Falando sobre dinheiro – Parte 2, por Jana Costa

Publicando aqui, com certo atraso, mais um texto da nossa consultora financeira, Jana Costa. Aproveitem!

“Falando sobre dinheiro – Parte 2
Dias atrás conversamos sobre como fazer o levantamento de despesas e receitas. Essa parte é extremamente fácil se cada um for honesto consigo mesmo na hora de colocar as despesas no papel.  Contudo, depois desse exercício feito e de ter identificado todas as despesas fica a pergunta, como gastar menos do que se ganha se existem dívidas grandes tais como o financiamento de carro e o cartão de crédito?

O Guia Folha de Finanças mostra que muitas pessoas não recorrem à poupança para quitar as suas dívidas, preferem o pagamento de altos juros dos financiamentos do que abrir mão do mísero rendimento da poupança. Mais para frente falarei do porque não é rentável investir em poupança no Brasil. Agora, para aqueles que não possuem dinheiro algum guardado é preciso mudar de hábito, e porque é tão difícil mudar de hábito? O Brasil não tem educação financeira nas escolas para as crianças, diferentemente dos EUA, onde as crianças já nascem investindo em diversos produtos financeiros. Por isso que é difícil para o brasileiro mudar seus hábitos quando se trata de dinheiro, outra coisa que dificulta o ato de poupar é o fato de sermos imediatistas em termos de consumo, é só perguntar para qualquer pessoa o que ela faria se ganhasse agora 10 mil reais, 99,9% responderia que gastaria com alguma coisa, enfim, poupar dinheiro não parecer ser o negócio do brasileiro.

Não existe segredo, para poupar dinheiro é preciso mudar os hábitos, e se você está endividado o primeiro passo é reduzir as dívidas. E como fazer para reduzir as dívidas? Primeiramente pare de comprar a prazo, não utilize mais o cartão de crédito, e evite comprar por impulso. Se você se deparar com alguma oferta irresistível pergunte a si mesmo se aquilo é realmente necessário para aquele momento. O segredo para não cair em tentação é ir para casa e pensar, a maioria das pessoas que compra por impulso se arrepende ao chegar em casa.

Depois disso, analise os juros das dívidas maiores, tente trocar as dívidas com juros maiores por dívidas com juros menores, por exemplo, pegue a dívida do cartão de crédito ou do cheque especial e troque por um empréstimo pessoal onde as taxas são mais baixas. Se isso não for possível no caso do cartão de crédito, existe a alternativa de entrar em contato com a operadora e verificar o que pode ser feito. Analise as taxas cobradas e se houver outra operadora de cartão com taxas mais baixas você poderá trocar de cartão se for conveniente. Para reduzir as dívidas você também pode trocar os cartões de créditos por cartões de débito somente. E, caso o seu nome esteja no cadastro de inadimplentes, o único jeito de tirá-lo de lá é pagar a dívida ou renegociá-la. Se você emitiu cheques sem fundos, para cancelar o registro no Banco Central é preciso entregar o cheque na sua agência ou uma declaração de pagamento com firma reconhecida emitida pela instituição que você passou o cheque.

Lembre-se, o segredo para chegar ao terceiro perfil, PERFIL FELIZ, que comentamos no primeiro texto da série postado no dia 26/10/2011, é mudar de hábito. Isso não é uma coisa fácil de fazer, mas também não é impossível. Semana que vem falaremos de como montar um plano para alcançar seus objetivos financeiros. Até lá!

Autor: Salvador Neto

Jornalista e escritor. Criador e Editor do Palavra Livre, co-fundador da Associação das Letras com sede no Brasil na cidade de Joinville (SC). Foi criador e apresentador de programas de TV e Rádio como Xeque Mate, Hora do Trabalhador entre outros trabalhos na área. Tem mais de 30 anos de experiência nas áreas de jornalismo, comunicação, marketing e planejamento. É autor dos livros Na Teia da Mídia (2011) e Gente Nossa (2014). Tem vários textos publicados em antologias da Associação Confraria das Letras, onde foi diretor de comunicação.

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