Violência contra mulher supera em três vezes agressões contra homens

PalavraLivre-violencia-contra-mulheresA Secretaria de Saúde do Distrito Federal divulgou nesta semana um levantamento feito pelo Núcleo de Estudos e Programas na Atenção e Vigilância em Violências (Nepav) e pelo Sistema de Informação de Agravos e Notificação (Sinan) do órgão.

Os dados mostram que a violência contra a mulher é cerca de três vezes maior que contra o gênero masculino. Isto é, dos 1.694 casos de violência notificados nas unidades da capital em 2015, 1.230 foram direcionados ao gênero feminino. Ou seja, 72,6% do total.

Entre os ataques, o que predomina é a violência física contra as mulheres. Depois, os casos de abuso sexual e, em seguida, as ocorrências que caracterizam negligência ou abandono. O quarto ponto que chama a atenção é a violência psicológica e moral.

A pesquisa mostrou ainda que entre as 1.230 mulheres agredidas, os abusos se concentraram na faixa etária de 10 a 39 anos, que somaram 852 ocorrências.

Criança e adolescente
A análise também trouxe um recorte sobre a situação da criança e do adolescente. Essa parcela das vítimas abrange ambos os sexos menores de um ano e jovens até 19 anos.

Nesse cenário elas somaram 915 (54%) dos casos de agressão atendidos pela rede pública de saúde do DF. Ao separar os abusos por gêneros, mais uma vez, existe abismo entre meninas (68,85%) e meninos (31,14%).

Histórico
Em 2014, as notificações de agressões também eram majoritariamente contra o sexo feminino. Das 2.423 ocorrências, 1.680 foram direcionadas às mulheres. O principal abuso à época foi o sexual, com 500 ocorrências; seguido da violência física, que teve 276 ocorrências relatadas por mulheres.

Com informações do Correio Braziliense

Para ela – Uma homenagem a uma mulher estendida a todas

Gi Rabello é a musa inspiradora de Salvador Neto
Gi Rabello é a musa inspiradora de Salvador Neto

Nosso editor, o jornalista Salvador Neto, foi buscar na junção entre a crônica, a poesia e a letra jornalística, a inspiração para escrever uma homenagem à sua companheira, Gi Rabello.

Por entendermos que o texto representa uma bela homenagem também a todas as mulheres neste Dia Internacional da Mulher, reproduzimos no Palavra Livre o que ele escreveu em seu perfil no Facebook, parabenizando a todas as mulheres que lutam todos os dias e fazem a diferença no mundo!

Ela tem a força invencível da mulher brasileira. Desde pequena já tinha responsabilidades em casa, cuidava dos irmãos, encarando a vida como uma adulta.

Cresceu em meio a opressão que aflige todas as mulheres, e ela ainda por questões religiosas. Mas jamais lhe faltou a garra, a vontade de vencer, e a ousadia de sonhar.

Enfrentou as dificuldades para estudar uma faculdade, para quem vem de família simples. Rompeu com dogmas, passou por cima da descrença de muitos.

Virou mãe da bela menina Rayssa, sua pequena flor, a quem protege e cuida como só as mulheres, mães, sabem cuidar. A força e o amor que só a mulher tem e sabe como usar, dar, receber, multiplicar.

Tem dentro dela uma vontade incrível, uma chama ardente por querer ser, aprender, fazer, ser uma profissional do direito, mas com aquele olhar da mulher, percebendo o humano, as diferenças, as necessidades de quem como ela, precisou derrubar barreiras, muitas vezes invisíveis.

Está chegando a sua hora de encerrar um ciclo duro, difícil, mas que forjou uma nova mulher, uma nova Gi Rabello. Daqui a pouco ela será uma advogada, pronta para defender os direitos de quem precisa. Será a sua maior vitória, merecida vitória. Mas será um novo começo, uma largada para a felicidade plena que ela merece.

Neste dia em que oficialmente se comemora o Dia Internacional da Mulher, presto essa homenagem a ela, minha companheira de todas as horas, uma mulher admirável, meiga, linda, amiga que se incomoda com qualquer problema que veja no amigo ou amiga, que deseja ver um mundo mais humano, menos individualista, mais feliz.

Minha amada Gi Rabello – Advogada em formação, você é uma grande mulher, acredite nisso, acredite sempre em você, nos seus sonhos, e tenha coragem de enfrentar todos os obstáculos, pois nada é impossível quando temos a convicção do caminho correto.

Muita amor, paz, sucesso e força sempre em sua vida, que é o que desejo a todas as mulheres neste e em todos os dias!

Essa foto mostra exatamente como você é, e como me sinto com sua ternura no dia a dia. Amo você para sempre, eternamente!”

* Escrito por Salvador Neto, jornalista, escritor e editor do Palavra Livre

 

Governo de SC quer mudar o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher

O governador Raimundo Colombo enviou projeto de lei para a Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina que estabelece um novo Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim-SC), revogando a lei que cria o anterior. O objetivo da proposta é modernizar o conselho atual.

O Cedim-SC, órgão colegiado, de caráter permanente, deliberativo e consultivo, está vinculado à Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação (SST).

As competências do conselho são formular diretrizes e políticas públicas que visem assegurar os direitos da mulher, considerando a igualdade e equidade de gênero, bem como fomentar a inclusão da população feminina nas atividades políticas, econômicas, sociais e culturais.

Segundo a proposta, o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher será composto por 24 integrantes titulares e igual número de suplentes, sendo 12 representantes governamentais e 12 representantes de entidades não governamentais. A presidente será eleita após a formação do conselho.

Da Ascom/Governo de SC

Em março, Dionisos Teatro faz apresentações para mulheres

IMG_0024Contemplado no Edital de Concurso de Apoio à Cultura da Fundação Cultural de Joinville/Fundo Municipal de Incentivo à Cultura do Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura (Simdec), o projeto Circulação de Teatro Playback: Mulheres Em Cena, realizará sete (7) apresentações de Teatro Playback voltado para o tema da Mulher.

No mês de março, a Dionisos Teatro realizará apresentações de Teatro de Playback, de forma que mulheres envolvidas em diversos segmentos da sociedade e também do público em geral, possam contar suas histórias relacionadas ao universo feminino e seus diversos papéis sociais.

Numa sociedade em que a mulher ainda precisa brigar pelos seus direitos, através do compartilhar histórias e do fazer teatral, a Dionisos quer construir espaços de troca e empoderamento através das narrativas.

O projeto visa ainda atingir um público que geralmente não vai ao teatro, sendo que além de trabalhar um tema pertinente para a sociedade, através dele quer aproximar esse público do poder da arte e do teatro. Abaixo a programação completa. Todas as apresentações são gratuitas.

10/03/2015 – 19h

Local: CRAS Morro do Meio (Rua do Campo, 664 – Morro do Meio)

Parceria: Centro dos Direitos Humanos

11/03/2015 – 19h30

Local: Galpão Teatro AJOTE (Rua XV de Novembro, 1383 – América)

Parceria: Coletivo Mulher na Madrugada

12/03/2015 – 10h

Local: IFSC (Rua Pavão, 1337 – Costa e Silva)

Parceria: Programa Mulheres Mil

14/03/2015 – 14h

Local: Casa da Vó Joaquina (Rua Erivelto Martins, 669 – Ulysses Guimarães)

Parceria: Casa da Vó Joaquina

14/03/2015 – 19h30

Local: Casa Iririú (Rua Guaíra, 634 – Iririú)

Apresentação aberta ao público em geral

16/03/2015 – 15h

Local: Amorabi (Rua dos Esportistas, 510 – Itinga)

Apresentação aberta ao público em geral

17/03/2015 – 14h

Local: Galpão Teatro AJOTE (Rua XV de Novembro, 1383 – América)

Parceria: Consulado da Mulher

Sobre o Teatro Playback
O teatro playback é uma forma teatral em que os atores improvisam histórias reais contadas por pessoas da plateia, tendo a figura do condutor como elo entre os artistas e o público.

O nome em inglês, Playback Theatre, deriva da ideia de representar de volta (playing back) as histórias das pessoas da plateia. Criado em 1975 por Jonathan Fox e Jo Salas, já existem grupos que fazem teatro playback em mais de 50 países.

Numa apresentação de teatro playback, as pessoas são convidadas a contribuir mais ativamente com a experiência teatral, contando suas histórias, escolhendo os atores para representar os personagens e assistindo essa história ser recontada de forma artística.

É criado então um espaço íntimo, onde as pessoas podem rir e chorar, compartilhando suas histórias, criando um diálogo através da arte. O teatro playback se constitui numa prática que pode abranger experiências artísticas, de socialização e de pertencimento, porque carrega em seu bojo a idéia de arte como necessidade humana de encontro e comunhão.

Devido a sua grande versatilidade, o teatro playback pode ser feito em espaços simples, trabalhando com temas específicos ou apenas proporcionando um momento de diálogo e experiência estética.

O Teatro Playback na Dionisos Teatro
A Dionisos Teatro faz Teatro Playback desde 2008, tendo a pesquisa de Mestrado da atriz Clarice Steil Siewert como norteador do trabalho. O grupo já é referência desta prática no país, sendo convidado para apresentar na Conferência Internacional de Teatro Playback em Montreal em julho de 2015.

O grupo já fez formação com experientes praticantes: Antonio Vitorino (Curitiba), Magda Miranda (São Paulo), Rea Dennis (Australia) e Paulien Haackma (Holanda); além de cursos pelo Centro de Teatro Playback em Nova York (2013) e Curitiba (2014) com os criadores deste formato, Jonathan Fox e Jo Salas.

Mulheres, parte 3 – Desigualdade só acaba com fim do modelo machista e patriarcal

Nesta sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, milhares de trabalhadoras vão às ruas de todo o país para defender a igualdade.
Em 2013, a pauta da CUT e dos movimentos sociais traz oito eixos: descriminalização e legalização do aborto; salário igual para trabalho igual; participação política e poder paritário; garantia de direitos para as trabalhadoras domésticas; fim de todas as formas de violência contra a mulher; compartilhamento das tarefas domésticas e de cuidados; creches públicas, de qualidade e de período integral e contra a mercantilização dos nossos corpos e de nossas vidas.

Em entrevista ao site da Central, a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Rosane Silva, fala sobre os 10 anos da secretaria, sobre a pauta das mobilizações e quais ações podem integrar homens e mulheres que não estão nos movimentos sociais na discussão contra a desigualdade.

Em 2013 a transformação da Comissão de Mulheres da CUT em secretaria completa 10 anos. O que mudou nesse período?
Rosane Silva – As secretarias têm espaço na Executiva para apresentar temas, construir políticas, são parte da construção do planejamento, enquanto as comissões não tem planejamento específico, porque são vinculadas às secretarias. Com a transformação, passamos a pensar políticas conjuntas para toda a CUT, mas com o olhar das mulheres.

A partir dos nossos ramos, quais os grandes avanços que você destaca?
Rosane – Alguns ramos passaram a se dedicar a estudar vida das trabalhadoras e pensar pautas específicas para as mulheres. Os setores químico e de vestuário têm cumprido esse papel, o da construção civil também já começa a se preocupar com as mulheres na pauta de reivindicações. E o grande avanço é no setor bancário, que tem uma negociação nacional e dentro dela uma mesa específica para discutir igualdade de oportunidades. Além disso, as CUTs e os ramos se preocupam cada vez em construir mecanismos que tragam-nas para os espaços de direção. Se as mulheres estão nas direções dos sindicatos, da Central, do ramo, acabam instigando no cotidiano dessas organizações temas relacionados à nossa luta. Quando a CUT aprovou a paridade, os ramos começaram a repensar os seus instrumentos de política afirmativa para trazer as trabalhadoras ao espaço de decisão.

Ocupar espaços de decisão envolve preparação e investir em formação. A CUT tem feito a lição de casa?
Rosane – Temos dado passos importantes, mas, como vivemos numa sociedade patriarcal e machista, nunca é satisfatório. No próximo período vamos fortalecer ainda mais a formação para ampliar a atuação política das mulheres porque precisamos de pessoas comprometidas com nossa pauta. Não basta ser mulher, tem que estar comprometida com nosso projeto. Hoje temos nove mulheres presidentas de CUT e percebemos que, onde comandam, nossas demandas ganham atenção.


Dá pra acabar com a desigualdade sem acabar com o machismo?

Rosane – Não, porque só teremos de fato uma sociedade igualitária se rompermos com essa estrutura. Historicamente, sempre cumprimos o papel de cuidar da família, dos filhos, da casa e aos homens é delegado o espaço público, do mundo do trabalho, dos esportes e da diversão. As mulheres devem assumir nossa pauta para que rompam esse sistema machista.

A respeito de outro tema das manifestações do 8 de março, a descriminalização do aborto, como fazer para que o debate não fique restrito aos movimentos sociais e ganhe as ruas?
Rosane –Temos trabalhado em duas frentes: primeiro, dando publicidade a uma cartilha da CUT que trata do tema de maneira simples e de fácil compreensão e que tem instrumentalizado as nossas mulheres nos estados, respondendo um pouco a polêmica. E também atuamos junto ao movimento feminista na frente nacional pela legalização e discriminalização do aborto, que tenta levar de um modo geral a nossa pauta e organizar lutas para mostrar à sociedade brasileira que não é só uma luta da CUT e do movimento feminista, mas das mulheres que desejam construir outra sociedade. Não somos contra as mulheres que queiram ter seus filhos e, inclusive, reforçamos que o Estado deve assisti-las, por isso temos avançado no debate sobre a licença maternidade e creche. Mas, no caso em que não queiram ter, quando ocorre uma gravidez indesejada, possam decidir livremente se querem ter aquele filho ou construir outro método. Não queremos o aborto como método contraceptivo, mas, queremos que seja o último mecanismo a que possam recorrer, caso não tenham nenhum outro.

Apesar de a maior parte da sociedade brasileira ser composta por mulheres, esse quadro ainda não se reflete nos espaços de poder, mesmo elegendo uma presidenta. Imediatamente, o que é possível fazer para alterar esse cenário?
Rosane –Um primeiro passo é fazer o que já estamos fazendo na CUT, aprovando a paridade, dando esse exemplo para a sociedade. As organizações devem começar a mostrar que o espaço público também é das mulheres. A outra é debater uma reforma política que as privilegie, além dos jovens, dos negros, que são os grandes alijados do espaço de poder. Não é possível alterar a estrutura política no nosso país sem fazer a reforma para alterar a forma de elegermos os nossos parlamentares, com as listas fechadas em que haverá alternância de projeto político e aí o cidadão votará num projeto político e não nas pessoas. E também com o financiamento público de campanha.

A PEC 478/2010, que regula o trabalho das domésticas tem avançado com grande apoio do Congresso. Mas, a aprovação não modifica imediatamente a vida dessas mulheres. Qual o próximo passo após a aprovação da proposta?
Rosane –Após votar no Senado, vai para presidenta sancionar e depois começa todo um debate dentro do governo sobre como regulamentar alteração do artigo sétimo da Constituição e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para introduzir os direitos que elas ainda não têm, como obrigação do fundo de garantia, o direito à jornada de trabalho, ao repouso semanal.

Até pouco tempo atrás falava-se que a Lei Maria da Penha era boa, mas faltava instrumentos para cumpri-la. O problema persiste?

Rosane –A Lei Maria da Penha é um instrumento poderosíssimo, foi um avanço muito grande termos aprovado uma medida com essas dimensões. Vivemos um primeiro momento de divulgar a lei e agora de fazer com que as mulheres compreendam e se conscientizem de que esse é um direito e devem denunciar. Apesar da lei ser federal, depende de estados e municípios para ser aplicada e ainda temos um déficit muito grande. Porque muitos governos estaduais e municipais não consideram essa uma questão prioritária, deixando a política para mulheres renegada a quinto plano, sem orçamento e sem organismo interno. Ainda estamos lutando para que todos os estados e cidades tenham mecanismos de assistência às mulheres, como espaços para proteção e acompanhamento psicológico para superar o momento de violência que viveram, após denunciarem, e não somente delegacias.

Um dos fatores fundamentais para a autonomia das mulheres é o acesso à creche. Já podemos dizer que se trata de um direito consolidado?
Rosane –Está na Constituição que a creche é um dever do Estado e um direito da criança, mas, se os governos não consideram esse um tema prioritário, não destinam recursos, essa política acaba não se efetivando. O governo brasileiro, a partir da eleição da presidenta Dilma, decidiu que creche era um tema central, então, tem mandado recursos para os municípios aplicarem, porém, isso deve ir além da construção de prédios, porque se não há profissionais qualificados para trabalhar, o problema persiste. E é dever dos movimentos sociais lutar para que o dinheiro que sai do governo federal para ser aplicado nessa política seja realmente utilizado para esse fim. Além disso, a creche pública deve ser de qualidade, em tempo integral e no local de moradia porque é um direito da criança e não exclusivo das mulheres que tem um emprego. O acesso à creche ainda é muito restrito para quem tem um trabalho formal e exclui quem está na informalidade, quem é diarista, autônoma, trabalhadora doméstica.

Um dos temas mais complexos da pauta deste 8 de março é a mercantilização do corpo das mulheres e sabemos como é desleal enfrentar o estereótipo que os meios de comunicação constroem para a mulher. O que é preciso fazer para enfrentar isso?
Rosane –O primeiro passo é discutir e romper com o princípio da beleza ideal que os veículos vendem: a mulher magra, alta, loira, de cabelo liso. Não há outra forma a não ser conversarmos entre nós, mulheres, para não ficarmos presas a um modelo imposto diante de uma concorrência muito desleal. Inclusive, questionando porque a sociedade não cobra um modelo ideal de homem. Além disso, há uma luta central da CUT e de parceiros dos movimentos sociais para democratizar os meios de comunicação para que tenhamos nossos próprios meios de difundir nosso valores e desconstruir esse modelo que a mídia impõe o tempo todo sobre nossas vidas.

Da CUT Nacional

Mulheres, parte 2 – Consciência que faz crescer

Todos sabem que o preconceito é um marco presente na vida da humanidade e a mulher não ficou de fora, em razão dele sofreu grandes perdas.

Ao longo da história, as mulheres estiveram sempre subjugadas às vontades dos homens, a trabalhar como serviçais, sem receber nada pelo seu trabalho ou então ganhavam um salário injusto, que não dava para sustentar sua família.

Em razão desses e tantos outros modos de discriminação, as mulheres se uniram para buscar maior respeito aos seus direitos, ao seu trabalho e à sua vida.

A discriminação era tão grande e séria que chegou ao ponto de operárias de uma fábrica têxtil serem queimadas vivas, presas à fábrica em que trabalhavam (em Nova Iorque) após uma manifestação onde reivindicavam melhores condições de trabalho, diminuição da carga horária de 16 para 10 horas diárias, salários iguais aos dos homens – que chegavam a ganhar três vezes mais no exercício da mesma função.

Porém, em 8 de março de 1910, aconteceu na Dinamarca uma conferência internacional feminina, onde assuntos de interesse das mulheres foram discutidos, além de decidirem que a data seria uma homenagem àquelas mortas carbonizadas.

No governo do presidente Getúlio Vargas as coisas no Brasil tomaram outro rumo. Com a reforma da constituição, acontecida em 1932, as mulheres brasileiras ganharam os mesmos direitos trabalhistas que os homens, conquistaram o direito ao voto e a cargos políticos do executivo e do legislativo.

 

Ainda em nosso país, há poucos anos, foi aprovada a Lei Maria da Penha, como resultado da grande luta pelos direitos da mulher, garantindo bons tratos dentro de casa, para que não sejam mais espancadas por seus companheiros ou que sirvam como escravas sexuais deles.

Mas a mulher não desiste de lutar pelo seu crescimento, o dia 8 de março não é apenas marcado como uma data comemorativa, mas um dia para se firmarem discussões que visem à diminuição do preconceito, onde são discutidos assuntos que tratam da importância do papel da mulher diante da sociedade, trazendo sua importância para uma vida mais justa em todo o mundo.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia – Brasil Escola

Mulheres hoje e sempre… parte 1

Como o dia de hoje é totalmente delas, as mulheres, maravilhosas, guerreiras, corajosas, lutadores, trabalhadoras, amigas, amantes, companheiras, seres humanos que batalham muito mais na vida que nós homens – sim, nós achamos que fazemos muito, mas não chegamos nem perto delas… – o Blog Palavra Livre resolveu postar poucas, mas boas coisas para elas… começando com esse poema de Martha Medeiros, “Quando chegar”, brindando a todas com belas palavras delas mesmas… curtam!

Quando chegar

Quando chegar aos 30
serei uma mulher de verdade
nem Amélia num ninguém
um belo futuro pela frente
e um pouco mais de calma talvez

e quando chegar aos 50
serei livre, linda e forte
terei gente boa ao lado
saberei um pouco mais do amor
e da vida quem sabe

e quando chegar aos 90
já sem força, sem futuro, sem idade
vou fazer uma festa de prazer
convidar todos que amei
registrar tudo que sei
e morrer de saudade.”

Martha Medeiros é uma jornalista e escritora brasileira. É colunista do jornal Zero Hora de Porto Alegre, e de O Globo, do Rio de Janeiro.

 

Mulheres: unidades de saúde incentivam exames preventivos contra o câncer

A Secretaria Municipal de Saúde já iniciou as atividades voltadas à promoção e prevenção da saúde feminina, em alusão às comemorações ao Dia Internacional da Mulher (8/3). Todas as unidades de saúde estão incentivando e captando, principalmente, as mulheres que não realizaram o exame de coleta de preventivo de colo uterino e a mamografia, nos últimos 12 meses.

“Há mulheres que ainda não estão cientes da importância desses exames. Identificamos 198 mulheres com lesões no colo de útero por meio dos exames preventivos realizados no ano passado”, revela a enfermeira responsável pelo Programa Saúde da Mulher, Silvia Leão Betat. Ela explica que, quando identificada uma lesão no colo de útero, a paciente é encaminhada para a biópsia, que pode confirmar o resultado negativo. “Algumas dessas lesões se tratavam de um tumor ou até de câncer”, destaca a enfermeira. Em 2012, a secretaria da Saúde realizou 31.183 exames de colo de útero nos postos de saúde.

Já a oferta de mamografias, exclusivo para mulheres a partir de 40 anos, alcançou a quantidade de 17.284 no ano passado. Os exames que resultaram em alteração somaram 168. “Os exames complementam a apalpação nos seios, que a mulher pode fazer em casa, às vezes, para identificar nódulos ou alterações que possam se confirmar tumores”, afirma. O câncer de mama vitimou 20 mulheres enquanto o câncer de colo do útero vitimou outras 13 no município, no ano passado.

Além dos exames preventivos, algumas unidades de saúde já começaram a oferecer um dia dedicado à mulher com atividades físicas, palestras, rodas de conversa, estandes de orientação ao cuidado da saúde feminina, exames de saúde bucal, sorteio de brindes e Dia da Beleza, com a parceria da comunidade e de instituições. Confira o cronograma acessando aqui:.

Da Prefeitura de Joinville