HPV – Meninos também serão vacinados a partir de 2017

BELO HORIZONTE, MG, 05.06.2015: VACINA-GRIPE -  Vacinação  contra a gripe no Centro de Saúde Nossa Senhora Aparecida, no bairro São Lucas, em Belo Horizonte. Começou nos postos de saúde em todo o Brasil iniciam a Campanha de Vacinação contra a Gripe. Devem receber a dose crianças de 6 meses a menores de 5 anos, idosos com mais de 60 anos, trabalhadores da saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), presos e funcionários do sistema prisional. (Foto: Marcelo Prates/Hoje em Dia/Folhapress)

A partir de janeiro de 2017, a rede pública de saúde vai passar a oferecer a vacina contra o HPV para meninos de 12 a 13 anos como parte do Calendário Nacional de Vacinação. A faixa etária, de acordo com o Ministério da Saúde, será ampliada gradativamente até 2020, período em que serão incluídos meninos de 9 a 13 anos.

A expectativa da pasta é imunizar mais de 3,6 milhões de meninos em 2017, além de 99,5 mil crianças e jovens de 9 a 26 anos que vivem com HIV/aids no Brasil. Serão adquiriras, ao todo, 6 milhões de doses ao custo de R$ 288,4 milhões.

Segundo o governo federal, o Brasil será o primeiro país da América Latina e o sétimo no mundo a oferecer a vacina contra o HPV para meninos em programas nacionais de imunização. Estados Unidos, Austrália, Áustria, Israel, Porto Rico e Panamá já fazem a distribuição da dose para adolescentes do sexo masculino.

Duas doses
O esquema vacinal contra o HPV para meninos será de duas doses, com seis meses de intervalo entre elas. Já para os que vivem com HIV, o esquema vacinal é de três doses, com intervalo de dois e seis meses, respectivamente. Nesses casos, é necessário apresentar prescrição médica.

Custos
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, destacou que, apesar das novas inclusões, não haverá custo extra para o governo federal já que, neste ano, a pasta anunciou a redução de três para duas doses no esquema vacinal contra o HPV para meninas. O quantitativo previsto, segundo ele, foi mantido.

“É mais um avanço que conseguimos fazer sem ampliar investimentos”, disse Barros. “É um conjunto de ações integradas que temos feito para produzir mais e mais resultados com os recursos que temos”, completou.

Meningite
A pasta anunciou ainda a ampliação da vacinação contra a meningite C para adolescentes de ambos os sexos. Foram adquiriras 15 milhões de doses, a um custo de R$ 656,5 milhões. O objetivo do governo é reforçar a eficácia da dose, já aplicada em crianças de 3, 5 e 12 meses mas que, com o passar dos anos, pode perder parte de sua eficácia.

A meta é vacinar 80% do público-alvo, formado por 7,2 milhões de adolescentes. Além de proporcionar proteção para essa faixa etária, a estratégia tem efeito protetor de imunidade rebanho – quando acontece a proteção indireta de pessoas não vacinadas em razão da diminuição da circulação do vírus.

Segundo o ministério, a ampliação só foi possível graças a economia de R$ 1 bilhão por meio da revisão de contratos e redução de valores de aluguéis e outros serviços. Parte dos recursos está sendo investida na produção nacional da vacina pela Fundação Ezequiel Dias.

Parceria
A coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Carla Domingues, destacou que o ministério pretende investir em parcerias com escolas da rede pública e particular para facilitar o acesso de meninos e meninas às doses contra o HPV e contra a meningite.

“Vacinar adolescentes não é como vacinar crianças, que os pais pegam na mão e levam ao posto de saúde. É mais complicado”, disse. “Com os adolescentes, não conseguimos alcançar coberturas vacinais tão completas como entre as crianças”, completou.

Com informações da Ag. Brasil

Vacinação contra o HPV em meninas de 9 a 13 anos continua em Joinville (SC)

Meninas de 12 e 13 anos que não tomarem nesta idade a vacina contra o HPV (papiloma vírus humano), perderão para sempre a oportunidade de estar protegidas contra o câncer de colo de útero.

O alerta está sendo feito pela Secretaria da Saúde de Joinville. É nesta idade que o organismo, ao receber a vacina, cria defesa contra o vírus para o resto da vida.

A responsável pela Unidade de Imunização da Secretaria de Saúde, Maria Goreti Cardoso, explica que é nessa faixa etária que o organismo responde de forma mais eficaz e garante maior proteção no futuro. A vacina é dada em meninas a partir dos nove anos.

Na primeira fase da campanha, em março (primeira dose), foram atendidas 2.151 meninas na faixa dos 9 anos (54% da meta de 4.011), 1.951 na faixa dos 10 anos (44% da meta de 4.470) e 1.610 na faixa dos 11 anos (37% da meta de 4.351).

Na faixa dos 12 anos já foram vacinadas 1.765 meninas (39% da meta de 4.520) e na faixa dos 13 anos 3.464 (75% da meta de 4.580).

Maria Goreti enfatiza que as meninas que não compareceram para receber a primeira dose ainda podem iniciar o esquema de vacinação. “O importante é não perder a oportunidade de se imunizar nessa faixa que vai dos 9 aos 13 anos e 11 meses ”, reforça.

“Para aquelas que já estão na faixa dos 12 e 13 anos, se não receberem a segunda dose vão perder esse grande oportunidade de proteção contra o câncer de colo de útero”, enfatiza Goreti.

A proteção contra o HPV só será completa com as duas primeiras doses em intervalo de seis meses e uma terceira dose final após cinco anos.

Para receber a vacina, basta comparecer a uma Unidade de Saúde com o cartão de vacinação e documento de identificação. O câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil, atrás apenas do de mama e de brônquios e pulmões.

O número de mortes por câncer do colo do útero no país aumentou 28,6% em 10 anos, passando de 4.091 óbitos, em 2002, para 5.264, em 2012, de acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer no Brasil, publicação do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

O vírus
O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto.

Estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença. Em relação ao câncer do colo do útero, estudos apontam que 270 mil mulheres no mundo morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos.

Com informações da Ascom/Secretaria da Saúde de Joinville (SC)

HPV: Começa a oferta da vacina para meninas de 9 a 11 anos

Neste ano, a campanha do Ministério da Saúde vai focar na vacinação de meninas de 9 a 11 contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), usada na prevenção do câncer do colo do útero. A iniciativa foi lançada em Belo Horizonte, nesta segunda-feira (9), e pretende vacinar 4,94 milhões de meninas em 2015.

Junto com o grupo de adolescentes de 11 a 13 anos vacinadas no ano passado, essa pode ser a primeira geração praticamente livre do risco de morrer do câncer do colo do útero. A meta é proteger, em parceria com as secretarias estaduais e municipais da saúde, 80% do público-alvo.

A novidade para este ano é a inclusão de 33,5 mil mulheres de 9 a 26 anos que vivem com HIV. Mais suscetível a complicações decorrentes do HPV, esse público tem probabilidade cinco vezes maior de desenvolver câncer no colo do útero do que a população em geral.

A inclusão do grupo como prioritário para a prevenção segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Comitê Técnico Assessor de Imunizações (CTAI) do Programa Nacional de Imunizações (PNI),  em conformidade com o Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais.

“A vacina é extremamente segura, uma proteção para a vida. Além de proteger a menina, os estudos mostram que a comunidade também fica protegida. Precisamos contar com a colaboração dos pais e das escolas para conseguir alcançar a nossa meta e começar a escrever uma outra história no nosso País de enfrentamento à essa doença, que é o terceiro tipo de câncer que mais mata as mulheres no Brasil”, reforçou o ministro da Saúde, Arthur Chioro, durante o lançamento da campanha.

A vacina está disponível desde o início de março nas 36 mil salas de vacinação espalhadas pelo País. Para este ano, o Ministério da Saúde recomenda aos estados e municípios que façam parcerias com as escolas públicas e privadas, repetindo a estratégia adotada na primeira dose da vacina, quando 100% do público estimado, de 4,95 milhões de meninas de 11 a 13, foi vacinado.

Já a segunda dose, que teve o foco a administração apenas nos postos de saúde, alcançou 2,9 milhões de meninas, atingindo 58,7% do público-alvo. “Com a introdução da vacina, podemos reduzir drasticamente os casos de câncer do colo do útero e a taxa de mortalidade. Com isso, poderemos ter a primeira geração de mulheres livre da doença. Para isso é importante que as meninas completem o esquema vacinal, tomando as três doses da vacina, conforme o calendário preconizado pelo Ministério da Saúde”, alertou Chioro.

Esquema vacinal
Para receber a dose, basta apresentar o cartão de vacinação e o documento de identificação. Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção. A segunda deve ser tomada seis meses depois, e a terceira, cinco anos após a primeira dose. A partir de 2016, serão vacinadas as meninas de 9 anos.

As meninas de 11 a 13 anos que só tomaram a primeira dose no ano passado também podem aproveitar a oportunidade de se prevenir e procurar um posto de saúde ou falar com a coordenação da escola para dar prosseguimento ao esquema vacinal. Isso também vale para as meninas que tomaram a primeira dose aos 13 anos e já completaram 14. É importante ressaltar que a proteção só é garantida com a aplicação das três doses.

Para as mulheres que vivem com HIV, o esquema vacinal também conta com três doses, mas com intervalos diferentes. A segunda e a terceira doses serão aplicadas dois e seis meses após a primeira. Nesse caso, elas precisarão apresentar a prescrição médica.

Desde março de 2014, o SUS oferece a vacina quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia em quem segue corretamente o esquema vacinal. Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero em todo mundo e os subtipos 6 e 11 por 90% das verrugas anogenitais.

A vacina contra HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje, é utilizada como estratégia de saúde pública em mais de 50 países, por meio de programas nacionais de imunização.

Estimativas indicam que, até 2013, foram distribuídas cerca de 175 milhões de doses da vacina em todo o mundo. A sua segurança é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Para a produção da vacina contra o HPV, o Ministério da Saúde firmou Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Butantan e o Merck. Serão investidos R$ 1,1 bilhão na compra de 36 milhões de doses da vacina durante cinco anos – período necessário para a total transferência de tecnologia ao laboratório brasileiro. Para 2015, a previsão do Ministério da Saúde é de adquirir 11 milhões de doses.

Câncer de colo do útero
O câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil, atrás apenas do de mama e de brônquios e pulmões. O número de mortes por câncer do colo do útero no País aumentou 28,6% em 10 anos, passando de 4.091 óbitos, em 2002, para 5.264, em 2012, de acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer no Brasil, publicação do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Tomar a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. No entanto, a imunização não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais.

O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.

O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18.

Em relação ao câncer do colo do útero, estudos apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos.

Fonte: Ministério da Saúde

Principal causador do câncer de útero preocupa Ministério da Saúde

A redução da quantidade do papilomavírus humano (HPV) circulante é desafio para a saúde da mulher, uma vez que se trata do principal agente causador do câncer do útero, o segundo que mais mata entre elas. De acordo com dados do Ministério da Saúde, de 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas, em algum momento de suas vidas, por um ou mais tipos de HPV. Embora o uso de preservativo seja indicado para a prevenção do contágio do HPV, ele não traz proteção total.

O estudo Infecção por HPV em homens, coordenado pela pesquisadora Anna R. Giuliano, do H. Lee Moffitt Cancer Center, na Flórida, demonstrou que mais de 50% dos homens entre 18 e 70 anos no Brasil, México e Estados Unidos estão infectados pelo vírus. “Apesar dos programas, de pré-rastreamento das lesões pré-malignas, ainda não conseguimos reduzir a incidência do câncer de colo do útero. São quase 20 mil novos casos todo ano”, afirma a ginecologista e obstetra Iracema Maria Ribeiro da Fonseca, do Departamento de Colposcopia e Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG).

Embora estudos epidemiológicos mostrem que a infecção pelo papilomavírus é muito comum, de acordo com os últimos inquéritos de prevalência do Ministério da Saúde, cerca de 25% das mulheres estão infectadas pelo vírus, somente de 3% a 10% das mulheres infectadas com um tipo de HPV com alto risco desenvolverá câncer do colo do útero. “Nem todos os casos de contaminação com HPV vão evoluir para o câncer de colo do útero, mas quase a totalidade dos casos da doença é causada por alguns tipos do vírus”, afirma o imunologista Marcelo Bossois, coordenador técnico do projeto social Brasil sem alergia, do Rio de Janeiro.

Nesse cenário nada animador, muitas mulheres recorrem às vacinas disponíveis no mercado que imunizam contra os tipos do vírus de alto risco. Embora haja uma série de estudos comprovando a eficácia das vacinas e, na rede privada, elas têm sido recomendada por ginecologistas, o Ministério da Saúde ainda não as incluiu no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Estão disponíveis no mercado duas vacinas contra os tipos mais presentes no câncer de colo do útero (HPV-16 e HPV-18). Uma delas é a quadrivalente, ou seja, previne contra os tipos 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero, e contra os tipos 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A outra é específica para os subtipos 16 e 18.

Os HPVs são vírus da família Papilomaviridae, capazes de provocar lesões de pele ou mucosa. Na maior parte dos casos, as lesões têm crescimento limitado e habitualmente regridem espontaneamente. Existem mais de 200 tipos de HPVs. Eles são classificados em baixo risco de câncer e alto risco de câncer. Somente os de alto risco estão relacionados a tumores malignos.

Estado de Minas