Ativista que ameaçou o STF e ministro Alexandre de Moraes tem defesa liderada por criminalista catarinense

O criminalista catarinense Claudio Gastão da Rosa Filho lidera a equipe de advogados que assumiu a defesa da youtuber e ativista política paulista Sara Fernanda Giromini, conhecida nacionalmente como Sara Winter. O trabalho começou segunda-feira com uma petição dirigida à delegada da PF Denisse Dias Rosa Ribeiro pedindo o adiamento do seu primeiro depoimento, que estava previsto para ontem (03), no inquérito que apura envolvimento com um suposto esquema de fake news e as recentes críticas que fez ao ministro do STF Alexandre de Moraes. O pedido foi aceito e o depoimento foi remarcado para hoje (04), mas hoje pela manhã a defesa pediu novo adiamento.

Segundo o advogado Gastão Filho, os pedidos têm em vista o fato público e notório de que nenhum advogado até a presente data conseguiu, malgrado os esforços, ter acesso aos autos do inquérito policial, em insuportável violação ao artigo 5º da Constituição Federal e da Lei 8.906. O advogado salienta na petição que Sara, sem embargo à possibilidade de permanecer calada, pretende prestar esclarecimentos, “o que por óbvio não pode ser feito sem o conhecimento do conteúdo da esdrúxula investigação que sacrifica um rosário de princípios constitucionais em holocausto ao Estado Democrático de Direito”.

O ministro Alexandre de Morais determinou a liberação do acesso aos autos do inquérito após as manifestações dos acusados. Sara Giromini, mais conhecida como Sara Winter, é uma ex-feminista que agora faz parte do grupo que apoia o presidente Jair Bolsonaro, e que comanda um acampamento conhecido como os 300 em Brasília, que tem inclusive pessoas armadas, segundo ela própria admitiu à imprensa. O STF investiga as ameaças e fake news contra o poder desde o início do ano passado.