Casa Branca deve anunciar hoje visita histórica de Obama a Cuba em março

U.S. Democratic presidential candidate Senator Barack Obama (D-IL) attends the Cuban Independence Day celebrations during a meeting with the Cuban American national foundation in Miami, Florida, May 23, 2008.     REUTERS/Carlos Barria    (UNITED STATES)   US PRESIDENTIAL ELECTION 2008 (USA)

A Casa Branca deverá anunciar hoje (18) que o presidente Barack Obama planeja viajar para Cuba em março deste ano.

Será a primeira viagem de um presidente norte-americano a Havana, capital cubana, em 88 anos. A viagem, que vinha sendo comentada informalmente nos meios diplomáticos, foi confirmada pelo The Wall Street Journal, na edição de hoje (18), citando como fonte um alto funcionário do governo norte-americano.

A viagem de Obama ocorrerá 15 meses depois que os Estados Unidos e Cuba anunciaram planos para restaurar relações após um congelamento diplomático que durou mais de 50 anos.

A visita constitui mais uma etapa na reaproximação histórica entre os Estados Unidos e Cuba. A última e única visita de um presidente norte-americano ao país foi feita por Calvin Coolidge, em 1928.

Situada a apenas 145 quilômetros da costa da Flórida, Cuba vem sofrendo um embargo econômico dos Estados Unidos desde 1961, quando as relações entre os dois países foram cortadas. O rompimento ocorreu depois da revolução cubana liderada por Fidel Castro.

A reaproximação Cuba-Estados Unidos avançou em dezembro de 2014, quando Obama anunciou mudanças nas relações com Havana.

Posteriormente, os dois países restauraram relações diplomáticas, reabriram embaixadas em Washington e em Havana e chegaram a acordos sobre voos comerciais diretos e serviço de correio. Projeto-piloto para levar o acesso à internet de banda larga à população foi anunciado por Cuba no mês passado.

Embora os dois países tenham avançado em termos de reaproximação, muitas medidas visando à normalização das relações ainda dependem do Congresso dos Estados Unidos. Os congressistas ainda têm de levantar o embargo econômico e a proibição de viagens de norte-americanos a Cuba.

A Casa Branca analisa a adoção de providências que permitam que turistas norte-americanos façam viagens para Cuba. A ideia é que o próprio executivo emita uma autorização especial, evitando assim que o turismo para a ilha cubana dependa de aprovação do Congresso norte-americano.

Senado dos Estados Unidos vota hoje acordo que evita calote

O Congresso dos Estados Unidos vota hoje (1º) um acordo preliminar entre republicanos e democratas que determina cortes nos gastos governamentais e a elevação do teto da dívida pública americana, atualmente em US$ 14,3 trilhões. O governo está ameaçado de ter dificuldades para honrar parte da dívida.

O acordo, anunciado pelo presidente norte-americano, Barak Obama, ontem (31) à noite, pretende  encerrar meses de disputas entre os dois principais partidos e tirar o país da rota do que poderia ser um calote sem precedentes.

Segundo Obama, o acordo permitirá “evitar o default [suspensão de pagamentos] e encerrar a crise que Washington impôs ao resto dos Estados Unidos”.

O pacote deve passar sem dificuldades pelo Senado, mas deve enfrentar resistências na Câmara de Representantes pois os republicanos, que são oposição, disseram-se insatisfeitos com o que foi negociado ontem.

O acordo preliminar eleva o teto da dívida, atualmente em US$ 14,3 trilhões, em cerca de US$ 2 trilhões, permitindo que o governo tome novos empréstimos e continue financiando sua dívida até, pelo menos, 2013.

Uma das principais exigências dos democratas é que o novo prazo para revisão do teto não caia no ano eleitoral de 2012. A contrapartida exigida pelos republicanos prevê cortes no déficit público que podem chegar a US$ 2,4 trilhões ao longo da próxima década.

Segundo as negociações, esses cortes seriam feitos em duas etapas e poderiam exigir a criação de um comitê no Congresso que seria responsável por propor as áreas de onde sairiam os recursos. Em um primeiro momento, os cortes para os próximos dez anos ficariam em torno de US$ 900 bilhões. O volume adicional de cortes ainda precisa ser determinado.

O acordo afasta o risco de suspensão imediata de pagamentos da dívida, mas não descarta que a avaliação dos títulos da dívida pública americana seja revista para baixo do atual patamar de nota máxima. O mercado aguarda que as três principais agências de risco se pronunciem sobre o conteúdo do que foi negociado.

Agência Brasil