Papa Francisco pede à comunidade internacional o fim da pena de morte

PalavraLivre-papa-fim-pena-morteO papa Francisco pediu ontem (21) que não seja executada nenhuma pena de morte durante a celebração do Jubileu Extraordinário, que ocorre até 20 de novembro, e pediu à comunidade internacional o fim definitivo dessa prática.

“Faço um apelo à consciência dos governantes para que consigam um acordo internacional para abolir a pena de morte. E proponho aos católicos que cumpram um gesto de valentia: que nenhum condenado seja executado durante o Ano Santo da Misericórdia”, disse.

Diante milhares de fiéis que se juntaram na Praça de São Pedro para a habitual oração dominical do Angelus, Francisco disse que “também os criminosos gozam do direito inviolável à vida”.

Ao falar da janela do Palácio Apostólico do Vaticano, o papa lembrou que “o Jubileu Extraordinário da Misericórdia é uma ocasião propícia para promover no mundo formas mais maduras de respeito pela vida e pela dignidade das pessoas”.

Para Francisco, cresce no mundo contemporâneo um sentimento “contra a pena de morte, inclusivamente como instrumento de legítima defesa social”.

Segundo ele, “as sociedades modernas têm a possibilidade de castigar eficazmente o criminoso sem o privar da oportunidade de redimir-se”.

“O problema deve abordar-se pela lógica de uma justiça penal que está cada vez mais em linha com a dignidade do homem. O mandamento ‘não matarás’ tem um valor absoluto e diz respeito tanto aos inocentes como aos culpados”, disse.

O papa Francisco concluiu o seu discurso com uma mensagem dirigida a “todo os cristãos e a todos os homens de boa vontade”, a quem pediu que trabalhem “não só pela abolição da pena de morte, mas também para melhorar as condições das prisões, em respeito pela dignidade das pessoas privadas de liberdade”.

Com informações de Ag. de Notícias

Opinião: Pena de morte, nunca!

Apenas para reflexão sobre as contradições
Apenas para reflexão sobre as contradições

Esta semana postei em minha página pessoal no Facebook um texto sobre a execução do brasileiro Marco Archer na Indonésia. Publico no Palavra Livre para deixar registrada minha opinião e posição sobre tal barbárie. Segue:

“Defender a pena de morte é um ato de ignorância extremo. A vida é nosso bem maior, e defender a vida de todos os seres humanos é um dever de todos. Defender a morte de alguém é atacar a sí mesmo.

O que você não deseja para você, não deve servir para ninguém. Somos todos passíveis de errar, ou mesmo errar em momentos de grande emoção e tensão, ou errar por ser humano mesmo.

Defender a pena de morte para alguém é abrir as portas para a barbárie, e para um futuro que ninguém quer, mortes para todos os lados. Já chega de mortes.

Busquemos pois uma cultura de paz, de fato, e não só nos posts em redes sociais, na presença em templos, da boca para fora. Defendamos a vida, é isso que penso e defendo.”

Por Salvador Neto, editor.