Infelizmente a pergunta do título ainda é um mistério. A CPI dos Respiradores ainda ouve testemunhas, um trabalho árduo pela frente para buscar chegar aos verdadeiros artífices da grande fraude que jogou R$ 33 milhões dos catarinenses nas mãos de espertalhões, para dizer pouco, que lesaram os cofres públicos. Até hoje não apareceram os respiradores, e pasmem, também não apareceu o nome do deputado estadual que ligou para a ex-superintendente da Saúde, Márcia Pauli, para saber sobre a compra antecipada.
Em seu primeiro depoimento à CPI, Márcia afirmou que, durante a turbulência para abastecer as regiões com materiais de combate ao Covid-19, ela recebia ligações de todas as partes, “até de deputado”. Os membros da CPI perguntaram o nome de quem ligou e ela respondeu que não lembrava, e que o seu celular estava com a força-tarefa que estava investigando a compra. Naquele dia, exatamente um mês atrás, o deputado Sargento Lima encaminhou correspondência a todos os parlamentares para que se identificasse, espontaneamente, quem ligou para a ex-superintendente de Gestão Administrativa da Secretaria da Saúde, Márcia Pauli. Acreditem, até agora, metade não respondeu ao ofício. Os nove membros da CPI já responderam oralmente de que não ligaram para a servidora.
Além de da resposta espontânea, o presidente da comissão também aguarda o resultado da perícia, que identificará o autor da ligação. “O objetivo é dissipar a nuvem que paira sobre a cabeça de cada um dos parlamentares”, declarou. Tem razão o presidente da Comissão, Sargento Lima, porque é quase impossível que um deputado não lembre que ligou para a servidora em um caso tão sério que resultou até em CPI no parlamento. O que tem a esconder, ou qual seria o medo em dizer que ligou, e porque, para que? Enquanto isso, vários deputados ficam sob suspeita, o que é ruim para o andamento dos trabalhos e imagem da Assembleia.
Quando sair o resultado da perícia no celular da servidora Márcia Pauli, o nome virá a tona, não tem jeito. E as especulações serão muitas…