Caso Busscar: criação de cooperativa de trabalhadores segue em frente

Cerca de 500 trabalhadores já teriam assinado a ficha de interesse em fazer parte da cooperativa

A Comissão dos Trabalhadores que apresentaram o projeto de Cooperativa a centenas de ex-funcionários da Busscar em duas Assembleias no Sindicato dos Mecânicos, avaliou na semana passada, em reunião realizada na terça-feira (22/01) o resultado das adesões ao projeto.

Os inscritos através das fichas disponibilizadas alcançou um número satisfatório e com isso a comissão dará continuidade ao projeto, partindo agora para as próximas etapas.Durante o processo de formatação e apresentação do projeto, a Comissão conseguiu alguns apoios importantes para que os próximos passos aconteçam, que inclusive estiveram presentes nas Assembleias.

Entre esses apoios, o presidente da Unisol Brasil, o presidente da CNM/CUT, representantes da CUT/SC e diretoria da Secretária Nacional de Economia Solidária, além do Sindicato dos Mecânicos de Joinville, que tem disponibilizado o espaço para as reuniões pequenas e grandes, colocando também o seu departamento jurídico no acompanhamento da questão, já que envolve um tema em que o Sindicato tem atuação importante e forte na defesa dos direitos dos trabalhadores.

Contudo, ainda estão abertas as inscrições, já que no entendimento dos apoiadores e Comissão, quanto maior o tamanho da Cooperativa maior será a força para vencer as próximas etapas.

Segundo Pedro de Medeiros, porta-voz da Comissão de Trabalhadores, as inscrições ainda podem ser realizadas até o dia 28/01, na Sede do Sindicato, ou através do e-mail coopbuss@gmail.com. A comissão retornará individualmente a todos os inscritos para marcar uma nova data, onde já serão tratados os encaminhamentos para formalização da Cooperativa.

Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

Caso Busscar: sonho de cooperativa ganha força com presença de trabalhadores

Trabalhadores compareceram à reunião e questionaram bastante a comissão de trabalhadores

Com a presença de bom público, cerca de 300 trabalhadores estiveram no auditório do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região na noite desta quinta-feira (17/1), o sonho da criação de uma cooperativa formada por ex-funcionários da Busscar para voltar a produzir ônibus na maior cidade catarinense deu um passo importante rumo a sua criação.

Com as presenças do presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Paulo Caires; do representante da CUT/SC, Vilmar Ossowsky; do presidente da Unisol – Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários, Arildo Mota Lopes; presidente da Unipol – antiga Profiplast – Gilson Gonçalves, e do presidente do Sindicato dos Mecânicos, Evangelista dos Santos, a Comissão de Trabalhadores que estudou e produziu o plano de viabilidade para a cooperativa apresentou a idéia para um auditório tomado de expectativas e ansiedades dos trabalhadores.

Pedro de Medeiros, que fazia parte da área comercial da Busscar, apresentou detalhadamente a proposta, suas dificuldades, oportunidades, explicando também a diferenciação entre a criação da cooperativa e o processo de falência que corre na Justiça. “Uma não afeta a outra, mas com a cooperativa em funcionamento, produzindo ônibus, além do maquinário não se perder e ter manutenção e assim o patrimônio ficar preservado para uma futura venda a preços justos para pagamento da dívida com os trabalhadores, vamos destinar parte do faturamento para pagar o arrendamento do parque fabril, aumentando os valores para que nós mesmos possamos receber o quanto antes o que nos devem”, falou Medeiros, que trabalhou por quase 25 anos na empresa.

O presidente da CNM/CUT, Paulo Caires, disse que estava presente representando a base nacional dos metalúrgicos – cerca de um milhão de trabalhadores – para apoiar a idéia e, caso os trabalhadores realmente aceitem e criem a cooperativa, ajudar diretamente na busca por financiamentos junto ao governo federal, BNDES e outros.

O presidente da Unisol, Arildo Mota Lopes, contou as histórias de formação de cooperativas de que fez parte e conhece pelo mundo e no Brasil, destacando ser um processo difícil, mas que dá resultados aos trabalhadores em médio prazo. Ele destacou casos como a Unipol em Joinville, que fazia parte do grupo Cipla, a Uniforja em Diadema (SP), um “case” de sucesso em cooperativas que já tem quase 20 anos de história, entre outras. A Unisol organiza, orienta, apóia a todos os projetos de cooperativas de trabalhadores e empreendimentos solidários pelo país.

Após as explanações, acompanhadas atentamente pelos trabalhadores, foi aberto espaço a perguntas que foi intensivamente utilizado para esclarecimento de dúvidas. Durante o evento, aproximadamente 200 fichas de interesse em participar da cooperativa foram entregues à Comissão de Trabalhadores, que em seu plano de viabilidade prevê que para dar início à produção seriam precisos 600 trabalhadores de várias áreas para produzir dois ônibus ao dia, segundo planejaram.

No sábado, dia 19 de janeiro, às 9 horas no mesmo auditório do Sindicato dos Mecânicos – centro de Joinville – será realizada a segunda grande reunião para apresentar o plano da cooperativa a quem não pode comparecer na primeira reunião. As fichas voltam a ser recolhidas para que na terça-feira (22/1) a Comissão e Sindicato se reúnam para avaliar os próximos passos.

Grupo se reuniu no Sindicato para preparar a reunião da noite logo após vir da Prefeitura

Ainda ontem, quinta-feira, a Comissão de Trabalhadores, Sindicato dos Mecânicos, Unisol, Unipol, CUT e CNM/CUT foram recebidos pelo secretário do Desenvolvimento Economico de Joinville, Jalmei Duarte, representando o prefeito Udo Döhler. Jalmei ouviu atentamente os apelos por apoio institucional do Executivo ao projeto, e prometeu dar um retorno logo após conversar com o Prefeito sobre o tema, mas deixou sinalização positiva à iniciativa dos trabalhadores.

A Comissão dos Trabalhadores pretende buscar apoios das três esferas de poder – municipal, estadual e federal – tanto com o Prefeito de Joinville e Governador do Estado, quanto com os deputados estaduais, federais e senadores, além do Governo Federal, para dar sustentabilidade e garantir apoios de financiamentos ao projeto.

Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

Caso Busscar: Sindicato avisa que “não” será mantido caso Plano siga ilegal

Está estampado no dia 25 de julho de 2012 – na capa do jornal A Notícia de Joinville (SC): plano é ilegal, avalia administrador judicial. Exatamente o que o Sindicato dos Mecânicos denuncia desde o início da recuperação judicial requerida pela Busscar, que seria mais uma forma de ganhar tempo para tentar impor aos credores, e principalmente aos trabalhadores que foram lesados em quase dois anos e meio de salários, mais décimos-terceiros, INSS, FGTS, verbas rescisórias, férias e outros direitos.

O fato é que agora o tempo acabou para tantas jogadas de mídia, pressão sobre trabalhadores para que assinem procurações para votar sim ao Plano enganador da empresa. O posicionamento do administrador judicial é claro, e duro quando faltam menos de quinze dias para a continuidade da assembleia geral dos credores iniciada em 22 de maio. E o Sindicato, através do seu presidente Evangelista dos Santos, já avisa que caso a empresa siga tentando manter o plano que tenta enganar os trabalhadores com propostas em 36 meses, pagamento com debêntures, ações que nada valem, a entidade sindical vai manter o pedido de voto NÃO ao plano.

“O Sindicato já disse que o mínimo que deve ser cumprido é o que diz a lei de recuperação judicial, pagamento dos débitos trabalhistas em até um ano. E isso não está previsto no plano, assim como a Busscar não paga salários em dia, nem direitos trabalhistas desde o início da recuperação, como manda também a lei. Por isso, ficando tudo como está, nosso indicativo aos trabalhadores é o voto NÃO”, confirma Evangelista. Nos próximos dias o Sindicato vai comunicar claramente o andamento dos preparativos para a assembleia geral no dia 7 de agosto, 15 horas, novamente no Centreventos Cau Hansen.

Do Sindicato dos Mecânicos

Caso Busscar: Sindicato vai ao BNDES cobrar posição sobre direitos dos trabalhadores

A diretoria do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região já marcou data para cobrar posicionamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na futura continuidade da assembleia geral dos credores da Busscar. Dia 15 de junho o presidente Evangelista dos Santos estará na sede do banco no Rio de Janeiro para saber sobre possíveis novos planos em negociação que contemplem como prioridade os direitos dos trabalhadores.

A entidade sindical busca salvaguardar os interesses dos trabalhadores que completam nesta semana 26 meses sem receber salários, mais décimos terceiros salários e demais direitos previstos em lei e ignorados pela empresa. O Sindicato busca agendas também com os grandes bancos credores como o Santander, e com os maiores credores quirografários. Enquanto a Busscar se nega a negociar, o a entidade sindical articula uma saída com base no que disse o juiz da causa, ou seja, esgotar todas as possibilidades possíveis. “O plano da Busscar já foi negado por todos. Insistir nele é o mesmo que desejar a falência”, destaca Evangelista.

Na crise de 2003 o Sindicato dos Mecânicos teve participação decisiva para a manutenção dos empregos e conquista dos R$ 30 milhões junto ao BNDES. Na época os técnicos do banco estatal deram o seu parecer pela não liberação dos recursos por já constatarem à época ser a Busscar uma empresa falida tecnicamente. A liberação só se deu por força política e interveniência e apoio da entidade sindical, e por a empresa estar naquela época ainda com grande produção em andamento, com dívidas muito menores que hoje, dez anos depois.

Outra condição para liberar os R$ 30 milhões foram condicionantes de abrir capital, mais transparência e mudança de diretoria. Todas foram ignoradas pelos acionistas até hoje. Para Evangelista, a idéia da visita ao BNDES é defender os interesses dos trabalhadores. “O BNDES é um banco que tem compromisso social, e portanto, deve levar em consideração que há trabalhadores com quase R$ 120 milhões a receber, e que não podem sair perdendo nessa hora. Vamos buscar saber se há um novo plano, ou idéia, para deixar claro também que em qualquer composição, os trabalhadores tem de ser prioridade, assim como faremos com outros bancos e credores”, afirma o presidente do Sindicato dos Mecânicos.

Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

Caso Busscar: Por quê o Sindicato orienta o “não” ao plano!

A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Oficinas Mecânicas de Joinville e Região vem reiterar mais uma vez em nota oficial o seu posicionamento em relação ao voto na assembleia geral dos credores da Busscar, que acontece amanhã – 22 de maio – em primeira convocação.

Ciente dos seus deveres e responsabilidades na defesa intransigente dos direitos dos trabalhadores que não recebem salários há 25 meses, não contando os décimos terceiros salários de 2009/2010 e 2011, férias, FGTS, INSS, a entidade sindical se posiciona pelo NÃO ao Plano apoiada por votações dos trabalhadores em três grandes reuniões e uma assembleia geral, e pelos seguintes fatos e fatores:

a) O Plano de Recuperação a ser votado é um arremedo de ideias frágeis, um ajuntamento de intenções sem qualquer base econômica sustentável, e que não dá garantias reais de pagamento dos créditos trabalhistas, inventando o pagamento de salários em debêntures, algo inexistente nas relações trabalhistas, e que inclusive, não tem qualquer valor devido a falta de garantias para sua emissão

b) Os trabalhadores não recebem salários há 25 meses, e isso é um afronta a CLT e até a Constituição Federal Brasileira que em seu artigo 7º. Inciso VI, declara que o salário é irredutível por se tratar de manutenção da vida, para comer, pagar suas contas, manter filhos na escola. A Busscar em nenhum momento se preocupou com os milhares de trabalhadores abandonados a sua própria sorte, e só paga a alguns privilegiados em forma de diárias. Portanto, ilegal e imoral a atitude da empresa

c) O não também é dado porque a empresa além de não pagar salários em atraso, coloca na proposta a redução dos créditos dos trabalhadores em até 37%, um absurdo após tantos meses de abandono, e ainda carência de seis meses para iniciar o pagamento, e parcelamento em mais 36 vezes! A lei de recuperação prevê o pagamento de salários atrasados em até 12 meses, ou seja, um ano.

d) O plano concede tratamento diferenciado aos trabalhadores, o que é vedado pela Lei, além de ser uma discriminação a quem já garantiu seus direitos por lei. Quem pode apoiar uma situação dessas, em que milhares não recebem nada há dois anos, enquanto alguns recebem para defender uma empresa que não respeita os trabalhadores e seus direitos?

e) O plano também autoriza a venda dos ativos – imóveis, Tecnofibras e outros – que hoje são a garantia real dos trabalhadores receberem o que a Busscar lhes deve, e ainda dá total liberdade para arrendamentos e outros contratos que seriam verdadeira “carta branca” para a venda sem qualquer garantia de pagamento dos trabalhadores. A invenção das debêntures, papel que não tem qualquer lastro de garantia devido a enorme dívida da Busscar, é uma tentativa de enganar os trabalhadores, e pior, os deixa sem garantias reais, e com um grande “mico” nas mãos.

f) Não há indicativo de entrada de novos sócios, investidores com real capacidade de reerguer a empresa com capital novo, e mais, com uma nova gestão moderna, capacitada e com responsabilidade social comprovada, fato não visto com esses gestores atuais

g) Mantendo o mesmo estilo de gestão do passado, a empresa não alcançará as margens planejadas, e consumirá o capital de giro eventualmente aportado ou obtido com as alienações; a situação ficará pior que está atualmente, pois não mais se terá os ativos para garantia do pagamento dos débitos;

h) Na realidade, serão os mesmos atores, no mesmo cenário, realizando as mesmas ações, bancados pelos credores, que ao final, além de não receberem seus créditos, estarão sem bens passíveis de garantí-los;

i) Por essas e tantas outras razões é que o Sindicato dos Mecânicos recomenda a todos os trabalhadores da Busscar para que votem não a esse Plano proposto, um NÃO para significar um novo começo para todos os trabalhadores e a sociedade com base em uma relação sólida, responsável, verdadeira e com dignidade a todos os trabalhadores.

Reiteramos com tudo isso que o Sindicato dos Mecânicos não deseja a falência, como alguns tentam falsamente espalhar para criar cizânia e confusão na sociedade e trabalhadores, mas sim o NÃO a esse Plano fraco, não a esses gestores que são intransigentes e insistem no erro, não ao descumprimento dos direitos básicos dos trabalhadores, previstos em lei, lei essa que foi e ainda está sendo burlada pela atual gestão da Busscar.

O Sindicato dos Mecânicos agradece de antemão a todos os veículos de comunicação regionais, estaduais e nacionais pelo apoio e atenção à comunicação da entidade em todos os momentos. Neste momento histórico em um caso único, o primeiro em Joinville (SC), que atinge milhares de trabalhadores e famílias, a responsabilidade da imprensa é gigante, e o equilíbrio é fundamental para a melhor informação para a sociedade.

Agradecimentos especiais e aplausos aos trabalhadores que compartilharam conosco até aqui das angústias, lutas e aflições neste caso, tanto no site, como pessoalmente, nas assembleias, inúmeras reuniões, nas manifestações em frente à empresa, quando alertávamos sobre a malandragem utilizada para enganar os trabalhadores, muitos que até os seguiram a Brasília, em passeatas que defendiam apenas os interesses dos acionistas, nunca dos trabalhadores.

Mais uma vez o nosso muito obrigado, e que Deus nos ilumine e encaminhe a melhor decisão na assembleia de credores desta terça-feira, dia 22 de maio, data histórica da luta dos trabalhadores joinvilenses e de Santa Catarina.

Sindicato dos Mecânicos

 

Crise Busscar: Prefeito Carlito Merss pede mais informações ao Sindicato dos Mecânicos

Prefeito ouve sindicalistas após má repercussão de sua fala à imprensa junto aos trabalhadores

A pedido do prefeito Carlito Merss, comitiva de diretores do Sindicato dos Mecânicos capitaneada pelo seu presidente Evangelista dos Santos, esteve nesta segunda-feira (7/5) na Prefeitura de Joinville (SC) para dirimir dúvidas a respeito do plano de recuperação da Busscar, já que a entidade sindical está as voltas com o processo há mais de dois anos na defesa dos direitos dos trabalhadores que não recebem há 25 meses completados neste mês.

Carlito recebeu os acionistas da empresa e seus advogados na semana passada, e notas publicadas na imprensa causaram apreensão entre os trabalhadores. Com a repercussão negativa correndo a cidade, o Prefeito resolveu saber mais detalhes e clarear a situação que envolve mais de cinco mil famílias que não recebem nenhum centavo há dois anos.

Carlito explicou que recebeu os diretores da Busscar e ouviu atentamente as explicações, mas ficou com dúvidas sobre a situação dos trabalhadores e os descontos que a empresa pede em seu plano, além das carências para pagamento, venda de ativos e outros dados. “Sabemos que o mercado está aquecido, que a marca é reconhecida. Já ajudei em 2003, 2004 com o empréstimo do BNDES, e ano passado com o pedido para que as empresas de transporte coletivo encomendassem unidades. Mas quero que os trabalhadores tenham seus direitos preservados”, ressaltou o Prefeito.

O presidente do Sindicato, Evangelista dos Santos, explicou detalhadamente os passos que a entidade tomou para preservar os direitos dos trabalhadores, deixando claro que o Sindicato quer sim a recuperação da Busscar, mas não as custas dos direitos dos trabalhadores.

“Nós realizamos reuniões, assembleia geral que já disse não a esse plano como está esperando melhorias significativas, mas até agora nada. Tanto que eles continuam a espalhar a mesma coisa, agora ao Prefeito, na Acij, insistindo em algo vazio, já impugnado por quase a totalidade dos credores. Descontar até 37% de quem não recebe há mais de dois anos, e vender os bens que são garantias dos trabalhadores é inaceitável. Onde estão os investidores, quem são, quanto vão colocar no negócio? São perguntas sem respostas. Como ficam os trabalhadores que perderam o direito de morar na cidade para trabalhar em outra? Como ficam os direitos de quem está com o nome sujo no Serasa por não receber, complicando toda a sua vida? O Sindicato e os trabalhadores não aceitam sacrificar milhares de pessoas, famílias inteiras, por um projeto que não tem força, não se sustenta”, disparou Evangelista.

O Prefeito ficou sensibilizado com a explanação de Evangelista e dos diretores, e pediu mais detalhes jurídicos à advogada do Sindicato, Luiza De Bastiani, que foi objetiva e clara quanto aos passos legais tomados, e os próximos que virão até a assembleia geral dos credores nos dias 22 e 29 de maio próximos. Para Evangelista dos Santos, a iniciativa do Prefeito em chamar o Sindicato dos Mecânicos foi positiva diante das notícias de que Carlito Merss estava apoiando o plano da Busscar, o que deixou a categoria apreensiva.

“O final de semana foi difícil com muitos trabalhadores questionando a posição que estava nos jornais, mas creio que agora esteja tudo certo. Todos queremos a recuperação da Busscar, mas não as custas de mais sofrimento dos trabalhadores.Isso ficou claro ao Prefeito, e agora vamos continuar concentrados para a assembleia geral dos credores, porque até lá muitas coisas podem, e devem, mudar para que os trabalhadores sejam contemplados”, finalizou Evangelista.

Além de Evangelista, participaram da reunião o chefe de gabinete, Eduardo Dalbosco, a secretária da Saúde, Antonia Grigol, o diretor-executivo do Cepat, João Batista Souza, o gerente do Cepat, Orony Jr, a advogada Luiza de Bastiani, e os diretores do Sindicato João Luiz Vieira, Nivaldo Sena e Cícero do Nascimento Amâncio que também é coordenador do Departamento Estadual da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT – CNM/CUT, com sede em Joinville (SC).

Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

Caso Busscar: Sindicato alerta sobre procurações para garantir voto na assembleia de credores

Trabalhadores que estão em outras cidades e até de Joinville (SC) podem dar procuração ao Sindicato para voto na assembleia

Já está decidido: a assembleia de credores da Busscar será realizada no Centreventos Cau Hansen em Joinville (SC) e está marcada para os dias 22 e 29 de maio, em primeira e segunda convocações, respectivamente. O processo para a votação iniciará as 8 horas para o credenciamento dos credores. O início da votação será as 13 horas.

O Sindicato alerta agora para que os trabalhadores que não puderem, ou não quiserem comparecer à votação para que façam com a máxima urgência a sua procuração, dando poderes de voto ao Sindicato na pessoa de seu Presidente, Evangelista dos Santos, com a máxima urgência.

Segundo a advogada do Sindicato, Luiza de Bastiani, é necessário que os trabalhadores, inclusive e principalmente os que estiverem fora de Joinville por trabalho ou outro motivo, enviem com urgência as suas procurações para garantir o seu voto na assembleia de credores. O prazo se encerra dia 10 de maio para que o Sindicato as apresente. O tempo é curto devido ao feriado prolongado do Dia do Trabalhador.

O que é preciso fazer para a procuração
Seguem agora as informações do departamento jurídico do Sindicato dos Mecânicos referentes a procuração e dados sobre a assembleia geral dos credores.

Segundo o Jurídico, a procuração qualquer pessoa pode fazer. Ela é feita para que o presidente do Sindicato, Evangelista dos Santos, represente a pessoa na votação, ou seja, para também votar em nome do trabalhador, conforme foi decidido pela assembleia geral dos trabalhadores realizada no dia 15 de abril passado, pelo NÃO (contra o atual Plano de Recuperação proposto pela Busscar.

Para fazer a procuração é só a pessoa comparecer no Departamento Juridico, com o RG e o CPF. Quem mora em outra cidade deve entrar em contato com as advogadas pelo e-mail jurídico@sindmecanicos.org.br, que vai mandar a procuração a quem solicitar. Esse trabalhador deverá assinar e mandar via correio até dia 10 de maio de 2012 com copia do RG e CPF,  aos cuidados do departamento jurídico, tudo constando no envelope. Lembrando que é preciso levar em conta a demora de entrega dos Correios. Melhor usar o meio Sedex.

Para quem quer fazer a procuração na sede central do Sindicato em Joinville (SC), o departamento jurídico se organizou para atender das  8 horas até as 18 horas sem fechar para o almoço – período exclusivo para fazer as procurações da assembléia – visando dar todas as condições aos trabalhadores para que possam comparecer e fazer valer a sua vontade.

Processo da assembleia geral nos dias 22 e 29 de maio
Já está confirmado, portanto, que dia 22 de maio de 2012, uma terça-feira, é a data para a primeira convocação. O local será no Centro de Eventos Alfredo Salfer, anexo ao Centreventos Cau Hansen (na rua Jose Vieira, n.° 315, Centro, Joinville/SC).

O processo acontecerá da seguinte forma: a partir das 8 horas ( oito da manhã) os credores devem ir ao local definido para a assembleia e fazer um credenciamento. Ou seja, todos que tem direito a votar têm de assinar uma lista de presença e retirar um crachá que será utilizado para a votação. A partir das 13 horas inicia a votação e é OBRIGATÓRIO o comparecimento.

A segunda convocação será dia 29 de maio de 2012 (terça-feira), nos mesmos horários, e acontecerá caso não exista o quórum (número de credores presentes) necessário para se realizar a votação, conforme define a Justiça.

Outra informação importante para os trabalhadores: se a pessoa estiver em horário de trabalho, é necessário solicitar declaração de comparecimento para o Recuperador Judicial que estará presente na assembleia geral dos credores, aliás, ele será comandará a votação segundo disse o juiz Maurício Póvoas em entrevista ao jornal A Notícia de Joinville (SC).

Portanto, atenção você trabalhador e trabalhadora que tem ligações com a crise da Busscar, é credor trabalhista – afinal são 24 meses, quase 25 meses que a empresa não paga salários – e tem direito a votar na assembleia que vai decidir o seu futuro: faça contato com o Sindicato pelo email do departamento jurídico, ou diretamente na sede central nos horários acima, e ainda pelos fones (47) 3027.1184 ou (47) 3027.1183.

O Sindicato alerta também para possíveis chamamentos, convocações ou pressões vindas da Busscar, para que os trabalhadores assinem procurações para a empresa, ou ainda, para que votem pelo Sim para o Plano da empresa, que já foi negado por todos os grandes credores: não aceitem e não assinem nada, pois se trata de votar em favor da família Nielson e do atual estado de coisas. Fique atento, e se tiver dúvidas, ligue para o seu Sindicato.

Chegou a hora da decisão, não deixe de participar, é seu dinheiro e seus direitos que estão em jogo.

Do site do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região.