Reitores de instituições públicas de ensino de SC realizam reunião inédita

reuniaoreitoresPela primeira vez, os reitores das instituições de ensino superior das redes estadual e federal de Santa Catarina irão se reunir para discutir a articulação entre as entidades. O encontro será na próxima quinta-feira, dia 4 de abril, às 10h, na Reitoria do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) em Florianópolis.

Participarão da reunião a reitora do IFSC, Maria Clara Kaschny Schneider; a reitora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Roselane Neckel; o reitor do Instituto Federal Catarinense (IFC), Francisco José Montório Sobral; o reitor da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC),  Antonio Heronaldo de Sousa; e o reitor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Jaime Giolo.

Na pauta do encontro, estão questões como os Objetivos do Milênio, a adesão ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a destinação dos royalties de petróleo para a Educação e um trabalho estruturado entre as instituições para estabelecer parcerias e oferecer cursos.

Quando: quinta-feira, 4 de abril
Horário: 10 horas
Local: Reitoria do IFSC 0 Rua 14 de julho, 150, bairro Coqueiros, Florianópolis

Apenas 26% dos brasileiros são plenamente alfabetizados, revela pesquisa

Apenas 35% das pessoas com ensino médio completo podem ser consideradas plenamente alfabetizadas e 38% dos brasileiros com formação superior têm nível insuficiente em leitura e escrita. É o que apontam os resultados do Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf) 2011-2012, pesquisa produzida pelo Instituto Paulo Montenegro e a organização não governamental Ação Educativa.

A pesquisa avalia, de forma amostral, por meio de entrevistas e um teste cognitivo, a capacidade de leitura e compreensão de textos e outras tarefas básicas que dependem do domínio da leitura e escrita. A partir dos resultados, a população é dividida em quatro grupos: analfabetos, alfabetizados em nível rudimentar, alfabetizados em nível básico e plenamente alfabetizados.

Os resultados da última edição do Inaf mostram que apenas 26% da população podem ser consideradas plenamente alfabetizadas – mesmo patamar verificado em 2001, quando o indicador foi calculado pela primeira vez. Os chamados analfabetos funcionais representam 27% e a maior parte (47%) da população apresenta um nível de alfabetização básico.

“Os resultados evidenciam que o Brasil já avançou, principalmente nos níveis iniciais do alfabetismo, mas não conseguiu progressos visíveis no alcance do pleno domínio de habilidades que são hoje condição imprescindível para a inserção plena na sociedade letrada”, aponta o relatório do Inaf 2011-2012.

O estudo também indica que há uma relação entre o nível de alfabetização e a renda das famílias: à medida que a renda cresce, a proporção de alfabetizados em nível rudimentar diminui. Na população com renda familiar superior a cinco salários mínimos, 52% são considerados plenamente alfabetizados. Na outra ponta, entre as famílias que recebem até um salário por mês, apenas 8% atingem o nível pleno de alfabetização.

De acordo com o estudo, a chegada dos mais pobres ao sistema de ensino não foi acompanhada dos devidos investimentos para garantir as condições adequadas de aprendizagem. Com isso, apesar da escolaridade média do brasileiro ter melhorado nos últimos anos, a inclusão no sistema de ensino não representou melhora significativa nos níveis gerais de alfabetização da população.

“O esforço despendido pelos governos e também pela população de se manter por mais tempo na escola básica e buscar o ensino superior não resulta nos ganhos de aprendizagem esperados. Novos estratos sociais chegam às etapas educacionais mais elevadas, mas provavelmente não gozam de condições adequadas para alcançarem os níveis mais altos de alfabetismo, que eram garantidos quando esse nível de ensino era mais elitizado. A busca de uma nova qualidade para a educação escolar em especial nos sistemas públicos de ensino deve ser concomitante ao esforço de ampliação de escala no atendimento para que a escola garanta efetivamente o direito à aprendizagem ”, resume o relatório. A pesquisa envolveu 2 mil pessoas, de 15 a 64 anos, em todas as regiões do país.

Veja quais são os quatro níveis de alfabetização identificados pelo Inaf 2011-2012:

Analfabetos: não conseguem realizar nem mesmo tarefas simples que envolvem a leitura de palavras e frases ainda que uma parcela destes consiga ler números familiares.

Alfabetizados em nível rudimentar: localizam uma informação explícita em textos curtos, leem e escrevem números usuais e realizam operações simples, como manusear dinheiro para o pagamento de pequenas quantias.

Alfabetizados em nível básico: leem e compreendem textos de média extensão, localizam informações mesmo com pequenas inferências, leem números na casa dos milhões, resolvem problemas envolvendo uma sequência simples de operações e têm noção de proporcionalidade.

Alfabetizados em nível pleno: leem textos mais longos, analisam e relacionam suas partes, comparam e avaliam informações, distinguem fato de opinião, realizam inferências e sínteses. Resolvem problemas que exigem maior planejamento e controle, envolvendo percentuais, proporções e cálculo de área, além de interpretar tabelas, mapas e gráficos.

Da Ag. Brasil

Aula de música será obrigatória. A escola de seu filho esta preparada?

Agosto é a data limite para que toda escola (pública ou privada) do Brasil inclua o ensino de música em sua grade curricular. E não é uma exigência de última hora: a Lei com esta obrigatoriedade foi sancionada em 2008.

Será que a escola do seu filho está preparada para ensinar música e, mais ainda, ensinar com qualidade?

A obrigatoriedade é comemorada por especialistas. “A gente só pode ficar contente com a ideia de que milhões de alunos vão ter a possibilidade de, no mínimo, se concentrar e ouvir música em um contexto favorável para que isso seja produtivo”, diz o diretor artístico da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), Arthur Nestrovski.

Arthur leva esta defesa para a prática: a frase foi dita minutos antes de subir no palco na Sala São Paulo, ontem, para encantar uma plateia de professores ao ministrar uma aula-show em companhia do compositor José Miguel Wisnik e mostrar como a bagagem cultural é importante no ato de lecionar.

E você? O que pensa sobre aulas de música na escola? Acha que as escolas estão preparadas?

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