Iniciativa da ONU quer chamar a atenção para populações que dependem da floresta para viver

“Proteja a Floresta. Ela Protege Você”. Esse é o lema, no Brasil, do Ano Internacional das Florestas. Além de chamar a atenção da sociedade para a questão da conservação ambiental, a iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), que declarou 2011 como Ano Internacional das Florestas, pretende colocar no centro do debate as pessoas que dependem das florestas para viver. A estimativa é que haja 1,6 bilhão de pessoas nessa situação em todo o mundo.
No Brasil, várias comunidades têm na floresta sua forma de subsistência. É o caso de quilombolas, ribeirinhos, indígenas e extrativistas – comunidades que serão retratadas em uma série de matérias produzidas pelo Radiojornalismo da EBC e publicadas hoje (19) pela Agência Brasil.

Definidas como territórios com vegetação cerrada e árvores de grande porte, as florestas cobrem 31% da área do planeta, servem de abrigo para 300 milhões de pessoas e respondem por 80% da biodiversidade de todo o mundo, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

O diretor do Departamento de Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João de Deus Medeiros, afirma que a instituição dessa data pela ONU é fundamental para o Brasil, que detém a segunda maior extensão de florestas do planeta, atrás apenas da Rússia, e a maior área de floresta tropical do mundo. “Ter um reconhecimento internacional do ano das florestas coloca no calendário mundial a evidência com relação à necessidade de termos uma política que consiga conciliar o desenvolvimento com a conservação das florestas.”

Medeiros considera que o Brasil deve liderar a luta mundial pelo melhor relacionamento do homem com os recursos naturais, assumindo o protagonismo.

O diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Antônio Carlos Hummel, garante que o Brasil já está virando modelo para outros países quanto à gestão das florestas, que cobrem 61% do território brasileiro. Ele cita o sistema de monitoramento do desmatamento, feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e o processo de concessões florestais. “Temos também um plano anual de manejo florestal comunitário, ou seja, mostrar que aquelas populações tradicionais, que vivem em florestas, aquelas populações familiares que vivem em assentamentos rurais, podem ter uma propriedade rural em floresta e podem explorar isso de forma sustentável.”

Outra novidade é o Inventário Florestal Nacional, que começou a ser feito este ano no Brasil. Hummel explica que, com o levantamento, será possível conhecer a extensão e a qualidade das florestas brasileiras, além de quantificar as pessoas que tiram o sustento de produtos florestais.

A encarregada do Fórum sobre Florestas da ONU, Bárbara Távora-Jainchill, lembra que todos devem contribuir para a conservação do meio ambiente. “Não se pode pensar apenas nessas grandes florestas, da Amazônia, da Bacia do Congo, do Sudeste Asiático, florestas também são essas árvores que estão no meio das cidades, e que fazem uma diferença na qualidade do ar, na água.”

Observatório Social

Policlínica do Floresta em Joinville – Falta acessibilidade, falta medicamento…

remedios-hg-20091106A saúde realmente não vai bem em Joinville, como também não é uma maravilha em todo o país. Graças a Deus não tenho precisado da atenção do SUS – o maior plano de saúde do mundo que deveria ser levado a sério por todos os governos – mas conheço várias pessoas que precisam e muito. Em minha família tenho uma pessoa que precisa, e muito, da atenção do SUS por ter sofrido um AVC. Ela, uma senhora de 72 anos, é minha mãe.

Mas poderia ser a Maria José com 55 anos, o seu Manoel com 87, ou ainda o Bruninho com seis aninhos. O fato é que além dos problemas conhecidos – faltam médicos, especialistas, leitos – no caso específico do tema desta nota é a falta de acessibilidade à Policlínica do Floresta, antigamente chamada de Posto de Saúde do bairro, e que se localizava na rua Guararapes. Lá era um prédio velho, mas a acessibilidade era melhorzinha. No novo local, a rua sequer é pavimentada, está em um lugar alto, e como está seco, as pedras soltam e rolam. Como subirá um cadeirante? Como chega lá um senhor de muletas, uma criança pequena machucada?

É incrível como uma obra nova como essa tenha sido entregue assim, e mais ainda, tenha sido construída em um local tão complicado quanto aquele. O que se gastou em muro de arrimo, poderia ser gasto na acessibilidade no local. Quem sabe o Prefeito e seu secretário regional não possam ir lá e mandar fazer um asfaltinho? A dona Isolde, o seu Manoel, o Bruninho, a Maria José e tantos outros cidadãos que pagam seus impostos e merecem atendimento bom e em locais decentes e melhor planejados, agradeceriam imensamente.

Quanto as reticências do título tem a ver com… a falta de medicamento e mau atendimento. Está faltando a Lovastatina, remédio que atua para a redução do colesterol alto e previne doenças como o AVC, o infarto e tantos outros. Pois é, fui até lá para buscar esse medicamento e não tinha. O pior, o atendimento não foi lá essas coisas na farmácia. Quase se tem de pedir de joelhos que a responsável apareça para atender, ou servir, já que eles são servidores públicos e pagos com nosso dinheirinho. Com a palavra, a Prefeitura e Secretaria de Saúde.