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  • Caso Busscar: Sindicato diz que saída é um pacto amplo com saída dos acionistas

    A partir de hoje, 10 de julho, (notícia foi postada ontem no site do Sindicato) faltam apenas 28 dias para o reinício da assembleia dos credores da Busscar, ou seja, para todos os credores quirografários, com garantias reais e trabalhistas decidirem o futuro daquela que já foi a segunda maior encarroçadora de ônibus do país, hoje apenas um enorme problema para milhares de famílias que não recebem salários e direitos há 27 meses. Dia 7 de agosto, 15 horas, no Centreventos Cau Hansen em Joinville (SC) a decisão será tomada no voto com base, por enquanto, no plano de recuperação apresentado pela empresa, e já rejeitado por todas as classes de credores. E se o final da novela for a decretação da falência, só haverá três culpados: os acionistas Rosita Nielson, Claudio Nielson e Fabio Nielson.

    Entre várias notinhas plantadas na imprensa pela poderosa, e cara, assessoria de comunicação contratada pela Busscar, a última foi de que estão produzindo um, isso mesmo, um ônibus por dia. Não se sabe se o dia é o dia trabalhador, ou dia corrido. De qualquer forma, para quem já produziu até 25 ônibus/dia, isso é um número ridículo e que mostra a situação prá lá de crítica da empresa da família Nielson. Os únicos culpados por enterrar quase 70 anos de história de trabalho, de talento dos trabalhadores joinvilenses são os acionistas. As tentativas em se achar culpados que não os próprios acionistas tem se revelado infrutíferas, inúteis diante dos fatos e números dos últimos 10 anos.

    Segundo o diretor financeiro do Sindicato dos Mecânicos e ex-presidente da entidade, João Bruggmann – que acompanha a situação desde a primeira crise em 2003 – os acionistas jamais deram ouvidos às inúmeras orientações oferecidas, desde o BNDES até o Sindicato. “O BNDES sempre disse que deveria acontecer a mudança na gestão, com novos sócios, para dar o salto a partir do empréstimo dos R$ 40 milhões em 2004. Mas o que fizeram eles? Negaram tudo, enveredaram por rumos obscuros, cometeram erros infantis, misturaram negócios com política e religião. Está aí o legado deles, a situação falimentar”, dispara o dirigente sindical.

    Pacto Amplo
    Para o experiente sindicalista que foi um dos responsáveis pela conquista do empréstimo junto ao BNDES em 2003/2004, a única saída para a não falência é a realização de um pacto amplo entre acionistas e credores. João Bruggmann lamenta que os diretores da empresa tenham escolhido o caminho da divisão entre os trabalhadores, principais peças para que exista produção. “Infelizmente eles optaram por dividir. Hoje existem três grupos entre os trabalhadores. Os ainda ligados a empresa, seguidores da família Nielson, os ainda ligados mas que não recebem nada até agora, e uma enorme massa que saiu e nada recebeu, ficando abandonada no mercado. Ou seja, como unir tudo isso, e mais credores que foram lesados? Só com um grande pacto”, defende João Bruggmann.

    Mas para que isso aconteça, diz o dirigente sindical, é preciso o primeiro ato por parte da Busscar, dos acionistas, abrindo mão do comando, e abrindo verdadeiramente o caminho para os investidores que sempre desejaram dar um novo impulso para a empresa. “Naquela crise de 2002, 2003, houve um pacto que depois não foi cumprido pelos acionistas. Os trabalhadores se engajaram junto com o Sindicato, e aí a coisa evoluiu. Depois eles foram abandonando tudo, e agora o resultado é este. Para que os trabalhadores se engajassem em um novo pacto, somente com novos investidores, novos sócios, nova gestão, e ainda mantendo os direitos como manda a lei de recuperação judicial”, explica Bruggmann.

    Outro erro considerado grave foi o envolvimento com política e religião nos negócios. Além de desperdício de dinheiro, tempo e foco nos negócios, a atitude despertou grande antipatia da sociedade joinvilense, inclusive do empresariado, que não aprovou o caminho escolhido pelos Nielson para resolver um problema por eles mesmos criado. Para João Bruggmann, que recentemente participou de um Congresso Internacional sobre Economia e Trabalho na Alemanha, o Sindicato seria parceiro sim de uma retomada com base nas premissas de novos sócios, nova gestão, manutenção dos direitos conforme manda a lei e a recuperação judicial, e participação dos trabalhadores com assento em um conselho diretivo, com direito a veto, a contratar, dispensar, inclusive com a formação de uma comissão de fábrica.

    “Mas isso só será possível se houver grandeza de espírito dos acionistas Rosita Nielson, Claudio Nielson e Fabio Nielson. Até o momento o que se viu, e se vê, são tentativas desesperadas, erradas, infantis até, de confundir opinião pública, atrasar o processo judicial, não cumprir com a lei, enfim, só erros. Ainda há tempo, mas a cada dia que passa, mais aumenta o débito com os credores, piora ainda mais o estado do paciente Busscar, que já respira por aparelhos, em coma. Dia 7 é a data limite para que reaja com base em novidades extremamente melhores, ou se desliguem os aparelhos”, finaliza Bruggmann.

    Do Site do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

  • Caso Busscar: plano derrotado mesmo sem votação, menos mal

    Milhares de trabalhadores surpreenderam com a presença, ânimos estavam "quentes" na assembleia dos credores

    Do site do Sindicato dos Mecânicos retiro e publico aqui a nota da entidade, que se posicionou desde o início contra o Plano de Recuperação Judicial da Busscar, na verdade realmente um péssimo plano para todos os credores. Estive lá no Centreventos, conversei com vários grandes credores, trabalhadores, e posso afirmar tranquilamente que o não seria o vencedor em todas as classes. Talvez nos trabalhadores a empresa conseguisse ganhar, mas por margem muita pequena diante das manifestações que pude apurar. O fato é que com o não, estaria tudo acabado para os acionistas, que estão indo longe demais com a teimosia. O que estará por trás desse teimosia que leva a tantos erros? Mistério.

    Estranhamente os advogados da empresa queriam votar, e o pequeno grupo de trabalhadores, a maioria chefias ligadas a Claudio Nielson, também, mesmo diante do quadro sombrio que se avizinhava com a derrota, e consequente decretação da falência, com portões fechados, ou com continuidade de negócios. Será que tinham alguma certeza que a maioria não tinha? Será que confiavam em algo tecnológico, ou milagre? Outro mistério. Vejam abaixo a matéria do Sindicato:

    “Sindicato comemora derrota do Plano da Busscar e prepara proposta para o novo Plano

    Ontem, dia 22 de maio de 2012 foi um dia histórico para os trabalhadores joinvilenses e brasileiros em geral com a realização da assembleia geral dos credores da Busscar, com a derrota do plano apresentado pela empresa que retirava direitos e garantias dos trabalhadores que já esperam há 25 meses por seus salários. O Sindicato dos Mecânicos comemora a força dos trabalhadores da categoria, que diferente do que pensavam os acionistas da empresa, compareceram em peso ao Centreventos Cau Hansen em Joinville (SC) para votar um “NÃO” histórico para um plano fraco, que só visava manter a família no poder, dilapidando os bens que ainda existem em garantia dos trabalhadores. Agora a entidade sindical se prepara para outra batalha: a formatação de um plano de recuperação de verdade, com bases sólidas, investidores fortes, e o principal, garantindo o pagamentos dos créditos trabalhistas na sua totalidade.

    Um dia tenso, que começou logo cedo por volta das 8 horas e a expectativa de quase cinco mil pessoas que se aglomeravam para entrar no Centreventos e fazer seu credenciamento para votar. A equipe do administrador judicial teve dificuldades na organização de tantos trabalhadores – não esperavam tamanha presença – e bateram cabeça para credenciar a todos. O que era para finalizar as 13 horas só foi ser finalizado por volta das 15:40, atrasado em quase três horas o início dos trabalhos. Mas não foi só isso. Ainda houve mais uma demora até as  16:18 horas para que o administrador judicial abrisse a assembleia geral oficialmente, não antes de chamar o presidente do Sindicato, Evangelista dos Santos, e o representante da Busscar, para uma conversa reservada.

    Em seguida a Busscar foi apresentar o seu famoso e péssimo Plano para a plateia que já estava se manifestando com vaias, palavrões, aos gritos, pela demasiada demora no início da assembleia. Afinal, a ansiedade por um final para tantos desgastes e tantos meses de salários atrasados, direitos negados pela empresa, abandono de milhares de trabalhadores a própria sorte, privilegiando uma minoria de seguidores da família Nielson com altos salários, era muito grande. Como era de se esperar, a vaia foi tão grande que o encarregado de apresentar o Plano fajuto, da consultoria Deloitte, encerrou rapidamente a sua fala. Em seguida vários credores se sucederam dizendo NÃO ao Plano de forma consistente, derrubando o que restava de credibilidade da empresa diante dos trabalhadores e outros credores. Apenas dois credores, na verdade procuradores, advogados ligados ao grupo de advogados contratados pela Busscar, queriam apoiar a proposta.

    Investidores oficializam propostas
    Outra pá de cal jogada no Plano da Busscar foram as apresentações de propostas de investimento feitas por um representante de investidores chineses, outro investidor que atua no ramo de ônibus, e os ex-acionistas, os tios que foram afastados por Claudio Nielson e até hoje não receberam por suas ações na Busscar. Diante disso, com os ânimos exaltados dos trabalhadores, que queriam votar e acabar com a novela, o representante do juiz Maurício Póvoas decidiu ler a determinação do magistrado, suspendendo a assembleia geral diante do iminente NÃO final pelo voto, o que seria a decretação da falência da Busscar.

    Agora, por decisão do Juiz, os credores que detém a maioria dos créditos e votos para decidir sobre a recuperação judicial terão 30 dias para construir uma nova alternativa, que deverá ser votada em até 60 dias a contar da data da assembleia realizada. Segundo o magistrado, era iminente a decretação da falência, o que ele quer evitar até o último instante e tentativa de negociação. Nas matérias jornalísticas em A Notícia e Notícias do Dia isso está claro e cristalino. Mas agora acabou a farsa do Plano Busscar, feito para enganar os trabalhadores e proteger os acionistas, e entra um novo momento, a construção de um plano de contemple a todos os credores, e que possa dar continuidade aos negócios, gerando empregos e renda para a sociedade, exatamente o que pensava e sempre foi um brado do Sindicato dos Mecânicos.

    Para o presidente do Sindicato, Evangelista dos Santos, começa uma nova batalha para os trabalhadores junto ao Sindicato. “O juiz foi ponderado, permitindo que os investidores que tanto falamos, e que tanto a Busscar negou existir, possam então dizer a que vieram, como farão para colocar dinheiro no negócio, retomar a produção, e principalmente, pagar o que se deve a milhares de trabalhadores há 25, quase 26 meses, acabando com essa agonia, e iniciando um novo ciclo, virtuoso. Estamos preparados para isso, e desde já conclamamos os trabalhadores a se unir ao Sindicato para garantir o melhor, que ainda será votado na assembleia. Se for bom para os trabalhadores, defenderemos o sim, se for ruim, será não também”, afirma Evangelista.

    Ameaças físicas e atividades ilegais na assembleia
    O Sindicato dos Mecânicos registrou a todos os fatos, dentro e fora, da assembleia geral. Equipes de fotografia e vídeo coletaram todos os momentos no Centreventos Caus Hansen, e com isso pegaram vários flagrantes de atos no mínimo suspeitos. Há denúncias de compra de votos por R$ 40,00 que serão apuradas. Pessoas que entravam e saíam pegando crachás do peito de trabalhadores foram fotografadas e filmadas. A segurança de entrada e saída não funcionou, pois pessoas estranhas circulavam livremente no interior da assembleia geral.

    Ao final da assembleia o pequeno grupo de privilegiados trabalhadores que são os cegos “seguidores” de Claudio Nielson, cercaram outros credores, advogados de credores, e até o presidente do Sindicato dos Mecânicos, Evangelista dos Santos, aos gritos, com ameaças psicológicas, e até físicas. Fato lamentável que mostra o que a direção da Busscar produziu com essa atitude de dividir trabalhadores, espalhando mentiras, e até incitando alguns a usar de violência para conseguir seus intentos, não confessáveis. Até a PM teve de intervir para conter esses seguidores, que pensam ganhar na base do grito e não da democrática e salutar prática do diálogo e debate em bases verdadeiras e sólidas.

    Diante de todos esses fatos, o presidente do Sindicato decidiu que a entidade vai relatar a todos esses fatos, entregando as fotos e filmagens dos atos suspeitos e das ameaças a credores ao Juiz Maurício Póvoas. “Nós vamos entregar todo o material e denunciar essa prática ilegal, antidemocrática, para evitar que isso se repita na continuidade da assembleia geral. É preciso grandeza, serenidade na hora de decidir o futuro de todos, e não dos acionistas e alguns seguidores. Vamos até o final nisso, porque queremos que tudo seja feito de forma correta, e leal, em defesa dos direitos dos trabalhadores. Agora vamos esperar os próximos passos que o juiz dará no processo”, finaliza Evangelista dos Santos.

    Também o Ministério Público sepultou o plano da Busscar com o pedido de investigação de uso do dinheiro arrecadado com a venda do terreno por R$ 7 milhões, um bem que era de garantia dos trabalhadores. O MP quer saber “onde” foram parar os recursos, e já admite tipicar os desvios, caso não justificados, como “crime falimentar”. Por isso que a atual administração da Busscar não tem mais crédito para continuar a frente dos negócios. Os trabalhadores agora devem continuar atentos ao Sindicato, pelo site e informativos, sobre as novidades do novo Plano que será formatado. Em nome da direção da entidade, o presidente Evangelista dos Santos agradece o empenho e a presença dos trabalhadores, pedindo a união total com o Sindicato nesse novo momento.”

  • Caso Busscar: Sindicato orienta trabalhadores sobre a assembleia dos credores!

    Trabalhadores são os senhores do seus destinos, com o voto na assembleia dos credores

    Está chegando o momento de você trabalhador que tem processos e ligações com a empresa Busscar Ônibus fazer valer os seus direitos. Chegou a hora de mostrar que o trabalhador não é mais massa de manobra, não é só um boneco na mão de maus empresários e péssimos gestores. Chegou a sua vez de dar um basta na agonia e sofrimento que milhares de pessoas, seus companheiros de luta nas linhas de produção da Busscar, estão passando há 25 meses, sem salários, sem direitos, sem FGTS, sem INSS, sem rescisões pagas.

    Pense em quem estava ao seu lado, e em quem só usou os trabalhadores
    Chegou a sua hora de dar a resposta a quem lhe fez de bobo em passeatas que defenderam tudo para a empresa, e nada para os trabalhadores; dar a resposta a quem fez vocês passarem horas em viagem a Brasilia, e depois serem tratados como nada, esquecidos, tendo que pedir cestas básicas, pedir a parentes para pagar a comida para a mesa de sua família. É chegada a hora da resposta a quem deixou você perder seu carro, sua casa, seu casamento. É chegada a hora de dar o “NÃO” aos acionistas Claudio Nielson, Fabio Nielson e Rosita Nielson e seus seguidores, e com esse “NÃO”, dar um novo rumo aos produtos que você fabricou durante anos! Com o “NÃO” você estará ajudando a salvar seus direitos, e também abrindo espaço para que o novo venha, empregos voltem, e com isso seus salários, e sua dignidade.

    Sempre preocupado com o trabalhador lesado pela Busscar e seus acionistas e gestores, o Sindicato dos Mecânicos não mediu esforços no sentido de informar, orientar e defender a categoria nos momentos mais duros dessa nova crise da empresa. Graças ao Sindicato, que moveu campanha de alimentos na comunidade joinvilense, conseguindo toneladas de alimentos de todas as partes do estado e do país, conseguimos colocar comida na mesa dos trabalhadores que ficaram sem salários, sem qualquer apoio da Busscar, e tampouco apoio de alimentos. É sempre necessário lembrar a todos desse fato. A Busscar não doou sequer um quilo de alimento para seus trabalhadores. E agora quer que seus trabalhadores entreguem seus direitos para salvar o patrimônio de Claudio Nielson e família, ou seja, do empresário.

    É bom lembrar também que o Sindicato sempre alertou aos trabalhadores sobre as mentiras do IPI, e sobre as mentiras e politicagem que se instalaram na empresa para atingir objetivos nada éticos, caluniando pessoas, dirigentes sindicais. O Sindicato também foi quem entrou com as ações na Justiça do Trabalho, após várias assembleias, chamadas na frente da fábrica, visando cobrar os salários atrasados e garantir que os direitos dos trabalhadores não fossem definitivamente perdidos. Com essas ações todos os bens foram bloqueados, a Busscar foi sentenciada a pagar os salários atrasados, bem como os vincendos – que vencem a cada mês até hoje – com multas, juros e tudo o mais que mereceu por tamanho abandono dos trabalhadores.

    Graças a essas ações, que muitas vezes não foram compreendidas pelos trabalhadores porque os acionistas da Busscar e seus seguidores cansaram de mentir repetidas vezes dentro da fábrica (um deles inclusive queria se auto-intitular líder dos trabalhadores em uma comissão chapa-branca que só defendeu o patrão, e que agora está na lista de um grande partido político para ser candidato a vereador, mostrando assim seu claro interesse próprio e político), graças a essas ações, repetimos, os trabalhadores tem hoje todos os bens do Grupo Busscar bloqueados em garantia para pagamento do que a empresa lhes deve, valor esse que até 31 de outubro do ano passado já chegou a mais de R$ 120 milhões! Não estamos contando ainda com os meses de novembro e dezembro de 2011, mais décimo terceiro, e os meses deste ano – janeiro a abril, que a empresa deveria estar pagando como prevê a lei de Recuperação Judicial. Como sempre, a Busscar não cumpre as leis.

    Ações do Sindicato salvaram direitos dos trabalhadores
    Não fossem as ações do Sindicato, com apoio de milhares de trabalhadores que compreenderam o que está em jogo nessa crise, os trabalhadores não teriam mais nenhuma garantia de receber seus salários e direitos em atraso. Com base nessa pressão a Busscar recorreu à artimanha legal, jurídica mais uma vez, e pediu a Recuperação Judicial. O juiz concedeu mais essa saída, a empresa apresentou um plano de recuperação judicial obrigatório, um plano fraco, inconsistente, sem garantias, sem investidores com dinheiro novo, e o que é pior, pedindo que seus trabalhadores deem mais uma vez o pão que é seu para os donos da Busscar continuarem com seu negócio, com a mesma péssima gestão que a colocou a beira da falência! Uma vergonha!

    Esclarecendo falência e historinha dos “portões lacrados” e “desligamento de funcionários”
    Diante disso, e como a lei manda, a Justiça Comum marcou agora para os dias 22 e 29 de maio a realização da assembleia geral dos credores da Busscar. Essa assembleia geral vai decidir, no voto, se esse plano fajuto apresentado por Claudio Nielson, seus seguidores e advogados, vai ou não ser aprovado. São três grupos que votam – trabalhadores, garantias reais e quirografários. Para que esse plano fajuto, fraco da Busscar seja aprovado é necessário que TODOS os três aprovem, ou seja, digam sim.

    Caso um deles diga “NÃO”, ou seja, vote “NÃO”, o juiz poderá decretar a falência. Aqui, muito importante esclarecer que o juiz pode decretar a falência com continuidade dos negócios, ou sem continuidade dos negócios. A Busscar anda mentindo em suas reuniões que caso o voto “NÃO” ganhe, o juiz vai lacrar portões, etc. Isso é amedrontar os trabalhadores, porque ninguém sabe em primeiro lugar qual o resultado da votação nos três grupos, e também o que vai decidir o juiz Maurício Póvoas. Mas é claro que, com tantas propostas já sendo feitas, e com o histórico de talento dos trabalhadores joinvilenses na fabricação de ônibus, o juiz certamente optará pela saída que preserve os negócios, mas aí sem essa gestão que quebrou a empresa e deixou milhares sem salários e direitos.

    Essa estratégia do medo sempre foi aplicada pela gestão da Busscar. Que todos queriam que ela quebrasse, que o Sindicato era contra os trabalhadores, que políticos eram contra ajudar a Busscar, e agora, que caso o NÃO vença no outro dia os portões estão lacrados, e todos perdem seus empregos. Primeiro, não há mais empregos e salários para a grande, a imensa maioria dos trabalhadores. Só poucos privilegiados recebem diárias, ilegais, e que serão descontadas integralmente dos salários. Segundo, o juiz pode decretar que os negócios continuem mas sem o comando da família Nielson, com interventor, ou com novos sócios e investidores. E sendo assim, os empregos podem sim voltar, e os direitos serão pagos aos trabalhadores com os bens preservados, e aí sim vendidos para pagar a dívida com os trabalhadores. No caso do sim vencer, o plano da Busscar diz isso, os bens serão vendidos para investir na produção – vejam bem, na produção e não nos salários dos trabalhadores – e aí os trabalhadores perdem as garantias reais que são os bens.

    A Assembleia dos Credores
    Explicada mais uma vez a história que nos trouxe até esse momento duro para todos os trabalhadores e credores, vamos às orientações sobre a assembleia geral dos credores que acontece em primeira convocação no dia 22 de maio próximo (terça-feira) com 50% mais um dos credores em todos os grupos, e em segunda convocação com qualquer número de credores presentes no dia 29 de maio. Ou seja, você trabalhador que prefere ir votar, comparecer na assembleia para exercer o seu sagrado direito do voto, é importante dizer que você deve estar preparado para ficar alerta o dia todo e até a noite caso seja necessário, e até dias se assim a Justiça decidir, para votar.

    A partir das 8 horas, no Centreventos Cau Hansen em Joinville (SC), até as 13 horas (uma hora da tarde) toda a equipe do administrador judicial que representa a Justiça na assembleia, estará recebendo a todos os credores para o credenciamento. Você trabalhador deverá comparecer na assembleia levando um documento de identidade com foto (carteira de identidade ou carteira de motorista). Você será identificado pela lista dos credores que foi publicada oficialmente. Conferido, você assinará uma lista de presença e receberá um crachá de identificação.

    Com esse crachá – que não pode ser perdido porque poderá ser usado na assembleia caso aconteça outra no dia 29 de maio –  você vai ter acesso à quadra do Centreventos, área que será exclusiva para os credores da Busscar que vão votar. Quem não estiver credenciado não entrará nesta área, só terá acesso às arquibancadas. Com esse crachá o trabalhador vai votar também. Por isso a importância de não perder o seu crachá. Não esqueça, esse crachá vale para entrar na assembleia do dia 22 e dia 29 se for preciso, e também para votar, e quem não se credenciar agora na primeira assembleia, não poderá participar da segunda, fiquem atentos.

    Às treze horas se encerra o credenciamento, quem se credenciou está certo, quem não se credenciou já não votará mais por seus direitos, nem na primeira convocação da assembleia e nem na outra, caso houver. Caso seja atingido o quórum (presença) de 50% mais um dos credores em todos os grupos, o administrador judicial Rainoldo Uessler dará início a assembleia geral dos credores oficialmente. Ele falará como vai funcionar a assembleia, e depois dará a palavra para a recuperanda, ou seja, a Busscar, para que ela faça a apresentação do seu Plano para a assembleia. Terá um tempo definido, pequeno para isso. Depois, quem dos credores se inscreveu para falar poderá fazer suas considerações, apresentar dados. Depois a empresa responde, e a partir daí podem surgir as propostas de mudanças do plano, novas propostas, e aí é necessário que todos fiquem atentos para o que deve ser feito a partir daí.

    Votação
    O crachá que cada trabalhador receberá na entrada da assembleia – lembre que o credenciamento vai das 8 horas até as 13 horas somente – será usado também para o voto eletrônico. Pela lei da Recuperação Judicial o voto não pode ser secreto, ele é aberto e transparente segundo informou o administrador judicial. Mas haverá oito terminais para votação,  e um grande telão que vai mostrar a evolução dos votos nas três classes – trabalhadores, garantias reais e quirografários – tudo simultaneamente em gráficos, não sendo possível saber qual voto foi dado, e de quem foi, porque o processo é muito rápido. Portanto, não é preciso ter medo, nem aceitar pressões, vote com sua consciência e sabedoria, bem informado que está sendo por seu Sindicato.

    Caso aconteçam outras votações durante a assembleia – ela poderá ser suspensa para novos planos e outros – o trabalhador usará o seu crachá, sempre. Importante: não deixar a assembleia antes dela acabar,  porque pode ocorrer uma votação e você perder o seu direito ao voto. Na classe dos trabalhadores, a nossa, a contagem dos votos é por cabeça, ou seja, se estiverem presentes 4 mil trabalhadores, e dois mil e um votarem pelo “NÃO”, o plano da Busscar é rejeitado. Nas demais classes o valor do crédito de cada um vale para contagem e peso do voto. Lembrando aqui aos trabalhadores que Claudio Nielson, Fabio Nielson e Rosita Nielson, não votam e não contam para quórum na assembleia dos credores. Isso foi um baque para eles porque afinal eles sozinhos tem milhões a receber – pasmem! – conforme colocaram na lista dos credores. Isso é a Busscar com esses acionistas.

    Mudanças só na assembleia
    Durante a assembleia geral é o momento do surgimento de mudanças no Plano, novos planos, planos dos credores, enfim, podem ter várias surpresas. A cada situação dessa a assembleia votará se aceita ou não a mudança, se suspende a assembleia, etc. Por isso reiteramos que os trabalhadores devem ir preparados para ficar atentos, participativos e não dispersar em nenhum momento. O Sindicato estará presente fortemente dentro da assembleia e fora, com o intuito de orientar a todos em caso de dúvidas. Portanto, em tudo você deverá votar, e por isso, ficar atento para não errar o voto.

    Caso vença o SIM
    Se a assembleia gera dos credores aprovar o Plano da Busscar como está, uma ata da assembleia será lavrada, realizada, dando legalidade a votação ocorrida. Imediatamente se cria o Comitê de Credores com dois representantes de cada classe, com mais dois suplentes de cada uma. Esse Comitê é quem vai fiscalizar, liberar ou não as atividades da empresa a partir daí. Ministério Público do Trabalho também vai estar participando, bem como o Sindicato.

    Nesse caso, da vitória do sim, estão previstas as barbaridades das debêntures que nada valem, do parcelamento dos salários atrasados em 36 meses após seis meses de carência, venda de todos os bens para tocar a produção (perdem-se as garantias dos trabalhadores), a manutenção dos atuais acionistas no comando, o mesmo grupo que deixou a Busscar como está hoje. Sobre esse tema o Sindicato já esclareceu a todos suficientemente em várias matérias no site.

    Caso vença o “NÃO”
    Aclamado por cerca de dois mil trabalhadores em assembleia geral convocada pelo Sindicato dos Mecânicos no dia 15 de abril passado, o voto “NÃO” ao plano de recuperação apresentado pela Busscar se deve a total falta de respeito e responsabilidade social da empresa com seus trabalhadores. Debatido anteriormente em várias reuniões com os trabalhadores, e especialmente em três grandes reuniões em março deste ano, o plano foi rejeitado, e até uma nova proposta foi construída e protocolada oficialmente na Busscar e na Justiça. Essa proposta, que pedia à empresa que pagasse 50% dos créditos dos trabalhadores a vista, e o restante em 12 meses como manda a Lei de Recuperação Judicial, foi novamente ignorado e negado pela empresa. Portanto, o “NÃO” a esse Plano da Busscar está claríssimo como posição da maioria dos trabalhadores.

    Caso o “NÃO” ao plano fajuto da Busscar seja o vencedor na assembleia de credores, o juiz pode decretar a falência imediatamente, ou após a assembleia geral dos credores. Ele, o juiz, pode decretar a falência com continuidade dos negócios ou não. Nas duas hipóteses, o que é certo é o afastamento dos atuais acionistas Claudio Nielson, Fabio Nielson e Rosita Nielson e toda a administração. Com a continuidade dos negócios a Justiça pode definir um interventor judicial para tocar a empresa, ou mesmo, de acordo com a decisão do juiz, prepará-la para venda, entrada de novos investidores, enfim, várias hipóteses. O juiz já deixou claro em entrevistas que a prioridade são os trabalhadores, ou seja, não haverá nada de “cadeado no portão”, mas provavelmente um recomeço em base mais sérias e competentes que as atuais.

    Se o juiz definir pela não continuidade dos negócios – muito improvável neste caso em que há mercado forte e talentos para tocar a empresa, os trabalhadores – também haverá a criação dos mesmo Comitê de Credores que ajudarão a decidir quanto ao destino dos bens e aplicação dos valores arrecadados, com preferência por lei aos trabalhadores. Nessa situação extrema, a venda dos bens dá para pagar toda a dívida como os trabalhadores. Os demais credores ficam para depois dos trabalhadores.

    Justificativa ao trabalho e procurações – cuidado com procurações para a empresa!
    Segundo o administrador judicial, todos os trabalhadores que forem votar não perderão o dia de trabalho na empresa onde atuam, porque a Justiça fornecerá a devida justificativa legal. Por isso não há o que temer, porque o trabalhador está indo votar obrigatoriamente em defesa dos seus direitos legais. A forma de entrega desse documento aos trabalhadores ainda está sendo definida pela Justiça, devido ao grande número necessário.

    Já as procurações são fundamentais para aqueles trabalhadores que não estão trabalhando em Joinville (SC) e não tem como se deslocar das suas cidades atuais para votar na assembleia geral, ou ainda, para aqueles que não querem ir a asssembleia. Para isso, o Sindicato está recebendo as procurações dos trabalhadores até o dia 17 de maio pela manhã. Para saber como fazer, entre em contato pelo fone (47) 3027.1184 e fale com o departamento jurídico. O Sindicato quer deixar esse processo muito transparente. Quem vai votar em nome destes que cederem a procuração é o presidente Evangelista dos Santos.

    Agora, muita atenção trabalhadores da Busscar, e das empresas do grupo como Climabuss, Tecnofibras e outras: não aceitem pressão para entregar procuração para a empresa, em favor do “Sim”. Denunciem, não se ajoelhem diante de mais essa indignidade que tentam impor a vocês! Vejam que a própria empresa, em seu informativo evasivo e vazio, diz que vai vender a Tecnofibras em 60 dias caso o sim vença! As demais já estão no plano para serem vendidas, ou seja, vocês só serão utilizados mais uma vez como massa de manobra para os interesses dos acionistas.

    Vocês, para eles, são apenas uma moeda que depois vira pó. Seus direitos não são valores importantes, e todas as ações da empresa já mostraram isso claramente. Somente agora começam uma campanha via imprensa para tentar sensibilizar a sociedade e os trabalhadores, usando emoção falsa. Onde eles estavam até ontem que sequer recebiam os trabalhadores, não davam qualquer informação, e devendo tudo e mais um pouco? Brincadeira tem hora, e hora agora não é mais bem vinda para brincadeiras.

    União e atenção!
    O Sindicato dos Mecânicos cumpre assim mais uma vez a sua missão de informar, orientar e apoiar os trabalhadores da Busscar, assim como faz para toda a categoria mecânica. A diretoria da entidade deixa claro que defende os direitos dos trabalhadores, a recuperação dos seus salários e direitos trabalhistas negados pela empresa, e que apóia a recuperação da empresa, mas não às custas de mais sacrifícios dos trabalhadores, tão lesados e abandonados que foram por todos esses meses. Esse Plano apresentado pela Busscar retira ainda mais direitos, pede carências inaceitáveis, mantem a atual gestão que quebrou a empresa, e ainda vai vender os bens que o Sindicato conseguiu bloquear via Justiça para garantir os direitos dos trabalhadores. Não há como ser favorável a um plano que, se aprovado, vai queimar todos os bens existentes, e que nao manterá a empresa erguida.

    A hora é de união entre todos os trabalhadores que foram lesados, todos pelo “NÃO” ao plano da Busscar na assembleia geral dos credores nos dias 22 e 29 de maio. Esse “NÃO” é na verdade um recomeço com cabeças novas, dinheiro novo, novos empregos e oportunidades de verdade para todos os talentos que a Busscar empurrou para o mercado por não pagar salários e direitos. Muita atenção a todos os trabalhadores nestes últimos dias: denunciem práticas ilegais, não se curvem mais uma vez para esses acionistas que só enxergam o próprio umbigo, e não veem os seus parceiros como parceiros, e sim como escravos dos seus desejos. Anote em sua agenda, se tiver dúvidas, venha falar com o Sindicato. Estamos focados para agir da melhor forma possível em favor dos seus direitos. Força, união, é a receita do momento. Faça contato com a gente, pessoalmente ou pelo fone (47) 3027.1183.

    Fonte: Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

  • Crise Busscar: Sindicato defende voto “não” ao plano da empresa como forma de recomeço

    A Busscar continua a se utilizar de meios pouco éticos para convencer a seus cinco mil e quinhentos trabalhadores que tem créditos a receber, para que votem sim ao seu plano de recuperação judicial. Com o dinheiro que deveria estar pagando parte dos 25 meses de salários atrasados, ela contratou uma empresa de comunicação – das maiores do sul do país, portanto, cara – para tentar reverter a imagem ruim que deixou a toda a sociedade, mercado investidor, de capitais e opinião pública. Nada contra a empresa, que vai ganhar o que merece por sua qualidade, mas a fonte das informações continua a tentar gerar desconfiança, confusão, medo e insegurança. Caminho que já a levou ao atual estágio, de quase falência.

    Diferente do que seus acionistas tentam implantar na cabeça dos trabalhadores e da opinião pública, o Sindicato dos Mecânicos vem esclarecer que o voto “NÃO” ao plano de recuperação judicial proposto pela Busscar não representa necessariamente o fim da empresa, com lacre nos portões, desligamento de funcionários (quais, quantos e de onde?) e fim do sonho de retomar produção e empregos. O “NÃO”  a esse plano fraco, inconsistente e sem apoio de nenhuma das classes credoras – já há informações de acertos entre bancos, fornecedores e outros fortes credores – pode sim é significar um novo começo para trabalhadores, fornecedores, para toda a economia de Joinville, do estado e do país.

    Possibilidades com o “NÃO” são bem melhores
    Quem vai decidir o que será feito em relação à Busscar caso o plano receba o “NÃO” é o juiz Maurício Póvoas, que é quem preside oficialmente o processo. Por exemplo: com a negativa do plano, os demais credores podem apresentar na própria assembleia geral dos credores uma outra proposta, que pode ser o aluguel das instalações e retomada da produção, ou ainda recomposições acionárias que certamente implicam na saída dos atuais acionistas da direção geral. Ou seja, em apenas duas das possíveis situações o sonho de continuar a produzir ônibus com o talento de nossos trabalhadores pode continuar, e com salários em dia, direitos e benefícios também.

    Por outro lado, caso uma proposta como aluguel fosse acatada pela Justiça, os bens podem sim ser vendidos para pagar os créditos trabalhistas que 5,5 mil pessoas tem a receber da Busscar. Os mesmos bens não operacionais que a empresa alega que vai vender caso o seu sim seja aprovado, com a grande diferença que é uma nova gestão, sem vícios, um novo negócio com grandes chances de prosperar, gerando empregos, renda e estabilidade para milhares de trabalhadores. É melhor ter um novo emprego com novos gestores, sérios, com dinheiro novo, e ainda poder receber o que lhe devem, ou ficar na dúvida de manter nas mãos atuais, uma gestão fracassada que deixou os trabalhadores a ver navios por 25 meses, sem respostas, sem pagamentos, sem nada?

    Na outra ideia, que um novo ordenamento acionário aconteça, com bancos, fornecedores e novos investidores assumindo todo o passivo e a empresa como está hoje, com dívidas com trabalhadores, fornecedores e tudo o mais a pagar, um novo projeto pode ser apresentando, aí sim com os trabalhadores sabendo quem são os investidores, quanto dinheiro será investido, um horizonte novo a ser trilhado com retomada da produção com novos sócios, e não o que hoje está colocado, que sempre fez promessas e a todas descumpriu.

    O que você escolheria trabalhador? Uma gestão viciada, orgulhosa, que jamais cumpriu seus acordos com trabalhadores nesta crise, que pode vender todos os bens que são sua garantia de receber para colocar em mais uma aventura sem perspectivas de sucesso, ou uma nova gestão, profissional, organizada, com recursos financeiros para pagar o que se deve aos trabalhadores, manter a produção ativa, forte e gerando mais empregos, renda e fazendo a economia girar? Por isso que o Sindicato insiste em alertar e orientar aos trabalhadores: o NÃO pode ser sim o recomeço de suas vidas com dignidade, com empregos dignos, pagos em dia, e com seus créditos a receber sendo pagos com Justiça e dentro do que prevê a Lei de Recuperação Judicial.

    O “Sim” quita tudo, os bens em garantia são vendidos, você fica desamparado
    Uma das coisas que a Busscar não diz, ainda que amparada por assessores especializados, é que o plano de recuperação apresentado por eles, caso aprovado, representará para os trabalhadores a quitação geral e irrestrita de seus créditos a receber. Isso está previsto em lei, na Lei de Recuperação Judicial!

    Ao aprovar o Plano, você trabalhador não terá mais direito aos seus valores a receber caso a Busscar venha a quebrar novamente, o que é muito provável com esse plano economicamente inviável. Mesmo entrando na Justiça novamente, você não terá direito porque receberá em garantias totais as tais “debêntures”, que no caso da Busscar são papéis “podres”, ou seja, sem valor por não existirem garantias reais. Você passará de credor a até devedor junto com os acionistas da empresa. Portanto, fique atento porque você pode trocar o certo pelo duvidoso caso o sim seja aprovado. Veja o que são debêntures:

    “Debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas, regulamentados pela (CVM), os quais podem ser emitidos por sociedades por ações de capital aberto ou fechado.  São usadas quando estas empresas necessitam de dinheiro para financiar seus planos de desenvolvimento mas não desejam recorrer a empréstimos bancários, se tornando portanto um dos instrumentos mais interessantes de captação de recursos de que uma empresa pode lançar mão, no âmbito dos mercados de capitais.

    Podem ser de médio e longo prazos, simples ou conversíveis em ações, sendo que no segundo, o título possui características de renda fixa e de renda variável ao mesmo tempo: debenturistas podem fazer o resgate, na data de vencimento, em dinheiro ou em ações.Elas podem também podem render juros, pré ou pós fixados, prêmios e outros benefícios. As 4 garantias alternativas oferecidas aos debenturistas:

    Real, assegurada por bens do ativo da empresa emissora ou de terceiros (hipoteca, penhor ou anticrese);

    Flutuante, com privilégio geral sobre o ativo em caso de falência;

    Subordinada, com preferência sobre o crédito dos acionistas, em caso de falência;

    Sem preferência, ou seja, sem privilégio em caso de falência.

    OBS: As características das debêntures devem sempre constar em sua escritura de emissão que deverá ser coordenada por uma instituição financeira, que pode ser um banco de investimento ou múltiplo, corretora ou distribuidora de valores mobiliários. Referenciada no mercado financeiro como coordenador líder, essa instituição modelará a operação, tomará providências pertinentes junto à CVM, preparará uma diligência (due diligence) sobre as informações da empresa emissora disponibilizadas ao público-alvo, organizará apresentações (road shows) e colocará o título junto a investidores”.

    Viram só o que se está propondo aos trabalhadores como a poção mágica, que vai curar todas as dívidas da Busscar? E vejam bem, isso tudo em um parcelamento que prevê seis meses de carência (!) e depois mais 36 meses, completando, sem qualquer atraso, 42 meses para receber! Contando os 25 meses que já estão em atraso, já chegamos a 51 meses, ou cinco anos e três meses, caso tudo corra bem… Você acha que isso ainda é pouco para você se convencer a votar “NÃO” contra esse plano da Busscar? Pois vamos a mais informações.

    A empresa diz em seus informativos e palestras para trabalhadores – onde até choro convulsivo é visto com apresentação em telão – que vai vender os bens não operacionais para manter a empresa funcionando, pagando salários, pagando atrasados, bancos, etc. E põe mais um adendo, quase imperceptível: a venda da Tecnofibras, ou TSA, como preferirem. Portanto, você trabalhador não terá mais as garantias reais caso a empresa quebre novamente – muito provável com esse plano e essa gestão – e a jóia da coroa, a Tecnofibras, será imediatamente vendida após a possível aprovação do tal plano da Busscar.

    Isso está dito no informativo da empresa. Ou seja, a única empresa que gera empregos dignos ainda, paga em dia, gera impostos e tudo o mais, vai ser vendida, e para quem? Eles dizem já ter comprador. Quem será? E porque a pressa em vender exatamente a empresa que gera lucros, e até banca parte dos apaniguados aos acionistas atuais. O que estará por trás dessa manobra? Porque não manter a Tecnofibras junto ao grupo, para manter forte? Por que vender? O que ficará para garantir os trabalhadores, o que não tem valor e chances de venda rápida? E os trabalhadores da Tecnofibras, sabem que podem ser usados como massa de manobra, votando a favor de um plano, de uma gestão que vai logo em seguida descartá-los?

    É por essas e tantas outras que o Sindicato orienta a seus trabalhadores pelo voto “NÃO” a esse plano da Busscar. Além de ser fraco, inviável, tem armadilhas para os trabalhadores. Não há preocupação nenhuma em garantir salários, ativos fortes para caso de quebra. Todos os bens serão vendidos, não sobrando nada para garantias reais aos trabalhadores, e nada para garantir as tais debêntures que eles propõe para pagar, papéis sem valor para receber, e que ainda quitam as dívidas deles para com os trabalhadores.

    Toda essa espécie de “circo” armado com entrevistas, palestras, presenças aqui e acolá tentando mostrar transparência e preocupação não passam de cortina de fumaça, encenação, porque o desespero bateu à porta. O dia da votação na assembleia geral dos credores está chegando, anote e não falte – 22 e 29 de maio a partir das 8 horas no complexo do Centreventos Cau Hansen em Joinville (SC). Tudo que está saindo na imprensa de parte da Busscar visa encenar, confundir, criar medo do futuro. O que mais poder acontecer do que já aconteceu aos trabalhadores? Estão sem receber há meses, e ainda podem ficar sem garantias reais para receber no futuro caso o sim passe. Ou podem ver algo novo nascer, com a votação do “NÃO”, que o Sindicato e quase dois mil trabalhadores que aprovaram em assembleia, e acreditam.

    Está na hora da verdade para você trabalhador! Aqui é o lugar dos trabalhadores, onde se defendem os seus direitos. A informação correta, verdadeira, você só tem aqui. Faça contato conosco, participe, convide seus colegas a votar pelo justo. Depois não adianta chorar. O Sindicato reitera que defende os direitos dos trabalhadores, deseja a recuperação dos postos de trabalho, dos salários, da renda, da produção, mas não às custas dos trabalhadores.

    Posicionamento retirado do site do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região.

  • Crise Busscar: Prefeito Carlito Merss pede mais informações ao Sindicato dos Mecânicos

    Prefeito ouve sindicalistas após má repercussão de sua fala à imprensa junto aos trabalhadores

    A pedido do prefeito Carlito Merss, comitiva de diretores do Sindicato dos Mecânicos capitaneada pelo seu presidente Evangelista dos Santos, esteve nesta segunda-feira (7/5) na Prefeitura de Joinville (SC) para dirimir dúvidas a respeito do plano de recuperação da Busscar, já que a entidade sindical está as voltas com o processo há mais de dois anos na defesa dos direitos dos trabalhadores que não recebem há 25 meses completados neste mês.

    Carlito recebeu os acionistas da empresa e seus advogados na semana passada, e notas publicadas na imprensa causaram apreensão entre os trabalhadores. Com a repercussão negativa correndo a cidade, o Prefeito resolveu saber mais detalhes e clarear a situação que envolve mais de cinco mil famílias que não recebem nenhum centavo há dois anos.

    Carlito explicou que recebeu os diretores da Busscar e ouviu atentamente as explicações, mas ficou com dúvidas sobre a situação dos trabalhadores e os descontos que a empresa pede em seu plano, além das carências para pagamento, venda de ativos e outros dados. “Sabemos que o mercado está aquecido, que a marca é reconhecida. Já ajudei em 2003, 2004 com o empréstimo do BNDES, e ano passado com o pedido para que as empresas de transporte coletivo encomendassem unidades. Mas quero que os trabalhadores tenham seus direitos preservados”, ressaltou o Prefeito.

    O presidente do Sindicato, Evangelista dos Santos, explicou detalhadamente os passos que a entidade tomou para preservar os direitos dos trabalhadores, deixando claro que o Sindicato quer sim a recuperação da Busscar, mas não as custas dos direitos dos trabalhadores.

    “Nós realizamos reuniões, assembleia geral que já disse não a esse plano como está esperando melhorias significativas, mas até agora nada. Tanto que eles continuam a espalhar a mesma coisa, agora ao Prefeito, na Acij, insistindo em algo vazio, já impugnado por quase a totalidade dos credores. Descontar até 37% de quem não recebe há mais de dois anos, e vender os bens que são garantias dos trabalhadores é inaceitável. Onde estão os investidores, quem são, quanto vão colocar no negócio? São perguntas sem respostas. Como ficam os trabalhadores que perderam o direito de morar na cidade para trabalhar em outra? Como ficam os direitos de quem está com o nome sujo no Serasa por não receber, complicando toda a sua vida? O Sindicato e os trabalhadores não aceitam sacrificar milhares de pessoas, famílias inteiras, por um projeto que não tem força, não se sustenta”, disparou Evangelista.

    O Prefeito ficou sensibilizado com a explanação de Evangelista e dos diretores, e pediu mais detalhes jurídicos à advogada do Sindicato, Luiza De Bastiani, que foi objetiva e clara quanto aos passos legais tomados, e os próximos que virão até a assembleia geral dos credores nos dias 22 e 29 de maio próximos. Para Evangelista dos Santos, a iniciativa do Prefeito em chamar o Sindicato dos Mecânicos foi positiva diante das notícias de que Carlito Merss estava apoiando o plano da Busscar, o que deixou a categoria apreensiva.

    “O final de semana foi difícil com muitos trabalhadores questionando a posição que estava nos jornais, mas creio que agora esteja tudo certo. Todos queremos a recuperação da Busscar, mas não as custas de mais sofrimento dos trabalhadores.Isso ficou claro ao Prefeito, e agora vamos continuar concentrados para a assembleia geral dos credores, porque até lá muitas coisas podem, e devem, mudar para que os trabalhadores sejam contemplados”, finalizou Evangelista.

    Além de Evangelista, participaram da reunião o chefe de gabinete, Eduardo Dalbosco, a secretária da Saúde, Antonia Grigol, o diretor-executivo do Cepat, João Batista Souza, o gerente do Cepat, Orony Jr, a advogada Luiza de Bastiani, e os diretores do Sindicato João Luiz Vieira, Nivaldo Sena e Cícero do Nascimento Amâncio que também é coordenador do Departamento Estadual da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT – CNM/CUT, com sede em Joinville (SC).

    Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

  • Caso Busscar: Sindicato volta a alertar sobre procurações para assembleia de credores

    Com a data de realização da assembleia geral dos credores da Busscar chegando – será realizada no Centreventos Cau Hansen em Joinville (SC) nos dias 22 e 29 de maio, em primeira e segunda convocações, respectivamente – o Sindicato dos Mecânicos continua o trabalho de alerta e orientação aos trabalhadores da empresa que foram lesados em seus direitos, até aqui já são 25 meses de salários em atraso. Nos dias 22 e 29 de maio o futuro dos trabalhadores estará em jogo, e seus direitos e o que tem a receber também. O processo para a votação iniciará as 8 horas para o credenciamento dos credores, aí incluídos os trabalhadores. O início da votação será as 13 horas, e não há horário para terminar, podendo até durar dias.

    O Sindicato alerta novamente para que os trabalhadores que não puderem, ou não quiserem comparecer à votação para que façam com a máxima urgência a sua procuração, dando poderes de voto ao Sindicato na pessoa de seu Presidente, Evangelista dos Santos, com a máxima urgência. A orientação vem da advogada do Sindicato, Luiza de Bastiani, que diz ser necessário que os trabalhadores, inclusive e principalmente os que estiverem fora de Joinville por trabalho ou outro motivo, enviem com urgência as suas procurações para garantir o seu voto na assembleia de credores. O prazo se encerra dia 10 de maio para que o Sindicato as apresente. O tempo é curtíssimo. Quem não fizer e entregar sua procuração, terá que comparecer pessoalmente nas assembleias para votar.

    O que é preciso fazer para a procuração
    Segundo o Jurídico, a procuração qualquer pessoa pode fazer. Ela é feita para que o presidente do Sindicato, Evangelista dos Santos, represente a pessoa na votação, ou seja, para também votar em nome do trabalhador, conforme foi decidido pela assembleia geral dos trabalhadores realizada no dia 15 de abril passado, pelo NÃO (contra o atual Plano de Recuperação proposto pela Busscar). A procuração servirá também para que o Sindicato possa decidir e votar em caso de apresentação de um novo Plano, alternativo, ou mesmo com o Plano da Busscar sendo alterado radicalmente, com prioridade de pagamento aos trabalhadores.

    Para fazer a procuração é só a pessoa comparecer no Departamento Juridico, com o RG e o CPF. Quem mora em outra cidade deve entrar em contato com as advogadas pelo e-mail jurídico@sindmecanicos.org.br, que vai mandar a procuração a quem solicitar. Esse trabalhador deverá assinar e mandar via correio até dia 10 de maio de 2012 com copia do RG e CPF,  aos cuidados do departamento jurídico, tudo constando no envelope. Lembrando que é preciso levar em conta a demora de entrega dos Correios. Melhor usar o meio Sedex.

    Horário de atendimento especial para procurações
    Para quem quer fazer a procuração na sede central do Sindicato em Joinville (SC), o departamento jurídico se organizou para atender das  8 horas até as 18 horas sem fechar para o almoço – período exclusivo para fazer as procurações da assembléia – visando dar todas as condições aos trabalhadores para que possam comparecer e fazer valer a sua vontade.

    Processo da assembleia geral nos dias 22 e 29 de maio
    Já está confirmado, portanto, que dia 22 de maio de 2012, uma terça-feira, é a data para a primeira convocação. O local será no Centro de Eventos Alfredo Salfer, anexo ao Centreventos Cau Hansen (na rua Jose Vieira, n.° 315, Centro, Joinville/SC).

    O processo acontecerá da seguinte forma: a partir das 8 horas ( oito da manhã) os credores devem ir ao local definido para a assembleia e fazer um credenciamento. Ou seja, todos que tem direito a votar têm de assinar uma lista de presença e retirar um crachá que será utilizado para a votação. A partir das 13 horas inicia a votação e é OBRIGATÓRIO o comparecimento.

    A segunda convocação será dia 29 de maio de 2012 (terça-feira), nos mesmos horários, e acontecerá caso não exista o quórum (número de credores presentes) necessário para se realizar a votação na primeira assembleia que está marcada para o dia 22 de maio, conforme define a Justiça.

    Outra informação importante para os trabalhadores: se a pessoa estiver em horário de trabalho, é necessário solicitar declaração de comparecimento para o Recuperador Judicial que estará presente na assembleia geral dos credores, aliás, ele será comandará a votação segundo disse o juiz Maurício Póvoas em entrevista ao jornal A Notícia de Joinville (SC).

    Portanto, atenção você trabalhador e trabalhadora que tem ligações com a crise da Busscar, é credor trabalhista – afinal são 24 meses, quase 25 meses que a empresa não paga salários – e tem direito a votar na assembleia que vai decidir o seu futuro: faça contato com o Sindicato pelo email do departamento jurídico, ou diretamente na sede central nos horários acima, e ainda pelos fones (47) 3027.1184 ou (47) 3027.1183.

    Alerta – Procuração à empresa
    O Sindicato alerta também para possíveis chamamentos, convocações ou pressões vindas da Busscar, para que os trabalhadores assinem procurações para a empresa, ou ainda, para que votem pelo Sim para o Plano da empresa, que já foi negado por todos os grandes credores: não aceitem e não assinem nada, pois se trata de votar em favor da família Nielson e do atual estado de coisas. Fique atento, e se tiver dúvidas, ligue para o seu Sindicato. Denúncias sobre esse fato chegam aos montes, e também estão comentadas aqui no site.

    Chegou a hora da decisão, não deixe de participar, é seu dinheiro e seus direitos que estão em jogo. Avise seus amigos, agilize-se e faça valer os seus direitos. Não seja enganado novamente, alie-se ao Sindicato e faça o seu sofrimento nos últimos dois anos por conta da Busscar virar algo bom agora na reta final.

    Do Site do Sindicato dos Mecânicos

  • Caso Busscar: Sindicato alerta sobre procurações para garantir voto na assembleia de credores

    Trabalhadores que estão em outras cidades e até de Joinville (SC) podem dar procuração ao Sindicato para voto na assembleia

    Já está decidido: a assembleia de credores da Busscar será realizada no Centreventos Cau Hansen em Joinville (SC) e está marcada para os dias 22 e 29 de maio, em primeira e segunda convocações, respectivamente. O processo para a votação iniciará as 8 horas para o credenciamento dos credores. O início da votação será as 13 horas.

    O Sindicato alerta agora para que os trabalhadores que não puderem, ou não quiserem comparecer à votação para que façam com a máxima urgência a sua procuração, dando poderes de voto ao Sindicato na pessoa de seu Presidente, Evangelista dos Santos, com a máxima urgência.

    Segundo a advogada do Sindicato, Luiza de Bastiani, é necessário que os trabalhadores, inclusive e principalmente os que estiverem fora de Joinville por trabalho ou outro motivo, enviem com urgência as suas procurações para garantir o seu voto na assembleia de credores. O prazo se encerra dia 10 de maio para que o Sindicato as apresente. O tempo é curto devido ao feriado prolongado do Dia do Trabalhador.

    O que é preciso fazer para a procuração
    Seguem agora as informações do departamento jurídico do Sindicato dos Mecânicos referentes a procuração e dados sobre a assembleia geral dos credores.

    Segundo o Jurídico, a procuração qualquer pessoa pode fazer. Ela é feita para que o presidente do Sindicato, Evangelista dos Santos, represente a pessoa na votação, ou seja, para também votar em nome do trabalhador, conforme foi decidido pela assembleia geral dos trabalhadores realizada no dia 15 de abril passado, pelo NÃO (contra o atual Plano de Recuperação proposto pela Busscar.

    Para fazer a procuração é só a pessoa comparecer no Departamento Juridico, com o RG e o CPF. Quem mora em outra cidade deve entrar em contato com as advogadas pelo e-mail jurídico@sindmecanicos.org.br, que vai mandar a procuração a quem solicitar. Esse trabalhador deverá assinar e mandar via correio até dia 10 de maio de 2012 com copia do RG e CPF,  aos cuidados do departamento jurídico, tudo constando no envelope. Lembrando que é preciso levar em conta a demora de entrega dos Correios. Melhor usar o meio Sedex.

    Para quem quer fazer a procuração na sede central do Sindicato em Joinville (SC), o departamento jurídico se organizou para atender das  8 horas até as 18 horas sem fechar para o almoço – período exclusivo para fazer as procurações da assembléia – visando dar todas as condições aos trabalhadores para que possam comparecer e fazer valer a sua vontade.

    Processo da assembleia geral nos dias 22 e 29 de maio
    Já está confirmado, portanto, que dia 22 de maio de 2012, uma terça-feira, é a data para a primeira convocação. O local será no Centro de Eventos Alfredo Salfer, anexo ao Centreventos Cau Hansen (na rua Jose Vieira, n.° 315, Centro, Joinville/SC).

    O processo acontecerá da seguinte forma: a partir das 8 horas ( oito da manhã) os credores devem ir ao local definido para a assembleia e fazer um credenciamento. Ou seja, todos que tem direito a votar têm de assinar uma lista de presença e retirar um crachá que será utilizado para a votação. A partir das 13 horas inicia a votação e é OBRIGATÓRIO o comparecimento.

    A segunda convocação será dia 29 de maio de 2012 (terça-feira), nos mesmos horários, e acontecerá caso não exista o quórum (número de credores presentes) necessário para se realizar a votação, conforme define a Justiça.

    Outra informação importante para os trabalhadores: se a pessoa estiver em horário de trabalho, é necessário solicitar declaração de comparecimento para o Recuperador Judicial que estará presente na assembleia geral dos credores, aliás, ele será comandará a votação segundo disse o juiz Maurício Póvoas em entrevista ao jornal A Notícia de Joinville (SC).

    Portanto, atenção você trabalhador e trabalhadora que tem ligações com a crise da Busscar, é credor trabalhista – afinal são 24 meses, quase 25 meses que a empresa não paga salários – e tem direito a votar na assembleia que vai decidir o seu futuro: faça contato com o Sindicato pelo email do departamento jurídico, ou diretamente na sede central nos horários acima, e ainda pelos fones (47) 3027.1184 ou (47) 3027.1183.

    O Sindicato alerta também para possíveis chamamentos, convocações ou pressões vindas da Busscar, para que os trabalhadores assinem procurações para a empresa, ou ainda, para que votem pelo Sim para o Plano da empresa, que já foi negado por todos os grandes credores: não aceitem e não assinem nada, pois se trata de votar em favor da família Nielson e do atual estado de coisas. Fique atento, e se tiver dúvidas, ligue para o seu Sindicato.

    Chegou a hora da decisão, não deixe de participar, é seu dinheiro e seus direitos que estão em jogo.

    Do site do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região.