Conferência Regional em Joinville elege representantes do Norte e Nordeste do Estado para encontro estadual

Durante a “1ª Conferência Regional de Emprego e Trabalho Decente”, realizada em Joinville na terça-feira (27), foram eleitos 38 delegados que irão representar os 26 municípios do Norte e Nordeste de Santa Catarina no encontro estadual, marcado para acontecer em Florianópolis, nos dias 31 de outubro e 1º de novembro. A comissão foi formada por representantes do Governo do Estado, de classes empresariais e de sindicatos de trabalhadores, assistentes sociais, entre outros.

Com base em indicadores do Estado, os grupos de trabalho onde foram discutidos temas como a promoção de ações para estimular a geração de trabalho e renda, segurança e saúde no trabalho, combate à discriminação, oportunidades de trabalho igualitárias, bem como a erradicação do trabalho escravo ou forçado e a eliminação do trabalho infantil.

Para o diretor do Sistema Nacional de Emprego (Sine) de Santa Catarina, Demetrius de Azevedo Moura, “os diálogos regionais servirão para provocar uma ampla discussão do assunto, com o objetivo principal de formular propostas para o Plano Nacional de Emprego e Trabalho Decente”, explica. Moura complementa que em maio de 2012 ocorrerá a 1ª Conferência Nacional de Emprego e Trabalho Decente.

“O trabalho decente é a mais digna forma de inserção social, pois quem produz, passa a ser importante socialmente”, garante o Secretário de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação, Serafim Venzon.

Representando o Governo do Estado, além do secretário Serafim Venzon e do diretor do Sine/SC, Demétrius Moura, também estavam o consultor geral da Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação, Marcondes Marchetti e os gerentes de Assistência Social, Trabalho e Habitação das SDR’s: Joinville, Maria José Lara Fettback; Jaraguá do Sul, Tania Dantas; Mafra, Terezinha Maria Schmitt e Canoinhas, Valdir Marafigo.

Cidades do Norte e Nordeste: Além de Joinville, participaram ainda os municípios de Garuva, Itapoá, Araquari, Balneário Barra do Sul, São Francisco do Sul, Barra Velha, São João do Itaperiú, Jaraguá do Sul, Corupá, Guaramirim, Massaranduba, Schroeder, Canoinhas, Três Barras, Major Vieira, Bela Vista do Toldo, Irineópolis, Porto União, Mafra, Campo Alegre, Itaiópolis, Monte Castelo, Papanduva, Rio Negrinho e São Bento do Sul.

ASCOM

Entenda o que é economia solidária

Economia Solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem.

A economia solidária vem se apresentando, nos últimos anos, como inovadora alternativa de geração de trabalho e renda e uma resposta a favor da inclusão social. Compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras, que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário.

Nesse sentido, compreende-se por economia solidária o conjunto de atividades econômicas de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito, organizadas sob a forma de autogestão. Considerando essa concepção, a Economia Solidária possui as seguintes características:

a. Cooperação: existência de interesses e objetivos comuns, a união dos esforços e capacidades, a propriedade coletiva de bens, a partilha dos resultados e a responsabilidade solidária. Envolve diversos tipos de organização coletiva: empresas autogestionárias ou recuperadas (assumida por trabalhadores); associações comunitárias de produção; redes de produção, comercialização e consumo; grupos informais produtivos de segmentos específicos (mulheres, jovens etc.); clubes de trocas etc. Na maioria dos casos, essas organizações coletivas agregam um conjunto grande de atividades individuais e familiares.

b. Autogestão: os/as participantes das organizações exercitam as práticas participativas de autogestão dos processos de trabalho, das definições estratégicas e cotidianas dos empreendimentos, da direção e coordenação das ações nos seus diversos graus e interesses, etc. Os apoios externos, de assistência técnica e gerencial, de capacitação e assessoria, não devem substituir nem impedir o protagonismo dos verdadeiros sujeitos da ação.

c. Dimensão Econômica: é uma das bases de motivação da agregação de esforços e recursos pessoais e de outras organizações para produção, beneficiamento, crédito, comercialização e consumo. Envolve o conjunto de elementos de viabilidade econômica, permeados por critérios de eficácia e efetividade, ao lado dos aspectos culturais, ambientais e sociais.

d. Solidariedade: O caráter de solidariedade nos empreendimentos é expresso em diferentes dimensões: na justa distribuição dos resultados alcançados; nas oportunidades que levam ao desenvolvimento de capacidades e da melhoria das condições de vida dos participantes; no compromisso com um meio ambiente saudável; nas relações que se estabelecem com a comunidade local; na participação ativa nos processos de desenvolvimento sustentável de base territorial, regional e nacional; nas relações com os outros movimentos sociais e populares de caráter emancipatório; na preocupação com o bem estar dos trabalhadores e consumidores; e no respeito aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.

Considerando essas características, a economia solidária aponta para uma nova lógica de desenvolvimento sustentável com geração de trabalho e distribuição de renda, mediante um crescimento econômico com proteção dos ecossistemas. Seus resultados econômicos, políticos e culturais são compartilhados pelos participantes, sem distinção de gênero, idade e raça. Implica na reversão da lógica capitalista ao se opor à exploração do trabalho e dos recursos naturais, considerando o ser humano na sua integralidade como sujeito e finalidade da atividade econômica.

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