Apae de Joinville (SC) completa 50 anos de atividades com grande programação de eventos

As comemorações do cinquentenário da APAE de Joinville iniciam nesta quarta-feira (1/4) às 20 horas no Teatro Juarez Machado em Joinville (SC), com a solenidade oficial de abertura dos eventos com a apresentação da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil e grupo de dança dos alunos da APAE.

Na ocasião haverá homenagens à fundadora da instituição, Lia Rosa Jardim de Santis, ex-presidentes, apoiadores, voluntários, empresas e doadores parceiros, valorizando a todos que contribuíram para que os serviços de inclusão social, educação, saúde e assistência social à milhares de pessoas com deficiência intelectual e múltipla acontecessem e continuem a acontecer na maior cidade de Santa Catarina.

Para o presidente da APAE, Jailson de Souza, o projeto chega aos 50 anos com o desafio de ampliar ainda mais suas ações. “Dona Lia foi a visionária, uma mulher de fibra que plantou a semente e motivou tudo. Muitas pessoas ajudaram a construir a instituição ao longo destes anos, e os desafios cada vez são maiores. Por isso, ao iniciarmos as comemorações queremos que a comunidade participe ainda mais conosco, visitando a Apae, conhecendo o grande trabalho realizado por profissionais maravilhosos, voluntários, amigos. Temos que ampliar os blocos de salas de aula para atender a demanda e manter a qualidade do trabalho, e para isso precisamos de mais recursos públicos e privados”, salienta Jailson.

A diretoria vai apresentar todo o calendário do ano, que terá pedágio, feijoada, seminários, entre outras atividades que merecem a participação da comunidade. Na solenidade de abertura são esperadas a presença do governador Raimundo Colombo, parlamentares federais e estaduais, além de pais, alunos, familiares, apoiadores e convidados.

A Apae de Joinville foi fundada em 4 de abril de 1965. Hoje atende 420 alunos diariamente, com uma média aproximada de dois mil atendimentos mensais nas mais diversas especialidades: odontologia, neuropediatria, psiquiatria, fonoaudiologia, terapia ocupacional, fisioterapia, psicologia, assistência social e nutrição.

A lista de eventos é a seguinte:

1 de abril – 20 horas – Solenidade dos 50 Anos com Balé Bolshoi e alunos da APAE Joinville – Teatro Juarez Machado

6 de junho – Pedágio da APAE – Ruas em todos os bairros da cidade em favor da instituição, evento do calendário estadual

20 de junho – Festa Junina – Na sede da APAE com música, dança, apresentações e venda de pipoca, guloseimas

11 de julho – Feijoada da APAE – Na sede da APAE com a venda de camisetas que darão direito a uma deliciosa feijoada, com música de Júnio e Júlio, samba e outros

1 a 4 de setembro – Seminário e Capacitação – Local e palestrantes a confirmar, voltado a professores, profissionais da saúde, e outros

11 de setembro – Baile Anos 60 da APAE – Evento será no Clube Sargentos no bairro Atiradores com músicas da época da fundação da instituição

9 de outubro – Rua de Lazer e Ação Comunitária – Na rua da APAE, com atividades lúdicas, esportivas, brincadeiras e serviços sociais

11 de dezembro – Festa de Natal – Também na sede com grande festa, culto religioso e confraternização

As atividades da instituição e toda a programação podem ser acompanhadas via site – http://joinville.apaebrasil.org.br – e sua página no Facebook – https://www.facebook.com/APAEdeJoinville.

Programa de amparo a idoso e deficiente reduz trabalho infantil

O Benefício de Prestação Continuada (BPC), fornecido pelo governo federal a idosos e pessoas com deficiência, levou à redução do trabalho infantil entre as famílias inscritas. O economista Pedro Rodrigues de Oliveira, responsável por um estudo que avaliou os benefícios concedidos entre 2001 e 2008, considera que a medida traz uma série de impactos positivos de longo prazo para a sociedade.

A pesquisa mostrou que o recebimento do BPC faz com que a renda familiar aumente. Com isso, os membros mais novos da família deixam de trabalhar e passam a se dedicar aos estudos. “Quando você tem diminuição do trabalho infantil, você tem um aumento da frequência escolar”, explica Oliveira.

O BPC é um programa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, assegurado por lei, que fornece renda de um salário mínimo (R$ 622) para idosos e pessoas com deficiência e sem condições de manter-se sozinhos, que não recebam outros benefícios previdenciários e cuja renda familiar per capita não ultrapasse o equivalente a 25% do salário mínimo.

O levantamento analisou os dados da Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, e foi desenvolvido no programa de Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba.

Oliveira explicou que, como a pesquisa ainda está em andamento, não é possível dimensionar a mudança em números, mas já se pode afirmar que houve redução significativa do trabalho infantil entre as crianças que vivem em zonas rurais, em razão da incorporação do benefício à renda da família do idoso contemplado. “Os idosos não moravam sozinhos, moravam com seus familiares. E com o aumento da renda houve até casos de familiares que passaram a morar com idosos”, completou.

Dados do governo federal de março deste ano constatam que atualmente há 1,9 milhões de pessoas com deficiência e 1,7 milhões de idosos que recebem o BPC no Brasil.

Rede Brasil Atual

Empresários vão criar rede de busca e recolocação de trabalhador com deficiência

Um grupo de empresários liderados pela Serasa Experian participou nesta quarta-feira (2) de uma discussão sobre como melhorar a inserção dos portadores de deficiência física no mercado de trabalho e para encontrar formas de auxiliar as empresas no cumprimento das cotas mínimas de profissionais deficientes. O assunto foi discutido no 26º Fórum de Empregabilidade de Pessoas com Deficiência, na capital paulista. Representantes de empresas participaram de um grupo de trabalho para criar uma rede nacional de busca e de recolocação de profissionais deficientes.

A gerente de Cidadania Corporativa da Serasa, Andrea dos Santos Regina, explicou que a criação da rede nacional tem o objetivo de fomentar uma nova cultura entre empresas de médio e grande porte para que haja o respeito ao deficiente e para que ele seja inserido no mercado de trabalho com dignidade e reconhecimento.

“Hoje é a primeira reunião para desenharmos a rede em conjunto. As regras e o modo de agir serão definidos em conjunto e a governança será de todos”, disse Andrea.

A gerente informou que apesar da existência de uma lei federal que garanta o emprego dessas pessoas, a medida ainda não é suficiente. Para ela, ainda há grandes desafios, como a atração da pessoa qualificada com deficiência.

“Existe um apagão de talentos em geral e todos sabemos. Achar uma pessoa qualificada com deficiência não é fácil e reter essa pessoa dentro da empresa é outro desafio. A rede se propõe a discutir como tratar esses desafios e trabalhar para que não sigamos apenas cumprindo a cota, mas que sigamos com produtividade para as nossas empresas também”, disse.

Segundo dados do Ministério do Trabalho de 2009, o número de deficientes aumentou 0,7% e a média de cumprimento da Lei das Cotas é 21,4%. Já o número de autos de infração emitidos pelo não cumprimento da lei subiu de 336, em 2005, para 1.167, em 2010, segundo a Secretaria de Inspeção do Trabalho.

A secretária de estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Linamara Rizzo Battistella, disse que se avançou bastante na contratação de deficientes. Cerca de 110 mil trabalhadores nessas condições foram contratados formalmente em cumprimento à Lei de Cotas. Há ainda 30 mil trabalhadores contratados sem vínculo com a política afirmativa.

“Temos procurado criar mecanismos. Por um lado, o mercado está convencido da importância de tratar dessa questão da diversidade humana de maneira séria. Por outro lado, o governo tem procurado soluções de capacitação para essas pessoas”, informou Linamara.

A secretária do estado avaliou que a carência de profissionais deficientes capacitados é um mito. Segundo ela, cabe ao sistema de ensino parte da capacitação, mas a empresa também é responsável por fornecer ferramentas ao funcionário para que ele se especialize ainda mais. “Você aprende a executar sua tarefa no desenvolvimento dela. Ninguém te ensina a ser um bom operador de telemarketing. Você aprende a mexer no equipamento, mas o trabalho você aprende na prática.”

A professora de educação física Carolina Ignarra sofreu um acidente em 2001, um ano depois de ter se formado. No período, ela dava aulas de ginástica laboral em uma empresa. Três meses depois do acidente, ela voltou ao trabalho montando as aulas para outros professores aplicarem. “Depois comecei a trabalhar com inclusão e hoje tenho uma consultoria que trabalha com a disseminação de cultura inclusiva para a contratação de pessoas com deficiência”, disse Carolina.

A professora contou que sua volta ao trabalho depois do acidente que a deixou paraplégica foi tranquila, pois a empresa acreditou em sua capacidade antes mesmo de ela perceber seus talentos. “Minha diretora dizia que eu era a mesma pessoa, mas em outra condição. Minha volta foi gradativa, conforme fui ficando independente fui assumindo outros projetos”, disse.

Segundo Carolina, a condição em que a pessoa está não é o mais importante, mas, sim, a vontade de se qualificar, pois as dificuldades existem para todos e a falta de qualificação está presente em todos os âmbitos. “A maioria dos brasileiros com ou sem deficiência tem dificuldade de acesso à escola. Acontece que quando a empresa tem de contratar aqueles 5% [deficientes], percebe mais. A maioria das pessoas que tem faculdade não está nas faculdades de ponta. Quando falamos de pessoas com deficiência desqualificadas estamos falando de um Brasil desqualificado. A pessoa com deficiência também tem de ir atrás. É difícil, mas tem muita gente com deficiência que conseguiu.”

Do Observatório Social

Área automotiva admite mais deficientes

O setor automotivo é a área da indústria que mais recruta pessoas com deficiência no Estado. Entre as empresas com mais 100 funcionários, o segmento absorveu 18,3% dos deficientes em 2010. Em segundo lugar, aparece o segmento de alimentos e bebidas (11,5%). 

É o que aponta novo estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, que mostra ainda as características que mais predominam por setor. 

Na área de veículos, o que predomina são as deficiências auditiva (43%) e física (31%). Já no ramo alimentício, há uma inversão na ordem: o deficiente físico lidera (48%), seguido pelo auditivo (31%). Esse também é o segmento que mais contratou deficientes mentais (8%). 

Em relação às funções desempenhadas, o estudo, de forma geral, aponta maior número de pessoas com deficiência em três tipos de ocupações: alimentadores de linhas de produção; auxiliares administrativos e preparadores e operadores de máquinas-ferramentas convencionais. Essas três famílias de funções representam 26% do total empregado. 

Facilidade
O estudo da Fiesp aponta ainda que pessoas com deficiência física e auditiva têm tido mais facilidade de arrumar emprego em empresas do setor industrial. Em ambos os casos, as fabricantes veem mais facilidade nas adaptações para acessibilidade, em relação a outras categorias. 

Ainda de acordo com o levantamento, o principal destaque é o deficiente físico, cuja absorção pelas fabricantes segue em ritmo crescente desde 2008, apesar de outros, como o visual e o mental, também tenham tido a contratação ampliada nos últimos três anos nas fabricantes. 

Um ponto importante para entender as características do mercado de trabalho para as pessoas com deficiência é a análise do nível de escolaridade, que também têm evoluído. 

Capacitação
A entidade considera que a falta de capacitação tem sido ainda um dos entraves para a inclusão no mercado, já que algumas vagas exigem qualificação específica. 

Com isso, o candidato ao posto de trabalho precisa ter, ao menos, o ensino fundamental completo para acompanhar disciplinas de um curso de formação. 

Entre 2008 e 2010, entretanto, ocorreu um aumento de contratações de deficientes com Ensino Médio completo. Isso mostra, segundo a Fiesp, um aumento no nível de escolaridade da pessoa com deficiência empregada pela indústria.

Do Diário do Grande ABC

Saúde da pessoa com deficiência terá R$ 1,4 bilhão

O Ministério da Saúde é um dos 15 órgãos envolvidos nas ações do Viver Sem Limite – Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, lançado nesta quinta-feira (17) pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.

O programa, coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos, visa a atender os cerca de 45 milhões de brasileiros – 23,9% da população – que possuem algum tipo de deficiência.“É preciso que olhemos para as pessoas com deficiência de outro modo, fortalecendo o seu protagonismo, promovendo a sua autonomia e eliminando barreiras”, disse, emocionada, a presidenta Dilma.

Por meio de ações estratégicas em educação, saúde, inclusão social e acessibilidade, o Plano tem o objetivo de promover a cidadania e o fortalecimento da participação da pessoa com deficiência na sociedade, promovendo sua autonomia, eliminando barreiras e permitindo o acesso e o usufruto, em bases iguais, aos bens e serviços disponíveis a toda a população.

Para garantir o cumprimento eficaz das propostas, o ministro Alexandre Padilha assinou ontem portaria que institui o Comitê Nacional de Assessoramento e Apoio às Ações de Saúde do Plano Nacional para Pessoas com Deficiência. A portaria foi publicada hoje no Diário Oficial da União.

Com investimento de R$ 1,4 bilhão, de um total de R$ 7,6 bilhões, o eixo da saúde ampliará ações de prevenção às deficiências, criação de um sistema nacional para o monitoramento e a busca ativa da triagem neonatal, com um maior número de exames no Teste do Pezinho.

O ministério também está estruturando a Rede de Atenção à Saúde Pessoa com DeficiênciaSUS, que será um conjunto de serviços, ações e estratégias de saúde com o objetivo de garantir a assistência integral a toda população que necessita deste tipo de atendimento.

“Pela primeira vez uma rede desse porte é estruturada. Queremos que todos os estados tenham um centro de referência com os quatro atendimentos específicos (visual, física, intelectual e auditiva) para as pessoas com deficiência. Por isso, fizemos parceria com os centros de excelência e reabilitação”, afirmou o ministro Padilha.

A rede de reabilitação do SUS é composta por diversos serviços especializados em deficiência física, visual, auditiva e intelectual, oficinas ortopédicas, unidades básicas de saúde e hospitais, voltados para o enfrentamento de problemas das pessoas com deficiência.

Dentro dessa rede, estão os Centros Especializados de Reabilitação (CER), que serão implantados a partir de 2012. Os CERs são serviços que agregam tecnologia para atender às várias modalidades de cuidado específicas para os diferentes tipos de deficiência, com qualidade e efetividade no cuidado.

Até 2012, está prevista a criação de 45 novos CER, bem como a qualificação dos serviços já existentes. Para facilitar o acesso da pessoa com deficiência aos locais de reabilitação, serão distribuídos 88 veículos adaptados para o transporte de pessoas com deficiência.

Do valor investido pelo Ministério da Saúde, R$ 949 milhões serão destinados ao fornecimento de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção, procedimentos de manutenção e materiais especiais.O valor será investido no período de 2012 e 2014.

Inédito no SUS, o investimento na manutenção das órteses e próteses permitirá aos usuários constante conservação do material. Além disso, o ministério promoverá, a cada dois anos, a atualização da lista de itens oferecidos para evitar sua defasagem do material oferecido.

Cadeiras de rodas –Visando a melhor qualidade de vida dos mais de 75 mil cadeirantes no Brasil, o Ministério da Saúde pretende adaptar as cadeiras de rodas dos mais de 75 mil brasileiros a partir do ano que vem. A medida terá um investimento de R$ 42,5 milhões.

O Ministério da Saúde e a AACD, por meio de parceria e cooperação técnica, realizam a concessão e adaptação de cadeira de rodas a 3.891 pessoas que hoje estão em fila de espera da instituição. Destas, 3.736 terão adaptação convencional e 155, adaptação digital. Isto significa um investimento de aproximadamente R$ 5 milhões ainda neste ano.

As cadeiras adaptadas auxiliam na manutenção da postura desses pacientes, minimizando o estresse ósseo e dos tecidos moles, garantindo maior conforto pela maior distribuição da área de contato. Corrigindo a postura, previnem-se deformidades, contraturas, lesões de pele (como as úlceras de decúbito). Há melhora também nas condições de acessibilidade, transporte e mobilidade dos deficientes, de forma dependente ou independente.

Haverá ainda expressivo fortalecimento das ações de habilitação e reabilitação, atendimento odontológico, ampliação das redes de produção e acesso a órtese e prótese. Também terão reforço as ações clínicas e terapêuticas, com a elaboração e publicação de protocolos e diretrizes de várias patologias associadas à deficiência.

Comitê – O Comitê Nacional de Assessoramento e Apoio às Ações de Saúde do Plano Nacional de para Pessoas com Deficiência estabelecerá os padrões de qualidade dos serviços, definirá os critérios de organização e  funcionamento, apoiará sua qualificação e a capacitação de seus profissionais. O Comitê será formado por representantes das secretarias do Ministério da Saúde, seus órgãos vinculados, além de instituições em excelência.

Fonte: Ministério da Saúde

Deficientes terão vagas exclusivas no Pronatec

As pessoas com deficiência terão uma cota de 5% de vagas garantidas no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, o Pronatec, criado este ano pela presidenta Dilma Roussef para aumentar o número de vagas de cursos técnicos e profissionalizantes no País.

A inclusão no Pronatec foi um pedido da presidenta. O programa terá bolsas exclusivas para pessoas com deficiência.

“Serão aproximadamente 300 mil vagas de qualificação profissional, permitindo a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho”, afirmou o Secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa, Antônio José Ferreira, que visitou o Sindicato na semana passada.

Antônio fez um balanço das ações da Secretaria, que completou um ano de existência no início deste mês e é responsável pela articulação e corrdenação das políticas públicas voltadas para as pessoas com deficiência.

Ele comentou que o grande avanço foi incluir a temática dos direitos da pessoa com deficência na pauta política. “Instalamos o debate para começar a audiodescrição na televisão e estamos fazendo o acompanhamento do acesso e permanência na escola das crianças e adolescentes com deficiência nas escolas.

O secretário também destacou a publicação de um livro e um dvd intitulados História do Movimento Político da Pessoa com Deficiência.

SMABC

Pessoas com deficiência conquistam mais empregos

Ações de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) incluíram no mercado de trabalho 143.631 pessoas com deficiência desde 2005. Balanço divulgado pela Secretaria de Inspeção do Trabalho do MTE mostra ainda que o número de inserções tem aumentado ano a ano: em 2005, foram 12.786 pessoas, saltando para 28.752 ao final de 2010. O número representa um aumento de 124,8% em 5 anos.

Nos três primeiros meses de 2011, 7.508 pessoas com algum tipo de deficiência foram inseridas no mercado de trabalho formal, um crescimento de 40,7% em relação ao primeiro trimestre de 2010, quando foram incluídos 5.338 trabalhadores.

A inclusão dessas pessoas está amparada na Lei 8.213/91 (Lei de Cotas), que determina que as empresas que possuam a partir de 100 empregados devem cumprir uma cota, proporcional ao seu tamanho, com cargos para trabalhadores reabilitados ou pessoas com deficiência. Dessa forma, empresas com até 200 empregados devem reservar 2% de seu quadro para atender à Lei. De 201 a 500 trabalhadores, 3%. De 501 a mil funcionários, 4%. De 1.001 em diante, 5%.

No Brasil, as convenções internacionais 159/83 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de Deficiência estão ratificadas. As duas normas tratam da garantia de emprego adequado e da possibilidade de integração ou reintegração das pessoas com deficiência na sociedade. Quem as ratifica, deve formular e aplicar política nacional para a readaptação profissional e de emprego para esses trabalhadores.

No Brasil, são mais de 24,6 milhões de pessoas com deficiência, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Constituição Federal de 1988, proíbe a discriminação de pessoas com deficiência no que diz respeito a salário e critérios de admissão.

Os postos do Sistema Nacional de Empregos (Sine) mantêm cadastro de candidatos com deficiência para inserção no mercado de trabalho. As escolas e entidades representativas das pessoas com deficiência também dispõem de cadastros de seus associados.

O que diz a lei
De acordo com a legislação, a deficiência é toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano. A deficiência permanente é aquela que ocorreu ou se estabilizou durante um período de tempo suficiente para não permitir recuperação ou ter probabilidade de que se altere, apesar de novos tratamentos.

Já a incapacidade é uma redução efetiva e acentuada da capacidade de integração social, com necessidade de equipamentos, adaptações, meios ou recursos especiais para que a pessoa com deficiência possa receber ou transmitir informações necessárias ao seu bem-estar e ao desempenho de função ou atividade a ser exercida.

SMABC