Pressão por metas e estresse são principais causas de doenças entre bancários

Estudo divulgado nesta quarta-feira (24) pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb/SP), aponta o estresse e a pressão para cumprir metas de produtividade exigidas pelas empresas como os principais fatores de adoecimento da categoria. A apresentação ocorreu durante o Seminário Internacional de Saúde dos Bancários, na capital paulista.

Leia artigo do Seeb/SP: » Seminário confirma: bancário não é máquina
De acordo com a pesquisa “Visão da organização do trabalho e do ambiente de trabalho bancário na saúde física e mental da categoria”, 84% dos trabalhadores entrevistados já tiveram algum problema de saúde com uma frequência acima do normal.

A principal reclamação é em relação ao estresse, relatado por 65% dos bancários, em sua maioria jovens. Mais da metade, 52%, afirmou ter dificuldade para relaxar e manter-se preocupado com o trabalho. A sensação de cansaço e fadiga acomete 47% deles e 40% afirmam sentir dor ou formigamento nos ombros, braços e mãos. Os dados confirmam que os trabalhadores do ramo financeiro estão entre as categorias que mais adoecem mental e fisicamente.

A pressão para o cumprimento de metas cada vez maiores foi apontada por 65% dos funcionários de agências bancárias e 52% dos funcionários das concentrações como o maior causador de estresse. De acordo com 62% dos bancários, a meta em si não é o problema, mas a pressão abusiva pelas metas. Para gerentes comerciais, o desrespeito às convicções pessoais para se atingir as metas pré-estabelecidas também levam a episódios de estresse.

Para Walcir Previtale Bruno, secretário de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicatos dos Bancários, a atual organização do trabalho exige que o bancário “nunca erre e tenha que convencer seus clientes a consumirem produtos que não são adequados as suas reais necessidades”. Dos trabalhadores, 41% dizem estar tensos o tempo todo, receando cometer um erro.

Rede Brasil Atual

Autor: Salvador Neto

Jornalista e escritor. Criador e Editor do Palavra Livre, co-fundador da Associação das Letras com sede no Brasil na cidade de Joinville (SC). Foi criador e apresentador de programas de TV e Rádio como Xeque Mate, Hora do Trabalhador entre outros trabalhos na área. Tem mais de 30 anos de experiência nas áreas de jornalismo, comunicação, marketing e planejamento. É autor dos livros Na Teia da Mídia (2011) e Gente Nossa (2014). Tem vários textos publicados em antologias da Associação Confraria das Letras, onde foi diretor de comunicação.

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