Sindicato aciona Metalúrgica Duque por atraso nos depósitos de FGTS

A diretoria do Sindicato dos Mecânicos acompanha apreensiva a situação de uma grande empresa da categoria, a Metalúrgica Duque de Joinville (SC). Além de não depositar o FGTS há quase um ano, a empresa também tem atrasado salários.

Preocupado com os postos de trabalho e a  garantia dos direitos trabalhistas de cerca de mil trabalhadores, o Sindicato já exigiu providências no final de 2012, mas até hoje sem solução ou retorno prático por parte da empresa.

Diante disso a entidade sindical que representa milhares de trabalhadores vai entrar com um processo para exigir o pagamento do FGTS em atraso. A intenção é pressionar a diretoria da empresa para que vá atrás das soluções devidas e precisas neste momento. O caso Busscar está vivo na memória da sociedade e dos trabalhadores, que foram lesados em seus direitos de forma brutal e irresponsável que levou a todos para uma falência dolorosa, que ainda nem começou de fato.

A Metalúrgica Duque é uma empresa tradicional de Joinville, emprega trabalhadores dedicados que merecem o cumprimento da lei que protege os direitos trabalhistas, com pagamentos salariais em dia, depósitos de FGTS e INSS em dia, melhores condições de trabalho e muito mais. Há informações de que o aporte de dinheiro do BNDES já chegou, mas no entanto, nada de colocar as contas em dia.

O Sindicato alerta para que não tenhamos mais um caso Busscar, evitando a perda de postos de trabalho e direitos dos trabalhadores, e também a perda para toda a economia local, regional e do país. O processo deverá ser protocolado no início da semana que vem.

Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

Duque atrasa FGTS e Sindicato exige explicações

Na entrega do último boletim de 2012 – a Tribuna dos Mecânicos – nesta semana para os trabalhadores e trabalhadoras da Metalúrgica Duque, a direção do Sindicato dos Mecânicos cobrou da direção da empresa os motivos para os atrasos no recolhimento do FGTS dos cerca de mil trabalhadores da empresa.

Segundo denúncias, comprovadas, a empresa não recolhe o tributo há cerca de oito meses. O Sindicato tem feito pedidos de informações, mas a Duque tem negado sistematicamente qualquer contato. Diante disso, a diretoria já protocolou oficialmente um pedido de reunião com a diretoria da empresa para que esclarecimentos sejam feitos imediatamente. Há denúncias também de que alguns salários acima de um teto “X” estariam sendo pagos com atraso.

Outra situação que já foi verificada e já está nas mãos do Ministério do Trabalho e órgãos competentes, é o desrespeito à convenção coletiva. Um dos casos de desrespeito se refere à justificativa de falta quando o marido, ou a mulher, tem de acompanhar o outro, ou filhos, em situações de doença ou atendimento médico. A empresa tem praticado o desconto dos dias quando das férias, o que é indevido segundo a convenção coletiva.

Para o secretário de Finanças, João Bruggmann, que esteve discursando em frente à Duque em carro de som do Sindicato, a empresa precisa se explicar sim, evitando danos maiores aos trabalhadores e à sociedade. “Não queremos ver outra empresa indo à bancarrota por conta de falta de comunicação, de interesse em debater, de receber o seu Sindicato. Queremos esclarecimentos em nome dos direitos dos trabalhadores da Duque, e aguardamos retorno com urgência. Caso contrário, temos outros caminhos a tomar”, avisa Bruggmann.

Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região