Sindicato aciona Metalúrgica Duque por atraso nos depósitos de FGTS

A diretoria do Sindicato dos Mecânicos acompanha apreensiva a situação de uma grande empresa da categoria, a Metalúrgica Duque de Joinville (SC). Além de não depositar o FGTS há quase um ano, a empresa também tem atrasado salários.

Preocupado com os postos de trabalho e a  garantia dos direitos trabalhistas de cerca de mil trabalhadores, o Sindicato já exigiu providências no final de 2012, mas até hoje sem solução ou retorno prático por parte da empresa.

Diante disso a entidade sindical que representa milhares de trabalhadores vai entrar com um processo para exigir o pagamento do FGTS em atraso. A intenção é pressionar a diretoria da empresa para que vá atrás das soluções devidas e precisas neste momento. O caso Busscar está vivo na memória da sociedade e dos trabalhadores, que foram lesados em seus direitos de forma brutal e irresponsável que levou a todos para uma falência dolorosa, que ainda nem começou de fato.

A Metalúrgica Duque é uma empresa tradicional de Joinville, emprega trabalhadores dedicados que merecem o cumprimento da lei que protege os direitos trabalhistas, com pagamentos salariais em dia, depósitos de FGTS e INSS em dia, melhores condições de trabalho e muito mais. Há informações de que o aporte de dinheiro do BNDES já chegou, mas no entanto, nada de colocar as contas em dia.

O Sindicato alerta para que não tenhamos mais um caso Busscar, evitando a perda de postos de trabalho e direitos dos trabalhadores, e também a perda para toda a economia local, regional e do país. O processo deverá ser protocolado no início da semana que vem.

Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

Caso Busscar: Sindicato avisa que “não” será mantido caso Plano siga ilegal

Está estampado no dia 25 de julho de 2012 – na capa do jornal A Notícia de Joinville (SC): plano é ilegal, avalia administrador judicial. Exatamente o que o Sindicato dos Mecânicos denuncia desde o início da recuperação judicial requerida pela Busscar, que seria mais uma forma de ganhar tempo para tentar impor aos credores, e principalmente aos trabalhadores que foram lesados em quase dois anos e meio de salários, mais décimos-terceiros, INSS, FGTS, verbas rescisórias, férias e outros direitos.

O fato é que agora o tempo acabou para tantas jogadas de mídia, pressão sobre trabalhadores para que assinem procurações para votar sim ao Plano enganador da empresa. O posicionamento do administrador judicial é claro, e duro quando faltam menos de quinze dias para a continuidade da assembleia geral dos credores iniciada em 22 de maio. E o Sindicato, através do seu presidente Evangelista dos Santos, já avisa que caso a empresa siga tentando manter o plano que tenta enganar os trabalhadores com propostas em 36 meses, pagamento com debêntures, ações que nada valem, a entidade sindical vai manter o pedido de voto NÃO ao plano.

“O Sindicato já disse que o mínimo que deve ser cumprido é o que diz a lei de recuperação judicial, pagamento dos débitos trabalhistas em até um ano. E isso não está previsto no plano, assim como a Busscar não paga salários em dia, nem direitos trabalhistas desde o início da recuperação, como manda também a lei. Por isso, ficando tudo como está, nosso indicativo aos trabalhadores é o voto NÃO”, confirma Evangelista. Nos próximos dias o Sindicato vai comunicar claramente o andamento dos preparativos para a assembleia geral no dia 7 de agosto, 15 horas, novamente no Centreventos Cau Hansen.

Do Sindicato dos Mecânicos

Caso Busscar: empresa completa 24 meses sem pagar salários!

Imagem da manifestação feita em abril de 2011 quando se completou o primeiro ano sem pagamento dos salários na Busscar

A Busscar Ônibus acaba de completar dois anos, ou 24 meses, sem pagar salários aos seus trabalhadores, hoje em torno de mil pessoas ainda ligadas à empresa que está sob processo de recuperação judicial desde o dia 31 de outubro do ano passado. Nesse longo período a empresa mantém cerca de 250 a 300 trabalhadores pagando diárias, de forma ilegal que atenta à dignidade dos demais que não tem esse benefício, e de aproximadamente quatro mil trabalhadores que ficaram sem receber suas rescisões, FGTS, e demais direitos previstos em lei. Em 2011 quando completou um ano sem pagar salários, o Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região promoveu uma manifestação com direito a bolo para marcar o descaso da empresa com a sua força de trabalho.

Esse ano a entidade sindical organiza uma grande assembleia geral dos trabalhadores para o dia 15 de abril, próximo domingo, às 9 horas no seu Centro Esportivo localizado na rua Rui Barbosa, 495 no bairro Costa e Silva em Joinville (SC). Lá serão colocados em discussão e votação o posicionamento do Sindicato e dos trabalhadores em relação ao Plano de Recuperação Judicial apresentado pela empresa – e já rejeitado em primeira mão pela entidade e demais credores – e também na futura assembleia geral dos credores prevista para a primeira quinzena de maio.

A assembleia tem caráter legal, com edital publicado, visando garantir todos os direitos de representação dos milhares de trabalhadores na votação que vai decidir o futuro da Busscar. A iniciativa também quer oportunizar aos trabalhadores que já não moram mais na cidade o direito de se manifestar e ver sua posição defendida junto aos credores. Para o presidente do Sindicato, Evangelista dos Santos, a idéia é permitir que todos possam participar da decisão democraticamente, visando defender os direitos dos trabalhadores que já foram descumpridos pela empresa.

“Desde o início da crise nos portamos com transparência, buscamos o diálogo, propomos várias soluções para a empresa. Fomos ignorados, e até atacados várias vezes, mas mantivemos a luta pelos direitos dos trabalhadores. Conseguimos até chegar ao ponto de colocar os bens disponíveis para o leilão, mas a empresa recorreu à recuperação judicial. Apresentaram um plano fajuto, fraco, inconsistente e que retira ainda mais dos trabalhadores, e é claro que negamos. Agora, ao completar dois anos dessa história vergonhosa da Busscar, está chegando a hora dos trabalhadores se posicionarem oficialmente na assembleia de credores. Nós vamos realizar a nossa assembleia dos trabalhadores e definir nossa posição. Está na hora de acabar essa novela que afetou a vida de milhares de famílias”, afirma Evangelista.

Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

Busscar: Projeto Guatemala morreu – como fica o Plano de Recuperação?

Fontes do Blog garantem: o projeto Guatemala em que a encarroçadora Busscar Ônibus apostava todas as fichas para tentar aprovar sua recuperação judicial na futura assembleia geral dos credores, em maio, morreu. Não existe mais, e até a Mercedes já está dando outro fim para os chassis que estavam a espera do milagre. Entre várias justificativas para o fim, as mudanças de projetos, de modelos, e até a política do país da América Central. É o fim de mais um sonho da empresa catarinense, afundada em dívidas que beiram R$ 1,6 bi para bancos, trabalhadores, fornecedores e ex-sócios. E as fontes são fortes, fortíssimas. Se confirmado o fim do projeto, vai ser um Deus nos acuda pelos lados do norte de Joinville (SC).

É uma notícia muito ruim para um momento que é péssimo para a Busscar, a poucos dias de ver o seu plano de recuperação judicial ser colocado à prova em votação. Se aprovado, ganha mais um tempinho de sobrevida. Se reprovado, hipótese muito provável pelas atuais circunstâncias, e falta de credibilidade lógico, a falência pode ser decretada imediatamente. Sem o projeto Guatemala, o plano que já era ruim fica ainda mais fraco e inconsistente. Impossível de ser acreditado por bancos, fornecedores, e agora mais ainda pelos trabalhadores, que completam 24 meses sem ver a cor de salários na próxima semana.

Antes era o crédito do IPI que a empresa acenava como existente, possível, cerca de R$ 600 milhões que tinha para receber do Governo Federal. Ideia sepultada por decisão final do STJ. Depois vieram promessas de venda de ativos, nunca operacionalizadas. Em seguida a saída possível antes do início dos leilões dos bens do Grupo Busscar, em decisão da Justiça do Trabalho, com o pedido da recuperação judicial por meio de um escritório de advocacia do Mato Grosso. A base de convencimento era o projeto Guatemala, agora morto. O que faltará para a Justiça enfim decretar o fim dessa agonia da empresa, trabalhadores, bancos, fornecedores e a sociedade? Ninguém aguenta mais essa novela mexicana, de muito mau gosto.

Caso Busscar: Sindicato fará reuniões preparatórias com trabalhadores

A partir de março o Sindicato dos Mecânicos convoca reuniões preparatórias para informar, esclarecer e debater propostas com os trabalhadores da Busscar envolvidos nesse processo doloroso e injusto causado pela empresa, que já vai para 22 meses sem pagar salários, usando todos os artifícios possíveis para adiar o pagamento de suas dívidas, e insistindo com um plano de recuperação judicial que não tem nenhuma viabilidade e já foi denunciado pelo Sindicato.

Segundo o presidente João Bruggmann, o Sindicato já pediu a impugnação do plano apresentado pela Busscar, mostrando todos os furos e falhas no que se chama de uma bela obra literária, mas fraquíssima em termos financeiros, econômicos e de mercado. “Nós estamos defendendo de todas as formas os direitos dos trabalhadores desde o início dessa crise. Agora após a impugnação, esperamos que eles modifiquem tudo, já apontamos todos os erros e saídas, caso contrário o final será mesmo a desaprovação do plano que eles criaram sem qualquer base real. Enquanto isso vamos orientar a todos os trabalhadores que tem algo no processo da Busscar, informando o passo a passo, e ao mesmo tempo, debatendo as novas medidas que tomaremos até a assembleia de credores em abril”, explica Bruggmann.

Todas essas reuniões estão sendo preparadas pelo departamento jurídico do Sindicato, e serão realizadas antes da Assembleia Geral dos Credores que vai decidir o futuro da empresa, e dos seus salários. Já há datas definidas para essas reuniões que acontecerão na sede central do Sindicato, localizada na rua Luiz Niemeyer, 184 – centro de Joinville (SC). Anotem as datas e participem ativamente: dia 5 de março (segunda-feira) às 9 horas; dia 7 de março (quarta-feira) às 15 horas e dia 17 de março (sábado) às 9 horas.

Do Sindicato dos Mecânicos

Busscar no aperto: Juiz determina o leilão de bens em até 45 dias

Cerco se fecha com marcação do leilão dos bens para pagamento dos trabalhadores

O juiz da 4ª. Vara do Trabalho de Joinville (SC), Nivaldo Stankiewicz, determinou a realização de leilão no prazo de 45 dias do terreno localizado na rua Otto Pfuetzenreuter, e das edificações, máquinas e equipamentos do complexo fabril da Busscar Ônibus, e mais quatro imóveis – dois em São Francisco do Sul e dois em Joinville.

Antes bloqueados, ou indisponíveis, para garantir o pagamento de salários atrasados a milhares de trabalhadores da encarroçadora de ônibus, agora os bens foram efetivamente penhorados pela Justiça para venda em leilão. Os oficiais de Justiça tem até 10 dias para as devidas notificações. Conforme consta nos autos do processo 922-10-2011.5.12.0030, os bens que receberam a proposta oficial da Caio/Induscar, tinham avaliação de pouco mais de R$ 100 milhões, e que agora serão reavaliados por Oficial de Justiça Avaliador na própria Vara do Trabalho, conforme determina o magistrado em sua decisão.

Ao mesmo tempo continuam as diligencias da Justiça por todo o país, e vários novos imóveis estão sendo indisponibilizados e penhorados, com indicação para execução e leilão. O Sindicato dos Mecânicos acredita que o processo avança para a fase final, mesmo com várias manobras da Busscar para impedir a chegada dos leilões.

“Estamos confiantes de que a justiça será feita com os milhares de abandonados e lesados pela empresa. O cerca se fecha a cada dia mais, o Juiz já marcou e determinou os procedimentos para o leilão, para arrecadar os valores necessários ao pagamento dos 18 meses de salários atrasados, já chegando ao 19º. mês, mais outros débitos. Estamos acompanhando o processo de perto, e esperamos que a empresa não surja com mais manobras para cumprir com seus deveres”, afirma o presidente João Bruggmann. Ainda segundo Bruggmann, além da Caio/Induscar que apresentou a primeira proposta oficial, indeferida por não ser o momento adequado conforme o Juiz, várias outras empresas devem se habilitar ao leilão.

“Agora vamos ver o quanto valem realmente os bens divulgados, já que a empresa se manifestou contestando o valor aproximado de R$ 90 milhões, achando que valem mais. Ora, se os valores constam do balanço, e deveriam estar corretos, afinal é documento que se entrega à credores, bancos e até Receita Federal, alguém vai ter de se explicar um pouco mais do que já precisa. Mas o que vale para os trabalhadores é, ao final, receber o que lhes é devido, e se possível que novos investidores retomem a produção, com empregos e renda para a nossa cidade”, destaca João Bruggmann.

Fonte: Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região