FitoJoinville terá programação na terceira Feira Sustentável de SC

O FitoJoinville – programa municipal de plantas medicinais e fitoterápicos – também terá espaço na 3ª Feira Sustentável de Santa Catarina. Serão realizados no evento, que ocorre de 29 de junho a 1º de julho, debates relacionados às experiências sobre as plantas medicinais.

No dia 30 de junho (sábado), às 9 horas, será promovida uma palestra com a médica Henriqueta Tereza Sacramento. Henriqueta é especialista em fitoterapia e percursora nos trabalhos desenvolvidos na área, na região de Vitória (ES). Na ocasião, a médica irá compartilhar seus estudos e ações relacionadas. A palestra é uma realização da Secretaria de Saúde e FitoJoinville.

Às 14 horas será promovida uma mesa redonda, que terá como tema as experiências em produção de plantas medicinais. O debate contará com a participação de instituições governamentais como o Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério da Agricultura do Estado e a Epagri – considerados órgãos financiadores e fomentadores de políticas públicas da área. Estarão presentes também agricultores de diferentes municípios do Estado, que estarão expondo suas experiências. Essa iniciativa é fruto de uma parceria entre Fundação 25 de Julho e FitoJoinville.

O programa municipal de plantas medicinais e fitoterápicos – FitoJoinville – é considerado referência no país e conta com o apoio da Prefeitura de Joinville.

Economia Verde pode gerar em 20 anos até 60 milhões de empregos

Se todos os países adotarem uma economia mais verde como modelo de desenvolvimento, em 20 anos seriam criados entre 15 e 60 milhões de novos empregos no mundo. A conclusão está no relatório Rumo ao Desenvolvimento Sustentável: Oportunidades de Trabalho Decente e Inclusão Social em uma Economia Verde, divulgado hoje (31) pela Iniciativa Empregos Verdes.

O grupo, que reúne especialistas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Organização Internacional de Empregadores (OIE) e da Confederação Sindical Internacional (CSI), mostra que o atual modelo de desenvolvimento não é mais capaz de gerar emprego produtivo e trabalho decente.

“Se a situação continuar como hoje, os níveis de produtividade dos países em 2030 serão 2,4% menores do que os atuais. Em 2050, esses níveis cairiam 7,2%. Os índices coincidem com estimativas de estudos sobre danos econômicos produzidos pela degradação do meio ambiente e a redução dos ecossistemas básicos”, sugere o relatório.

Em contrapartida, considerando apenas os empregos relacionados a produtos e serviços ambientais nos Estados Unidos, 3 milhões de pessoas já se beneficiam do novo padrão. Na União Europeia, existem 14,6 milhões de empregos diretos e indiretos na proteção da biodiversidade e recuperação dos recursos naturais e florestas, sendo mais de meio milhão só na Espanha.

Na Colômbia e no Brasil, os organismos internacionais destacaram a formalização e organização de quase 20 milhões de catadores informais. Ampliando as possibilidades de ocupação, o relatório aponta que o Brasil já criou cerca de 3 milhões de empregos com iniciativas sustentáveis, o que representa aproximadamente 7% do emprego formal.

De acordo com o estudo, é possível obter ganhos líquidos na taxa de emprego entre 0,5% e 2% do emprego total existente hoje. Mas os especialistas alertam que, para que o novo modelo funcione, é preciso combinar políticas.

As orientações indicadas no relatório elencam incentivos financeiros para estimular a mudança de padrões nas empresas, a adoção de um diálogo permanente com os diversos setores da sociedade e a garantia de políticas de mercado de trabalho que complementem políticas econômicas e socioambientais. “A Lei Nacional de Garantia de Emprego Rural na Índia e na habitação social e os programas de bolsas verdes no Brasil são bons exemplos de políticas de proteção social que contribuem para o desenvolvimento sustentável”, destaca o documento.

Da Ag. Brasil

Debate sobre consumo encerra o II Fórum da Igualdade

O painel “Paradigma do consumo e crise ambiental”, realizado na tarde desta terça-feira, 17, encerrou o II Fórum da Igualdade. O objetivo da mesa era refletir sobre o consumo e a justiça ambiental, além de antecipar os grandes debates da Rio+20.

O modelo econômico alicerçado na alta produção e no alto consumo é gerador de destruição ambiental e social. É necessária e urgente a desconstrução das ideias neoliberais que colocam o “consumo” como paradigma do bem viver.

“Temos que buscar luzes para novos modelos econômicos que levem ao bem viver de toda a sociedade. Os conceitos e modelos importados dos países do norte não são bases para os novos processos que desafiam a humanidade”, explicou o coordenador da mesa, Waldir Bohn Gass.

Iniciando o debate, Nancy Cardoso, do Centro de Estudos Bíblicos Nacional (CEBI NAC), falou sobre o uso e abusos do feminino nos imaginários agrícolas e ecológicos ao analisar a campanha publicitária de uma grande marca de sucos.

“Cinco empresas brasileiras vivem uma cruzada global para mudar os hábitos de consumo da população, do suco de laranja natural para o suco de caixinha”, falou Nancy. Para ela, cada vez mais, haverá mecanismos que ligam produtos, vendidos como naturais, à imagem da mulher e do simbolismo do feminino.

Segundo Nancy, as mulheres são as principais organizadoras do padrão de consumo no mundo. “Por isso, é necessário pensar o consumo considerando o peso das mulheres como foco fundamental deste processo”, garante.

Já a assessora da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do RS, Cíntia Barem, relatou as ações e atividades da Comissão e do Parlamento neste âmbito.

Um dos projetos sancionados recentemente pelo governo do Estado dispõe sobre a alimentação saudável nas escolas e espaços públicos e prevê que 30% dos alimentos sejam comprados da agricultura familiar. “Precisamos mudar o padrão de consumo, que hoje é muito instantâneo, principalmente na nossa alimentação”, acredita.

Cíntia acredita que a sociedade está postergando o essencial em nome da urgência: “acabamos não debatendo o principal, o conceito, vamos criando e implantando ações sem pensar”.

Por fim, ela fez uma crítica à chamada “economia verde” que classificou como um termo desconexo. “O capitalismo não permite esse debate, apenas quer pintar de verde as ações que acontecem para manter o mesmo sistema”, afirmou.

O último debatedor foi o representante do IDHES, Mauri Cruz, que defendeu que é necessário o cidadão entender que ser consumidor é ser um ator político.

“É urgente a discussão sobre o consumo consciente porque não temos novos paradigmas. Acumulamos 30 anos de críticas ao sistema, agora temos que colocar em prática”, afirmou Mauri.

Ele explicou também o tipo de igualdade que o Fórum da Igualdade busca: “enquanto seres humanos, somos todos iguais, porém quem tem dinheiro manda em quem não tem e é essa lógica que temos que combater porque nunca seremos livre neste sistema”.

Para Mauri, o capitalismo gera déficit para as classes populares, de fome, habitacional, educacional, de trabalho, entre outros. “O problema é que estamos resolvemos isso com o mesmo modelo, não estamos mudando o paradigma. Corremos o risco de estarmos na mesma lógica que tanto criticamos e nos perceber enquanto consumidores e o poder que isso tem pode ser um começo para a mudança que almejamos”, finalizou. Após o debate, a cantora paraense Raquel Leão realizou o show de encerramento do II Fórum da Igualdade.

Por: CUT

 

Ambientalistas pregam decrescimento econômico

Enquanto países afetados pela crise se esforçam para voltar a crescer, e os emergentes, como o Brasil, fomentam seu mercado de consumo interno, há um movimento defendendo o “decrescimento econômico” como a única forma de garantir a sustentabilidade do planeta a longo prazo.

O decrescimento (degrowth, em inglês) significaria tirar as economias globais da “perpétua busca pelo crescimento” do Produto Interno Bruto (PIB), reduzindo a escala de produção e consumo, distribuindo melhor recursos e trabalho, com a meta de criar uma economia mais sustentável e frear o uso de recursos naturais.

A proposta não é exatamente nova – já vem sendo defendida há alguns anos por correntes ambientalistas -, mas ganhará repercussão com uma conferência sobre o tema em Montreal, em maio, e com o encontro Rio+20, em junho, que reunirá delegações de todo o planeta para discutir sustentabilidade. Leia também para saber mais em RIO+20 vai discutir meio ambiente ou economia verde?

Desenvolvimento demais

Em relatório recém-lançado, o instituto de pesquisas ambientais WorldWatch Institute, dos EUA, dedica um capítulo para defender o decrescimento “nos países que se desenvolveram demais”, ou seja, onde o consumismo e a dívida tomaram proporções excessivas.

O autor do capítulo, Eric Assadourian, um dos diretores do instituto, defende que, “países e populações superdesenvolvidos terão que proativamente buscar o decrescimento, ou seguir no caminho atual até que o litoral se inunde (por conta do aquecimento global) e outras grandes mudanças ecológicas os forcem a não crescer”.

Em entrevista à BBC Brasil, Assadourian explica como esse “decrescimento” poderia ser aplicado na prática, reconhecendo que seria necessária uma significativa mudança na forma como pensamos a economia e o consumo.

O que o senhor quer dizer com o “decrescimento em países superdesenvolvidos”?

Eric Assadourian – Países com altos índices de desenvolvimento, como os EUA, abraçam demais o consumismo, apresentam altas taxas de obesidade, excessivo uso de automóveis, tudo isso às custas do meio ambiente.

Como esse decrescimento ocorreria, considerando que vemos o consumo como sinônimo de prosperidade?

Eric Assadourian – São quatro pontos-chave:

  1. Transformar a indústria do consumo, tornando a ideia da vida sustentável tão natural quanto a ideia de consumir. Por exemplo, a noção de que cada um de nós tem que ter um carro próprio é antiquada;
  2. Redistribuir os impostos, cobrando mais de indústrias que poluem, da publicidade (que fortalece o consumismo) e de quem ganha além do necessário para a sobrevivência básica;
  3. Reduzir as jornadas de trabalho, dando às pessoas mais tempo, redistribuindo riquezas e gerando mais empregos;
  4. Fortalecer a chamada “economia da plenitude”, em que as pessoas plantam mais para prover para sua própria alimentação, cuidar de sua família, aprender novas habilidades, e os recursos são melhores usados. Se podemos produzir um livro da série “Jogos Vorazes”, para ser usado por milhares pessoas em uma biblioteca, porque produzir 10 mil para serem comprados por milhares de pessoas? Teríamos um uso mais eficiente, com a mesma qualidade.

Mas haveria uma perda econômica, não? A autora deixaria de vender milhões de livros.

Eric Assadourian – Sim, mas teríamos milhares de árvores de pé.

E as pessoas confundem consumo com prosperidade, mesmo que a maioria não esteja próspera. Acumulamos sacrifícios escondidos – por exemplo, na questão da mobilidade. Em vez de andar 400 metros, muitos preferem usar um carro, objeto que custará dois meses de seu trabalho, provocará poluição e ficará parado no trânsito.

Acho que o decrescimento nos deixaria mais ricos. Ganharíamos em tempo e qualidade de vida.

Ao mesmo tempo, Barack Obama recentemente comemorou indícios de retomada da indústria automobilística dos EUA, o que reforçaria o crescimento da economia americana em geral. Isso não mostra o quanto a política econômica vai na contramão do que você falou?

Eric Assadourian – Estamos presos num mito de que o crescimento econômico é essencial; a imprensa fica horrorizada se não há crescimento. Se eu fosse um líder lidando com uma recessão, não buscaria o crescimento.

Veja, por exemplo, que, com a crise dos EUA, cresceu o número de casas multigeneracionais (filhos morando com pais e avós, por exemplo). Isso estreita os laços e promove economia de gastos com creche e cuidados médicos, porque um ajuda o outro. Assim, temos menos hipotecas e menos gastos, o que pode ser visto como algo ruim para o crescimento econômico. Mas também temos menos pobreza e estamos fazendo mais com menos dinheiro.

Esse seria o lado bom da recessão?

Eric Assadourian – Decrescimento não é o mesmo que recessão. O decrescimento é como uma dieta controlada, em que o objetivo é ficar mais saudável. A recessão é como passar fome. Agora, para fugir da recessão, estamos (os EUA) comendo loucamente de novo, com uma grande parcela da população trabalhando demais e outra sem emprego.

Os países emergentes estão estimulando o consumo interno – algo que, no caso do Brasil, ajudou o país a não ter sido tão afetado pela crise mundial. O decrescimento vale para emergentes?

Para eles, a questão não é apenas decrescer, mas sim combinar isso com crescimento verde – num mix de políticas públicas, que desestimulem a posse individual de carros para desafogar as cidades, melhoras no transporte público e desenvolvimento que não prejudique o meio ambiente. Talvez sua busca tenha de ser por progresso, em vez de crescimento econômico.

Dá para convencer um consumidor normal a pensar em termos de decrescimento?

Eu iria pelo caminho do choice editing (direcionar as escolhas das pessoas por meio da ação do marketing, políticas públicas, etc).

É fascinante como temos pouco controle sobre nossas escolhas, como elas são determinadas inconscientemente. Atualmente, elas são direcionadas para estimular o consumo. Temos que quebrar esse processo, direcionando-o para (promover um estilo de vida) de baixo consumismo.

Você tem as expectativas de que alguma decisão nessa direção seja tomada na Rio+20?

Gostaria de dizer que sim, mas não espero esse nível de decisão política da reunião. Se conseguirmos retomar algum tipo de acordo para o clima, já será muito.

Do site Inovação Tecnológica

Artigo: “A água potável como elemento importante da soberania alimentar”

Esse artigo foi escrito pelo padre José Leitão no Jornal de Angola, e reproduzimos aqui diante da proximidade da Rio+20 e nossa responsabilidade com a defesa do meio ambiente, da sustentabilidade como recurso fundamental para a manutenção da vida na Terra. Instigante, desafiador e crítico, o padre fala aos corações. Leia e comente:

“A água potável como elemento importante da soberania alimentar”

A falta de chuva, nestes últimos meses, em Portugal, despertou-nos para a importância vital da água. Agora podemos entrever as dificuldades em que vivem os povos que sofrem secas prolongadas e dificuldades de acesso à água potável de forma habitual. A água é de tal forma essencial para a sobrevivência de todo o ser vivo, que a sua falta motiva migrações, fomes, mortes, guerras e especulações no seu controlo e comercialização. Por isso a ONU declarou, em 2010, que todos têm direito ao acesso à água potável, em quantidade e qualidade suficientes para uma vida digna.
O acesso à água é um factor fundamental na produção de alimentos, vegetais ou animais. A água é o sangue azul da natureza. No entanto, para produzir alimentos utilizamos cerca de 70 por cento da água doce disponível. É preciso, em média, dois mil a cinco mil litros de água para produzir alimentos diários para cada pessoa. A urbanização e o desenvolvimento dos países emergentes estão a aumentar o consumo de carne; ora a produção de 1 quilo de carne de vaca precisa de dez vezes mais água que um quilo de milho. A água, doce e salgada, é também o grande habitat de animais e plantas marinhas. A poluição e a pesca industrial estão a destruir a biodiversidade dos oceanos e dos rios. O tema dos oceanos e da vida na água faz parte da agenda da Conferência da ONU Rio-20, em Junho deste ano, no Rio de Janeiro.

Os investidores começam a olhar para a água como uma “matéria-prima” ou mercadoria de valor acrescentado no futuro, em que vale a pena investir, privatizar e comercializar. Por outro lado, a necessidade de produção de alimentos e de biocombustíveis está a desencadear um processo de aquisição-ocupação de terrenos em África e outros continentes para a agricultura intensiva e industrial.

Esta orientação economicista, em vez de resolver o problema definitivamente, está a agravá-lo: na privatização da água, quando não regulada, dificulta-se o acesso a este bem por parte dos mais pobres; na aquisição de terras de posse ancestral mas não documentada, estão-se a empurrar mais pessoas para as grandes cidades, a promover monoculturas de exportação e o uso não alimentar das terras de cultivo (biocombustíveis e lazer/turismo).

Assim, o acesso à água potável e à alimentação básica fica cada vez mais dificultada para os grupos mais pobres e para os países subdesenvolvidos. O ser humano passa a ser tratado mais como cliente do que como pessoa. Bento XVI na Caritas in Veritate, 27, afirma:


“Os direitos à alimentação e à água revestem um papel importante para a consecução de outros direitos, a começar pelo direito primário à vida. Por isso, é necessário a maturação de uma consciência solidária que considere a alimentação e o acesso à água como direitos universais de todos os seres humanos, sem distinções nem discriminações”.


A Santa Sé tem repetido nos Fórum Mundiais da Água a mensagem da centralidade da pessoa humana e do direito universal do acesso à água, à terra e à segurança alimentar.
No último fórum, realizado em Marselha de 12 a 17 deste mês, o Conselho Pontifício para a Justiça e Paz recordou que há que prevenir o futuro devido ao aquecimento global, às alterações climáticas e ao aumento da população, mas também olhar e reparar o presente.

Cerca de metade da população mundial utiliza água de qualidade insegura e não tem saneamento básico. A fome, com a actual crise, tem-se vindo a agravar. O preço dos alimentos tem aumentado. Bento XV já alertava na Caritas in Veritate 27: “falta um sistema de instituições económicas que seja capaz de garantir um acesso regular e adequado, do ponto de vista nutricional, à alimentação e à água e também de enfrentar as carências relacionadas com as necessidades primárias e com a emergência de reais e verdadeiras crises alimentares provocadas por causas naturais ou pela irresponsabilidade política nacional e internacional.”

O VI Fórum Mundial sobre a Água teve como lema “Tempo para agir”. Nesse fórum representantes de governos, empresas privadas e organizações sociais reflectiram sobre formas de solucionar os problemas ligados aos recursos hídricos.
No final, apresentaram algumas soluções assentes em três grandes objectivos: assegurar o bem-estar de todos; contribuir para o desenvolvimento económico e manter o planeta azul. A aplicação e monitorização desses objectivos contribuirão para ajudar a alcançar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio em 2015. Todos somos co-responsáveis pela saúde do Planeta e dos seus recursos.

O que podemos fazer?

1. Garantir o acesso de todos à água potável e à soberania alimentar. Isto supõe uma boa administração nacional e local, e a cooperação internacional no apoio ao desenvolvimento das regiões e países mais pobres e afectadas pela escassez de água.
2. Educar para a mudança de comportamentos alimentares, higiénicos e industriais, evitando o desperdício de água e de alimentos.
3. Melhorar formas de produção de alimentos utilizando menos água: sistemas de rega mais eficientes, reutilização e reciclagem, colecta e armazenamento das águas das chuvas, tratamento de esgotos e de resíduos líquidos industriais…
4. Diminuir a emissão de gases com efeitos de estufa, baixar a poluição, assegurar o direito à terra, proteger as florestas e aquíferos e promover políticas energéticas que não coloquem em causa o acesso à água e à soberania alimentar.
Deus sonhou um jardim irrigado por um rio de vida (Gn 2,10), um mar povoado de seres marinhos (Gn 1,20) e uma humanidade que cuida da Criação (Gn 2,15). A água e o alimento acessível a todos são sinais messiânicos de que este sonho de Deus continua válido (Is 55,1; Ap 7,16). Somos desafiados a fazer a nossa parte para o bem da humanidade de hoje e em solidariedade com a humanidade do futuro.

(*) Rede Fé e Justiça Europa/África

Brasil terá Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído

O Brasil será o primeiro país da América do Sul a ter o Pisac ( Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído), localizado no campus da UnB no Gama, cidade a cerca de 30 quilômetros de Brasília. A missão do parque é ampliar as fronteiras da sustentabilidade no país e viabilizar o desenvolvimento de comunidades verdadeiramente sustentáveis

O Pisac seguirá exemplos de outros países, como a Inglaterra. Em Londres, o parque tecnológico funciona em uma pequena vila com dez casas. No local são realizadas simulações que testam a resistência de vários materiais a efeitos de mudanças climáticas assim como diferentes modelos de construção que prezam o conceito de sustentabilidade.

Serão introduzidas inovações tecnológicas aliadas aos critérios de sustentabilidade na cadeia produtiva da construção, para que no futuro o setor possa se tornar uma atividade com baixo impacto ambiental, com trabalhadores qualificados e um ritmo industrial de produção.

O Pisac conta com a parceria da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), do Laboratório do Ambiente Construído, Inclusão e Sustentabilidade da Universidade de Brasília (LACIS -UnB), do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, do Governo do Distrito Federal e do Building Research Establishment (BRE).

Uol

Sustentabilidade : Lá vem o sol

Placa solar instalada em escola infantil no interior  do Quênia,luz do sol possibilitou dobrar quantidade de alunos no colégios
Placa solar instalada em escola infantil no interior do Quênia,luz do sol possibilitou dobrar quantidade de alunos no colégios

No sudeste africano, a energia solar permitiu transformar a vida de diversas comunidades carentes

Todo dia que o Sol dá as caras na zona rural do sudeste africano é um indício de que vai haver aula nas escolas da região. Foi graças à energia solar que milhares de jovens puderam retomar (ou até iniciar, em alguns casos) os estudos. Como muitas regiões da África sofrem com a falta de energia elétrica, um grupo de voluntários criou uma força-tarefa para instalar painéis solares nas escolas, possibilitando que os alunos pudessem aprender também a noite, quando os colégios costumavam ficar fechados por falta de eletricidade.

Com a energia limpa vinda dos raios de sol, foi possível retomar as aulas em 108 escolas da região. A captação de energia solar também permitiu que os estudantes tivessem acesso ao computador e à internet, buscando conteúdos na rede e aprendendo de uma maneira diferente daquela a que estavam acostumados. Essa é apenas uma das ações da SolarAid, ONG que trabalha para gerar energia para as comunidades africanas.

Com atuação em países como Quênia, Tanzânia, Maláui e Zâmbia, a instituição já conseguiu levar energia para mais de 10 mil residências e mais 19 clínicas, além de hospitais e comércios. Com base em Londres, a SolarAid capacita voluntários para ensinarem os próprios moradores dessas comunidades a instalarem as placas fotovoltaicas (que transformam raios de sol absorvidos em energia elétrica) e ainda incentiva o empreendedorismo, à medida que possibilita que os habitantes capacitados passem a vender (por preços justos, claro) os produtos criados pela ONG com o selo SunnyMoney, que vão desde luminárias para as casas a carregadores de celulares e outros equipamentos. Com um investimento de menos de 1,5 milhão de libras até agora, a instituição conseguiu gerar empregos, resolver o problema de falta de energia em 45% das comunidades carentes do sudeste africano, aumentar a incidência de crianças e adolescentes nas escolas e ainda promover o uso de uma energia limpa e renovável que, além de tudo, faz bem aos próprios moradores – que, assim, deixaram de consumir cerca de 2,3 milhões litros de querosene tóxico à saúde.

Vida Simples

A Engenharia de Produção e o Fabuloso Alumínio

aluminio-verdeO alumínio é um metal que todos conhecem ( pelo menos ouviram falar ).

Embora seja um dos elementos mais comuns da superfície da terra, 8% de todos os metais encontrados no nosso planeta são ligas que contém alumínio, o alumínio é uma descoberta nova e seu uso pela indústria e Engenharia de Produção é bem recente.

Descoberto e isolado em sua forma pura somente em 1827 pelo químico Alemão Friedrich Wohler, o Alumínio é um metal que desperta muito interesse para a Engenharia de Produção em aplicações industriais pois é um metal resistente, de alta durabilidade, de alta reflexibilidade ( o que o torna brilhante e muito bonito ) e o melhor: é um metal que tem uma taxa de reciclagem de praticamente 100% !!

Em outras palavras, é como se fosse um metal infinito, sempre que uma peça de alumínio se torna velha uma peça nova poderá ser feita a partir dela, criando um ciclo perfeito de renovação industrial, um sonho que vem sendo perseguido a séculos por cientistas, profissionais de engenharia de produção e até mesmo economistas.

Uma outra característica interessante do alumínio é que ele é um dos poucos metais que não tem nenhuma função biológica, ou seja, não está presente nas formas de vida e muito menos em nosso corpo humano.

Apesar disso ele não é classificado como tóxico e não causa grandes danos aos humanos, como causam outros metais tais como chumbo, por exemplo.

Do site guiadacarreira

Acre recebe apoio de R$ 60 milhões do Fundo Amazônia

• Projeto vai fortalecer a política estadual de apoio à vocação econômica local, de produção sustentável e redução do desmatamento

O BNDES e o governo do Acre assinaram nesta sexta-feira, 19, contrato que destina R$ 60 milhões para um projeto de fortalecimento das ações ambientais no Estado, com recursos provenientes do Fundo Amazônia.

A assinatura ocorreu em Brasília, com a presença do governador do Acre, Binho Marques. Pelo BNDES, participou o diretor das áreas de Inclusão Social e de Crédito, Elvio Gaspar.

Os recursos, não reembolsáveis, irão para o projeto Valorização do Ativo Ambiental Florestal. O objetivo da iniciativa, com duração de 36 meses, é fortalecer e ampliar a atual política pública estadual de valorização do ativo ambiental por meio da gestão territorial integrada, de ações de fomento às cadeias produtivas florestais e agroflorestais e de incentivo técnico e financeiro aos serviços ambientais. Com o presente apoio, a carteira do Fundo Amazônia passa a somar nove projetos aprovados, no valor total de R$ 169 milhões.

O Estado do Acre é considerado modelo na promoção de políticas para o desenvolvimento sustentável e para a implementação de atividades produtivas alinhadas com a conservação da floresta. Com a aprovação do projeto no âmbito do Fundo Amazônia, o governo do Acre pretende potencializar sua vocação econômica para a produção florestal sustentável, com redução do desmatamento e da degradação ambiental.

O projeto, que complementa uma série de ações integradas e articuladas entre diversos órgãos do governo estadual e outras instituições parceiras, está estruturado em dois grandes blocos de atuação independentes. No primeiro deles, o foco é a consolidação da estratégia de gestão territorial fundamentada no Zoneamento Ecológico-Econômico. Entre as ações previstas estão: fortalecimento do Instituto de Meio Ambiente do Acre e da Secretaria Estadual de Florestas; modernização da Unidade Central de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto (UCEGEO); e elaboração de Planos de Prevenção e Controle de Desmatamento e Queimadas Municipais, a ser realizado em parceria com as prefeituras.

O segundo componente do projeto prevê ações de fomento às cadeias produtivas florestais e agroflorestais para a redução do desmatamento e de incentivos aos serviços ambientais em duas áreas definidas como prioritárias pelo governo, por sofrerem influência direta das obras da rodovia BR-364 (que liga a capital, Rio Branco, à cidade de Cruzeiro do Sul). Com 2,1 milhões de hectares – sendo 895 mil no município de Tarauacá (Área 1) e 1,2 milhões nos municípios de Feijó e Manuel Urbano (Área 2) –, essas duas áreas envolvem 10 cooperativas de manejadores florestais e de pequenos agricultores, além de três associações indígenas. Aproximadamente 12 mil pessoas serão beneficiadas.

O foco nas pequenas propriedades é resultado da dinâmica de desmatamento registrada atualmente no Acre. Apesar da queda contínua dos últimos anos – houve redução de 72% entre 2005 e 2009, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) – há uma crescente participação dos desmatamentos em áreas inferiores a 5 hectares, que correspondem a cerca de 60% dos polígonos de desmatamento. Do desmatamento total do Estado até 2009, 35% ocorreu em projetos de assentamento, que concentra metade da população rural do Estado.

Por conta desse quadro, foram delimitadas, no projeto, estratégias específicas para inserção de práticas sustentáveis entre os produtores familiares, a exemplo da geração de alternativas econômicas e de benefícios sociais complementares, como segurança alimentar e aumento da renda familiar. O projeto também prevê incentivos para redução de emissões e sequestro de carbono via reflorestamento e para a conservação e o uso sustentável da floresta.

Já o fomento às cadeias produtivas florestais e agroflorestais para a redução do desmatamento será realizado por meio de serviços da rede ATER (Apoio a Projetos de Assistência Técnica e Extensão Rural) e da implantação de sistemas agroflorestais e de planos para uso das florestas de produção certificada.

Um laboratório para seleção de mudas florestais e frutíferas também deverá ser criado, aperfeiçoando a eficácia de plantio e dando escala para atender ao crescimento da demanda. Cabe ressaltar que a produção florestal do Acre (madeireira e não madeireira) é a atividade econômica mais importante do Estado, responsável por 16,8% do valor bruto da produção, enquanto que a agropecuária participa com 4,8%. A floresta da região possui uma variedade de produtos demandados pelas indústrias cosmética, alimentícia e farmacêutica, entre eles açaí, copaíba, unha-de-gato, andiroba e buriti.

BNDES