juros altos e pelo fortalecimento da política desenvolvimentista”.

    Carapicuíba – A União Geral dos Trabalhadores (UGT) realizou sua principal comemoração do 1º de Maio, em Carapicuíba, Interior de São Paulo. A entidade homenageou os nordestinos com uma festa cujo tema foi “60 Anos de Baião – Tributo a Gonzagão”, com várias apresentações artísticas. A Central teve como slogan a redução da jornada e a defesa da transposição das águas do Rio São Franciso.

    Itatiba – Além do ato unificado em Interlagos, a CGTB realizou manifestação em Itatiba, onde reuniu cerca de 15 mil pessoas em ato organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos. Em Araraquara, Santos, Campinas e São Carlos, realizou atos em parceria com outras Centrais.

    CTB – A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) organizou, em conjunto com a União Sindical dos Trabalhadores (UST), ato que reuniu milhares de pessoas na Praça Brasil, Cohab José Bonifácio, na Zona Leste de São Paulo. “Este dia é muito importante para os trabalhadores e valeu o esforço gigantesco dos organizadores do evento para obtermos o sucesso que vimos aqui”, destacou Wagner Gomes, presidente da Central.

    Praça da Sé – Na Praça da Sé, Centro de São Paulo, cerca de 3 mil pessoas compareceram ao ato político promovido por Conlutas, Intersindical, MTST, PSol, PSTU e PCB. Antes do evento, a Pastoral Operária celebrou um culto ecumênico na Catedral da Sé”.

     

  • E o Museu da Bicicleta, quando reabre?

    Há quase duas semanas Joinville recebeu de volta o seu cartão postal totalmente restaurado: a Estação Ferroviária centenária. Muita festa, badalação e apresentações marcaram a inauguração que reuniu milhares de pessoas, ávidas por um espaço cultural como aquele, que agora se denomina “Estação da Memória”. Mas há um local que, apesar de ser o mais visitado pelos turistas que visitam a maior cidade de Santa Catarina, continua fechado: o Museu da Bicicleta (foto anterior às reformas).

    É claro que não se pode fazer tudo, e também ao mesmo tempo. Localizado no espaço da Estação da Memória no prédio conhecido como Estação de Cargas, há quase meio ano o espaço está fechado para visitação por conta de reformas estruturais e de recuperação do telhamento de toda a área, que inclui o espaço destinado ao Museu da Indústria. Mas é inaceitável que o local mais visitado por turistas não tenha sido inaugurado ao mesmo tempo que a nova Estação Ferroviária….

    Quanto tempo ainda levará para que as obras terminem, e o Museu da Bicicleta possa encantar a quem nos visita? Qual o novo modelo de visitação que será adotado? O espaço será ampliado? Com a palavra a Fundação Cultural de Joinville.

  • Sarney testemunha em favor de coronel da "tortura"

    “O senador e ex-presidente da República, José Sarney, será testemunha de defesa do coronel reformado do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra na audiência do processo movido contra ele pela família do jornalista Luiz Eduardo Merlino. A “ação meramente declaratória, de ocorrência de danos morais”, subscrita pelos advogados Fábio Konder Comparato e Anibal Castro de Sousa, não pretende nenhuma indenização pecuniária. Angela Mendes de Almeida, ex-companheira do jornalista, e Regina Merlino Dias de Almeida, sua irmã, afirmam que reivindicam apenas o reconhecimento moral de que Merlino foi morto em decorrência das torturas que sofreu nas dependências do Doi-Codi de São Paulo (leia mais).

    Procurado pela reportagem do Brasil de Fato, o senador disse, por meio de sua assessoria, que não iria dar declarações à imprensa. No entanto, não desmentiu a participação no processo.

    Histórico
    Ustra comandou o Doi-Codi de São Paulo entre 1970 e 1974, quando houve 40 mortes e 502 casos de tortura. Entre os presos políticos desse período esteve Paulo Vanucchi, ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos da presidência, que será uma das testemunhas da família de Merlino. Em 1985, durante o governo Sarney, quando era adido militar no Uruguai, Ustra foi reconhecido pela então deputada Bete Mendes (PT-SP), que fazia parte da comitiva da Presidência numa viagem àquele país, como seu torturador. A deputada enviou uma carta a Sarney protestando contra a presença de Ustra como adido militar e pronunciou um discurso de desagravo no Congresso.

    A reação do Exército foi imediata: em nota distribuída a todo o contingente militar, o ministro do Exército, Leônidas Pires Gonçalves, declarava que o coronel Ustra permaneceria no posto e merecia total confiança de seus superiores. O então presidente Sarney não se pronunciou sobre o caso.

    A audiência do processo da família do jornalista Merlino foi marcada para o dia 13 e será na 42ª Vara Cível de São Paulo no Fórum João Mendes, em São Paulo. Ustra é réu em outra ação, também acusado de tortura. A ação declaratória, em tramitação, foi movida pela família Teles (o casal Maria Amélia de Almeida Teles e Cesar Teles, Criméia de Almeida, irmã de Maria Amélia, e os filhos do casal, Janaína e Edson Teles). A família inteira foi presa e torturada nas dependências do Doi-Codi em 1972, as crianças, então com 6 e 5 anos, permanecendo nas dependências do centro de torturas por vários dias”.

    * reportagem publicada pela Agência Brasil de Fato