Música para os surdos

musicaA música é uma das artes mais belas do Mundo, permite-nos dançar, relaxar, enlouquecer, rir e chorar. Os surdos podem não a ouvir, mas a sentem muitíssimo bem. “Os indivíduos com deficiências auditivas sentem a música através de vibrações, a percepção destas vibrações musicais são tão reais como o seu equivalente sonoro por serem ambos processados na mesma região do cérebro”, expõe Dean Shibata, professor de radiologia na Universidade de Washington.

Em Portugal, estes estudos já estão sendo desenvolvidos, e começam a surgir os primeiros concertos para pessoas surdas. A música entra no mundo dos surdos, as emissões de rádio já existem, a interpretação gestual na televisão já está em evolução, mas em nível de concertos, em Portugal as escolhas ainda não são muitas.

Os ingleses já inventaram as baladas direcionadas exclusivamente aos deficientes auditivos. Para ajudar nas sensações, a festa dos surdos conta ainda com um sistema de iluminação que muda no ritmo da música. O palco também é bem mais iluminado para que os clubbers surdos vejam os artistas fazendo sinais.

Surdos, assim como todo mundo, sentem a música através da vibração. Ou você nunca ouviu uma pessoa dizendo “Sinta a música”? Ondas sonoras são vibrações que, ao atingirem os tímpanos, se transformam em impulsos elétricos graças aos nervos auditivos. Esses impulsos são interpretados pelo cérebro como vozes, notas, o que for. Uma pessoa surda não interpreta as ondas sonoras, muitas vezes por problemas nesse nervo. Mas ela sente a vibração da mesma forma que qualquer um, por meio dos graves que sacodem o chão ou batem no peito.
O dinheiro arrecadado nas festas é destinado a organizações não-governamentais que defendem os direitos dos surdos.

Editora Abril

Autor: Salvador Neto

Jornalista e escritor. Criador e Editor do Palavra Livre, co-fundador da Associação das Letras com sede no Brasil na cidade de Joinville (SC). Foi criador e apresentador de programas de TV e Rádio como Xeque Mate, Hora do Trabalhador entre outros trabalhos na área. Tem mais de 30 anos de experiência nas áreas de jornalismo, comunicação, marketing e planejamento. É autor dos livros Na Teia da Mídia (2011) e Gente Nossa (2014). Tem vários textos publicados em antologias da Associação Confraria das Letras, onde foi diretor de comunicação.

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