Produzida pela TV Brasil, com apoio do Instituto Vladimir Herzog, a série Resistir É Precisoresgata a trajetória da imprensa brasileira que resistiu e combateu ao golpe militar. Traz depoimentos e material historiográfico de jornalistas que atuaram em três frentes de combate: a imprensa alternativa, a clandestina e a que atuava no exílio. A série, narrada e apresentada pelo ator Othon Bastos, recupera a história de jornais alternativos, como o PifPaf, o Pasquim, Bondinho, Opinião e outros mais, permitindo conhecer as dificuldades de produção, as perseguições e manobras para mantê-los em circulação.
“Resistir É Preciso é uma série pioneira. Mostra, de forma leve, a trajetória de veículos clandestinos, feitos com mimeógrafos, distribuídos pelo correio ou por meio de panfletagens. Contamos também como foi a atuação dos veículos feitos no exterior por exilados políticos. Pela primeira vez, a televisão brasileira vai contar a trajetória da imprensa brasileira que, com a explícita intenção de resistir e combater o golpe de 1964, nasceu, cresceu e se expandiu no exílio, na clandestinidade e nas bancas de jornais, quando foi possível publicá-la”, explica o jornalista Ricardo Carvalho, que também é autor, roteirista e diretor da série Resistir É Preciso.
Para relembrar e construir essas histórias, Resistir É Preciso conta com depoimentos de jornalistas como Audálio Dantas, Juca Kfouri, Laerte, Raimundo Pereira, Paulo Moreira Leite, Bernardo Kucinsky, José Hamilton Ribeiro, entre tantos outros. São citadas cerca de 100 publicações, com mais de 50 entrevistas. A série possui dez episódios com 30 minutos de duração, que estão sendo exibidos pela TV Brasil desde o dia 24 de março, de segunda a sexta, às 19h30. Vale lembrar que, nos dez episódios, são citadas aproximadamente 100 publicações, com mais de 50 entrevistas.
No primeiro episódio, que foi ao ar dia 24 de março, a série faz uma viagem no tempo e recua a 1867, ano em que foi publicada a que é considerada uma das primeiras charges políticas da nossa história, desenhada por Ângelo Agostini.