Porto em Cuba: Justiça Federal terá que ouvir o BNDES

A concessão de liminares sem que a parte requerida seja ouvida só se justifica em casos de dano irreparável. Com esse entendimento, a 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região cassou a cautelar dada pela primeira instância da Justiça Federal no Rio de Janeiro para obrigar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a fornecer dados e documentos sobre o empréstimo concedido para a construção do Porto Mariel, em Cuba.

A decisão foi proferida durante a apreciação de agravo de instrumento protocolado pelo banco. Agora a Justiça Federal terá que ouvir o BNDS antes de obrigá-lo a fornecer as informações sobre as obras do porto que fica a 45 quilômetros de Havana, assim como sobre outros empréstimos para realização de obras ou financiamento de serviços em Angola.

O pedido de informações fora apresentado diretamente ao BNDES pelo Ministério Público Federal, mas o banco se recusou a atender à solicitação. Disse que os contratos de empréstimo estão sob sigilo fiscal e que a divulgação deles poderia prejudicar as operações. Por isso, o MPF ajuizou ação cautelar na Justiça Federal.

Na 5ª Turma do TRF-2, o agravo protocolado pelo banco foi relatado pelo desembargador federal Ricardo Perlingeiro. Ao votar, o relator explicou que a concessão de liminar sem que a outra parte seja ouvida só se justifica se ficar comprovada a urgência da medida, com o risco de a demora no julgamento do mérito causar dano irreparável.

Segundo Perlingeiro, esse não é o caso do empreendimento em Cuba. “A concessão de medida liminar independentemente de manifestação da parte contrária, quanto possível, acarreta uma restrição desproporcional ao contraditório e a ampla defesa. Em cognição não exauriente, não restou demonstrada nos autos originários a presença de risco de dano irreparável que justificasse a concessão da liminar sem a oitiva da agravante”, escreveu. Seguiram o voto do relator os desembargadores federais Aluisio Mendes e Marcus Abraham.

Com informações da assessoria de imprensa do TRF-2

Criação de cooperativa de ex-trabalhadores da Busscar avança mais um pouco

A Comissão de ex-trabalhadores da Busscar, que apresentou a ideia de cooperativa para os demais interessados em duas assembleias realizadas nos dias 17/01 e 19/01, estão dando continuidade ao projeto. Segundo a Comissão, que está trabalhando para viabilizar o projeto, a continuidade dos trabalhos se faz necessária e agora está muito fortalecida com a inscrição de mais de 500 ex-funcionários interessados em serem sócios da Cooperativa.

O grupo também avançou nos contados com o BNDES, que pediu alguns ajustes no plano de negócios – Cooperativa – para que a equipe técnica do banco estatal possa analisar a ideia e sua viabilidade. Nestes contatos a Comissão contou com apoio da Unisol Brasil, CNM/CUT, CUT, SENAES e Sindicato dos Mecânicos.

Conforme os componentes da Comissão haviam afirmado nas duas reuniões realizadas em Janeiro, uma nova Assembléia será realizada para esclarecimentos aos inscritos(as) quanto as negociações com o BNDES e também tratar da formalização da Cooperativa. A reunião será realizada na Sede Central do Sindicato dos Mecânicos dia 21 de fevereiro (quinta-feira) as 19 horas.

A Comissão dos Trabalhadores convida a todos que preencheram a ficha de inscrição para que compareçam na Assembléia. Segundo Pedro de Medeiros, porta-voz da Comissão de Trabalhadores, os interessados em fazer parte da Cooperativa podem fazer contato com a Comissão pelo e-mail coopbuss@gmail.com.

Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

BMW em SC será financiada pelo BRDE, ou seja, dinheiro público

Posto aqui matéria que foi publicada no Notícias do Dia da capital Florianópolis, e postada no site do economista e supervisor técnico do Dieese/SC, José Alvaro Cardoso, o Sensor Econômico – sensoreconomicobrasil.blogspot.com.br – onde ele afirma ser um absurdo, o que também acredito, afinal, uma empresa deste porte precisa mesmo do nosso dinheiro e mais tantos incentivos para implantar fábrica aqui? Confiram a matéria:

Deputados aprovaram, na quarta-feira, um aumento de capital para o BRDE (Banco Regional de Desenvolvi­mento do Extremo-sul) em R$ 200 milhões. O banco dos três estados do Sul vai abrir linha de financia­mento de até R$ 1 bilhão para fe­char empréstimos a municípios e projetos de interesse do governo do Estado tocados pela iniciativa privada. A capitalização abre os cofres do banco para a montadora alemã BMW adquirir um imóvel para instalar sua fábrica em Ara­quari, no Norte do Estado. A BMW poderá contrair empréstimos de até R$ 240 milhões.

Segundo Murilo Flo­res, coordenador do Pac­to por Santa Catarina, os três estados do Sul estão integralizando capital no banco. O Paraná, por exemplo, vai fazer apor­te de R$ 600 milhões. Tanto os R$ 200 milhões de Santa Catarina como os R$ 600 milhões do Paraná são recursos de financia­mento do BNDES. E a finalidade é a mesa: atender programas de interesse dos governos municipais.

Santa Catarina obteve empréstimo de R$ 5 bilhões do BN­DES. O financiamento foi uma forma de o governo federal compensar as perdas de receita pro­vocadas pela unificação da alíquota do ICMS. A operação de crédito é ex­clusivamente para aten­der ao Programa Celera Santa Catarina, que tem projetos nas áreas de infraestrutu­ra logística, habitaçã ;o, assistência social e saneamento básico.

Murilo Flores disse que a trans­ferência de R$ 200 milhões não re­tira recursos dos projetos contidos na lei 15.855, que criou o programa Acelera Santa Catarina, e ainda abre outro flanco de financiamen­tos. “É uma jogada que resolve muitos problemas. O governo do Estado carece de recursos para convênios. Capitalizando o BRDE, a instituição poderá financiar essas prefeituras em muitos programas de interesse social”, comentou.

Apenas um voto contrário
O projeto de lei complementar 334 teve voto contrário do deputado Sargento Soares (PDT). O parlamentar disse que não tem nada contra a capitalização do BRDE, mas tem ressalvas ao Estado assumir empréstimos e passar à indústria automobilística. “A indústria alemã só vai entrar com sua logomarca. E o Estado entra com o dinheiro”, protestou o único deputado a votar contrário a transferência de dinheiro do Estado para a BMW”.

Fonte: Notícias do Dia

Caso Busscar: BNDES reafirma ao Sindicato que mantém “não” ao plano da empresa

O Sindicato dos Mecânicos foi ao Rio de Janeiro na sede do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na última sexta-feira (15/6) representado pelo seu presidente Evangelista dos Santos, e o diretor de base, Nivaldo Senna, que ouviram boas notícias para os trabalhadores envolvidos na crise da Busscar: o banco mantém o voto “NÃO” ao plano reapresentado pela empresa porque ele não é viável econômica e socialmente, e ainda retira direitos dos trabalhadores que já não recebem há 26 meses. “Eles pegam dinheiro público (empréstimo em 2004), não pagam, não pagam salários, e agora ainda querem retirar direitos dos trabalhadores? Não há como ser favorável, disseram os advogados e técnicos”, afirma o presidente Evangelista.

Os dirigentes sindicais foram direto à fonte para defender os direitos dos trabalhadores, buscando saber os encaminhamentos do BNDES na continuidade da assembleia geral dos credores agora marcada para o dia 7 de agosto (terça-feira) no Centreventos Cau Hansen. Segundo o banco estatal, agora é hora de esperar as definições do juiz, e também a apresentação de um plano alternativo novo que está em construção por parte de alguns credores. “Se o plano dos credores, onde estamos incluídos, for viável e tiver condições técnicas da participação do banco, eles podem participar sim dessa nova fase, mas com os atuais acionistas não há a mínima chance”, relata Evangelista dos Santos. A participação no sistema de cooperativa também entra nesse quesito, de viabilidade.

Os sindicalistas questionaram o apoio do BNDES à Tupy quando de sua crise. Para o banco, no caso da Tupy houve o entendimento da família para a saída, e os credores assim costuraram essa fase atual que é de crescimento. No caso da Busscar, os representantes do BNDES reiteraram que à época a empresa não tinha condições técnicas de receber financiamento, mas uma decisão política apoiada em apelos pelos empregos acabou liberando os R$ 30 milhões. “Mas tinham condicionantes que não foram realizadas pela Busscar, como abertura de capital, mudança da gestão, entre outros”, completa Evangelista.

O presidente do Sindicato deixou documentos à disposição do BNDES, e colocou a entidade à disposição para a construção de uma nova fase, com um novo plano que possa manter empregos inclusive. “O BNDES deixou claro que apoiará tudo que envolva manutenção de empregos, dentro de uma nova realidade em um plano viável. E que estará ao lado do Sindicato nessa luta. Ou seja, os demais credores têm de valorizar os trabalhadores nesse novo plano, caso contrário, também ficará difícil a negociação”, destaca o presidente.

As próximas visitas e encontros da agenda do Sindicato marcam a ida à diretoria do Santander em São Paulo e a conversa com os ex-sócios, tios de Claudio Nielson, que capitaneiam a elaboração do novo plano que deverá ser protocolado em breve na Justiça. A reunião prevista para esta terça-feira (19/6) foi adiada possivelmente para a semana que vem, em Joinville. Ao Santander ainda não há data definida. O presidente Evangelista dos Santos espera que após a decisão do juiz Maurício Póvoas em deixar clara a ilegalidade do plano da Busscar, os trabalhadores sejam prioridade para os demais credores.

“Estamos trabalhando duro, buscando todas as alternativas possíveis para que os trabalhadores recebam o que lhes foi negado pela Busscar, e se possível, se retomem a produção, renda e empregos. Para isso é que estamos nessa luta, pelos direitos, pela verdade e sempre dentro da lei”, finaliza o Presidente.

Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

Caso Busscar: Sindicato vai ao BNDES cobrar posição sobre direitos dos trabalhadores

A diretoria do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região já marcou data para cobrar posicionamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na futura continuidade da assembleia geral dos credores da Busscar. Dia 15 de junho o presidente Evangelista dos Santos estará na sede do banco no Rio de Janeiro para saber sobre possíveis novos planos em negociação que contemplem como prioridade os direitos dos trabalhadores.

A entidade sindical busca salvaguardar os interesses dos trabalhadores que completam nesta semana 26 meses sem receber salários, mais décimos terceiros salários e demais direitos previstos em lei e ignorados pela empresa. O Sindicato busca agendas também com os grandes bancos credores como o Santander, e com os maiores credores quirografários. Enquanto a Busscar se nega a negociar, o a entidade sindical articula uma saída com base no que disse o juiz da causa, ou seja, esgotar todas as possibilidades possíveis. “O plano da Busscar já foi negado por todos. Insistir nele é o mesmo que desejar a falência”, destaca Evangelista.

Na crise de 2003 o Sindicato dos Mecânicos teve participação decisiva para a manutenção dos empregos e conquista dos R$ 30 milhões junto ao BNDES. Na época os técnicos do banco estatal deram o seu parecer pela não liberação dos recursos por já constatarem à época ser a Busscar uma empresa falida tecnicamente. A liberação só se deu por força política e interveniência e apoio da entidade sindical, e por a empresa estar naquela época ainda com grande produção em andamento, com dívidas muito menores que hoje, dez anos depois.

Outra condição para liberar os R$ 30 milhões foram condicionantes de abrir capital, mais transparência e mudança de diretoria. Todas foram ignoradas pelos acionistas até hoje. Para Evangelista, a idéia da visita ao BNDES é defender os interesses dos trabalhadores. “O BNDES é um banco que tem compromisso social, e portanto, deve levar em consideração que há trabalhadores com quase R$ 120 milhões a receber, e que não podem sair perdendo nessa hora. Vamos buscar saber se há um novo plano, ou idéia, para deixar claro também que em qualquer composição, os trabalhadores tem de ser prioridade, assim como faremos com outros bancos e credores”, afirma o presidente do Sindicato dos Mecânicos.

Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

BNDES e Bradesco firmam contrato para financiar exportações para África e AL

O BNDES e o Banco Bradesco S/A firmaram o primeiro contrato de financiamento a exportações que poderá ser utilizado para a venda de bens de capital fabricados no Brasil para países africanos. A linha de crédito, de até US$ 200 milhões, será repassada por agências internacionais do Bradesco e utilizada para financiar importadores de máquinas e equipamentos brasileiros. Além da África, também serão financiadas exportações para a América Latina.

Os financiamentos serão realizados por meio do BNDES Exim Automático, linha de crédito criada no final de 2010 pelo BNDES. O Exim Automático opera com a concessão de limites de crédito para bancos no exterior, que fomentam as operações com seus clientes locais e assumem o risco de crédito perante o BNDES. Os desembolsos são feitos ao exportador, no Brasil, após o embarque, à vista e em reais.

Desde o início das operações, 30 bancos já obtiveram limites de crédito, totalizando US$ 1,4 bilhão, para financiar importadores em países latino-americanos, na aquisição de bens exportados do Brasil.

Entre os produtos exportados, destacam-se máquinas e implementos agrícolas, máquinas e ferramentas industriais, ônibus e caminhões, máquinas rodoviárias, geradores, transformadores e equipamentos de telecomunicação de fabricação nacional.

Com prazos de pagamento de até cinco anos e taxas competitivas, o BNDES Exim Automático contribui para ampliar as vendas das empresas brasileiras no exterior, principalmente no concorrido segmento de bens de capital, o que deverá ser agora incrementado, com a participação internacional do Bradesco na África e na América Latina.

Rádios comunitárias poderão ter financiamento pelo BNDES

As entidades prestadoras de serviços de radiodifusão comunitária poderão obter financiamentos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para implantar projetos de capacitação técnica e operacional. É o que prevê projeto de lei do Senado (PLS 556/07), aprovado nesta quarta-feira, em decisão terminativa, pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). A proposição é de autoria do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), licenciado e atual ministro da Pesca.

Segundo a proposta, os recursos do financiamento poderão ser utilizados para aquisição de equipamentos, modernização de instalações e de sistemas radiantes, produção de programas culturais e educativos, programas de formação profissional e apoio à atuação de conselhos comunitários.

As regras para a concessão dos financiamentos constam de substitutivo elaborado pelo relator do projeto, senador Walter Pinheiro (PT-BA). O texto será ainda submetido a votação suplementar pela comissão. O projeto original previa a concessão de financiamento para emissoras que viessem a migrar para o sistema digital. Em seu voto, porém, o relator observou que o padrão digital a ser utilizado pelas emissoras de rádio do país ainda não foi escolhido.

– De fato, ainda não há definição sobre o padrão digital de rádio a ser implantado no país. Mesmo assim, em nosso entendimento, a crônica dificuldade de autofinanciamento dessas emissoras justifica a busca de alternativas para sua sustentabilidade – afirma Walter Pinheiro em seu parecer.

Apoio cultural

A CCT aprovou também parecer favorável ao PLS 629/11, do senador Paulo Paim (PT-RS), que inclui o apoio cultural ao serviço de radiodifusão comunitária entre os projetos aptos a receber recursos incentivados. O projeto altera a Lei 8313/91 (Lei de Incentivo à Cultura) para beneficiar as emissoras comunitárias.

Em seu voto favorável, o relator ad hoc do projeto, senador Cyro Miranda (PSDB-GO), recordou as dificuldades de financiamento enfrentadas pelas emissoras comunitárias. Ele recordou que a legislação em vigor admite apenas o patrocínio, sob a forma de apoio cultural, proveniente de estabelecimentos situados na área da comunidade atendida.

– Isso não parece ser suficiente para atender às necessidades das rádios comunitárias. Assim, faz-se necessário identificar novas fontes de financiamento, razão pela qual entendemos que a proposta de inclusão de tais entidades na Lei de Incentivo à Cultura é louvável e deve ser acolhida por esta comissão – sustentou Miranda.

Lixo Eletroeletrônico

Durante a reunião, foi rejeitado – por sugestão do relator, senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) – o PLS 488/11, destinado a disciplinar o descarte do chamado lixo eletroeletrônico. Segundo o relator, o tema já se encontra regulamentado pela Lei 12305/10, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

A comissão aprovou ainda 45 projetos de decreto legislativo que autorizam o funcionamento de emissoras de rádio e televisão em diversas partes do país.

Do Correio do Brasil

BNDESPAR fará oferta pública do Fundo de Índice de Carbono Eficiente

A BNDES Participações S/A (BNDESPAR) protocolou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedido de registro para a Oferta Pública de quotas do Fundo ECOO11 — iShares Índice Carbono Eficiente (ICO2) Brasil – Fundo de Índice. A operação, destinada tanto para investidores de varejo quanto para investidores institucionais, será no montante inicial de R$ 1,5 bilhão, podendo ser acrescida em até 35% em razão da demanda.

Os ETFs iShares são fundos de índice cujas cotas são compradas e vendidas como ações na bolsa de valores. São instrumentos de investimento eficazes, que beneficiam o investidor com diversificação instantânea de portfólio, custos mais competitivos e um grau elevado de transparência.

O Fundo será composto pelas ações das empresas pertencentes ao Índice Carbono Eficiente (ICO2) e sua gestão estará a cargo da BlackRock Brasil. A BlackRock, maior gestora independente global de fundos, com mais de US$ 3,5 trilhões em ativos sob gestão, detém mais de 40% de participação no mercado mundial de ETFs e conta agora com sete fundos de índice que levam a marca IShares no Brasil. A distribuição pública das quotas do ECOO11 será coordenada pelo BB – Banco de Investimentos (Coordenador Líder) e pelo Citigroup Global Markets Brasil, Corretora de Câmbio e Títulos de Valores Mobiliários.

A BNDESPAR oferecerá uma opção de venda aos investidores de varejo que investirem até R$ 25 mil na Oferta Pública. A opção de venda é um mecanismo por meio do qual o investidor de varejo terá a possibilidade de revender suas quotas para a BNDESPAR pelo valor original da Oferta, sem acréscimo de correção monetária e juros, descontados todos os tributos e encargos devidos.

Os investidores poderão exercer a opção no período compreendido entre o 366° dia, inclusive, e o 395º dia, inclusive, seguintes à data de liquidação da oferta. Para garantir o direito de exercício da opção de venda, o investidor não poderá alienar, onerar ou ainda transferir a custódia das quotas do Fundo até o final do período de exercício da opção.

Os investidores de varejo poderão realizar seus investimentos por meio das seguintes categorias de investimento:

1 – Direta, com valor mínimo individual de pedido de investimento de R$ 1 mil e o valor máximo individual de pedido de investimento de R$ 300 mil, e/ou,
2 – Indireta, via fundo de investimentos em ações, com a alternativa da modalidade de investimento com opção de venda e sem opção de venda. O valor mínimo de investimento individual será de R$ 300 e o máximo de R$ 25 mil para as quotas com opção de venda. Para aqueles sem opção de venda, o valor mínimo do aporte individual será de R$ 300 e o máximo de R$ 300 mil.

A Oferta Pública será realizada exclusivamente no Brasil, mas investidores não residentes poderão participar. Para tanto, deverão ter o registro de investidor estrangeiro.

O preço final por quota do Fundo ICO2 será fixado após a conclusão do procedimento de coleta de intenções de investimento, realizado somente com investidores institucionais. O preço de distribuição será determinado tomando-se por base a indicação de interesse dos investidores institucionais e, ainda, a cotação das ações do Índice na data de fechamento do dia útil imediatamente anterior ao procedimento de Bookbuilding (formação de preço).

O Índice Carbono Eficiente – ICO2 foi desenvolvido a partir de uma iniciativa conjunta entre o BNDES e a BM&FBOVESPA e é composto pelas ações das companhias participantes do IBrX-50 que aceitaram participar dessa iniciativa, adotando práticas transparentes com relação às suas emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE).

O ICO2 leva em consideração, para ponderação das ações das empresas componentes, seu grau de eficiência de emissões de GEE, medido pela relação entre as emissões e a receita da empresa, além do free float (total de ações em circulação) de cada uma delas.

Do BNDES

Busscar: BNDES também diz não ao Plano de Recuperação da empresa

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apresentou na segunda ao cartório da 5ª Vara Cível de Joinville uma objeção ao plano de recuperação judicial da fabricante de carrocerias de ônibus Busscar. No documento, advogados do banco alegam que o plano não contempla o pagamento de juros e correção monetária sobre a dívida contraída pela empresa, que é de R$ 57,3 milhões. O dinheiro é resultante de um empréstimo concedido pelo banco no primeiro processo de reestruturação da empresa em 2003.

O BNDES é um dos seis credores com garantia real da Busscar, que não sofrem nenhum desconto nas dívidas. Segundo o plano de recuperação da Busscar, o pagamento da quantia devida seria feito em 96 parcelas, após uma carência de 48 meses a partir da assembleia de credores. Os únicos juros a serem pagos pela companhia começariam a ser contabilizados a partir da aprovação do plano, e com taxas de 4% ao ano sobre o valor devido. Também não é prevista correção monetária. A instituição financeira não quis se pronunciar sobre o assunto.

Além do primeiro não do BNDES, o Banco Fibra, que tem R$ 2,7 milhões a receber, também apresentou impugnação à lista de credores apresentada no final de fevereiro pelo administrador judicial do caso, Rainoldo Uessler. O prazo para questionamento se encerrou na semana passada. O cartório contabiliza 187 manifestações contrárias à listagem de dívidas do grupo. Os assessores responsáveis por reunir a documentação dizem que ainda há ofícios sendo apresentados, e que o juiz da 5ª Vara Cível, Maurício Cavalazzi Povoas, decidirá se os avalia em conjunto com os demais.

Justificativas
Passado o período de manifestações dos credores, o juiz deverá intimar a Busscar e seu administrador judicial para que exponham suas justificativas e discutam a necessidade de fazer modificações ao plano e à lista de credores. A própria Busscar apresentou 54 ofícios discordando de valores de créditos e da classificação de alguns credores.

O advogado da empresa, Euclides Ribeiro S. Júnior, diz que alguns créditos – cerca de 50 entre os 6.880 – foram classificados de forma errada. “A lei diz que temos que corrigir via impugnação de crédito. Agora o juiz decide. É praxe.” O Sindicato dos Mecânicos foi o primeiro a impugnar o Plano de Recuperação Judicial, falho, fraco e sem credibilidade. A entidade prepara agora a Assembleia Geral dos Trabalhadores para o dia 15 de abril, um domingo, às 9 horas no Centro Esportivo localizado na rua Rui Barbosa, 495 no Costa e Silva.

Matéria publicada em A Notícia, assinada por Larissa Guerra, com informações do Sindicato.

 

Busscar: Projeto Guatemala morreu – como fica o Plano de Recuperação?

Fontes do Blog garantem: o projeto Guatemala em que a encarroçadora Busscar Ônibus apostava todas as fichas para tentar aprovar sua recuperação judicial na futura assembleia geral dos credores, em maio, morreu. Não existe mais, e até a Mercedes já está dando outro fim para os chassis que estavam a espera do milagre. Entre várias justificativas para o fim, as mudanças de projetos, de modelos, e até a política do país da América Central. É o fim de mais um sonho da empresa catarinense, afundada em dívidas que beiram R$ 1,6 bi para bancos, trabalhadores, fornecedores e ex-sócios. E as fontes são fortes, fortíssimas. Se confirmado o fim do projeto, vai ser um Deus nos acuda pelos lados do norte de Joinville (SC).

É uma notícia muito ruim para um momento que é péssimo para a Busscar, a poucos dias de ver o seu plano de recuperação judicial ser colocado à prova em votação. Se aprovado, ganha mais um tempinho de sobrevida. Se reprovado, hipótese muito provável pelas atuais circunstâncias, e falta de credibilidade lógico, a falência pode ser decretada imediatamente. Sem o projeto Guatemala, o plano que já era ruim fica ainda mais fraco e inconsistente. Impossível de ser acreditado por bancos, fornecedores, e agora mais ainda pelos trabalhadores, que completam 24 meses sem ver a cor de salários na próxima semana.

Antes era o crédito do IPI que a empresa acenava como existente, possível, cerca de R$ 600 milhões que tinha para receber do Governo Federal. Ideia sepultada por decisão final do STJ. Depois vieram promessas de venda de ativos, nunca operacionalizadas. Em seguida a saída possível antes do início dos leilões dos bens do Grupo Busscar, em decisão da Justiça do Trabalho, com o pedido da recuperação judicial por meio de um escritório de advocacia do Mato Grosso. A base de convencimento era o projeto Guatemala, agora morto. O que faltará para a Justiça enfim decretar o fim dessa agonia da empresa, trabalhadores, bancos, fornecedores e a sociedade? Ninguém aguenta mais essa novela mexicana, de muito mau gosto.