Opinião – Uma visita inócua

Apesar da propaganda, dos discursos em redes sociais por parte dos políticos, o fato é que a vinda do presidente Bolsonaro a Santa Catarina no último final de semana foi mais rápida que a passagem do ciclone que destruiu cidades no Estado. O Presidente sequer falou com a imprensa em coletiva que estava no cronograma de sua visita, e foi apenas a Governador Celso Ramos. Depois, retornou a Brasília para comemorar… o dia da Independência dos Estados Unidos… creia, é isso aí mesmo…. Vamos deixar claro, garantir apoio não é apoio efetivo. Palavras não reconstroem cidades e casas… Atos reais, estes sim. Não houve nenhum ato neste sentido.

Somos um país de terceiro mundo por essas coisas. Nossos representantes eleitos brincam de gestão pública, e gostam mais da promoção pessoal que a ação prática, real, em favor de quem precisa, ou seja, milhares de catarinenses que ficaram sem casas, sem suas propriedades produtivas, e até sem familiares. Bolsonaro deveria era ser cobrado para liberar verbas imediatamente e se comprometer com SC. Não foi o que vimos, e enquanto isso Prefeitos e o Governador seguram a bomba que o ciclone deixou.

O Palavra Livre não faz coro com a grande mídia, faz coro com a população que está sofrendo pelas perdas humanas e materiais. Mãos a obra senadores e deputados catarinenses, pressão em Brasília e menos promoção pessoal! Ah, tem uma coisa que Bolsonaro deixou aqui, a propaganda da famosa cloroquina, realmente, um presidente que vive no mundo dos filhos e apaniguados.

Ciclone atingiu 135 cidades de SC segundo levantamento do Governo

Subiu para 135 o número de municípios que reportaram estragos por conta da passagem de um ciclone extratropical em Santa Catarina. A informação está no mais recente boletim divulgado pela Defesa Civil, por volta das 8h desta quinta-feira, 2. Os fortes ventos provocaram a morte de nove pessoas e duas seguem desaparecidas, em Tijucas e Brusque. A Defesa Civil contabiliza ainda seis pessoas feridas.

O governador Carlos Moisés ressalta que o trabalho das equipes de Governo seguirá ao longo do dia para garantir o atendimento a todas as ocorrências. Ele lembra que o número de chamados foi muito acima da média por conta do evento climático.

“Ainda há muito o que fazer ao longo desta quinta-feira. Temos milhares de residências sem energia, por exemplo, e o trabalho dos órgãos de Governo será incansável até que tudo esteja restabelecido”, afirmou o governador.

O número de residências atingidas pelo vendaval segue em atualização. De acordo com o levantamento, foram ao menos 2,2 mil unidades habitacionais danificadas no estado. Pelo menos 83 rolos de lona já foram distribuídos.

Segundo o boletim da Defesa Civil, cerca de 275 mil unidades consumidoras permaneciam sem energia na manhã desta quinta-feira. Esse número chegou a 1,5 milhão na terça-feira. Equipes da Celesc seguem nas ruas para restabelecer o fornecimento.

Levantamento de estragos em escolas

Técnicos da Secretaria de Estado da Educação (SED) realizam, desde a quarta-feira, um levantamento em todas as regiões do Estado para catalogar os danos causados pelo ciclone nas escolas da rede estadual de ensino. O trabalho deve ser concluído ainda nesta semana. Em seguida, será elaborado um plano de ação para recuperar os danos à infraestrutura das unidades.

Foto: Coordenadoria Regional de Palmitos / Divulgação

Apenas na Grande Florianópolis, a coordenadoria regional de Educação registrou estragos em pelo menos 33 escolas. Em Jaraguá do Sul, a regional aponta para prejuízos em 22 escolas.

As principais ocorrências são de danos à rede elétrica, destelhamentos de salas de aula e ginásios, queda de forros, alagamentos, queda de árvores sobre parte dos imóveis e prejuízos com o mobiliário escolar.

Rajadas chegaram a 93km/h na quarta

Embora o ciclone já estivesse em alto mar, a quarta-feira registros fortes rajadas de vento em Santa Catarina no período da manhã. Em São Joaquim, o vento chegou a 93 km/h, enquanto em Criciúma a velocidade também ultrapassou os 90 km/h.