Passe livre para deficientes físicos em ônibus interestadual vale para todo o país

palavralivre-deficientes-fisicos-passe-livre-onibus-interestadualO direito de deficientes físicos carentes ao passe livre em ônibus interestaduais, sem limite de dois assentos, é válido em todo o país. Assim entendeu a 2ª turma do STJ ao confirmar a abrangência nacional de uma decisão do TRF da 3ª região, que reconheceu o direito.

A decisão foi tomada após análise de recursos de empresas de ônibus e da União. O TRF havia assegurado o passe livre instituído pela lei 8.899/94, sem a limitação do número de assentos imposta pelo artigo 1º do decreto 3.691/00, e estendido seus efeitos para todo o território nacional.

Ação
Em 2000, o MPF ajuizou ação civil pública, em Campo Grande/MS, para garantir o direito ao passe livre assegurado pela lei 8.899/94 às pessoas com deficiência e carentes, uma vez que o Poder Executivo não regulamentou a matéria no prazo de 90 dias, conforme previsto pela legislação.

O juízo da 4ª vara Federal de Campo Grande julgou procedente a ação e determinou que a abrangência do passe livre ficasse restrita à circunscrição territorial da 1ª subseção Judiciária de Mato Grosso do Sul. O MPF recorreu então ao TRF da 3ª região por discordar dessa limitação territorial, e argumentou que negar efeito nacional representaria violação do princípio constitucional da igualdade.

“Ora, todos os deficientes brasileiros fazem jus à gratuidade do transporte interestadual de passageiros, e não apenas os residentes, ou em trânsito, em Campo Grande e outras cidades incluídas na competência territorial da 1ª Seção Judiciária de Mato Grosso do Sul.”

Recurso
O Tribunal Regional aceitou os argumentos do MPF e estendeu os efeitos da sentença para todo o território nacional. Inconformadas, as empresas e a União recorreram ao STJ. Entre as razões, argumentaram que a decisão deveria ter efeito apenas regional, e não nacional.

A União argumentou ainda que deveriam ser reservados apenas dois assentos por ônibus, em nome do princípio da razoabilidade. Mas, no julgamento no STJ, o relator do caso, ministro Herman Benjamin, afastou os argumentos apresentados pelas empresas e pela União.

Sem lindes geográficos
Para o ministro, recorrer aos limites da competência para reduzir a efetividade de uma sentença em ação coletiva implica infringência às regras do CDC, que determinam que o juízo do foro da capital do Estado ou do DF detém competência absoluta para julgar as causas que tratem de dano de âmbito regional ou nacional.

O relator citou entendimento do STJ, segundo o qual “os efeitos e a eficácia da sentença não estão circunscritos a lindes geográficos, mas aos limites objetivos e subjetivos do que foi decidido, levando-se em conta, para tanto, sempre a extensão do dano e a qualidade dos interesses metaindividuais postos em juízo”.

Competência suprema
Em relação ao argumento de que deveriam ser reservados apenas dois assentos por ônibus, Benjamin ressaltou que a decisão do TRF “teve viés constitucional” e que não seria possível ao STJ analisar tal questão, sob pena de invadir a competência do Supremo.

Ele lembrou que a Corte de origem estabeleceu que a limitação de dois assentos em cada veículo, prevista no decreto 3.691/00, ofende os comandos constitucionais que asseguram tratamento diferenciado aos portadores de deficiência.

Com informações do STJ e Migalhas

 

Atentado provoca redução de horários de ônibus na madrugada em Joinville (SC)

tn_620_600_pena_filho_agencia_rbs_onibus_incendiado_joinvilleO atentado contra um ônibus na madrugada de quinta para sexta-feira em Joinville levou as empresas permissionárias do transporte coletivo, Transtusa e Gidion, a reduzirem a circulação dos veículos após as 23 horas.

A decisão foi tomada nesta sexta-feira (24) em reunião entre representantes da Prefeitura, da Polícia Militar e das empresas. A redução dos horários será acompanhada do reforço das escoltas pela Polícia Militar durante a madrugada.

A redução dos horários vale até domingo, 26. Na segunda-feira será realizada uma nova reunião para avaliar a redução dos horários dos ônibus do sistema de transporte coletivo.

Os clientes do transporte coletivo podem consultar horários nos sites da Transtusa (www.transtusa.com.br) e da Gidion (www.gidion.com.br) e nos terminais.

Caso Busscar: criação de cooperativa de trabalhadores segue em frente

Cerca de 500 trabalhadores já teriam assinado a ficha de interesse em fazer parte da cooperativa

A Comissão dos Trabalhadores que apresentaram o projeto de Cooperativa a centenas de ex-funcionários da Busscar em duas Assembleias no Sindicato dos Mecânicos, avaliou na semana passada, em reunião realizada na terça-feira (22/01) o resultado das adesões ao projeto.

Os inscritos através das fichas disponibilizadas alcançou um número satisfatório e com isso a comissão dará continuidade ao projeto, partindo agora para as próximas etapas.Durante o processo de formatação e apresentação do projeto, a Comissão conseguiu alguns apoios importantes para que os próximos passos aconteçam, que inclusive estiveram presentes nas Assembleias.

Entre esses apoios, o presidente da Unisol Brasil, o presidente da CNM/CUT, representantes da CUT/SC e diretoria da Secretária Nacional de Economia Solidária, além do Sindicato dos Mecânicos de Joinville, que tem disponibilizado o espaço para as reuniões pequenas e grandes, colocando também o seu departamento jurídico no acompanhamento da questão, já que envolve um tema em que o Sindicato tem atuação importante e forte na defesa dos direitos dos trabalhadores.

Contudo, ainda estão abertas as inscrições, já que no entendimento dos apoiadores e Comissão, quanto maior o tamanho da Cooperativa maior será a força para vencer as próximas etapas.

Segundo Pedro de Medeiros, porta-voz da Comissão de Trabalhadores, as inscrições ainda podem ser realizadas até o dia 28/01, na Sede do Sindicato, ou através do e-mail coopbuss@gmail.com. A comissão retornará individualmente a todos os inscritos para marcar uma nova data, onde já serão tratados os encaminhamentos para formalização da Cooperativa.

Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

Caso Busscar: sonho de cooperativa ganha força com presença de trabalhadores

Trabalhadores compareceram à reunião e questionaram bastante a comissão de trabalhadores

Com a presença de bom público, cerca de 300 trabalhadores estiveram no auditório do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região na noite desta quinta-feira (17/1), o sonho da criação de uma cooperativa formada por ex-funcionários da Busscar para voltar a produzir ônibus na maior cidade catarinense deu um passo importante rumo a sua criação.

Com as presenças do presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Paulo Caires; do representante da CUT/SC, Vilmar Ossowsky; do presidente da Unisol – Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários, Arildo Mota Lopes; presidente da Unipol – antiga Profiplast – Gilson Gonçalves, e do presidente do Sindicato dos Mecânicos, Evangelista dos Santos, a Comissão de Trabalhadores que estudou e produziu o plano de viabilidade para a cooperativa apresentou a idéia para um auditório tomado de expectativas e ansiedades dos trabalhadores.

Pedro de Medeiros, que fazia parte da área comercial da Busscar, apresentou detalhadamente a proposta, suas dificuldades, oportunidades, explicando também a diferenciação entre a criação da cooperativa e o processo de falência que corre na Justiça. “Uma não afeta a outra, mas com a cooperativa em funcionamento, produzindo ônibus, além do maquinário não se perder e ter manutenção e assim o patrimônio ficar preservado para uma futura venda a preços justos para pagamento da dívida com os trabalhadores, vamos destinar parte do faturamento para pagar o arrendamento do parque fabril, aumentando os valores para que nós mesmos possamos receber o quanto antes o que nos devem”, falou Medeiros, que trabalhou por quase 25 anos na empresa.

O presidente da CNM/CUT, Paulo Caires, disse que estava presente representando a base nacional dos metalúrgicos – cerca de um milhão de trabalhadores – para apoiar a idéia e, caso os trabalhadores realmente aceitem e criem a cooperativa, ajudar diretamente na busca por financiamentos junto ao governo federal, BNDES e outros.

O presidente da Unisol, Arildo Mota Lopes, contou as histórias de formação de cooperativas de que fez parte e conhece pelo mundo e no Brasil, destacando ser um processo difícil, mas que dá resultados aos trabalhadores em médio prazo. Ele destacou casos como a Unipol em Joinville, que fazia parte do grupo Cipla, a Uniforja em Diadema (SP), um “case” de sucesso em cooperativas que já tem quase 20 anos de história, entre outras. A Unisol organiza, orienta, apóia a todos os projetos de cooperativas de trabalhadores e empreendimentos solidários pelo país.

Após as explanações, acompanhadas atentamente pelos trabalhadores, foi aberto espaço a perguntas que foi intensivamente utilizado para esclarecimento de dúvidas. Durante o evento, aproximadamente 200 fichas de interesse em participar da cooperativa foram entregues à Comissão de Trabalhadores, que em seu plano de viabilidade prevê que para dar início à produção seriam precisos 600 trabalhadores de várias áreas para produzir dois ônibus ao dia, segundo planejaram.

No sábado, dia 19 de janeiro, às 9 horas no mesmo auditório do Sindicato dos Mecânicos – centro de Joinville – será realizada a segunda grande reunião para apresentar o plano da cooperativa a quem não pode comparecer na primeira reunião. As fichas voltam a ser recolhidas para que na terça-feira (22/1) a Comissão e Sindicato se reúnam para avaliar os próximos passos.

Grupo se reuniu no Sindicato para preparar a reunião da noite logo após vir da Prefeitura

Ainda ontem, quinta-feira, a Comissão de Trabalhadores, Sindicato dos Mecânicos, Unisol, Unipol, CUT e CNM/CUT foram recebidos pelo secretário do Desenvolvimento Economico de Joinville, Jalmei Duarte, representando o prefeito Udo Döhler. Jalmei ouviu atentamente os apelos por apoio institucional do Executivo ao projeto, e prometeu dar um retorno logo após conversar com o Prefeito sobre o tema, mas deixou sinalização positiva à iniciativa dos trabalhadores.

A Comissão dos Trabalhadores pretende buscar apoios das três esferas de poder – municipal, estadual e federal – tanto com o Prefeito de Joinville e Governador do Estado, quanto com os deputados estaduais, federais e senadores, além do Governo Federal, para dar sustentabilidade e garantir apoios de financiamentos ao projeto.

Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

Caso Busscar: Sindicato diz que Busscar mantém plano falido e faz “maquiagem”

Nada mudou para a continuidade da assembleia geral dos credores da Busscar, pois a empresa protocolou novamente o mesmo Plano já rejeitado pela assembleia que votaria pelo NÃO maciçamente, o que levaria à decretação de falência – que pode ser com continuidade dos negócios. A Busscar apenas maquiou mais um pouquinho aquela proposta horrível para tentar arrebanhar alguns fornecedores, bancos e os ex-sócios, seus tios, acenando com a reduçao dos indecorosos descontos que pretendem. Mas nada que seja significativo, o que mantém a disposiçao dos credores em manter a posiçao pelo NÃO.

Mesmo com a tentativa de maquiagem para atrair alguns credores incautos, a Busscar mantém o descaso e a negação aos seus trabalhadores: mantém exatamente os mesmos propósitos que preveem descontos de até 37% nos créditos dos trabalhadores, inclusive as debentures famosas, que sequer podem ser emitidas porque a empresa não tem lastro, não tem garantias para esses papéis, não tem credibilidade para conseguir essa emissão junto a Bolsa de Valores. E tem mais: pagar salários atrasados com debentures, não existe isso em lei, até porque é uma vergonha tentar ludibriar trabalhadores pagando-os, caso isso fosse possível, com papéis mais que podres da Busscar.

Além do mais, com as tais debentures aprovadas, você trabalhador dá quitação geral do seus créditos, isso mesmo, diz que a empresa te pagou, mesmo sem ter te pago, porque esses papéis não valem nada! E ainda colocaram mais um adendo enganador para o trabalhador: caso a empresa venha a falir, os trabalhadores voltam a poder discutir na Justiça do Trabalho! Mas discutir o que nada mais haverá de bens para pagar o que a Busscar deve? Que manobra feia Busscar!

A insanidade se mantém também no sonho do tal Projeto Guatemala. Sim, a Busscar mantém escrito no papel entregue a Justiça que há sim um plano que vai render a produção de três mil ônibus para o tal país, e que a empresa vai participar de R$ 130 milhões do total de R$ 400 milhões do contrato. Está aí mais um sonho, um devaneio, já que nada disso existe em andamento. E portanto, não pode ser colocado como fiador de um plano falido, fraco, vazio, sem credibilidade. No mesmo documento que a Busscar protocolou, ela diz que mantém estrutura enxuta. Enxuta? Há mais chefes que trabalhadores, e são esses que continuam recebendo integralmente seus salários, enquanto os trabalhadores não veem seu dinheiro há 26 meses, e perderam tudo o que tinham. Uma vergonha.

A Busscar mantém também a tentativa de liberação geral das vendas dos seus ativos produtivos, bens que hoje estão bloqueados pela Justiça para garantia de pagamento dos trabalhadores. E mais, diz no tal Plano, vender sem necessidade de autorização judicial! Ou seja, libera geral, vende-se tudo e somem com as garantias aos trabalhadores. Ao final de um Plano falido como esse da Busscar, saem bem os acionistas e alguns privilegiados, e ficam mais de cinco mil famílias sem nada  para receber. Isso é justo? Claro que não e por isso o Sindicato já se posiciona novamente com um grandioso NÃO, caso essa barbaridade de Plano se mantenha para a votação na assembleia geral dos credores que deve ser realizada até o início de julho.

Os trabalhadores mais uma vez são tratados como lixo pela Busscar, que não mudou uma vírgula para pelo menos manter o pagamento do que ela deve dentro do que diz a Lei de Falências, da Recuperação Judicial: o devido aos trabalhadores deve ser quitado em até 12 meses. E ponto final. Mas é bom que você trabalhador que deu sua procuração a essa empresa para votar a favor desse plano mixuruca, fraco e enganador, reveja sua posição! Retire sua procuração das mãos de quem você deu, pegue seu crachá e vá votar contra essa indignidade que uma empresa mal intencionada tenta fazer com seus direitos. Se a Busscar não te respeita, não te paga, e ainda quer se desfazer dos bens para não pagar o que lhe deve, você deve dar a resposta a essa vergonha, dar seu grito de independencia e votar NÃO a esse plano que foi mantido.

Nesse Plano que foi novamente protocolado, não se fala em novos investidores, novo capital e novos gestores. Não diz que Claudio Nielson, Fabio Nielson e Rosita Nielson se afastam da direçao para que novos gestores competentes possam assumir o leme com novos investidores, e dinheiro novo! Ou seja, nada muda mesmo na Busscar e assim o caminho é inevitável para a falência de direito, porque de fato ela já existe.

Não bastou a forte oposição ao Plano que todos viram e ouviram claramente na assembleia geral do dia 22 de maio, não bastou a posição do Juiz em suspender a assembleia para dar a Busscar a chance de construir um novo plano com todos os planos apresentados por seus credores e novos investidores. Não bastou tanto apoio para que o orgulho desse lugar à humildade para recuperar de verdade a empresa, e assim os empregos, renda e produção. Os acionistas da Busscar, seus seguidores, representantes e advogados não dão a mínima para todos os credores. A resposta dos credores será com certeza será muito amarga!

Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

Marcopolo anunciará novos investimentos no Brasil

A Marcopolo S.A., sediada em Caxias do Sul, RS, anunciará hoje (13/6) novo pacote de investimentos para suas operações no País e no Exterior. Os valores e a aplicação serão tornados públicos em encontro com o governador daquele Estado, e têm como objetivo preparar a empresa para atingir receita líquida consolidada de R$ 6 bilhões em 2016.

Segundo informações de mercado obtidas pela Agência AutoData está prevista ampliação do pacote de investimentos anunciado em agosto do ano passado, de R$ 350 milhões para o período 2011 a 2015. De acordo com informações preliminares o valor deverá subir para a faixa de R$ 400 milhões.

Boa parte deste acréscimo, cerca de R$ 35 milhões, será destinada a nova fábrica para a divisão Volare, de miniônibus, no município de São Mateus, na Região Nordeste do Espírito Santo. O empreendimento deverá gerar cerca de trezentos empregos diretos e o cronograma prevê início de produção em agosto de 2013.

A fábrica deverá contar com capacidade produtiva de até mil modelos Volare ao ano. Os veículos deverão seguir principalmente para os mercados do Norte e Nordeste e também para o Exterior. A facilidade logística, aponta fonte próxima às negociações, foi fator determinante para a escolha da localidade.

Desta forma a Volare tornar-se-á primeira montadora instalada no Espírito Santo – o Grupo Districar anunciara em março intenção de construir unidade no município de Linhares para produção de veículos das marcas Changan, Haima e Ssangyong, mas o investimento não foi confirmado até o momento.

A ida da Volare para a região Sudeste dificilmente representará uma transferência total da produção dos modelos desta divisão da Marcopolo para o Espírito Santo, mas sim um complemento da produção.

Hoje a Volare tem sua operação fabril centralizada em Caxias do Sul, com capacidade de produção na faixa de 5 mil unidades por ano – quase que totalmente ocupada. A linha Volare divide espaço na Unidade Planalto com a produção do microônibus Sênior, que pertence à gama Marcopolo. A capacidade total instalada desta linha é de 7,5 mil unidades/ano. A gama Volare tem 14 anos de vida e já respondeu pela comercialização de aproximadamente 45 mil unidades. A Marcopolo S.A. tem ações listadas na Bovespa e é uma das poucas multinacionais brasileiras do setor automotivo.

Da CNM/CUT

Ainda sobre a retirada do Terminal Central de Ônibus – Novo comentário

Este blog fica feliz quando seus leitores participam com suas impressões, opiniões, críticas e sugestões aos mais diversos temas. Nossa proposta colocada aqui em relação à retirada do Terminal Central de Ônibus gerou boas perguntas, boas ideias, alguns destemperos partidários, outros que “fizeram de conta” que não leram, ou não entenderam, mas o fato é que a coisa rolou bem pela rede. Segue agora mais um comentário do mestre Mário Cezar da Silveira, o “cara” da acessibilidade em Joinville (SC) e também pelo Brasil afora, onde atua fortemente em consultorias e treinamentos na área. Fiquem à vontade para comentar:

“Salvador, infelizmente o assunto que hora discutimos, não é de interesse coletivo discutir neste momento. Estão “todos muito preocupados” com as discussões do agora, dos fatos criados no dia a dia de nossos despreparados gestores e legisladores(?). Estamos muito preocupados em discutir Tarifa Zero, transporte coletivo por empresa pública, aumento “legal”dos nossos prestativos edís, o asfaltamento de mais ruas, a volta do Tebaldi, o BBB, entre outros assuntos mais importantes do que a RESPONSABILIDADE de nossas decisões.

Pensar nas heranças que as decisões deixarão para o futuro da cidade é muito cansativo e pode angariar inimigos.Tenho, há muito tempo, procurado alternativas para conseguir fazer as mudanças no conceito de pensar a cidade. Já fui viceral, encrenqueiro, o chato de plantão. Hoje tenho os pés no chão. Vou comendo pelas beiradas, jogando opiniões aqui e ali, até que um ouvido “certo” descubra interesse nos meus pitacos.

Continuo o “Chato de plantão”, o “cara de um só tema” – ACESSIBILIDADE, mas tenho consciência, sem modestias desnecessárias, que as conquistas conseguidas são boas heranças.Estamos concluindo a Política Municipal de Acessibilidade,  decreto que deve ser assinado em breve pelo prefeito. Minha próxima meta é começar a discussão da “Política Mun icipal de Mobilidade Urbana”, pois ela é fundamental para a micro  e macro acessibilidade, ou seja, respectivamente, a relação pedestre/ território e o deslocamento na malha viária estrutural da cidade. Só depois de entender o que será a mobilidade na cidade é que podemos entender pelo que queremos lutar”.

Terminal Central de Ônibus: retirada devia ser prevista na licitação do transporte coletivo

Terminal Urbano Central não cabe mais no centro de Joinville (SC) e deve dar lugar a espaço cultural e de convivência

Correndo o controle remoto pelos canais da tv, assisti na noite de ontem um programa interessante do Sergio Silva na TV Brasil Esperança falando sobre o transporte coletivo e a provável realização de concorrência pública ainda este ano, pela primeira vez na história da maior cidade catarinense, Joinville. Ouvi atentamente o diretor-executivo do IPPUJ, Vladimir Constante, e devo dizer que gostei de boa parte das suas informações, não concordei com outras ponderações, mas penso que só o fato de estarmos discutindo isso com a população já é um avanço considerável em nossa província.

Pois eis que aqui vai uma sugestão que penso ser importante e relevante para o bom andamento do trânsito no centro da cidade, maior fluidez no tráfego dos ônibus e veículos na área central, modernização e humanização do centro como um todo: a desativação do Terminal Central. Há 40 anos foi importante, era fundamental, mas hoje é impraticável. O próprio diretor executivo do IPPUJ relatou isso, a demora dos ônibus se deslocarem do Terminal até sair na JK e outras vias de grande tráfego. Pensem em fazer as grandes paradas e acessos aos usuários pelas avenidas e ruas JK, Beira Rio, Blumenau, João Colin, por exemplo. Ficam próximas ao centro e não “matariam” o comércio, coisa que tanto assombra os comerciantes, alguns deles é claro.

No local poderia ser criada uma grande praça, com um bela concha acústica para apresentações culturais, musicais, populares. Espaço de convivência e passeio para famílias, um lugar de efervescência cultural que por si só faria o movimento e mobilidade das pessoas melhorarem muito, com grandes ganhos comerciais também. E, claro, sem o tráfego dos grandes ônibus que se arrastam pelas estreitas ruas centrais, e com adaptações de algumas ruas e sentidos delas,  teríamos um novo centro, aberto, iluminado, mais humanizado, moderno e voltado para as pessoas e não veículos.

Tá aí mais uma ideia do Blog, e quem sabe a Prefeitura possa aceitar e realizar. Mas não venham com histórias de que o Terminal é uma marca desse ou daquele, é tombado, e que sem ele tudo morre em volta, enfim, coisas desse tipo. Se querem Joinville melhor, melhor é se despir desses ranços, ultrapassar desejos pessoais e egos, para ver algo novo florescer. Que tal pensarmos nisso IPPUJ, Prefeitura, CDL, etc.?

Busscar: Caio/Induscar apresenta proposta oficial para compra do parque fabril

Finalmente aparece a primeira proposta oficial e concreta para a retomada dos empregos e produção de ônibus em Joinville (SC) com base nos bens do Grupo Busscar que estão relacionados para leilão. A Caio Induscar, com sede em Botucatú (SP), protocolou na última sexta-feira (23) uma proposta oficial na 4ª. Vara da Justiça do Trabalho para a compra do imóvel matricula 61.069 da 1ª. Circunscrição de Joinville, um terreno com área total de 331.735,92 m2, e também todo o complexo fabril existente conforme relação de máquinas e equipamentos, ambos da Busscar S/A. A empresa paulista oferece R$ 40 milhões em 10 parcelas de R$ 4 milhões. O valor estimado dos bens é de aproximadamente R$ 90 milhões.

Segundo o documento, acessível no processo de número 922-10-2011.5.12.0030, a empresa se compromete a constituir empresa autônoma e independente, que deve arrematar e realizar o primeiro pagamento caso a proposta seja aceita pelo Juiz. Outro compromisso que consta na proposta é que assim que tomar posse do imóvel e do parque fabril existente, a empresa iniciará a contratação de trabalhadores para iniciar a produção “diferenciados com uma marca nova para esta unidade”. A Caio/Induscar faz parte do Grupo Ruas, que está com produção a todo vapor em suas unidades.

O Sindicato dos Mecânicos comemorou a apresentação da primeira proposta concreta e oficial para a retomada da produção e empregos apresentada pela empresa paulista, mas ainda analisa qual posição tomar em manifestação ao Juiz, que é quem decidirá sobre a venda ou não em qualquer situação.

“Ficamos satisfeitos em saber da primeira proposta oficial pelo parque fabril e o imóvel da Busscar, o que deve motivar uma solução final para a tristeza em que vivem milhares de trabalhadores que foram lesados e já estão há 17 meses sem receber salários, entre outras coisas. Estamos analisando com o jurídico o nosso posicionamento, mas é inegável que a proposta mostra uma saída, aquilo que sempre cobramos: pagamento dos atrasados e retomada dos empregos e produção. Quem sabe agora, finalmente, os acionistas da Busscar se manifestam, mas penso que é tarde, e devem aparecer outras propostas”, manifestou o presidente João Bruggmann.

Os trabalhadores da Busscar estão há 17 meses sem receber salários, mais o décimo terceiro de 2010 e parte do décimo de 2009. Trabalhadores que se desligaram não receberam suas rescisões, tampouco os parcelamentos prometidos via Justiça. Tudo isso está sendo cobrado por ações do Sindicato dos Mecânicos, que conseguiu o bloqueio dos bens, e agora o seu arrolamento para venda em leilões, tudo para quitar o que a empresa deve aos seus funcionários desligados e ainda ligados à Busscar.

Não há prazo para que o Juiz tome a decisão sobre a proposta, mas é fato que há uma petição sobre a mesa que precisará de decisão após o Sindicato ser ouvido. A iniciativa da Caio/Induscar já marca um novo momento: vários outras propostas devem surgir a partir desta, o que levará ao final desse processo doloroso e lento de desrespeito com os trabalhadores.

Fonte: Sindicato dos Mecânicos

Gente, cadê os abrigos de ônibus em Joinville!

Que o transporte público coletivo de Joinville (SC) não é a oitava maravilha do mundo, assim como em quase toda cidade brasileira, mas também não precisava chegar ao ponto de deixar as pessoas a tomar chuva, ou sol, ao desabrigo nos pontos de ônibus espalhados pela cidade. Aliás, clamada em verso e prosa como a maior do estado.

É incrível como a cada dia as pessoas ficam sem ter onde sentar, onde fugir da chuva, do sol, porque a Prefeitura e suas concessionárias do transporte coletivo ficam no jogo de empurrra, e os abrigos somem sem ninguém dar satisfações. Parece até que isso é não é pago nas tarifas altíssimas e nos impostos pagos regiamente em dia aos cofres do município.

Será que não há uma viva alma do governo municipal que ande de ônibus? Pelo menos para ver em que situação são deixados os contribuintes que pagam tudo o que lhes é empurrado goela abaixo? Só eu já trabalhei há pelo menos 10 anos no tema, e promessas mil foram jogadas ao vento. A verdade é que até hoje, sai governante, entra governante, ninguém dá bola para o usuário, o pagador de tudo! Não há recursos nem aqui, nem no estado, nem em Brasília? Não acredito…

Vamos trabalhar um pouco aí gente da Prefeitura, e concessionárias do transporte coletivo, por favor! Os usuários agradecem imensamente, e soltarão foguetes pela imensa bondade dos senhores. Vamos dar uma resposta?