Impeachment 1 – Comissão Especial apresenta cronograma dos trabalhos

A comissão especial que analisa o processo de impeachment contra o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), a vice Daniela Reinehr (sem partido) e o secretário de Estado da Administração, Jorge Eduardo Tasca, iniciou formalmente os seus trabalhos na tarde desta quinta-feira (3) com a apresentação do cronograma de atividades. O ponto central do processo é a concessão de reajuste aos procuradores do Estado, visando à equiparação salarial com os procuradores do Parlamento catarinense, por meio de decisão administrativa sigilosa, sem autorização legislativa.

Na ocasião, o presidente do colegiado, deputado João Amin (PP), afirmou que caberá à comissão emitir um juízo político acerca do tema, ainda que fundamentado nos aspectos constitucionais, legais e técnicos.

O planejamento inclui a apresentação, no dia 15 de setembro, do parecer final e a elaboração de um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) recomendando o acatamento ou o arquivamento do pedido de impeachment.

“Tenho certeza de não faltará dedicação, transparência e espírito democrático por parte desse presidente e também tenho certeza que não faltará por parte de nenhum dos outros deputados”, disse ainda.

O  relator do processo, deputado Luiz Fernando Vampiro (MDB), explicou que o cronograma prevê a realização de apenas cinco sessões. “O motivo da simplicidade é que a nossa comissão especial, que atua como como a Câmara Federal, tem um rito abreviado e funciona como uma porta autorizativa do processo de impeachment, que será feito de forma mais aprofundada no tribunal especial que será formado, se essa comissão entender que deve autorizar o processo.”

Ainda durante a reunião, foram distribuídas aos membros da comissão cópias das defesas dos representados, que foram entregues oficialmente ao Parlamento nesta quarta-feira (2), e o conselheiro estadual Rogério Duarte da Silva foi nomeado representante legal da  seccional catarinense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para o acompanhamento do processo.

Também participaram da reunião os deputados Mauricio Eskudlark (PL), Jessé Lopes (PSL), Sérgio Motta (Republicanos), Moacir Sopelsa (MDB), Ismael dos Santos (PSD) e Fabiano da Luz (PT).

Cronograma de atividades

3/9 – Distribuição pela Presidência das defesas do governador, vice-governadora e secretário de Estado da Administração aos membros da comissão especial e apresentação do plano de trabalho;

8/9 – Esclarecimentos a eventuais questões de ordem e verificações de necessidade de diligências relacionadas aos fatos que autorizam a instauração ou não do processo de impeachment;

9/09 – Reunião técnico-administrativa com o grupo de trabalho interno da comissão;

10/9 – Retorno de eventuais diligências e encaminhamento do procedimento de leitura e apresentação do parecer final à comissão; e

15/9 – Entrega e leitura do parecer final à comissão sobre a autorização ou não do processo de impeachment.

Impeachment em SC – João Amin (PP) e Luiz Fernando Vampiro (MDB) são escolhidos presidente e relator da Comissão Especial

Conforme o Palavra Livre já havia adiantado (leia aqui) os integrantes da Comissão Especial do Impeachment elegeu o deputado João Amin (PP) para presidir os trabalhos, e o deputado Luiz Fernando Vampiro (MDB) para ser o relator. Maurício Eskudlark (PL) é o vice-presidente, e Jessé Lopes (PSL) é o vice-relator. A reunião foi realizada na manhã desta quinta-feira (27).

Agora a Comissão vai seguir o rito definido. Será responsável por analisar as defesas dos três investigados e dar um parecer, que deve resultar na elaboração de um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) pelo reconhecimento ou não de crime de responsabilidade contra o governador e os demais citados. O parecer da comissão deve ser entregue cinco sessões a partir do recebimento das defesas, que está previsto para 2 de setembro.

Há uma batalha jurídica intensa ainda em andamento. A líder do Governo Carlos Moisés, deputada Paulinha (PDT), tenta impugnar a escolha dos membros da Comissão por conta do formato da escolha, iniciativa que está nas mãos do TJSC para decisão. Por outro lado o advogado do Governador tenta via STF modificar a forma do rito definido pela Assembleia Legislativa. A cada dia que passa a tensão se amplia para o Governo.

Segundo a Assembleia Legislativa de SC, se a Comissão definir por maioria simples pelo parecer de decreto legislativo (PDL) em receber o pedido de impeachment,e ele for aprovado por 2/3 dos 40 deputados, ou seja, 27 votos, o governador e os demais citados são afastados dos cargos. Então, o substituto constitucional assume o governo. Nos demais casos, a representação é arquivada.

Fazem parte da comissão, além do presidente e o vice, os deputados Luiz Fernando Vampiro e Moacir Sopelsa, ambos pelo MDB; Jessé Lopes (PSL), pelo Bloco Social Liberal (PSL e PL); Sergio Motta (Republicanos), pelo Bloco PP-PSB-Republicanos-PV; Marcos Vieira (PSDB) e Ismael dos Santos (PSD), pelo Bloco Social Democrático (PSD-PSDB-PDT e PSC); e Fabiano da Luz, pelo PT.

Comissão Especial do Impeachment será instalada hoje (27) na Assembleia Legislativa de SC

A reunião de instalação da comissão especial de impeachment será nesta quinta-feira (27), às 11 horas, no Plenário Deputado Osni Régis e também por videoconferência. A convocação para o encontro foi feita nesta quarta-feira (26) pelo deputado Moacir Sopelsa (MDB), que integra a comissão.

Na reunião, além da instalação da comissão, serão eleitos presidente, vice-presidente e relator do colegiado que vai analisar o pedido de impeachment do governador Carlos Moisés da Silva (PSL), da vice Daniela Reinehr (sem partido) e do secretário de Estado da Administração, Jorge Eduardo Tasca, em tramitação na Assembleia Legislativa.

A comissão teve sua formação oficializada na terça-feira (25) e é composta pelos deputados Moacir Sopelsa, Luiz Fernando Vampiro (MDB), Jessé Lopes (PSL), Mauricio Eskudlark (PL), Marcos Vieira (PSDB), Ismael dos Santos (PSD), João Amin (PP), Sergio Motta (Republicanos) e Fabiano da Luz (PT).

Os parlamentares vão analisar a representação contra Moisés, Daniela e Tasca, bem como as defesas dos denunciados, que devem ser entregues até o dia 2 de setembro. Após essa data, eles terão cinco sessões ordinárias para emitirem o parecer que resultará no projeto de decreto legislativo (PDL) sobre o acatamento ou não da denúncia, o que deve ocorrer até 16 de setembro.

A comissão deverá deliberar sobre esse parecer antes de enviá-lo para votação em plenário. Após essa deliberação, o PDL será publicado no Diário Oficial e, 48 horas depois de sua publicação, colocado para discussão e votação em sessão ordinária. A votação será aberta e nominal.

Conforme o pedido de impeachment, de autoria do defensor Ralf Zimmer Junior, o governador, a vice e o secretário teriam cometido crime de responsabilidade na concessão de reajuste salarial dos procuradores do Estado, visando à equiparação remuneratória com os procuradores jurídicos da Assembleia.