Ações do MPF podem cassar 40 licenças de rádio e tv de parlamentares

O Ministério Público Federal, por meio de suas sedes estaduais, promete desencadear ações contra 32 deputados federais e oito senadores que aparecem nos registros oficiais como sócios de emissoras de rádio ou TV pelo país.

Entre os alvos da iniciativa inédita -lançada com aval do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e coautoria do Coletivo Intervozes-, estão alguns dos mais influentes políticos do país, como os senadores Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, Edison Lobão (PMDB-MA), José Agripino Maia (DEM-RN), Fernando Collor de Mello (PTB-AL), Jader Barbalho (PMDB-PA) e Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Na Câmara, devem ser citados deputados como Sarney Filho (PV-MA), Elcione Barbalho (PMDB-PA), ex-mulher de Jader, Rodrigo de Castro (PSDB-MG) e Rubens Bueno (PR), líder do PPS na Casa. No Ministério das Comunicações, todos eles constam como sócios de emissoras.

Baseado em dispositivo da Constituição que proíbe congressista de “firmar ou manter contrato com empresa concessionária de serviço público” (Art. 54), a Procuradoria pedirá suspensão das concessões e condenação que obrigue a União a licitar novamente o serviço e se abster de dar novas outorgas aos citados. No total, os 40 parlamentares radiodifusores aparecem como sócios de 93 emissoras.

A primeira leva de ações foi protocolada em São Paulo na quinta-feira (19) contra veículos associados aos deputados Antônio Bulhões (PRB), titular de concessões de rádios em Santos, Gravataí (RS), Olinda (PE) e Salvador; Beto Mansur (PRB), com rádios em Santos e São Vicente; e Baleia Rossi (PMDB), vinculado a duas rádios no interior paulista.

Nas peças (ações civis públicas), quatro procuradores e o advogado Bráulio de Araújo, do Intervozes (entidade que milita na área de comunicação), citam o caso do ex-deputado Marçal Filho (PMDB-MS), condenado no STF (Supremo Tribunal Federal) por falsificação do contrato social de uma rádio.

Conforme o acórdão do STF (documento da decisão final), Marçal falsificou papéis justamente para omitir a condição de sócio da emissora. No processo, os ministros Roberto Barroso e Rosa Weber fizeram considerações sobre o artigo 54 da Constituição, o mesmo evocado agora contra parlamentares radiodifusores.

Barroso disse que a norma “pretendeu prevenir a reunião de poder político e controle sobre veículos […], com os riscos decorrentes do abuso”. Weber afirmou que “há um risco óbvio na concentração de poder político com controle sobre meios de comunicação de massa” e que, sem a proibição expressa na Constituição, “haveria risco de que o veículo, ao invés de servir para o livre debate e informação, fosse utilizado apenas em benefício do parlamentar”.

Ela lembrou ainda que “tal distorção” foi reconhecida pelo próprio ex-deputado Marçal no processo, quando afirmou que resolveu virar sócio da rádio em seu Estado porque “não teve mais espaço em empresas controladas por seus adversários políticos”.

Conflito
Outro argumento das ações da Procuradoria é o do conflito de interesses. Os procuradores lembram que cabe ao Congresso apreciar atos de outorga e renovação de concessões.

Conclui então que congressistas radiodifusores “estarão propensos” a votar sempre pela aprovação para não prejudicar futuras análises de seus processos.

As peças citam uma sessão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de 2011 que deu aval a 38 concessões e 65 renovações em apenas três minutos e com só um deputado presente. Citam ainda casos de políticos que votaram na aprovação de suas próprias outorgas ou renovações.

Bráulio de Araújo afirma que, no futuro, também poderá entrar com ações contra políticos que escondem a propriedade de rádios e TVs em nome de parentes ou laranjas. Nessa primeira leva, só serão acionados veículos que têm o próprio parlamentar no quadro societário.

Além dos processos da Procuradoria, uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental sobre o tema está sendo formulada para ser levada ao STF.

Nesse tipo de ação, os ministros não são provocados a condenar ou absolver casos individuais, mas a analisar a situação em geral à luz da Constituição.

Outro lado
Dos 40 congressistas que constam como sócios de rádios ou TVs, sete creem que a legislação permite esse tipo de participação, desde que eles não exerçam funções administrativas nas emissoras.

Essa opinião foi manifestada por Baleia Rossi (PMDB-SP), Fernando Collor (PTB-AL), Gonzaga Patriota (PSB-PE), João Henrique Caldas (SD-AL), João Rodrigues (PSD-SC), Ricardo Barros (PR-PR) e Victor Mendes (PV-MA).
“O ordenamento jurídico permite [ser sócio]. Não exercendo direção, não há vedamento legal”, disse Caldas.

Presidente da Frente Parlamentar de Radiodifusão, Rodrigues, que também defende essa tese, afirmou que, se necessário for, deixará a Câmara para manter o controle de sua rádio em Nanoai (RS). “Sou radiodifusor antes de ser deputado. Não vou colocar a minha vida profissional e aquilo que me sustenta fora por causa de um mandato.”

Collor, em nota, afirmou que não participa da gestão das emissoras: “As concessões às empresas da Organização Arnon de Mello estão dentro da legalidade conforme a interpretação corrente das normas constitucionais”.

O Código Brasileiro de Comunicações, de 1962, diz apenas que parlamentar não pode ser diretor de veículo. Não proíbe nem autoriza expressamente a possibilidade de ser sócio.

Para os signatários das ações do Ministério Público, a Constituição de 1988 afastou essa dúvida ao dizer que congressista não pode ter “contrato” com concessionárias de serviço público.

Outros quatro parlamentares também confirmaram que são sócios de emissoras: Aníbal Gomes (PMDB-CE), Domingos Neto (Pros-CE), Felipe Maia (DEM-RN) e José Agripino (DEM-RN).

Sócio de uma rádio e uma TV em Natal, outra rádio em Mossoró (RN) e uma terceira em Currais Novos (RN), Agripino disse que todas são herança de seu pai.

“Não foram concessões dadas a mim. É uma questão nova para o Judiciário. Além disso, minha participação é minoritária” (ele divide as emissoras com a mãe e dois irmãos).

Neto afirmou que a Difusora de Inhamuns é de sua família “há mais de cem anos” e que ele hoje tem 5% da firma. Maia e Gomes disseram que já eram proprietários de suas rádios antes de assumir mandato.

Gomes foi além: “Desconhecia a legislação e achei que era permitido que um deputado mantivesse a rádio, desde que tivesse sido concedida antes do começo do mandato”, afirmou.

Dez afirmaram que não são mais sócios de emissoras ligadas aos seus nomes: Acir Gurgacz (PDT-RO), Afonso Motta (PDT-RS), Antônio Bulhões (PRB-SP), Fábio Faria (PSD-RN), Jaime Martins (PSD-MG), Jorginho Mello (PR-SC), Beto Mansur (PRB-SP), Roberto Rocha (PSB-MA), Rubens Bueno (PPS-PR) e Soraya Santos (PMDB-RJ).

“Tem mais de 20 anos que saí da rádio”, disse o deputado Rubens Bueno. “Comprei e vendi, era uma coisa pequena, insignificante.”

A assessoria de Soraya Santos disse que “há dez anos a deputada transferiu a titularidade [da rádio Cantagalo, no Rio] para uma igreja”.

Bulhões, Motta, Faria, Martins, Mello e Rocha sugerem que há defasagem no cadastro do ministério, hipótese refutada pela pasta. Rodrigo de Castro (PSDB-MG) disse que a rádio em seu nome “só existe no papel”, nunca funcionou de fato.

Aécio Neves (PSDB-MG), sócio de uma FM em Betim, na região metropolitana de BH, informou que só comentará quando for notificado.

A Folha não conseguiu entrar em contato com Átila Lira (PSB-PI), César Halum (PRB-TO), Dâmina Pereira (PMN-MG), José Nunes (PSD-BA), Júlio César (PSD-PI) e Cabuçu Borges (PMDB-AP).

Adalberto Cavalcanti (PTB-PE), Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), Damião Feliciano (PDT-PB), Edison Lobão (PMDB-MA), Félix Mendonça (PDT-BA), Jader e Elcione Barbalho (PMDB-PA), José Rocha (PR-BA), Sarney Filho (PV-MA), Magda Mofatto (PR-GO) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) não responderam.

O Ministério das Comunicações não quis comentar a iniciativa do Ministério Público, pois não foi notificado.

Com informações da Folha de SP

Rádio Joinville Cultural FM vai debater literatura e educação ao vivo na Feira do Livro

feiraA Rádio Joinville Cultural FM estará acompanhando passo-a-passo os principais momentos da 10ª Feira do Livro. O evento começa nesta quarta-feira (3/4) e termina no dia 14 de abril, no Expocentro Edmundo Doubrawa, anexo ao Centreventos Cau Hansen, em Joinville.

Durante a segunda edição do jornal “Repórter Joinville”, das 12 às 13 horas, será realizada uma série de entrevistas ao vivo com escritores e leitores a respeito dos livros que serão lançados e sobre leitura e literatura.  Além disso, debates e mesa-redonda com estudantes, escritores e amantes das letras serão promovidos pela rádio para discutir a educação escolar e a importância do livro para o desenvolvimento da sociedade.

“Quem gosta de leitura e educação deve ficar ligado, pois traremos convidados especiais da feira do livro e faremos alguns boletins ao vivo”, explicou o gerente de jornalismo da rádio Joinville Cultural FM, Jeferson Corrêa.

Acompanhar eventos culturais e educativos já é uma constante na rotina desta rádio educativa. Foi assim durante o Carnaval, no Dia Mundial do Rádio e mais recentemente na Semana de Aniversário de Joinville. Você pode acompanhar todo este conteúdo pelo site: radio.joinville.sc.gov.br  que vai trazer os áudios das principais entrevistas;  fotos pelo Facebook: facebook.com/joinvillefm; outras informações pelo twitter @joinvillefm e também pelo Youtube no canal da rádio: entrevistas105.

Rádio comemora dia mundial e chega a 88% das residências do país

Apesar do avanço de novas mídias e da expansão do acesso à internet, o rádio continua sendo um dos principais veículos de informação dos brasileiros. Segundo a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert),o rádio – que comemora hoje seu dia mundial – está presente em 88,1% dos domicílios do país, perdendo apenas para a televisão, que tem penetração de cerca de 97%.

O país tem aproximadamente 9,4 mil emissoras de rádio em funcionamento, incluindo emissoras comerciais AM e FM e rádios comunitárias. O número é mais que o dobro do registrado há dez anos, segundo dados do Ministério das Comunicações. Nos estados de São Paulo e Minas Gerais estão concentrados os maiores números de emissoras, com 1,4 mil e 1,3 mil, respectivamente.

O número de aparelhos de rádio convencionais passa de 200 milhões no Brasil, além de 23,9 milhões de receptores em automóveis e do acesso por aparelhos celulares, que somam  cerca de 90 milhões. Isso sem falar no acesso às emissoras pela internet, por meio de computadores e smartphones. Aproximadamente 80% das emissoras do país já transmitem sua programação pela rede mundial de computadores.

O presidente da Abert, Daniel Slaviero, destaca que o rádio está se adaptando às novas tecnologias para disputar o mercado altamente competitivo da informação e do entretenimento. “Acreditamos no futuro do rádio, não como nossos pais e avós o conheceram, mas inovador, ágil, interativo e com a mesma importância social, eficiência comunicativa e proximidade com as comunidades e os ouvintes. Aos 90 anos, não há dúvida de que o rádio está em plena reinvenção”, avalia.

Para o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o rádio faz parte da cultura dos brasileiros e não perderá espaço porque está acompanhando a evolução do setor. “Neste momento especial de transformações tecnológicas e do aparecimento de outras mídias, o rádio segue firme no nosso dia a dia porque também se transformou. Hoje é comum, corriqueiro, ouvirmos a transmissão da programação também pela internet, direto das redações das emissoras”, diz. O ministro garante que o governo trabalha para dar à radiodifusão a flexibilidade e pujança necessárias para continuar a crescer.

 

Emissoras de rádio no Brasil

Rádio FM Comunitárias Ondas Médias (AM) Ondas Tropicais Ondas Curtas FM Educativa
Outorgas 2.664 4.421 1.785 74 66 469

 


Fonte: Ministério das Comunicações – dezembro 2012

Mazzaropi 100 anos – Ele também contou a história dos transportes

O centenário de um gênio da simplicidade. Amácio Mazzaropi completaria 100 anos nesta segunda-feira. Com personagens simples e uma linguagem bem próxima do povo, registrou o cotidiano do País, inclusive nos transportes, mesmo sem ter esse objetivo. Reportagem de Adamo Bazani, CBN e Blog Ponto de Ônibus.

Tudo o que é genial, é simples. Por mais que o mundo se torne complexo, com um turbilhão de tecnologias, filosofias, pensamentos e sentimentos, é na simplicidade que aparecem as grandes respostas. O cineasta, ator de rádio, de TV, de circo, cantor, diretor, Amácio Mazzaropi é um exemplo disso. Mazzaropi que marcou a história do cinema nacional chegava até demonstrar uma espécie de despretensão pela sua simplicidade.

Seus textos, seus personagens, suas filmagens, com destaque as realizadas pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz, em São Bernardo do Campo, mostravam o cotidiano. Os homens simples, as cenas do dia a dia, tudo o que fazia rir, mas de uma maneira não pesada, pensar também. Ao registrar o cotidiano, Mazzoropi expunha as contradições da sociedade. Quer mais crítica social que o um dos mais famosos filmes dele, “Tristeza do Jeca”?

Mas a simplicidade de Mazzaropi era tão superior ,que os ditos intelectuais do cinema da época não conseguiam entendê-la. Dificilmente ele era alvo de críticas positivas. Seu trabalho em sua época se dependesse das pretensas mentes pensantes estaria fadado ao fracasso. Mas isso não atingiu Mazzaropi, pois o povo o entendia e o prestigiava. Tanto é que ele jamais precisou de um tostão do INC – Instituto Nacional de Cinema, que era um órgão importante para a cultura, mas que acabou tendo o papel de provocar uma sangria de recursos públicos para obras que nada acrescentariam à cultura nacional.

Nesta segunda-feira, dia 09 de abril de 2012, Amácio Mazzaroppi, se estive vivo, completaria 100 anos. O cineasta do povo, diferentemente do que muitos pensam, não é natural do interior Paulista. Ele nasceu no bairro de Santa Cecília, em 09 de abril de 1912, bem no centro da cidade de São Paulo, que já nesta época dava ares de se tornar a metrópole conhecida dos dias atuais.Mas com dois anos de idade foi para Taubaté, no Interior de São Paulo, com o pai, o imigrante italiano, Bernardo Mazzaroppi, e a mãe a portuguesa, Clara Ferreira.

O dom artístico de Amácio Mazzaropi teve reflexo no seu avô, João José Ferreira, tocador de viola e animador de festas. O pequeno Mazzaropi ficava boa parte do tempo, quando não estava no colégio, nas festas e na casa do avô, em Tremembé, cidade também do interior Paulista. Na vida escolar, Mazzaropi se destacava em pequenas apresentações de teatro e fascinava professoras e colegas ao decorar poesias com facilidade. No ano de 1919 volta com a família para a Capital, mas em 1922 teve de regressar ao interior. Seu avô, o que despertou a veia pelas artes e o amor pela cultura caipira, havia falecido neste ano e todos precisavam ajudar os parentes.

A família abriu um pequeno bar, mas Mazzaropi começava a seguir os circos da região. Na época, quem trabalhava em circo não era bem visto pela sociedade. Era como se fosse um não trabalhador, um cigano, alguém envolvido até mesmo em promiscuidades. Essa era a imagem, mas não era a realidade completa. Os familiares de Mazzaropi se preocuparam com o envolvimento dele na vida circense. Então, ainda criança, ele foi mandado para morar com o tio, Domenico Mazzaropi, em Curitiba, no Paraná. Lá ele trabalhou na loja de tecidos da família. Mas a arte chamou Mazzaropi.

Com 14 anos, em 1926, voltou para São Paulo com o objetivo de seguir a carreira no circo. Logo em seguida, foi contratado pelo Circo La Paz. Mazzaropi foi um dos primeiros no País a fazer o que hoje virou moda: o stand up comedy. Nos intervalos das apresentações do faquir, subia ao picadeiro, e contava sozinho, causos e piadas. Fazia a platéia rir. Mas a vida no circo não era fácil e também não muito rentável. Sem poder se manter, voltou para a família em Taubaté, no ano de 1929.

No ano de 1932, a Revolução Constitucionalista, por parte do Governo Paulista, contra o Estado de Getúlio Vargas, proporcionou uma efervescência cultural muito forte. E neste cenário, Mazzaropi estréia sua primeira peça teatral: A herança do Padre João. A troupe de Mazzaropi percorria cidades do interior de São Paulo, mas com a morte de seu pai, já muito debilitado de saúde, em 08 de novembro de 1944, a situação financeira da família se complica de novo. Mazzaropi, no entanto, não desiste da vida artística e no mesmo ano vai trabalhar no Teatro Oberdan, com a peça “Filho de sapateiro, sapateiro é”. No elenco estava também Nino Nello.

Do teatro para o rádio
O rádio na época de Mazzaropi, de ouro na cultura brasileira, não era como hoje, que se limita a tocar músicas gravadas sempre compactuado com os interesses das gravadoras. O rádio desvendava talentos, tinha platéia, música ao vivo. E em 1946, a convite de Dermival da Costa Lima, da Rádio Tupi, começou a participar do programa Rancho Alegre, que ia ao ar aos domingos. No ano de 1950, o programa estreou na TV Tupi, e Mazzaropi estava lá.

Mas o marco maior de Mazzaropi ainda estava por vir: era o cinema. E o ano de 1952 foi o início desta trajetória. Convidado por Abílio Pereira de Almeida e Franco Zampari estréia no cinema com o filme Sai da Frente, rodado nos estúdios da Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Na Vera Cruz gravou outros dois filmes, mas com a situação financeira precária da Companhia, teve de procurar outras produtoras, até que em 1958 vende sua casa e monta a PAM – Produções Amácio Mazzaropi. O primeiro filme de sua produtora foi Chofer de Praça.

No ano de 1961 compra uma fazenda para rodar seus filmes e lá grava seu primeiro trabalho em cores, Tristeza do Jeca. Foram 32 filmes em sua carreira. O trigésimo terceiro, Maria Tomba Homem, não foi finalizado. Aos 69 anos, em 13 de junho de 1981, Mazzaropi morre no Hospital Albert Einstein, vítima de câncer na medula óssea. Mazzaropi deixava saudades, mas eternizava com suas filmagens simples o cotidiano do País.

E qual o motivo de um espaço que fala sobre ônibus estar lembrando de Mazzaropi? Ao relatar e registrar o cotidiano, mesmo sem esta intenção, Mazzaropi também contribuiria para a memória dos transportes, pois os transportes fazem parte do cotidiano do público e dos personagens de Mazzaropi, tanto no campo como na cidade.Ver filmes de Mazzaropi é também uma aula da história do setor.

Trens, bondes e vários modelos de ônibus que marcaram a evolução das carrocerias e chassis. Um desfile de jardineiras (ônibus rústicos sobre chassi de caminhões), veículos de madeira, os de carroceria de metal, iam aparecendo a cada obra de Amácio Mazzaropi. Modelos da Carbrasa, da Grassi, da Caio, ônibus sobre chassi FNM, Mercedes, Volvo foram gravados por Mazzaropi.

Talvez ele nunca soube disso e nem teve essa pretensão, pois o que é simples, parece despretensioso, mas a história dos transportes também têm muito a agradecer ao gênio da simplicidade, Amácio Mazzaropi.

Texto, pesquisa e reportagem: Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes (fã de Mazzaropi e de tudo que é simples).

 

Jornalismo:Amanhã tem bate-papo com acadêmicos do Bom Jesus/Ielusc

Quinta-feira, 19:15h vamos conversar e trocar conhecimento com acadêmicos de jornalismo

Voltar ao meio acadêmico é sempre prazeroso, bacana. A convite da professora Marília Maciel estarei conversando nesta quinta-feira, dia 6 de outubro, com os acadêmicos de Jornalismo do Bom Jesus/Ielusc a partir das 19:15h na sala C 27. Segundo ela, vamos conversar e debater sobre jornalismo, assessoria de imprensa política, sindical e empresarial, áreas em que atuo.

A formação em jornalismo feita pelo Ielusc tem produzido grandes talentos que estão por todo o mundo do trabalho. Nas redações de jornais e televisões. No rádio, na web, nas assessorias de imprensa, agências de notícias, revistas, em Joinville, Santa Catarina, Brasil e até no exterior. Um verdadeiro celeiro da informação jornalística com qualidade, e formação profissional.

Amanhã, temos encontro marcado. Obrigado pelo convite, fico lisonjeado e feliz. Abraços a todos e todas!

Programa Hora do Trabalhador está chegando ao segundo mês, ainda mais forte!

Programa vai ao ar de segunda a sexta das 13:30 às 14 horas na Rádio Clube AM 1590

Quando os sindicatos de trabalhadores de Joinville (SC) me convidaram e motivaram a pensar um programa de rádio voltado a informar, orientar, debater, esclarecer, denunciar e dar alternativas de notícias aos milhares de homens e mulheres que dia a dia buscam o seu sustento, pensei: é preciso fazer algo diferente, bom, educativo.

Assim fui atrás de outros sindicatos laborais, que tanto pediam um espaço na mídia tradicional para trazer à luz os temas que a grande mídia não consegue. Entre várias rádios que pedi dados e espaços, a que acolheu o projeto foi a Rádio Clube AM 1590, que já foi Rádio Globo até pouco tempo atrás. Com o interesse do amigo Nilo Jr., apoio inicial de um executivo dos novos donos – que agora já são outros – andamos um pouco, mas somente em agosto, dia 8, é que estreamos, eu e Gi Rabello.

Não é fácil produzir e apresentar um programa com conteúdo rico, orientador, e mais, com entrevistas diárias sobre os mais variados temas. Temos recebido inúmeras manifestações de carinho, de audiência, de incentivo, e de retorno das nossas fontes que comparecem ao programa. Ouvintes de vários cantos nos mandam mensagens de apoio, perguntam, interagem

Ainda não temos o apoio que esperávamos dos sindicatos laborais, mas outros apoios se avizinham. Temos a força dos ouvintes, muitos, já temos prova disso. Recebemos também o incentivo do diretor da rádio, Lúcio Mauro, ele também jornalista experiente, e dos patrocinadores do horário das 13:30 às 14 horas de segunda a sexta-feira: João Bruggmann, Sindicato dos Mecânicos, e Lorival Pisetta, Sindicato da Saúde.

Caminhamos o caminho difícil do início, e agora estamos embalando nas ondas do rádio. Deixo aqui meus agradecimentos especiais aos patrocinadores, apoiadores, equipe da Rádio Clube AM 1590, entrevistados, fontes, minha amada Gi Rabello que mesmo inexperiente no meio, tem feito bonito. Obrigado a todas e todos, continuem nos seguindo no twitter e facebook, mandando emails, ouvindo diariamente o programa Hora do Trabalhador, ouvintes diários, porque vocês são a razão do nosso trabalho em rádio. Abraços do jornalista blogueiro!

Hora do Trabalhador está no ar – Obrigado a todos e todas!

Iniciei hoje uma nova fase em minha carreira na comunicação, agora produzindo e apresentando, junto com Gi Rabello, o programa Hora do Trabalhador na Rádio Clube AM 1590 em Joinville (SC) – www.radioclubejoinville.com.br – tratando de assuntos do trabalhador, seus direitos, sua saúde, oportunidades de empregos, profissões, entrevistas com lideranças, informações do mundo do trabalho para quem trabalha.

Veiculado de segunda a sexta-feira das 13:30 horas às 14 horas, a Hora do Trabalhador estreou com uma entrevista do presidente do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região, João Bruggmann, que falou sobre sindicalismo, a luta pelos direitos trabalhistas e deu alguns dados da Busscar, que não paga salários há 16 meses. Na segunda fase do programa várias notícias sobre as categorias, esporte, direitos da mulher receber o salário maternidade mesmo desempregada formaram o primeiro programa de uma série que desejamos seja longa.

Nos próximos dias, além do Sindicato dos Mecânicos e do Sindicato da Saúde, outros sindicatos vão aderir ao projeto que visa bem informar os trabalhadores da maior cidade catarinense e região norte/nordeste, já que até hoje não havia um programa de rádio informativo com essa abrangência, feito com muita produção e profissionalismo. Você leitor do Blog também pode participar da produção do programa Hora do Trabalhador.

Escreve para o email horatrabalhador@gmail.com e nos dê suas sugestões, críticas, denúncias ou comente nossas matérias. Pelo twitter você pode nos seguir pelo endereço @Horatrabalhador, aumentando nossa interação com os ouvintes. Também pelo Facebook você pode acompanhar as pautas e o programa bastando digitar Hora do Trabalhador, e adicionar a seus amigos. É assim que pretendemos a cada dia fazer um programa leve, informativo e orientador para os ouvintes.

Finalmente, agradecimentos especiais à minha amada Gi Rabello, incansável na motivação deste jornalista para que encampasse o projeto, dedicada a dar o seu melhor na produção do programa – ela já dá apoio decisivo no Blog e nos demais trabalhos -, minha luz de todos os dias. Aos presidentes dos Sindicatos dos Mecânicos e da Saúde, João Bruggmann e Lourival Pisetta, que já apóiam a iniciativa e ajudam a construir o projeto. Aos amigos do Facebook, Twitter, e demais redes sociais pelo incentivo em tempo real.

Enfim, a todos que perto ou longe, se comunicando por diversos meios, ou mandando suas energias e força  para que tudo dê certo, minha eterna gratidão. Sem vocês todos apoiando e acreditando, faltaria o essencial: a presença ativa que a tudo faz prosperar. Força, saúde e paz a todos e todas! Conto com todos vocês no dia a dia do programa Hora do Trabalhador e neste Blog. Abraços!

Programa Hora do Trabalho vai ao ar segunda, dia 8 de agosto na Rádio Clube AM 1590

Programa informativo e jornalístico para os trabalhadores, tudo sobre o mundo do trabalho

Compartilho com os leitores do Blog e torcedores deste jornalista que mais um desafio me aguarda para a próxima semana: o início do programa de rádio Hora do Trabalhador que será apresentado por este que vos escreve a partir de segunda-feira (8/8) das 13:30 às 14 horas na potente Rádio Clube AM 1590 de Joinville (SC).

O conteúdo será formado por notícias, informações e dicas aos trabalhadores sobre seus direitos, sua saúde, empregos, profissões, entrevistas, cultura, lazer e esclarecimentos sobre tudo que ronda o mundo do trabalho. Com apoio de sindicatos de trabalhadores, especialmente do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região, a Hora do Trabalho vem preencher uma lacuna no radiojornalismo voltado aos trabalhadores.

Será minha primeira experiência solitária no meio rádio, já que apresentei anos atrás um programa de entrevistas que girava sobre economia e empreendedorismo na Rádio Difusora AM. Acredito na proposta, tenho apoio de muitas pessoas, lideranças e amigos para enfrentar e dar o meu melhor para um bom programa, informativo e de fácil entendimento.

Conto com vocês, leitores, para sugestão de pautas, notícias, eventos, cultura, empregos e tudo o mais que vier a qualificar o conteúdo do Hora do Trabalhador, um programa feito para você que trabalha como eu e não recebe todas as informações possíveis dos outros meios. Aliás, coisa impossível de acontecer em um só meio de comunicação.

Mandem tudo o que quiserem para os emails horatrabalhador@gmail.com, ou imprensa@salvadorneto.com.br. Já existem também os perfis no Facebook e Twitter, busquem, aceitem-nos. Esperamos notícias quentes, e sua audiência. Anote aí: segunda-feira, 13:30 horas, Rádio Clube AM 1590 de Joinville (SC), programa Hora do Trabalhador.

Parabéns Jornalistas!

Para comemorar 7 de abril, Dia do Jornalista, o Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina promoveu e segue promovendo, ou apenas participando, de diferentes atividades no estado, neste ano:

Em Concórdia, a data foi comemorada antecipadamente, dia 31 de março, com poesia, no café do Memorial Attílio Fontana. Fazendo uso do Projeto Palavra’s, os jornalistas brindaram o público com poesias de própria autoria e de autores brasileiros consagrados. A promoção foi da Delegacia do Sindicato em Concórdia e Projeto Palavra’s.

Em Chapecó, a diretora sindical Flávia Durgante vai participar de um debate com os alunos do curso de jornalismo da Unochapecó, nesta quinta-feira, 7, às 19horas. Flávia vai falar sobre as lutas do Sindicato dos Jornalistas e a profissão.

Em Criciúma, uma atividade específica está sendo programada pelo diretor Sandro de Mattia, que, nesta quinta-feira, aproveitará a data para sindicalizar colegas jornalistas.

Em Florianópolis, o presidente do SJSC, Rubens Lunge, usou a Tribuna na Câmara Municipal da capital, na sessão ordinária de terça-feira, 5, para falar sobre a profissão e a formação superior. (Veja mais)

Uma festa, às 12 horas, no sábado, dia 9, também está na programação, na capital. Na festa (saiba mais clicando aqui), promovida pelo SJSC e pela comissão organizadora do Bloco Pauta que Pariu, será brindada a vitória de 30 de março, quando os deputados estaduais rejeitaram o veto do governador Raimundo Colombo ao Projeto de Lei 63/2010. A rejeição garante promulgação da lei que exige formação superior em jornalismo dos profissionais contratados para a função no serviço público estadual. (Veja mais)

Em Jaraguá do Sul, quinta-feira, 7, às 20 horas, Rubens Lunge usará a Tribuna da Câmara Municipal da cidade para marcar a data.

Em Lages, os jornalistas promovem uma confraternização para lembrar seu dia, nesta quinta-feira, 7, às 20 horas, no restaurante Butkaio. A rejeição do veto do governador, pelos deputados estaduais, ao PL 63/2010 também será pauta da comemoração. Quem organiza o encontro é o diretor sindical Iran de Moraes. O Butkaio fica na Praça João Ribeiro, 28 (Praça da Catedral)

Em São Miguel do Oeste, o conselheiro fiscal do SJSC, Aroldo Pereira estará presente em atividade especial, nesta quinta-feira, 7, programada pelo curso de jornalismo da Unoesc. Haverá lançamento do documentário “Celibato no Campo”, do professor Cassemiro Vitorino e Ilka Goldschmidt , bem como do livro “Além do meu Sonho”, escrito pelo ex-senador Neuto de Conto.

Fonte: Sindicato dos Jornalistas