Em todo o mundo existem áreas de risco onde vivem milhares de pessoas em situações logicamente de risco. Todos vemos todos os dias desastres que levam sonhos e vidas por água abaixo, ou terra e pedras abaixo. Recentemente vimos na Baixada Santista a desgraça que se abateu sobre a população que vive nas encostas. Belo Horizonte também já sentiu os efeitos das chuvas em excesso, Rio de Janeiro, e por aí vai. Falamos de desastres naturais, e logicamente aliados a ocupações que não deveriam ter ocorrido nestas áreas, conhecidas como de risco.
O fato é que as pessoas buscam um lugar para fixar seu lar, sua vida. Um processo histórico de falta de moradias, e pouca ou quase nenhuma ação por parte dos poderes públicos para oferecer moradia digna a milhões de brasileiros, levaram ao longo de décadas que pessoas com baixa renda a moradias em áreas de risco, não porque desejam correr riscos, mas sim porque precisam de um teto para viver, criar seus filhos, e ainda sobrar algum dinheiro para comprar alimentos…
Florianópolis já passou por vários desastres em áreas de risco. Alagamentos são frequentes em várias áreas da ilha e também do continente. Mas o que preocupa muito são os deslizamentos nos morros e encostas, cujo marco foi a morte de uma moradora do Morro da Mariquinha no final de 2011. De lá para cá pouco foi feito para mudar a situação das áreas de risco. Isso vamos mostrar em reportagem especial que publicaremos aqui no Palavra Livre a partir da semana que vem, em partes. Contamos com a sua audiência, é um registro para que as autoridades façam alguma coisa antes que uma tragédia maior, e anunciada há muito tempo, ocorra. Até breve!