PT de Joinville inaugura nova sede

O PT de Joinville (SC) retoma as atividades com uma presença mais marcante com a reabertura de sua sede, na verdade uma nova sede na cidade que administrou entre 2009-2012 com o atual deputado em exercício, Carlito Merss. Meio apagado por conta da luta política dos últimos anos, e sem eleger nenhum vereador em 2016 na maior cidade catarinense, o PT aproveitou o aniversário da cidade para abrir as portas oficialmente de sua nova sede na manhã desta segunda-feira, 9 de março.

Além da militância, lideranças e apoiadores, o deputado estadual e líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores (PT), Fabiano da Luz, participou da inauguração. Ao lado de Carlito Merss, e do ex-deputado estadual e atual presidente do diretório no município, Francisco de Assis, Fabiano colocou o seu mandato e Gabinete à disposição do diretório, o que revela a disposição do PT estadual em retomar espaços em SC.

O partido trabalha o nome do atual presidente do diretório, Francisco de Assis, para a disputa à Prefeitura disposto a conquistar cadeiras na Câmara de Vereadores.

Carlito Merss (PT) assume cadeira na Assembleia por um mês

Ex-vereador, ex-deputado estadual, federal e ex-prefeito de Joinville, Carlito Merss (PT) vai assumir uma cadeira na Assembléia Legislativa de SC no dia 3 de março. Assim a maior cidade do Estado passa a contar, temporariamente, com quatro deputados estaduais. Nas últimas cinco eleições estaduais a cidade só conseguiu eleger três deputados.

Carlito assume no lugar do deputado Padre Pedro, que se licencia. O ex-prefeito de Joinville volta assim à cena política de forma ativa. Merss chegou a ser o relator do Orçamento da União no Governo Lula (2003-2010). Ele é um dos nomes do PT de Joinville escalados para a disputa à Prefeitura junto com o também ex-deputado Francisco de Assis, mas há uma estratégia que também pode levá-lo a disputa pela Câmara de Vereadores, puxando assim a eleição de uma bancada maior do PT.

Governo Carlito encerra melancólico, dívidas devem chegar aos R$ 100 mi

Não vou escrever muito sobre o fim do governo Carlito Merss (PT) em Joinville (SC). Até porque já escrevi muito sobre o que levou o governo da esperança ao naufrágio da quase totalidade do navio. Poucos sobraram com performances acima da média, isso em relação aos cargos de primeiro escalão. Pouquíssimos. Os demais, bom, estes seguiram determinações de cima e nem sempre tiveram o discernimento de ver os erros que se cometiam, equívocos graves que levaram ao naufrágio. Perdeu a eleição, perdeu a segunda eleição, perdeu a esportiva. Perdeu o lustro.

O final do governo Carlito é quase vexatório, para dizer pouco. Pararam obras de saneamento, obras nas escolas e biblioteca, o mato cresce nos canteiros, e a dívida que deixará para o futuro governo Udo Döhler, contam as andorinhas que sobrevoam pela transição – transição? – não será pequena. Ficará entre R$ 50 e R$ 100 milhões, com mais tendência ao segundo número. Para quem cantava em verso e prosa fazer diferente, e que havia pego a Prefeitura com mais de R$ 100 milhões em dívidas – não comprovadas até hoje – fica feio demais. Lastimável. E o pior é ouvir dizer que Udo não quis o PT… perderam a eleição e ainda queriam carona… por favor…

Não tenho vergonha de dizer que trabalhei com Carlito Merss e Marquinhos, e fizemos um bom trabalho na comunicação entre 2005 e 2008, tanto que Carlito se reelegeu federal e Marquinhos foi reeleito vereador com dois mil votos a mais que a eleição anterior. Tenho simpatia por ambos, e por mais pessoas da sua equipe. Votei, apoiei e acreditei que seu governo seria um divisor de águas na política local. Infelizmente, desde a formação da sua equipe de governo, e depois na segunda formação, suas escolhas foram ruins em 80% dos casos. O resultado é esse que vimos, o que deixa momentaneamente a política mais pobre.

Que o PT local tenha sabedoria e discernimento para reerguer a bandeira, abrindo as janelas para que novos ares cumpram sua missão de renovar, resgatar e fazer uma política maior. Para o bem da cidade, que merece partidos fortes e combativos.

Acessibilidade: Carlito Merss sanciona lei municipal

“Que bom ter uma cidade com acessibilidade”, dizia o refrão da música criada e interpretada pela voz e pelo violão de Fábio Júnior de Souza, da Associação Joinvilense para Integração dos Deficientes Visuais (Ajidevi). Fábio, que tem baixa visão, apresentou sua canção durante o evento de assinatura da lei municipal 7.335, que estabelece obrigações e critérios de acessibilidade em Joinville. O evento ocorreu nesta segunda-feira (17/12), na Prefeitura. Toda a cerimônia foi traduzida em libras pela intérprete Rute Souza.

A lei foi assinada pelo prefeito Carlito Merss e também leva a assinatura de dez secretarias – Educação, Saúde, Habitação, Infraestrutura Urbana, Comunicação, Fundação Cultural, Felej, Fundamas, Ippuj e Fundação Turística. A cerimônia também contou com a presença do vice-prefeito Ingo Butzke, secretários municipais e regionais e representantes de entidades que trabalham com pessoas com deficiência.

Elaborada pelo Comitê Gestor Cidade Acessível, Direitos Humanos, a lei municipaliza legislações já existentes em nível federal e internacional. “Ela preconiza toda a acessibilidade que uma cidade tem que ter, seja na educação, saúde, transporte, mobilidade urbana, em vários setores”, explica a coordenadora do Comitê Gestor, Rita de Cássia Fernandes.

Na prática, nenhum negócio, comércio ou construção pode ir adiante sem que a acessibilidade seja comtemplada. “Os alvarás vão exigir isso, e teremos agora como cobrar, como fiscalizar. Será uma cidade totalmente inclusiva, onde as pessoas com deficiência não sejam obrigadas a irem só aos shoppings, onde realmente tem acessibilidade, mas que possam frequentar o comércio de rua, porque todos nós temos direitos na cidade”, exemplificou Rita.

O presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Comde), Sérgio Celestino Pereira, destacou que 26 entidades contribuíram para a elaboração dessa lei. “Ela atende a todas as reivindicações do Conselho, está baseada na lei federal de acessibilidade e na convenção da Onu sobre os direitos da pessoa com deficiência. É um legado para a cidade, agora e aplicá-la e fiscalizá-la”, disse. O Comde terá a competência para legitimar, acompanhar, cobrar aplicação e cumprimento e sugerir adequações à Política Municipal de Acessibilidade.

O prefeito Carlito Merss lembrou que Joinville está entre as oito cidades brasileiras escolhidas pela Secretaria de Direitos Humanos do Governo Federal para perseguir uma série de metas e se tornar município referência em acessibilidade no País. Destacou que a lei foi uma construção coletiva, o que deve garantir a sua aplicabilidade. “Essa lei deve ‘pegar’, como dizemos, porque foi construída a muitas mãos”, disse. E citou que as obras da Prefeitura – calçadas, parques e construções – já seguem as normas de acessibilidade. “A frase que fica é: uma cidade que é boa para a pessoa com deficiência é boa para todos”, enfatizou.

Prefeitura de Joinville

Os derrotados

Findaram as eleições municipais em todo o país. Agora é hora da análise dos resultados, e este Blog jamais se furtaria a isso. Aviso de antemão que é uma análise isenta, com base nos fatos. Começamos com os derrotados. São eles Kennedy Nunes (óbvio), Carlito Merss, Marco Tebaldi, Darci de Matos, PT, PP.

Carlito Merss, Marco Tebaldi e seus respectivos partidos saem derrotados duas vezes. Já tinha publicado isso em meu perfil no Facebook no domingo, e repito aqui. O atual Prefeito por estar com a máquina administrativa em suas mãos, e além de ter faltado pulso, gestão e articulação política, com uma grande aliança partidária com mais de 100 candidatos a vereador, e ter perdido a grande chance do PT de continuar o seu projeto de mudança político-administrativa. E na equivocada, incoerente e mal-sucedida decisão de apoio ao seu algoz por quatro anos, Kennedy Nunes. Carlito conseguiu assim perder duas vezes em apenas um pleito, e mais uma vez não conseguiu seu intento, vencer LHS.

Marco Tebaldi porque já foi Prefeito e reeleito.  Conseguiu a eleição para a Câmara dos Deputados em 2010, mas logo assumiu a Secretaria da Educação no governo Raimundo Colombo. Ficou um ano, com greves, problemas políticos, e saiu meio que expulso pelo PSD do Governador. Resolveu, junto com o PSDB, encarar a disputa. Saiu forte, mas chegou combalido pelo ataque dos adversários petistas e pessedistas, e depois peemedebistas. Acabou em quarto lugar. E para completar, se aliou ao seu desafeto político Carlito, à Kennedy, ao PT (!!), buscando também atingir ao PMDB e LHS. Não deu certo, e sai arranhado deste pleito, e derrotado duas vezes, também.

Darci de Matos apostou tudo em por os pés em duas canoas. Um pé com Kennedy, pois são correligionários no PSD, e outro com seu amigo Tebaldi. As duas canoas afundaram, e Darci agora deve voltar a flertar com o PMDB, que não deve ceder aos galanteios do deputado estadual. Darci articulou também essa aliança esquisita entre PSD, PSDB, PT, DEM, colocando todo o peso para também tentar derrotar Udo Döhler, derrubando assim ao senador LHS e seu PMDB. Mais um derrotado por duas vezes, perdendo força política.

Kennedy Nunes perdeu a sua terceira eleição para a Prefeitura, quando teve a sua grande chance de conquistar um sonho acalentado desde a juventude. Comunicador nato, experiente na política – está nela desde os seus 18 anos – em segundo mandato de deputado estadual, sucumbiu ao já ganhou. Subestimou a força do PMDB e de LHS em fazer de Udo Döhler o Prefeito. Foi desconstruído ao longo do segundo turno, quando as comparações, diferenças e ataques se limitam a dois postulantes.

Suas declarações anteriores sobre água, alianças, tarifa de ônibus, onde dizia uma coisa, foram colocadas lado a lado com suas falas de hoje. Fatal. Sua estratégia de criar um mote, “dá prá fazer”, virou um viral na internet, em redes sociais que superexpôs sua já conhecida forma demagógica de propor as coisas, e os adversários não o pouparam. O que era para ser um impulsionador, virou quase uma piada nas redes, e nas rodas nos bairros. Por fim, o PMDB grudou nele a ideia de que o governo Carlito continuaria com o apoio que lhe deu, bem como Tebaldi mandaria no governo, até porque declararam apoio formal. As pesquisas também ludibriaram o staff do candidato, que não percebeu o avanço de Udo nos bairros.

Já PT e PP, aliados de primeira hora no governo que se findará em 31 de dezembro, perderam a grande chance de crescer e ampliar a aliança para voos maiores em 2014. O PT sofre um duro golpe com essas duas derrotas – já fiz análise sobre isso em post anterior, clique aqui – expondo problemas no comando da sigla, o que deverá ficar mais agudo a partir de agora. A mudança de forças partidárias no comando será imprescindível, com renovação do diretório para valer, incluindo-se aí os vereadores eleitos, e novas lideranças que emergiram com boa votação das urnas.

O PP, que teve em suas mãos uma das mais poderosas secretarias do governo Carlito, a Infraestrutura, também perde espaços preciosos com a dupla derrota. Jovens nomes que poderiam despontar para a vereança, assembleia e outros, perderam muito. O único vereador eleito, Sabel, também apostou tudo, mas este ainda tem o mandato para conversar.

Essas eleições foram um marco histórico para Joinville, assim como foram as de 2008, quando Carlito Merss chegou ao poder após muitas tentativas. Cabe às lideranças reavaliarem posturas, atitudes, e se alinharem a um novo eleitorado, mais politizado, atento e plugado na internet. De observadores apenas, os eleitores agora disputam, debatem e batalham pela rede mundial de computadores, um novo espaço que é livre, sem amarras com os meios tradicionais. Os eleitores agora são cada vez mais senhores do seu voto. E decidem ainda mais conscientes os seus votos.

Eleições 2012: ex-presidente do IPPUJ expõe dissidência no PT

Roberta se destacou pela campanha com a cor lilás, atividades sustentáveis e debates sobre mobilidade

Ela fez quase dois mil votos em sua primeira eleição, e se revelou como a nova liderança no PT joinvilense, uma surpresa para a cúpula partidária diante da suposta falta de base política e de capilaridade eleitoral em bairros. Roberta Schiessl, advogada e ex-presidente do IPPUJ, não aceitou o convite do prefeito Carlito Merss para retornar ao posto, o que causou estranhamento da opinião pública.

Até então só haviam rumores de suas manifestações internas no partido, reagindo ao atrelamento do PT e do Governo Carlito à candidatura do PSD de Kennedy Nunes, que também recebeu o apoio do ex-prefeito Marco Tebaldi. Em seu perfil no Facebook, Roberta abre publicamente a sua dissidência à decisão local do partido, invoca a posição estadual e federal do PT que encaminha o projeto de reeleição de Dilma Rousseff junto com outros aliados, em especial o PMDB.

Certamente haverá muita trovoada, chuvas torrenciais e ranger de dentes no núcleo duro do PT joinvilense. Na reta final das eleições 2012, um duro golpe nos interesses localizados das atuais lideranças do partido, e com reações imprevisíveis. Confira na íntegra o desabafo, até filosófico, da ex-presidente do IPPUJ, Roberta Schiessl:

“Aristóteles introduz a pergunta ética por excelência: o que está e o que não está no nosso poder quando agimos? Em outras palavras, o que depende de nós e o que não depende de nós numa ação? O ato ético voluntário é aquele que depende inteiramente de nós no momento da ação. As circunstâncias em que se realizará não dependem de nós, pois como vimos, são contingentes.
Como fazer para que, em qualquer circunstância, possamos agir eticamente, isto é, ter o pleno poder sobre nossa ação, ainda que não tenhamos poder sobre as circunstâncias que nos levam a agir? Adquirindo uma disposição interior (héxis) constante que nos permite responder racionalmente ou prudentemente a situações que não foram escolhidas nem determinadas por nós, isto é, realizando um ato voluntário feito por e com virtude.

Portanto, feito com escolha deliberada, com moderação e reflexão sobre os meios e os fins, em vista da excelência ou do melhor. (CHAUÍ, Marilena, In: INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA FILOSOFIA, p. 448. Companhia das Letras, 2ª. Edição).

Aproprio-me dessa citação da obra da professora Marilena Chauí, cantada e decantada pelos intelectuais de esquerda, para finalmente me manifestar acerca da conjuntura política das eleições municipais, e do imprevisível – ao menos para mim – apoio do meu partido, PT, ao candidato do PSD, que se soma ao apoio do PSDB, PP dentre outros.

Não poderia silenciar-me, porque não tenho dúvida que 1853 votos não vieram da arte de “ficar em cima do muro”. Sempre me posicionei e colhi críticas e apoios e, por conseqüência, inimigos e apoiadores. Atenho-me aos últimos. Eles merecem meu posicionamento acerca do apoio manifestado a um candidato que passou 3 anos e 10 meses rompido com o meu candidato a prefeito.

Não só isso, que em campanha formula propostas inexeqüíveis ou desconexas da realidade e as prioridades do município. Um “garrote” hábil e impiedosamente utilizado e que não será curado, ao menos em mim, petista, por intermédio de um apoio extraído das vísceras feridas por um governo que a urna não aprovou.

Portanto, não aceitei regressar à prefeitura, pois me faltaria coerência, dignidade e brios, características que não consigo flexibilizar diante de nenhuma circunstância.

Ato contínuo, vejo a militância tão envergonhada quanto eu, não sabendo o que dizer àqueles que perguntam “como assim?”. Talvez nem toda a militância, bem sei, mas aquela que sempre ficou fora das decisões de cúpula, convencida e então convicta de que a culpa é dos outros e que os outros nunca tem razão.

Que os outros seriam oportunistas, egoístas, golpistas e tantos outros adjetivos de sufixo “ista” que ouso propor – buscando uma análise menos fisiologista – sejam substituídos pelos de sufixo “dade. Humildade, liberdade, dignidade.

Um apoio rechaçado pelos diretórios nacional e estadual, que já sinalizaram com nitidez com quem o PT vai estar para dar continuidade ao processo de transformação política do país.

Joinville é maior e deve ser vista com mais maturidade nesse contexto. Não pode servir de palco para os interesses de grupos A, B, ou C, arriscando a credibilidade e a história de um partido que nasceu com uma postura crítica ao reformismo dos partidos políticos social-democratas.

Um olhar para além do nosso fígado nos leva a enxergar Chalita com Haddad no estado de São Paulo, um governo do estado em 2014 e muito mais importante, a reeleição da presidente Dilma, que não deve romper com seu vice.

Enfim, já que a conjuntura municipal não depende de mim, mas que ainda me cabe promover um ato voluntário ético, com moderação e reflexão, em vista da excelência ou do melhor, declaro-me dissidente. E que venha a chuva. Joinville – nem eu – nunca se intimidou diante dela”.

PT Joinville: do auge ao abismo em quatro anos

Nunca antes na história deste país se fez algo parecido. Lutar durante três décadas para chegar ao poder, e em apenas quatro anos, desabar abismo abaixo. Sim, falo do PT joinvilense, único, da gema, que conseguiu a proeza de conquistar a Prefeitura após várias tentativas, e em apenas um mandato, rasgar a sua estrela relegando milhares de militantes à desgraça (fala deles, não minha, ok?) do apoio fechado e anunciado à Kennedy Nunes, ex-PMDB, ex-PFL, ex-PP, e agora por enquanto do PSD.

Carlito Merss preparou-se durante anos para o momento de assumir o comando da maior cidade catarinense. Ocupou espaços preciosos na Câmara de Vereadores, Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados, atuou com desenvoltura no governo Lula. Ao chegar ao governo em 2009 levou consigo a esperança de tempos diferentes na velha, conservadora e dependente Joinville. Mas aí começa a derrocada. Erros sobre erros de gestão, da comunicação (essa então, mereceria capítulo à parte!), de habilidade política.

Seu grupo de apoio, conhecido como o núcleo “duro”, hoje sabe-se que não tao duro assim ao ponto de capitular para o algoz do governo petista, passou a exigir currículos de companheiros. A enxergar um espião em cada cargo aliado. A calcular números de dívidas que jamais se confirmaram. A virar as costas para amigos, simpatizantes, companheiros de partido. Até conseguirem perder aliados como o PMDB em primeiro lugar, PR mais à frente com a divisão entre grupos, e finalmente com o PDT.

A incompetência na gestão política, e a péssima comunicação institucional do governo, e a falta da mesma comunicação para proteger a sua estrela maior, Carlito Merss, selaram a receita infalível para a derrocada final, que veio com o pedido, aceito, da cassação da candidatura petista por erro crasso de gestão do orçamento em ano eleitoral. A partir daí começam a procurar os culpados. Estariam eles na mídia? Ou talvez nos outros partidos? Ou mesmo no povo, que não compreende nada? Não conseguem enxergar o óbvio.

Se há culpados dessa derrocada histórica para o PT (olhem que Lula e Dilma estão aí para mostrar como se faz…), são os mesmos que rodeiam o atual Prefeito, que agora lastimavelmente se mostra mais uma vez fraco diante do tal “núcleo duro”, agora envolto com fisiologismos de toda ordem, sob o manto de “continuidade” do governo, etc, e tal. Ora bolas gente, o povo negou essa continuidade! O povo negou ficha suja para o comando da Prefeitura! O povo quer algo diferente, mesmo que agora a escolha em segundo turno seja muito dura. Difícil. Imprevisível.

Ao povo joinvilense agora, o que se pede é atenção, muita atenção. Não há nada novo no segundo turno, é verdade, o não é? Kennedy Nunes é o novo velho na política. Vive dela há mais de 20 anos! Udo é o velho novo que busca um lugar na história da cidade onde nasceu. Um político carreirista, carismático, adepto à demagogia, com base no eleitorado suscetível à religiosidade. Outro, empresário com fama de durão, gestor, sem carisma, com um eleitorado forjado à imagem e semelhança do PMDB e seu comandante máximo LHS, e em sua primeira eleição. Vejam o quanto é difícil a decisão no dia 28 de outubro. Mas vote, vote pelo melhor.

E ao PT, o que sobra? Na modesta opinião deste jornalista que atua e cobre política há 20 anos, é preciso renovar radicalmente a condução do partido. Para retirar a estrela do abismo, amassada, rasgada e espicaçada pelo tombo, é preciso mais que lideranças do arco A, ou B. Será preciso um momento com caras novas, com vontade de reconstruir e fazer partido, como no início desse partido popular. Para isso, talvez seja preciso mais uma derrota. Os militantes dos bairros irão dizer se querem salvar sua estrela para defender Dilma em 2014, ou atirá-la nos braços dos mesmos, sob a tutela de outros.

Ah, e antes que me atirem pedras por todos os lados e redes sociais: ouçam com carinho o que as urnas disseram. Elas são extremamente sábias.

Judiciário terá que publicar salários até 20 de julho; e em Joinville, quando publicarão?

Prefeitura, Câmara de Vereadores e Ipreville devem essa transparência à sociedade

A maior cidade catarinense aguarda com ansiedade a publicação dos salários e penduricalhos de todos os servidores públicos municipais lotados na Prefeitura de Joinville e Câmara de Vereadores. Mais de um mês após o início da aplicação da Lei de Acesso à Informação, já sabemos os salários da presidenta Dilma, de ministros do STF, de servidores da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, de servidores do Executivo Federal. E as informações do município, quando serão disponibilizadas? Ontem o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que todos os Tribunais Estaduais, Trabalhistas e Federais publiquem todos, e tudo sobre, os salários do Judiciário. Boa medida, ainda que pressionada.

Notícia publicada no IG: “Tribunais de todo o país – estaduais, trabalhistas e federais – terão que divulgar informações completas sobre a remuneração de juízes e servidores até dia 20 de julho. A determinação foi anunciada nesta terça-feira (3) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), atendendo às exigências da Lei de Acesso à Informação , sancionada pela presidenta Dilma Rousseff . A Câmara dos Deputados também resiste à ideia, tanto que já há projeto de decreto legislativo 582/12 (PDC) que susta a medida tão transparente e saneadora da Lei da Informação. Porque tanta resistência? O que se esconde por trás dessa luta contra a divulgação? Não vejo problema algum quanto a divulgar salários, até porque são pagos com dinheiro público, e portanto, sujeito sim a total transparência, não é mesmo amigo leitor?

É fundamental que tanto Prefeitura Municipal por meio do Prefeito Carlito Merss ou secretários competentes façam menção a quando divulgarão, onde e como será essa divulgação, mostrando não só o valor nominal, mas também os costumeiros penduricalhos de triênios, etc. Odir Nunes, presidente da Câmara de Vereadores, também deve essa notícia aos cidadãos joinvilenses ávidos por saber quem pagam, quanto pagam, onde estão, quem são eles, o que fazem, enfim, quanto custa o investimento para que o legislativo funcione, e os representantes do povo possam enfim nos representar. Até a presidente do Ipreville, Instituto de Previdência Municipal, Malvina Locks, tem o dever de publicar os dados. É o momento, hora da eleição!

Não faz muito tempo, houve até um caçador de marajás – o ex-presidente Collor, hoje senador (!!) – por conta da verdadeira farra que se fazia com o dinheiro público. Acabei de ler matéria premiada do jornalista Ricardo Kotscho sobre essa verdadeira zona, publicada em 1975/76 no jornal O Estado de São Paulo. Época dura, ditadura, mas o grande jornalista desnudou a vergonha que era feita com o dinheiro público por superfuncionários públicos. Mordomias, abusos e privilégios foram, sem nenhuma Lei de Acesso à Informação em vigor, colocados à luz do dia. Se nada mudou muito – afinal eram tempos de militares – nem mesmo com o caçador de marajás, agora com a implantação da Lei, é imperioso, urgente que tudo venha a tona, fique aos nossos olhos para que se coíbam abusos.

Acredito que o servidor público que cumpre sua função, horário e tem direitos adquiridos, não deve ficar constrangido. Se é justo, porque o constrangimento? Vamos saber sobre os vencimentos de aposentados em ambos. Será que existem superfuncionários novamente no serviço público? Será que existem supersalários? Ou descobriremos motoristas ganhando mais que o Prefeito ou até Secretários e presidente da Câmara? Torço que não. Mas penso também que é passada a hora destes dois líderes, do Executivo e Legislativo, anunciarem à população quando, como e onde estarão disponíveis as informações sobre salários e agregados. Vamos cumprir a Lei 12.527/11 – Decreto 7.724/12 – senhores Prefeito e Presidente da Câmara! O Blog Palavra Livre, seus leitores, jornalistas, mídia em geral e a população aguardam com grande ansiedade  a publicação dos dados!

Estreia do Xeque Mate foi show, obrigado amigos!

Estúdio: cenário bonito e moderno na entrevista de estreia com o prefeito Carlito Merss

Olá pessoal, quero agradecer imensamente a todos que acompanharam, ajudaram, apoiaram, divulgaram, enfim, estiveram junto comigo nesta nova empreitada iniciada ontem na TV Babitonga Canal 9 da NET Joinville, com o programa de entrevistas Xeque Mate. Iniciando pelo amigo Roger Santos, diretor da TV, que me fez o convite, incentivou, criou o nome, a arte, pensou cenário junto comigo, enfim, me arregimentou do mundo da comunicação para um novo desafio, valeu mesmo Roger, e olhe que estamos apenas começando!

Para a equipe do Roger, com o Baio, Fininho, Tiago, Elton Guerra, Floco, enfim, tantos outros que não lembro o nome e ainda estou conhecendo, valeu a força e empenho, vamos continuar assim moçada! Ao Eduardo Lima, estrela da TV, que incentiva e acredita no potencial do programa, um forte abraço também! Ao Jones da Publicity, que ajudou na construção do cenário, valeu amigo! Para Fabiana Vieira, grande amiga e companheira de profissão, que em 24 horas ajudou a trazer o prefeito Carlito Merss para o primeiro programa Xeque Mate, uma coisa difícil para um momento pré-eleitoral, correria é grande. Muito obrigado Fabi!!

Obrigado também ao entrevistado Carlito Merss, que não fugiu das perguntas embora pressionado, respondendo várias perguntas duras, cobranças dos amigos e leitores deste Blog que mandaram diversas perguntas – tinha mais de 50 – boas, importantes, e ele não reagiu contra, foi muito legal. O cenário ficou muito bonito, e pelo que já ouvi quem assistiu, gostou! E finalmente agradecer a minha amada Gi Rabello, minha mulher, companheira, e produtora, inclusive fotógrafa do primeiro programa, por seu carinho, dedicação, apoio e carinho, você é minha luz, obrigado com muitos beijos amada!

Momentos antes de entrar no ar, ao vivo, arrumando microfones em alto astral

Então, anotem aí: o programa Xeque Mate é apresentado ao vivo as segundas e quintas-feiras as 21 horas na TV Babitonga, Canal 9 da NET Joinville. Há horários alternativos a partir de semana que vem, às terças e sextas 13 horas, e domingo 11 horas. Ou seja, quem não viu no horário, pode ver nos alternativos. Na segunda-feira (2/7) vamos falar do tema palpitante na economia e sindicalismo do momento: a crise da Busscar.

Quem vai pro tabuleiro comigo é Evangelista dos Santos, presidente do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região. Vamos saber o que está por trás de todo esse problema, essa crise que envolveu mais de cinco mil famílias. Não perca, segunda-feira, 21 horas. Mande suas perguntas pelo email imprensa@salvadorneto.com.br. Obrigado também a todos os telespectadores pela audiência, é para vocês que esse programa é feito com todo o carinho e cuidado, pela boa informação e jornalismo sério, centrado e de interesse público. Obrigado!!!

Joinville ganha o prêmio Prefeito Amigo da Criança da Abrinq

Joinville é o único município de Santa Catarina a ganhar o Destaque Nacional do Prêmio Prefeito Amigo da Criança, Gestão 2009-2012, concedido pela Fundação Abrinq. No Brasil, só nove municípios foram contemplados nesta categoria. A premiação ocorreu na tarde desta quarta-feira (27/6), na Câmara dos Deputados, em Brasília, durante cerimônia de reconhecimento dos prefeitos da gestão 2009-2012 que aderiram ao Programa Prefeito Amigo da Criança e alcançaram as metas estabelecidas pela Fundação.

“Este é o prêmio mais importante da minha vida pública. E é resultado de uma política integrada, do esforço de várias secretarias que atendem o que consideramos o mais importante: fazer com que crianças e adolescentes tenham oportunidades para fazer um país melhor e mais justo”, disse Carlito Merss. Na premiação a Joinville, foram apontados como destaques a elaboração do Diagnóstico Social da Criança e do Adolescente, a transparência e a participação popular nas políticas públicas e o fortalecimento dos conselhos municipais.

Dos 1.566 município inscritos no Programa, somente 182 foram reconhecidos e concorriam ao Destaque Nacional. Joinville já havia sido escolhida em duas das três categorias: Reconhecimento Pleno e Boas Práticas. O resultado da premiação da categoria Destaque Nacional foi revelado somente na cerimônia desta quarta-feira. Nove municípios receberam o Destaque Nacional, e Joinville está neste seleto grupo, sendo o único representante de Santa Catarina.

Para a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Daiana Delamar Agostinho, o Destaque Nacional mostra o comprometimento da Prefeitura na área da infância e da adolescência e também a articulação entre o poder público e o Conselho Municipal. “Este prêmio é resultado do esforço e das ações da Prefeitura e dos projetos desenvolvidos pelo Conselho”, destaca Daiana.

Criado em 1996, o Programa Prefeito Amigo da Criança busca comprometer o poder público municipal a implementar políticas públicas que garantam os direitos de crianças e adolescentes, com o objetivo de contribuir para que as gestões avancem efetivamente. A cada edição, os gestores municipais são chamados a elaborar, de forma participativa e integrada, o diagnóstico da situação da infância e da adolescência e construir uma visão de futuro, estabelecendo metas e um plano de ação com as prioridades para os quatro anos de sua gestão.

O que é a Fundação Abrinq
A Fundação Abrinq é uma instituição sem fins lucrativos, criada em 1990, com o objetivo de mobilizar a sociedade para questões relacionadas aos direitos da infância e da adolescência. Seu trabalho é pautado pela Convenção Internacional dos Direitos da Criança (ONU, 1989), Constituição Federal Brasileira (1988) e Estatuto da Criança e do Adolescente (1990).

Da Prefeitura de Joinville