Unidos pelos bombeiros, e por que não pela saúde?

Cadê a união de Joinville pela saúde, como fizeram com o caso dos Bombeiros Voluntários?

Joinville é uma cidade com muitos contrastes. Alguns a cantam como a maior de Santa Catarina, maior PIB, maior em eleitores, em população, etc. Por outro lado, longe da pujança que alguns tentam vender, talvez para ganho de auto-estima, ou mesmo para amainar corações angustiados que sofrem, há falta de mobilidade urbana, de saúde melhor, de escolas de pé e funcionando. Joinville consegue mobilizar lideranças políticas, comunitárias, empresariais, religiosas, de todos os matizes, para defender o trabalho meritório dos Bombeiros Voluntários com direito à várias páginas e capas de jornais. Mas não se mobiliza para por fim ao abandono da saúde – vide caso do Hospital Regional de Joinville – que o Governo do Estado impõe à cidade. Para não falar da educação pública, esse tema fica para outra reflexão.

Dá pena ver um homem público como o médico Renato Castro dar um depoimento emocionado, e de forte teor político, de denúncia, ao relatar a falta de médicos, enfermeiros, funcionários enfim, para dar atendimento decente às pessoas, e principalmente para defender a vida de pacientes na UTI. Enquanto isso o secretário Dalmo Claro só pensa “naquilo”, ou seja, a implantação da gestão por uma organização social, a famosa OS para gerir o Regional. Porque tanta insistência nesse modelo? Temos uma OS administrando o Hospital Infantil na cidade, que já tratou de se desfazer da ala de queimados, por pasmem “falta de demanda”! Que é isso gente, tratar saúde como demanda, como se fosse algo comercial? Não cabe discutir demanda em saúde pública! Cabe sim é dar todas as condições para que a saúde seja oferecida em bom nível para a população. Dizem que agora ensaiam o fim da maternidade ali também. Então, pergunto, para quê OS? Para deixar a carne de pescoço para os hospitais públicos e ficar com o filé mignon?

Pergunta que não quer calar: quantas OS administram hospitais em Florianópolis? Ou em Lages, terra do governador Raimundo Colombo? Porque lá tudo pode ser público, há atendimento, verbas e contratações andam com mais celeridade? Por que Joinville sempre se ajoelha diante de interesses da Ilha? Temos deputados estaduais, Nilson Gonçalves, Kennedy Nunes e Darci de Matos, todos governistas. Temos dois senadores, Luiz Henrique e Paulo Bauer (esse dizem que não, mas…). Temos dois deputados federais, Marco Tebaldi e Mauro Mariani. Todos se unem para defender, repito com toda a razão, os Bombeiros Voluntários. E porque o movimento não acontece para exigir atenção à Joinville, à sua saúde! Para que trabalham nossos representantes eleitos gente?

A cidade jamais será grande se continuar subserviente aos interesses políticos da capital. Já tivemos governador eleito com base na quinta roda da carroça, com apelo ao fortalecimento de Joinville, mas continuamos sendo a quinta roda! Joinville tem de aprender a se unir sempre, políticos, empresários, comunidade, trabalhadores, em um só bloco para exigir ações efetivas, aí sim, de acordo com a pujança que representa para a economia, o desenvolvimento geral de todo o estado catarinense. Nossos políticos eleitos não podem se acovardar de defender a cidade que os elegeu porque há “entendimentos” individuais com o Governo do Estado! Só seremos respeitados quando o mesmo movimento que fez a Assembleia Legislativa votar a favor dos Bombeiros aconteça também para a saúde, educação, infraestrutura!

Até quando a população será ludibriada? Até quando veremos pessoas sofrerem, e até morrerem, por falta de atitude para resolver os problemas da saúde da maior cidade catarinense? Queremos ver urgentemente a mesma união na defesa aos Bombeiros para conquistar melhorias na saúde e em outras áreas! ACIJ, CDL, Acomac, Ajorpeme e lideranças todas unidas, fazendo coro pela cidade, até que os olhares se voltem verdadeiramente para a atenção aos mais de 600 mil cidadãos que aqui residem! E não só nas eleições, discursando temas vazios, levando nossos votos para nos deixar à mercê de todos os problemas. Compromisso com a saúde, quando vamos nos unir! Cadê o movimento de união agora senhores? Ou jamais seremos respeitados, ficando eternamento ligados aos aparelhos da UTI!

Obesidade mórbida: Hospital Regional de Joinville (SC) realiza eventos

O Hospital Hans Dieter Schmidt, de Joinville, através da Obesimor – ambulatório de obesidade mórbida – promove, de 29 a 31 de março, o 3º Simpósio de Obesidade Mórbida e o 3º Encontro Joinvilense de Cirurgia Bariátrica. Os eventos têm por objetivo divulgar as ações no tratamento da obesidade mórbida e técnicas na área de cirurgia bariátrica, além de discutir tratamentos terapêuticos indicados para a doença. O simpósio e o encontro acontecem na Sociedade Educacional de Santa Catarina (Sociesc), no Campus Boa Vista.

A coordenadora da Obesimor, Nailza Fião, explica que a evolução dos procedimentos médicos e terapêuticos requer capacitação constante dos profissionais de saúde. “Estes eventos pretendem promover a troca de experiências, a fim de buscarmos aperfeiçoamento no tratamento da obesidade”. Profissionais de Joinville, Florianópolis e Pernambuco abordarão temas como: Odontologia versus obesidade mórbida; Segurança na cirurgia plástica pós-operatório e Importância dos contraceptivos depois da cirurgia bariátrica.

As inscrições para os eventos são gratuitas e podem ser feitas no Departamento e Ensino e Pesquisa do Hospital Regional, através do e-mail dephrhds@saude.sc.gov.br ou pelo telefone (47) 3461-5533. A iniciativa da Obesimor conta com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde e da Associação dos Obesos Mórbidos (Assobesimor).

Programação:

Dia 29 (quinta-feira) – Abertura
Horário: 20h

Dia 30 (sexta-feira)
Horário: 08h às 17h30

Dia 31 (sábado)
Horário: 09h às 12h

Da Ass. Imprensa da SDR Joinville

Hospital Regional de Joinville inicia mutirão de cirurgias no sábado

O Hospital Regional Hans Dieter Schmidt de Joinville inicia, no próximo sábado (13), as primeiras cirurgias do mutirão anunciado pelo Governo do Estado e pela Secretaria de Estado da Saúde no final do mês de julho. A expectativa é realizar na unidade 191 cirurgias, sendo que nesta primeira etapa serão feitas 13 operações de vesícula por vídeo.

O diretor do hospital, Dr. Renato Castro, explica que com o procedimento o paciente sofre menos agressão e tem uma recuperação mais rápida. “A ideia é dar alta no final do dia ou, no máximo, na manhã de domingo”, garante. Castro complementa que além de beneficiar a pessoa, que pode ser liberada no mesmo dia da cirurgia, o objetivo é evitar a ocupação de leitos.

A dona de casa Úrsula Mueller Wilke, de 52 anos, está na fila de espera desde 2009 para realizar uma cirurgia de vesícula. Nesta terça-feira (9) ela tem consulta com um especialista e deve ser uma das 13 pessoas beneficiadas com o mutirão. “Fico feliz porque, se tudo der certo, vou poder resolver o meu problema logo. É bom que estejam dando mais atenção pra nossa saúde”, afirma a moradora do bairro Vila Nova.

O mutirão de cirurgias eletivas do Governo do Estado e da Secretaria Estadual de Saúde vai custar R$ 20 milhões e pretende realizar em Santa Catarina 22,6 mil procedimentos até o final de 2012. Em Joinville, a previsão é de serem feitas 2.338 cirurgias no total. “Essa ação vai melhorar a qualidade de muitos catarinenses, que esperavam há tempo pela resolução das suas necessidades”, diz o governador Raimundo Colombo.

Assessora de Comunicação – ASCOM