Medida que obriga vendedor a contratar seguro é rejeitada por senadores

Proposta que garante a criação de seguro obrigatório nos casos de contratos de compra e venda de veículos foi rejeitada por senadores da Comissão de Assuntos Econômico.

A medida, de autoria do senador Romeu Tuma (PTB-SP), prevê a contratação obrigatória de seguro integral do bem pelo vendedor até a quitação do financiamento.

Na justificativa da medida, o senador cita que o dispositivo poderia diminuir os índices de furtos e acidentes com veículos financiados, uma vez que, hoje, não existem dispositivos que obriguem à contratação de seguro de veículo financiado.

Obrigatoriedade pode encarecer custos

Para o relator da medida na comissão, senador Paulo Duque (PMDB-RJ), a proposta só prejudicaria o consumidor. Para ele, se o vendedor for obrigado a contratar seguro, os custos da operação certamente serão repassados para os consumidores.

Além disso, para Duque, a obrigatoriedade tira do consumidor a liberdade de escolha, prevista na Constituição. “O consumidor deve ter todo o direito de decidir sobre a conveniência ou não da celebração do contrato de seguro e de escolher livremente a seguradora”, considerou Duque no parecer.

O senador apontou ainda que, para a contratação de seguro, alguns pontos são considerados para o cálculo do valor a ser pago pela apólice, como o perfil do contratante e a renda. As características do vendedor não são as mesmas do comprador.

“Como o prêmio do seguro depende do perfil do condutor, a obrigatoriedade de contratação do seguro por parte do vendedor talvez implique a contratação por um valor mais alto, o que pode onerar o mencionado seguro”, justificou.

Para Duque, o mercado já criou mecanismos de proteção, não cabendo mais um dispositivo que garanta a segurança do veículo. “Desse modo, entendemos que o consumidor será cerceado, porquanto não terá a oportunidade de livre escolha da seguradora, buscando na negociação o melhor preço e a melhor forma de pagamento”, considerou.

Análise

Depois de ter sido reprovada na Comissão de Assuntos Econômicos, a proposta será analisada pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle da Casa.

Informações site:Msn

Autor: Salvador Neto

Jornalista e escritor. Criador e Editor do Palavra Livre, co-fundador da Associação das Letras com sede no Brasil na cidade de Joinville (SC). Foi criador e apresentador de programas de TV e Rádio como Xeque Mate, Hora do Trabalhador entre outros trabalhos na área. Tem mais de 30 anos de experiência nas áreas de jornalismo, comunicação, marketing e planejamento. É autor dos livros Na Teia da Mídia (2011) e Gente Nossa (2014). Tem vários textos publicados em antologias da Associação Confraria das Letras, onde foi diretor de comunicação.

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