Acharam o Queiroz. Onde? Em uma casa de um dos advogados do “presidente” da República, Jair Bolsonaro. Emblemático que tenha sido descoberto e preso em Atibaia (SP), mesma cidade onde fica o sítio do Lula que não é dele, segundo a Operação Lava Jato. E agora Jair? A casa ruiu, o mito sumiu, e o Brasil também. Desde o dia 1 de janeiro de 2019 o país está sem comando, sem presidente, sem ministério decente. Estamos à deriva.
A prisão do Queiroz colocou definitivamente em xeque as desculpas dadas por Bolsonaro para a grana na conta da primeira dama, nas contas do 01 Flavio. A rachadinha existiu, a lavagem de dinheiro também. A cada passo da investigação do MP do RJ, mais o mito de esvai em meio a mentiras, e a verdade se aproxima para iluminar o lado obscuro da familícia, como é chamada a família Bolsonaro por aí. Estamos à deriva porque o presidente só governa a crise que ele mesmo criou, buscando escapar das investigações e em proteger seus filhos, e claro as ligações perigosas com a milícia carioca.
As investigações seguirão, mas o que já vimos nos documentos que apareceram dizem que a fedentina só fará aumentar. Tapem os narizes brasileiros, e não coloquem grampos nas narinas bolsonaristas. O mito jamais existiu. Ele nunca pretendeu combater a corrupção. E o triste desfecho de um erro eleitoral do povo brasileiro – é da democracia – é um país sem rumo, com uma pandemia que dizima cidadãos brasileiros todos os dias pela saúde, e também na economia, pois ceifa empresas, empregos e renda.
Se não temos presidente, não teremos mais de fato após o Queiroz preso. Mas temos ainda um inepto ministro da Economia, Paulo Guedes, que insiste em soprar balões de ensaio nas previsões. “Vamos voar depois da pandemia”, “estaremos logo em melhor condição”. Tudo bravata vazia. Guedes é um vendedor de sonhos sem a menor credibilidade. Todas as suas ações e previsões não resultaram em melhorias, mas sim em derrocada cada vez maior da economia, do PIB, do futuro do Brasil.
Estamos sem ministro da Saúde há mais de um mês. Na educação não tivemos ministro desde o início do Governo em 2019, porque Weintraub não se conta. E presidente, também não temos, pois só governa a crise que ronda a sua família, nega a pandemia, não se compadece com os mortos e os seus familiares que choram. Abandona seu povo à própria sorte, e sequer tem a sensibilidade de continuar a manter as migalhas do auxilio emergencial para que milhões pelo menos não saiam a saquear para comer e sobreviver.
Uma lástima. Uma vergonha. Que o STF siga investigando para chegarmos a verdade sobre os comandantes das fake news e seus patrocinadores da iniciativa privada. Que sejam denunciados e julgados na forma da lei. O Congresso Nacional precisa agir em nome do futuro do que resta no país, finalizando a CPI das fake news, abrindo as novas CPIs se necessário, e ajudar a sanear a política, que de fato move a economia. Se seguirem entrando, alguns partidos do tal centrão, no jogo de cargos e emendas promovidos por Bolsonaro, também serão jogados no mesmo lugar que o mito. Na lixeira da história.
Talvez poucos saibam, ou não lembrem por não gostar de política e não acompanhar o setor, mas o PMDB, este que acaba de anunciar não mais pertencer ao governo Dilma do PT, mas que tem o vice-Presidente, sete ministérios, centenas de cargos federais, comanda a Câmara dos Deputados com o ilibado Eduardo Cunha, o Senado Federal com outro impoluto, Renan Calheiros, esteve presente em todos os governos desde 1985 com José Sarney, depois Itamar Franco, FHC, Lula (dois) e Dilma (dois).
O atual PMDB tomou o lugar do DEM (ex-PFL) que tinha o lema “hágoverno, estou dentro” há muitos anos. Agora busca posar de salvador da pátria ao ver que as investigações chegam cada vez mais na cúpula, e organizam novamente a volta da união do trio PMDB/PSDB/DEM para “tirar o país da crise”… piada de mau gosto.
Há cheiro de união para salvação de mandatos, mau cheiro de preocupação de onde pode chegar a Lava Jato que derruba o cinquentenário sistema de financiamento da política nacional. Há também um indisfarçado desejo de entregar o país aos interesses estrangeiros do petróleo, pois o nosso pré-sal é algo único.
Com o mantra de “dar um novo rumo ao país”, na lógica neoliberal que o brasileiro conheceu bem entre 1994/2002 quando só faltou vender a Petrobras, o PMDB, sempre ele, quer continuar a mandar… mas com parceiros mais… confiáveis?
Creio que alguns grandes exemplos que o PMDB pode dar ao país são os seguintes:
– Michel Temer, que foi eleito com Dilma na chapa PT/PMDB deve renunciar ao mandato
– Renan Calheiros, renunciar ao comando do Senado Federal
– Eduardo Cunha, este probo deputado peemedebista, deveria não só renunciar ao comando da Câmara como ao mandato, denunciado que já é no STF por no mínimo, lavagem de dinheiro.
Essa sim seria um demonstração de alta grandeza, de amor ao país e de seriedade na política. Aí sim daria para tentar crer que o PMDB quer o bem do país… Não dá para esconder que o PMDB sempre esteve com as mãos em todos os governos, ministérios, cargos, nos rumos políticos do país.
Essa hipocrisia dos líderes do partido tem de ser desmascarada. O que se vê nos últimos atos do partido é outra coisa, e que pode jogar o país a um passado nada saudoso, um tempo que nos deixou na escuridão por longos 21 anos.
Assista o meu comentário sobre o tema na TV Palavra Livre, programete “Com a Palavra” que passo a fazer a partir desta semana com produção da TV Babitonga Canal 9 da NET em Joinville (SC) durante a sua programação. Clique aqui para assistir.
* Por Salvador Neto, jornalista, editor do Blog Palavra Livre
Ao todo, cerca de 300 políticos brasileiros de 18 partidos políticos constam na lista que a Polícia Federal (PF) encontrou, na busca e apreensão realizada nos escritórios da empreiteira Odebrecht, como receptadores de propina distribuída pela maior empreiteira nacional.
Diante da disposição dos executivos da empresa, de firmar delação premiada perante a Justiça Federal, o ambiente na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira — antevéspera do feriadão de Páscoa — era tenso.
Nos corredores, os semblantes refletiam a última notícia corrente, resumida numa frase dita entre os dentes, na qual palavras como ‘fim do mundo’, ‘terra arrasada’, ‘encerramento da República’ podiam ser ouvidas em tons bem discretos.
Segundo experiente assessor parlamentar, em conversa com a reportagem do Correio do Brasil, “o panorama da Casa tende a mudar, radicalmente, a partir da delação premiada de Marcelo Odebrecht”. — Ele sabe tudo sobre os governos de FHC, Lula e Dilma — acrescentou.
Para o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), que leu o nome do presidente de seu partido, Roberto Freire, na lista dos beneficiários de doações da empreiteira envolvida no escândalo investigado pela Operação Lava Jato, a “taxa de instabilidade política” aumentou exponencialmente, nas últimas horas.
Jungmann lembrou, em conversa com jornalistas, nesta manhã, que no caso do impeachment do atual senador Fernando Collor de Mello (PR-AL), em 1992, a estabilidade política foi assegurada pouco depois, cenário sobre o qual não há a menor garantia de que se repita, doravante, diante da dimensão que o caso acaba de ganhar.
— Em eventual governo Temer, há algo que está de fora do controle da política, que é a Operação Lava Jato — disse, ainda acreditando que haverá o impedimento da presidenta Dilma.
Em nota oficial, a empreiteira Odebrecht confirma a existência de “um sistema ilegal e ilegítimo de financiamento do sistema partidário-eleitoral do país”.
Lista da Odebrecht Da lista localizada pela Polícia Federal, em poder da Odebrecht, constam nomes exponenciais como o do ex-presidente José Sarney (gravado com o codinome ‘Escritor’), do ex-governador do Estado do Rio de Janeiro Sergio Cabral (Proximus), do prefeito do Rio, Eduardo Paes (Nervosinho), do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (Carangueijo), do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, Jorge Picciani (Grego), e do senador Romero Jucá (PMDB-RR), grafado como ‘Cacique’.
Todos, agora, passam a constar dos autos da PF, no âmbito da Lava Jato. Ao todo, são cerca de menos 200 parlamentares e chefes do executivo de partidos diversos que vão do PCdoB ao PSDB. De pronto, é possível constatar que muitos dos nomes daqueles que pedem o impeachment da presidenta foram citados na lista.
Mas o da presidenta Dilma, não aparece. Ressalta-se que a lista não distingue quem recebeu recursos legalmente, com declaração feita ao TSE, e quem recebeu via caixa 2 – com isso podem ocorrer injustiças – pedimos cautela na análise. Ao todo são 18 partidos políticos.
A lista não distingue doação legal de campanha, que foi declarada ao TSE ou TRE, das distribuições ilegais – via caixa dois.
Ela não foi ainda transformada em documento para a Delação Premiada porque, segundo revela a colunista de política Tereza Cruvinel, do site 247, ela conteria nomes além do PT.
Com isso, revela, o processo que pretende excluir Lula das próximas eleições presidenciais estaria naufragado. Os documentos apreendidos pelas quatro equipes de investigadores da PF estavam em dois endereços ligados a Benedicto Barbosa Jr. no Rio de Janeiro, nos bairros do Leblon e de Copacabana.
Além das tabelas, há dezenas de bilhetes manuscritos, comprovantes bancários e textos impressos. Alguns dos bilhetes fazem menção a obras públicas, como a Linha 3 do Metrô do Rio. Nomes e codinomes são usados na lista. Eduardo Cunha (presidente da Câmara Federal) seria o “caranguejo”.
Jacques Wagner, o “Passivo”. Já a deputada estadual Manuela D’Ávila (PCdoB) é chamada de “avião”. Outro nome conhecido é de Paulinho da Força que disse estar arrecadando recursos para iniciar uma ampla campanha pelo impeachment de Dilma.
Leia, aqui, a lista completa, com o discernimento que nem todos os nomes citados estão envolvidos na distribuição de propina. Alguns receberam doações legais.
O publicitário Marcos Valério, apontado como o operador financeiro do esquema do mensalão, tinha acesso direto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e até o visitava na Granja do Torto em fins de semana durante o governo do petista. Quem afirma isso é o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), em seu acordo de delação premiada firmado com a Procuradoria-Geral da República e homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki nessa segunda-feira (14/3).
Em 2005, Lula negou conhecer o esquema que foi julgado na Ação Penal 470 e se disse “traído” por seus colegas de partido. Valério também garantiu que não lidava diretamente com o então presidente, e disse que, em sua opinião, ele não sabia do crime.
Na reta final do julgamento da AP 470 pelo Supremo Tribunal Federal, no entanto, o publicitário relatou à Procuradoria-Geral da República que Lula se beneficiou do mensalão para o pagamento de despesas pessoais e autorizou os empréstimos para a compra dos votos de parlamentares. As informações foram oferecidas em troca de benefícios penais. Mas o caso não foi para a frente, e Valério foi condenado a 37 anos de reclusão.
De acordo com Delcídio, a tentativa de delação premiada do publicitário tinha fundamento. Em 2005 e 2006, o senador foi presidente da CPI dos Correios, que investigou o esquema do mensalão. Nesse período, diz ele, Valério pediu uma conversada reservada com o senador petista. Eles se encontraram tarde da noite no apartamento de uma secretária do Senado.
Lá, Delcídio conta que ouviu do operador que sua mulher tinha tentado se matar, que seus filhos estavam fora da escola, e que queria apenas que o PT lhe pagasse o que devia, valor que chegaria a R$ 220 milhões. Se isso não fosse feito, a situação, que já era ruim, iria ficar “pior ainda”, ameaçou.
Após o presidente da CPI questionar se Valério já havia falado sobre esse assunto com alguém, o publicitário assentiu, e contou que o PT havia enviado Paulo Okamotto, atual presidente do Instituto Lula, a Belo Horizonte para tratar disso.
Segundo o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, a acusação de que Valério tratava diretamente com Lula é um absurdo. “Tanto é que o próprio Ministério Público Federal no Distrito Federal opinou pelo arquivamento do inquérito aberto em 2013 para investigar as declarações de Valério [de que Lula teria se beneficiado do mensalão e comandaria o esquema]”, lembra. Martins aponta ainda que a delação não serve como prova, mas “apenas uma declaração unilateral de uma pessoa que está em situação de submissão”. A defesa de Lula diz que não é possível dar credibilidade a tais informações.
A análise que tem sido feita nos bastidores é que, provavelmente no afã de comprar sua liberdade, Delcídio, em grande parte de sua delação, reproduziu supostos fatos publicados pela imprensa — ainda que parte deles possa ter sido difundida, em off, pelo próprio senador. O depoimento traz poucos fatos específicos. Em sua maioria, insinua ou faz suposições a respeito do papel de protagonistas da operação “lava jato” e do mensalão.
Quem acompanha o caso aponta como exemplo da fragilidade das afirmações de Delcídio o episódio em torno de uma anotação encontrada na casa do chefe de gabinete do senador. O caso teve enorme repercussão na imprensa. O texto, rascunho de uma nota para a imprensa, dizia que “em troca de uma emenda à Medida Provisória número 608, o BTG Pactual, proprietário da massa falida do banco Bamerindus, o qual estava interessado em utilizar os créditos fiscais de tal massa, pagou ao deputado federal Eduardo Cunha a quantia de R$ 45 milhões”. A anotação afirmava ainda que “esse valor também possuía como destinatário outros parlamentares do PMDB. Depois que tudo deu certo, Milton Lyra fez um jantar pra festejar. No encontro tínhamos as seguintes pessoas: Eduardo Cunha, Milton Lira, Ricardo Fonseca e André Esteves”. O fato é que a emenda nunca existiu e o jantar foi uma fantasia. Nunca aconteceu. A anotação, que serviu para centenas de notícias, sequer foi citada na denúncia contra André Esteves.
O senador também contou que Marcos Valério tinha um conhecimento profundo do funcionamento do governo, e que, na época, já sabia de um esquema de Furnas para comprar a sonda Vitória 10000, para ser operada pelo Grupo Schahin. Na visão do delator, isso mostrava que ele tinha um “trânsito violento” e era “avalizado” pelo governo. A informação não é nova. O próprio publicitário informou do fato em 2007 e a notícia repetida milhares de vezes desde então.
Para ter tanto conhecimento, o publicitário teria contato com altos dirigentes do PT, transitava junto a ministros e, em algumas situações, ficava claro que tinha acesso ao próprio presidente Lula, concluiu Delcídio do Amaral.
Algo que fortaleceu essa convicção foi uma frase que José Dirceu — que deixou a Casa Civil e a Câmara dos Deputados durante o escândalo —, conforme o senador, repetia sistematicamente: “Quebra o sigilo lá que vão ver quem passa o domingo na Granja do Torto”. Aos olhos de Delcídio, isso demonstrava que Marcos Valério frequentava a residência oficial da presidência.
Depois dessa conversa, o parlamentar de Mato Grosso do Sul pediu para encontrar Lula reservadamente. Frente ao presidente, ele disse que se encontrara com Valério e Okamotto. Em seguida, destacou que “quando se assume um compromisso, este tem que ser cumprido ou negociado”, e deixou claro que “se as coisas não andarem, o quadro que está ruim vai ficar pior ainda”.
Lula ficou “mal” com essas afirmações, disse Delcídio. Nos dias seguintes, recebeu ligações dos então ministros da Fazenda e da Justiça, respectivamente, Antônio Palocci e Márcio Thomaz Bastos, nos quais eles passaram o recado para o presidente da CPI dos Correios ficar fora do caso.
O assunto então “sumiu do radar” do senador. Segundo ele, em 2008 houve relatos de que Marcos Valério estavam recebendo valores em contas no exterior. Contudo, ele diz que não tem certeza se os R$ 220 milhões foram pagos, pois ouviu que “apenas” R$ 110 milhões tinham sido repassados ao publicitário. Delcídio ainda disse acreditar que as empreiteiras envolvidas na operação “lava jato” fizeram tais transferências.
Busca de vingança
O advogado de Paulo Okamotto, Fernando Augusto Fernandes, sócio do Fernando Fernandes Advogados, disse que Delcídio do Amaral está tentando se vingar do PT e criticou o peso dado às delações premiadas.
“A delação de Delcídio está calcada em uma tentativa de vingar-se do PT pela posição de manterem a prisão do senador decretada pelo Supremo. Quando vulgariza-se a delação premiada como grande barganha para redenção, a consequência é a mentira”, afirmou.
Via assessoria de imprensa, o BTG Pactual aponta que as medidas provisórias 668 e 681 não tratam do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS) “nem beneficiam a atividade específica do BTG Pactual”.
Mais acusações
Lula também foi acusado por Delcídio de ordenar a ele que tentasse convencer o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró de não implicar o fazendeiro José Carlos Bumlai em acordo de delação premiada.
Além disso, o senador disse que o ex-presidente agiu na operação zelotes para evitar a convocação do casal Mauro Marcondes e Cristina Mautoni para depor. A razão seria que o fundador do PT estaria com medo de que eles revelassem repasses irregulares à empresa de seu filho e confirmassem repasses para o governo aprovar a Medida Provisória 471/2009, que beneficiou o setor automobilístico.
Delcídio ainda garantiu que Lula sabia de tudo o que se passava em seu governo, e que participou das indicações para a Petrobras de Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró, Renato Duque e Jorge Zelada, posteriormente condenados na operação “lava jato”.
Já Dilma Rousseff, conforme o delator, tentou por três vezes interferir na “lava jato” com a ajuda do ex-ministro da Justiça e atual advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. Em uma delas, a presidente teria tido uma reunião com Cardozo e com o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, em Portugal, para pedir uma mudança nos rumos da “lava jato”. Contudo, o encontro teria sido um fracasso — e o ministro do Supremo teria se negado a participar do esquema.
Outra ação de Dilma seria a tentativa de indicar para o Superior Tribunal de Justiça o presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Nelson Schaefer, para votar pela libertação dos acusados Marcelo Odebrecht (presidente do grupo Odebrecht) e Otávio Azevedo (ex-presidente da Andrade Gutierrez).
A terceira iniciativa citada pela revista teria sido indicar Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça com a intenção de que aceitasse os recursos de empreiteiros presos na operação. Navarro, no entanto, deixou a relatoria dos processos da “lava jato” na corte.
Mais uma acusação direta ao governo é a de que o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ofereceu ajuda financeira para que Delcídio não procurasse a PGR para firmar acordo de colaboração premiada. A oferta foi gravada pelo assessor do senador Eduardo Marzagão, que se encontrou três vezes com o ministro.
Em entrevista coletiva na tarde desta terça (15/3), Mercadante garantiu que não tentou influenciar no andamento das investigações e disse que agiu por solidariedade pessoal, e não em nome do governo. Mesmo assim, Dilma repudiou essa iniciativa e deixou claro que não tem sabia dos atos do ministro.
Convocação para depor
Devido às acusações do acordo de delação, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) irá apresentar nessa quarta-feira (16/3) requerimento para que Delcídio preste depoimento ao Conselho de Ética da casa.
“A presença de Delcídio Amaral no Conselho de Ética dará ao senador a oportunidade esclarecer ao Brasil, pessoalmente, ao vivo, o conteúdo das graves acusações que faz em sua delação a figuras importantes do Palácio do Planalto e a membros destacados do próprio Congresso Nacional”, explicou Randolfe.
Se o pedido for aprovado, o petista será obrigado a comparecer à sessão, conforme o Regimento Interno do Senado. Também na quarta, os parlamentares devem decidir se abrem o procedimento de perda de mandato de Delcídio.
Rol de autoridades
Nos depoimentos da colaboração premiada, Delcídio do Amaral acusou 37 políticos de irregularidades, como ações para obstruir a Justiça, indicações de diretores de empresas estatais visando benefícios e participação em esquemas de corrupção.
Veja abaixo a lista dos acusados:
Autoridades acusadas de irregularidades pelo senador Delcídio do Amaral
Nome e partido
Cargo:
Aécio Neves (PSDB)
Senador (MG)
Alfredo Nascimento (PR)
Ex-ministro dos Transportes
Andre Puccinelli (PMDB)
Ex-governador do Mato Grosso do Sul
Antonio Carlos Magalhaes (PFL)
Ex-senador (BA) (morto em 2007)
Antônio Carlos Palocci (PT)
Ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil
Clésio Andrade (PMDB)
Ex-senador (MG)
Dilma Rousseff (PT)
Presidente da República
Edinho Silva (PT)
Ministro da Secretaria de Comunicação Social
Edison Lobão (PMDB)
Senador (MA) e ex-ministro de Minas e Energia
Edson Giroto(PMDB)
Ex-secretário de Obras Públicas e Transportes do Mato Grosso do Sul
Eduardo Campos (PSB)
Ex-governador de Pernambuco e ex-ministro de Ciência e Tecnologia (morto em 2014)
Eduardo Cunha (PMDB)
Presidente da Câmara dos Deputados (RJ)
Erenice Guerra (PT)
Ex-ministra da Casa Civil
Eunício Oliveira (PMDB)
Senador (CE)
Francisco Falcão
Presidente do Superior Tribunal de Justiça
Fernando Francisehini (SD)
Deputado federal (PR)
Gim Argello (PTB)
Ex-senador (DF)
Gleisi Hoffmann (PT)
Senadora (PR)
Humberto Costa (PT)
Senador (PE)
Jader Barbalho (PMDB)
Senador (PA)
José de Filippi Júnior (PT)
Ssecretário de Saúde da cidade de São Paulo
José Dirceu (PT)
Ex-ministro da Casa Civil
José Eduardo Cardozo (PT)
Ex-ministro da Justiça e atual advogado-geral da União
José Janene (PP)
Ex-deputado federal (morto em 2010)
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Ex-presidente da República
Marcelo Navarro
Ministro do Superior Tribunal de Justiça
Márcio Thomaz Bastos
Ex-ministro da Justiça (morto em 2014)
Marco Maia (PT)
Deputado federal (RS)
Michel Temer (PMDB)
Vice-presidente da República
Pedro Malan
Ex-ministro da Fazenda
Renan Calheiros (PMDB)
Presidente do Senado (AL)
Rodolpho Tourinho (DEM)
Ex-ministro de Minas e Energia
Romero Jucá (PMDB)
Senador (RR)
Silas Rondeau (PMDB)
Ex-ministro de Minas e Energia
Valdir Raupp (PMDB)
Senador (RO)
Vital do Rêgo (PMDB)
Ministro do Tribunal de Contas da União e ex-senador (PB)
Zeca do PT (PT)
Deputado federal (MS)
Clique aqui para ler a íntegra do acordo de delação premiada.
Aqui em Brasília os fatos se sucedem aos borbotões, afinal é o centro do poder nacional. Ou há notícias da Câmara dos Deputados, ou do Senado Federal, ministérios, autarquias, STF, STJ, Polícia Federal. Mas hoje decidi investir o tempo em ouvir grandes cabeças pensantes do país em um seminário intitulado “Dialogar para Liderar”, realizado pelo Correio Braziliense e Aberje, com apoio da ESPM e Aba e patrocínio da Petrobras.
Em meus textos anteriores, seja aqui no Palavra Livre, ou no Chuva Ácida, já abordei o tema da falta de líderes capazes de fazer a sociedade sonhar e acreditar que há possibilidades de avanços do Brasil. Já disse também que a falta de diálogo entre oposição e governo, e até da sociedade que se vê envolta em uma bagunça opinativa e informativa (?) disparada por ambos os lados.
Por tudo isso, resolvi ouvir esses seres pensantes sobre um tema que é urgente ao país: a falta do diálogo, de líderes, e o que isso representa para todos nós.
Durante a manhã ouvi atentamente a fala do ministro da Comunicação Social do Governo Federal, Edinho Silva, que abriu o evento, e o filósofo Adriano Machado Ribeiro, que debateu o tema Dialogar para Liderar com Eugenio Bucci (USP), Daniel Mangabeira (Uber), Virgina Galvez (Senado), com mediação de Caio Túlio Costa, que aliás mediou todas as mesas de debates.
Na parte da tarde, com o tema Comunicação e os desafios do presente, falaram Paulo Marinho do Itaú, tendo como debatedores Rubens Naves, advogado, e Marcelo D’Angelo da Camargo Correa. E fechando muito bem, o tema Brasil e Democracia – Novos paradigmas para o diálogo e liderança, comandado por nada mais nada menos que Renato Janine Ribeiro, ex-ministro da Educação, filósofo, com currículo invejável.
Em resumo, o que vi e ouvi foi que:
– passamos pelo pior momento de intolerância que o país já viu, na política, no tema racial, religioso, o que é grave
– que a solução da crise econômica passa pela política, sem o que não superaremos os conflitos, e o autoritarismo…
– há um abismo entre o que pensam e fazem os representantes (políticos, governantes) e os representados, fato
– só o diálogo resolverá esta crise, mas um diálogo entre instituições, o coletivo, e não individual
– que não há diálogo possível quando não há respeito entre as partes – há que se reconhecer o outro, senão…
– Dilma diz ser aberta ao diálogo, mas desde a vitória não cita e não dialoga, portanto, com Aécio, o derrotado
– que em um diálogo, para dar certo, é preciso “incorporar” o que pensa o outro, e sair diferente do que entrou
– temos de aprender a viver nesta democracia, com estes momentos de dor, e superar para crescer
– é o fim da terceirização da culpa
– é a era da economia da reputação, construída por uma comunicação atenta à sociedade
– que é possível resolver conflitos (falta de creches, ex) com diálogo, união entre entidades e cobrança a governantes
– é melhor dialogar, construir com método a saída possível, do que ganhar judicialmente e não levar
– que só tivemos quatro grandes líderes de fato: Getúlio Vargas, JK, FHC e Lula. Serra, Aécio, Dilma são “gerentes”
– é preciso ter líderes que convençam e empolguem a população para o que vem por aí, e ao que não se pode fazer
– o capitalismo e tão totalitário quanto os regimes comunistas e fechados. Impõem modelo único
– que a sociedade evoluiu com o aumento de pessoas na classe média, que exige continuar a evoluir
– a população quer mais transparência, atitude, proximidade
– que o enfrentamento e tentativa de destruição do outro é um perigo para a democracia
– não basta ter o poder político ou econômico para ser um líder. Liderança não se ganha assim
– precisamos manter e acentuar a inclusão social, retomar o desenvolvimento econômico e geração de emprego e renda
Ou seja amigos e amigas do Palavra Livre, precisamos evoluir enquanto sociedade, percebendo o outro, dialogando em busca de saídas, das resoluções dos problemas.
Vivemos hoje uma guerra política pelo poder, onde governo, oposição, partidos aliados, opositores, e líderes (?) de todos não enxergam o que a sociedade deseja, e tentam destruir o outro, as ideias, os projetos, as pessoas.
E o que o povo quer? Quer a paz, a volta da atividade econômica, quer a classe política, e também a empresarial, mais perto dele! Quer viver em uma sociedade próspera, e não em tempos medievais, como vivemos hoje.
Espero que tenham gostado da matéria desta quarta-feira, direto de Brasília especialmente para vocês que nos prestigiam sempre! Amanhã tem mais!
Por Salvador Neto, editor do Palavra Livre, direto de Brasília.
Em mais uma visita à capital federal, Brasília, na busca por informações exclusivas da economia e política para os leitores e leitoras do Palavra Livre que merecem todo o nosso respeito e atenção há oito anos – sim, oito anos já! – constato que o clima político está tão quente quanto em dezembro do ano passado quando vivi os primeiros momentos do processo de impeachment da presidenta Dilma, colocado na mesa pelo impoluto presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha do PMDB/RJ.
De lá para cá Cunha vem perdendo espaço e força política, mas permanece agindo nos bastidores do planalto central em busca de sobrevida. No xadrez político, voltam agora à cena o ex-presidente Lula, acossado pela grande mídia e MPF sob acusações de triplex, sítio, e também Dilma, com a prisão do ex-marqueteiro de ambos nas últimas eleições.
No meio disso tudo, o país paralisa sua economia, investidores não se encorajam em decidir por realizar seus projetos no Brasil, e quem sofre são trabalhadores e trabalhadoras, que perdem empregos, renda, e veem o custo de vida aumentar.
Além disso o senador Delcídio do Amaral (PT/MS), solto no último final de semana pelo STF após a prisão no fim de 2015, deve voltar nesta quarta-feira ao Senado. OAB já se manifestou contrária à volta dele após o escândalo. Senadores e senadoras estão arredios diante do que Delcídio vai falar quando acessar o microfone do plenário. A tensão é muito grande pelos corredores do Congresso Nacional.
Em meio à essa cortina de fumaça, denúncias, prisões, alguns projetos podem ser votados como o da retirada dos 30% de participação obrigatória da Petrobras na exploração do Pré-Sal, entre outros. Estamos aqui, de olho para dar aos nossos leitores a informação mais objetiva, correta, porque estamos aqui no olho do furacão, novamente, só para você, leitor do Palavra Livre!
Até amanhã, com novas informações de Brasília!
Por Salvador Neto, direto e exclusivo para o Palavra Livre, de Brasília.
Brasília amanheceu na quarta-feira com uma leve brisa, céu aberto, sol forte, com a velocidade política a mil. A rebelião contra o líder do PMDB, Leonardo Picciani, avançava, o Conselho de Ética se reuniria, Dilma e Temer sentariam para discutir a relação. Enquanto isso, as conspirações avançavam. Algumas notas aqui direto do Planalto:
Picciani fora Logo pela manhã, os deputados do PMDB contrários ao então líder Picciani, considerados por eles como governista, o destituem da liderança do partido na Câmara com a apresentação de lista com 35 assinaturas, mais de 51% do total previsto para a Comissão de Análise do Impeachment. Leonardo Quintão, do PMDB mineiro, assumiu. Mais um ponto para a oposição.
Picciani dentro Leonardo primeiro, o Picciani, não se dá por vencido. Mandou avisar que o dia a dia em Brasilia pode mudar a qualquer hora. Com a volta de deputados federais do RJ, seu estado, aos mandatos, deverá apresentar nova lista. “Quem sabe volto logo”, comentou. PMDB rachadíssimo. Temer por trás da articulação, magoado com o jovem deputado carioca.
Fachin zera tudo O ministro Fachin, do STF, zerou o jogo do impeachment até dia 16 de dezembro. Segundo ele, a corte vai dar o rito do processo na Câmara. Cunha, que anda colocando cunha em tudo, não gostou. E avisou que o legislativo ficará “paralisado” até o STF decidir. Vergonha nacional.
Temer mi mi mi O vice-presidente da República, Michel Temer, ganhou o apelido “mi mi mi”, depois da sua carta DR para a presidente Dilma. E deixou mais claro a infantilidade do gesto, e o quanto o poder corrói, ao dizer claramente que trabalhou contra o seu líder Leonardo Picciani. Já imaginaram Temer presidente?
Cunha Imperador Eduardo Cunha, ainda impune mesmo com provas robustas de recebimento de propina e evasão de dividas para a Suiça, aproveita toda a força do poder da Presidencia da Câmara para impedir a ação do Conselho de Ética que deve votar a abertura do seu processo de cassação. Nesta quarta, eu vi com meus olhos o então relator Fausto Pinato ser defenestrado da condição de relator com apenas um oficio da mesa diretora. Cunha diz que não foi ele, foi seu vice…. então tá.
Cunha Imperador 2 Sabendo que será imolado, mais dia, menos dia, Eduardo Cunha não tem pudores no uso da força do cargo. Tinha sonhos de chegar à Presidencia da República, mas a arrogância, e o dinheiro da Suíça, o derrubaram. Já pensarem este comandando o Brasil? E é ele que orquestra, ao lado do vice Temer, essa bagunça em que virou a crise política que paralisa o país.
Cunha Imperador 3 PSol e Rede entraram ontem com pedido no STF para o afastamento temporário do presidente Eduardo Cunha. Alegam o que todo mundo sabe, ele usa o poder para atrasar seu julgamento e atacar adversários. Outra noticia que circula é que a PGR, com Rodrigo Janot, deve pedir também o mesmo ao STF ainda esta semana. De fato, essa medida pode ser inóqua porque Cunha só tem aliados na mesa. Quem assume faz o que ele manda. Ou fazem algo, ou entreguem logo a coroa ao Cunha. E voltemos à monarquia.
Por Salvador Neto, editor do Blog Palavra Livre, direto de Brasília
Vice presidente da República, o advogado Michel Temer comunicou, no início da tarde desta segunda-feira, sua saída da articulação política do governo.
Como segundo na hierarquia de poder, Temer deixa as negociações sobre cargos e emendas parlamentares para o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, e passa a se dedicar apenas aos movimentos mais amplos da política nacional.
O comunicado aconteceu durante reunião fechada com a presidenta Dilma Rousseff, que convocou o encontro na tentativa de demovê-lo da decisão.
Embora permaneça como um dos principais aliados do governo, o PMDB se fraciona mais uma vez após a decisão do presidente da legenda de se afastar da coordenação política.
Temer foi alvo de críticas, por parte de líderes do PT, ao afirmar que o país precisa de “alguém que tenha a capacidade de reunificar a todos”, com se ele fosse a solução para a crise política no país.
A saída de Temer também abre possibilidade para que o PMDB deixe a base de sustentação do governo, o que poderá elevar, ainda mais, a temperatura do ambiente político atual.
Michel Temer, em conversa com jornalistas, chegou a reconhecer que errou ao ter sido “honesto demais” sobre a crise política do governo Dilma.
– Eu acho que o meu problema foi ter sido honesto demais. Ensaiei aquela fala, porque sabia da sua importância e não queria errar. Meu objetivo era fazer um chamamento pela unidade do país – afirmou ele.
Segundo afirmou, sua intenção era a de ajudar o governo e o país e não causar mais celeumas. Desde então, aliados do governo viram na afirmação um sinal de conspiração contra o governo. O PMDB saiu em defesa de Temer, que preside a legenda.
Ao longo deste final de semana, presidentes de diretórios estaduais do PMDB reuniram-se, na tentativa de redigir uma carta aberta a Temer pedindo que ele abandone imediatamente a articulação política do governo e que a sigla desembarque da base aliada, no Congresso. O documento, no entanto, ainda não foi divulgado.
O grupo tende a ampliar a voz dos setores que pedem a antecipação do Congresso Nacional do partido, previsto para novembro, que vai deliberar sobre a permanência ou não do PMDB na base aliada da presidenta.
Panos quentes Nas últimas horas, articuladores da bancada petista também tentaram que Temer desistisse da ideia de deixar a articulação política do governo.
Emissários do ex-presidente Lula também fizeram contato com auxiliares de Temer, sem sucesso. Apesar da decisão de deixar, oficialmente, a coordenação política, Michel Temer teria combinado com a presidenta Dilma, durante a reunião desta manhã, que seu objetivo é deixar de lado o varejo no trato com os parlamentares.
Presidente do PMDB e segundo na escala de governo, Temer passará a cuidar apenas da ‘macropolítica, sem responsabilidade por cargos e emendas parlamentares.
Os líderes do PTB e do PDT na Câmara anunciaram oficialmente, na noite desta quarta-feira, que deixarão a base do governo federal. Em resposta, o líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), afirmou que será necessário realizar um “ajuste político” entre os partidos aliados nos próximos dias.
O líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), disse que a decisão foi motivada pelo fato de o governo ter chamado os parlamentares de infiéis após a análise da PEC 443/09, relacionada ao aumento salarial de advogados da União e de outras carreiras jurídicas. O governo queria que a matéria fosse votada no final de agosto, mas foi derrotado pela Câmara na noite desta terça-feira (4). “Não admitiremos mais sermos chamados de infiéis e traidores porque nunca traímos nossos princípios”, declarou. Figueiredo assinalou que a decisão foi tomada por unanimidade e criticou o fato de a liderança do governo deixar várias negociações para a última hora. Entre elas, as relacionadas à própria PEC 443/09.
O líder do PTB, deputado Jovair Arantes (GO), também declarou independência ao governo federal e afirmou que, a partir de agora, a bancada analisará, caso a caso, como votará as matérias em pauta na Câmara. O partido hoje faz parte do bloco do PMDB. “Hoje a bancada declara independência às votações e se reserva o direito de votar como quiser”, disse.
Em resposta à independência declarada pelo PDT e pelo PTB em relação à orientação do Poder Executivo, o líder do governo disse que é preciso repensar a política de distribuição de ministérios. “Temos de refazer muitas coisas, refazer a base e, para isso, temos que também dialogar com ministros indicados ou das cotas desse ou daquele partido”, disse. “Depois do ajuste fiscal, acho que precisamos fazer um ajuste político”, assinalou. “Vamos conversar a partir dos próximos dias para ver como agiremos”, complementou.
Atualmente, o PDT e o PTB mantêm um ministério cada no governo Dilma Rousseff. O ministro do Trabalho, Manoel Dias, foi indicado dentro da cota do PDT; já o ministro de Indústria e Comércio Exterior, o ex-senador Armando Monteiro, está na cota do PTB.