Servidores municipais de Joinville estão convocados a irem à Câmara de Vereadores, na segunda-feira (11/8), às 15 horas. A Comissão de Justiça e Legislação deve votar o parecer do projeto 219/2014, sobre a reposição dos dias da greve. Junto com ele, será apreciada a emenda do vereador Adilson Mariano (PT).
O projeto, de origem do Executivo, permite a compensação das horas paradas apenas entre 20 e 29 de maio e transforma os dias 19 e 30 em pontos facultativos. A emenda amplia o período de reposição até 12 de junho.
Na última segunda-feira, diretores do Sinsej estiveram presentes na reunião da comissão ao lado de diversos servidores. O vereador Maurício Peixer (PSDB), relator do parecer, manifestou que considerava a emenda ilegal. O vice-presidente do sindicato, Tarcísio Tomazoni Junior, e os trabalhadores rebateram a alegação. Os parlamentares decidiram adiar a votação para que a Prefeitura e a entidade sindical voltassem a conversar.
Os diretores do Sinsej chegaram a reunir-se com a secretária de Gestão de Pessoas, Rosane Bonessi, e com o procurador Edson Roberto Auerhahn, na terça-feira, mas não houve avanços. “O prefeito já se posicionou [negativamente] em relação a isso”, respondeu Bonessi. Um novo ofício, pedindo que os trabalhadores possam repor todos os dias, foi protocolado na Prefeitura.
Diante disso, ontem (6/8), Tomazoni ocupou a tribuna livre da Câmara de Vereadores e explicou aos vereadores os motivos pelos quais eles devem aprovar a emenda de Mariano. Ele ressaltou que o custo do salário está garantido em lei e não irá gerar gastos ao município, como alega Peixer em seu parecer. “Os servidores municipais, além de quererem garantir os salários integrais, também querem repor as mais de 600 cirurgias canceladas no Hospital São José e os 200 dias letivos aos alunos da rede municipal e as consultas não realizadas nos ambulatórios”, disse. Ofícios pedindo que a emenda não seja vetada foram protocolados nos gabinetes de todos os vereadores.
Fotos: Francine Hellmann.