Parlamentares defendem políticas públicas para pessoas com anemia falciforme

A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou ontem requerimento dos deputados Amauri Teixeira (PT-BA) e Benedita da Silva (PT-RJ) para a realização de seminário para debater as políticas públicas para pessoas com anemia falciforme. O evento será realizado no dia 7 de outubro, em Salvador.

Dados da triagem neonatal mostram que no país nascem cerca de 3.500 crianças por ano com anemia falciforme , numa relação de um bebê a cada 1.000 nascimentos. A Bahia apresenta a maior incidência no Brasil, com um caso a cada 650 nascimentos, e estima-se a existência de 10 mil portadores em todo o Estado. “São pessoas que necessitam de atendimento especializado e acesso qualificado ao serviço de saúde”, afirmou Amauri Teixeira.

O diagnóstico precoce, acompanhamento regular com equipe de saúde, além de suporte social podem reduzir e até evitar agravos e complicações.

Anemia Falciforme

Com prevalência média de 1 entre 380 nascidos vivos, nos afro-descendentes nas Américas é uma doença genética, incurável e com alta morbimortalidade. A característica principal da Anemia Falciforme é a deformação que causa na membrana dos glóbulos vermelhos do sangue.

Os glóbulos vermelhos são células arredondadas e elásticas que passam facilmente por todo o sistema circulatório. Existem milhões destas células circulando por todo o corpo.

Dentro destas células, há um pigmento chamado hemoglobina que dá a cor vermelha ao sangue e também transporta oxigênio aos tecidos e órgãos; estas são arredondadas e elásticas, por isso passam facilmente por todos os vasos sangüíneos do corpo, mesmo os mais finos.

A maioria das pessoas recebem dos pais os genes para hemoglobina chamada (A). Assim, estas pessoas como recebem genes maternos e paternos são denominadas “AA”.

Quando diminui o oxigênio na circulação, os glóbulos vermelhos com a hemoglobina S podem ficar com a forma de meia lua ou foice, perdem a mobilidade e flexibilidade e são mais rígidos, por esse motivo têm dificuldade para passar pelos vasos sangüíneos, formando um aglomerado de glóbulos vermelhos que impedem a circulação do sangue e o oxigênio para os tecidos e órgãos.

Traço Falciforme

O Traço Falciforme não é uma doença, significa que a pessoa herdou de um dos pais o gene para hemoglobina A e do outro, o gene para hemoglobina S, ou seja, ela é AS. As pessoas com Traço Falciforme são saudáveis e nunca desenvolvem a doença (1).

É importante saber, quando duas pessoas com o Traço Falciforme unem-se, elas poderão gerar filhos com Anemia Falciforme. Por isso, é importante que todas as pessoas, independente de sua cor ou etnia façam o exame Eletroforese da Hemoglobina, antes de gerarem um filho, de forma que possam decidir com segurança a respeito da suas vidas reprodutiva.

FEM-CUT/SP

Autor: Salvador Neto

Jornalista e escritor. Criador e Editor do Palavra Livre, co-fundador da Associação das Letras com sede no Brasil na cidade de Joinville (SC). Foi criador e apresentador de programas de TV e Rádio como Xeque Mate, Hora do Trabalhador entre outros trabalhos na área. Tem mais de 30 anos de experiência nas áreas de jornalismo, comunicação, marketing e planejamento. É autor dos livros Na Teia da Mídia (2011) e Gente Nossa (2014). Tem vários textos publicados em antologias da Associação Confraria das Letras, onde foi diretor de comunicação.

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