Tag: alimentos

  • SC tem boas expectativas para a safra de inverno

    SC tem boas expectativas para a safra de inverno

    Apesar da estiagem e da erosão do solo, a safra de verão 2019/20 em Santa Catarina teve um desempenho considerado satisfatório, puxado pelos bons preços, altas produtividades em algumas culturas e regiões específicas e qualidade adequada de grãos colhidos. A previsão para a safra de inverno 2020/21 é positiva, caso as condições climáticas previstas se confirmem. Os números foram apresentados pelos técnicos do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa) em evento virtual na tarde da quinta-feira, 9, que marcou o encerramento da safra de verão e a abertura da safra de inverno.

    Alho deve ter aumento de 11,69% na produção na safra 2020/21

    Gláucia de Almeida Padrão, analista da Epagri/Cepa, aponta que a estiagem, que atingiu principalmente o Meio-oeste catarinense no final de 2019 e início de 2020, atrasou o plantio e trouxe queda de produtividade, principalmente para as lavouras de milho, soja e feijão. A erosão de áreas cultiváveis foi outro problema que atingiu pontualmente a safra de verão. A degradação do solo acontece em cultivos que não primam pela cobertura de solo e rotação de culturas, contrariando recomendações da Epagri.

    Aspectos positivos também foram apontados na safra de verão durante o evento on-line. O arroz teve uma produtividade elevadíssima, principalmente no Sul do Estado. Soja e milho também apresentaram produtividades acima do ciclo agrícola anterior nas regiões Oeste e Meio-oeste. A qualidade dos grãos colhidos foi impulsionada justamente pela pouca chuva no período adequado. Essa condição reduz também o custo de secagem para a indústria. O alto valor do dólar ajudou a elevar os preços, principalmente dos commodities. “Tivemos perdas nas safras de verão, mas quem colheu teve qualidade e bons preços”, resume Glaucia.

    Verão

    arroz foi um dos destaques da safra de verão. A produtividade de 8.391kg/ha ficou acima da média dos anos anteriores. No ciclo 2019/20 foram colhidas uma média de 168 sacas de arroz por hectare, contra uma média de 160 na safra passada. O Sul do Estado contribuiu fortemente para a boa colheita. Apesar da alta oferta do produto no mercado, os preços se mantiveram em patamares elevados, graças à expectativa inicial de uma safra abaixo da média provocada pela estiagem no Sul do Brasil e à corrida aos mercados no início da pandemia, o que aumentou a demanda pelo alimento.

    milho total em Santa Catarina teve uma redução de 3,48% na área plantada, queda de 10,78% no total produzido e enfrentou uma produtividade 7,57% menor, sempre em comparação com a safra 2018/19. A estiagem, que se agravou desde janeiro, foi um dos motivos da queda, mas é importante ressaltar que a área plantada com milho no Estado catarinense vem caindo a cada ciclo agrícola. O cereal tem nos bons preços um alento, que compensaram para os agricultores a redução de produtividade. Na região que se espalha a partir de Joaçaba para o Oeste do Estado, o milho grão total alcançou uma boa produtividade, graças principalmente o período em que é plantado, que fez com que as lavouras se livrassem dos piores momentos da estiagem. O estado continua dependendo da importação de milho de outras regiões e países para suprimento das agroindústrias. O cereal participa com cerca de 70% da composição das rações e é fundamental para a cadeia produtiva da proteína animal.

    soja vem aumentando continuamente sua área plantada no Estado, avançando por espaços que antes eram ocupados principalmente por plantios de milho e pastagens. Entre as safras 2018/19 e 2019/20 a área plantada com o grão em Santa Catarina aumentou 2,35%, enquanto que a produtividade reduziu em 4,76%, resultando numa produção total 2,52% menor do que no ciclo anterior. Mais uma vez a estiagem e a erosão em algumas regiões de cultivo foram os vilões, mas, assim como no milho, os preços foram compensatórios, impulsionados pela alta do dólar e pelo volume da importação chinesa. O estado exportou 1,4 milhão de toneladas de soja entre janeiro e junho, volume recorde.

    feijão foi outro cultivo de verão que sofreu com a estiagem. Em relação à safra passada, houve uma queda na produção de 9,11%, resultado de uma redução de 6,18% na produtividade e de 3,12% na área plantada. A primeira safra de feijão, que responde por 66% da produção estadual, obteve um produto de boa qualidade, que alcançou preços excelentes. A segunda safra, que responde por 34% do total de feijão produzido no Estado, foi a que mais sentiu os reflexos da falta de chuvas, resultando numa queda de 23% na produção e menor qualidade dos grãos. Na média das duas safras, os preços pagos ao produtor foram considerados muito bons.

    Inverno

    As culturas agrícolas de inverno são aquelas plantadas a partir de maio. A cebola é uma das mais importantes delas em Santa Catarina, visto que o Estado é responsável por 30% da produção nacional. O transplante das mudas e também o semeio direto, que se dão entre junho e agosto, apontam para uma área plantada 7,4% menor na safra 2020/21 quando comparada com o ciclo passado. Assim, também cai a expectativa de total produzido, que deve ser 8,71% mais baixo que na safra 2019/20. A possível redução na produtividade se deve ao resultado excepcional da safra 2019/20, que ficou acima das médias dos últimos anos no Estado. Contudo, graças à alta tecnologia que deverá ser aplicada pelos produtores, espera-se que a produtividade enfrente uma queda menos acentuada, de 1,42%. A concretização deste cenário depende das condições climáticas para os próximos meses, principalmente nos períodos críticos de desenvolvimento da cultura.

    alho encerrou a safra 2019/20 com bons resultados em termos de produtividade, produção e qualidade comercial, bem como de preços pagos ao produtor. A condição representa uma virada na cultura, que vinha sofrendo nos últimos anos com produções e preços muito ruins, devido sobretudo à estiagens, doenças e importações. Diante dos bons resultados alcançados, a safra 2020/21 deve ter a área de cultivo aumentada em 8,85%. O reflexo esperado é um aumento de 11,69% no total produzido, com produtividade 2,61% maior. Se tudo se confirmar, Santa Catarina deve colher 21.100t de alho em 2020/21, contra 18.892t no ciclo agrícola anterior.

    Cerca de 48% da área destinada ao plantio de trigo no Estado para a safra 2020/21 já foi cultivada. A área plantada nesta safra deverá aumentar 7,82% em relação ao ano anterior, com um crescimento na produtividade média de aproximadamente 9%. Assim, o total produzido deve ser de cerca de 182 milt, representando um incremento de 17,52% na produção. À campo, as lavouras estão com bom desenvolvimento agronômico, o que leva a crer que a boa perspectiva se confirmará. Os preços favoráveis, que vêm sendo praticados desde o ano passado, impulsionados pelo alta do dólar, estão entre os fatores para o aumento da área da cultura no Estado. As restrições para importação do grão da Argentina, impostas pela pandemia, também colaboram para a elevação dos valores pagos ao produtor. O aumento em Santa Catarina acompanha o cenário nacional de crescimento da área plantada.

    A cevada terá redução significativa de 66,3% na área plantada, reflexo da má safra verificada no ciclo 2019/20. A quantidade produzida na safra 2020/21 deve ser 47,57% menor que o ciclo anterior. Em relação à produtividade é esperado um crescimento de 55,54%, chegando a 4.100 quilos por hectare.

    Em relação à cultura da aveia grão, a Epagri/Cepa estima um pequeno aumento de 1,29% na área plantada. Esse dado, aliado ao crescimento de 22,9% na produtividade, resultará num crescimento de 24,48% na produção total.

  • Safra de grãos de 2015 deverá ser 8,1% maior do que no ano anterior, diz IBGE

    Safra de grãos de 2015 deverá ser 8,1% maior do que no ano anterior, diz IBGE

    A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas deve fechar 2015 em 210,3 milhões de toneladas, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), feito em novembro deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Caso a previsão se confirme, será 8,1% maior do que a observada em 2014 (194,6 milhões de toneladas).

    O levantamento de novembro prevê uma safra 0,2% inferior à estimada pelo IBGE em outubro deste ano. As três principais lavouras de grãos deverão fechar o ano com aumento na produção em relação a 2014: soja (11,7%), milho (7,3%) e arroz (1,2%).

    Apesar do aumento nas três principais lavouras, 19 dos 26 produtos analisados pelo IBGE deverão ter queda em relação ao ano anterior, entre eles café em grão – arábica (-1,7%), café em grão – canephora (-17,7%), as três safras de feijão (com quedas de 3,7%, 6,3% e 2%), laranja (-3,7%) e cana-de-açúcar (-4,3%).

    Em relação à área colhida, o levantamento de novembro prevê aumento de 1,8% na comparação com o ano anterior.

  • Transgênicos: Aprovado projeto que dispensa símbolo da transgenia em rótulos de produtos. O que você acha disso?

    Transgênicos: Aprovado projeto que dispensa símbolo da transgenia em rótulos de produtos. O que você acha disso?

    O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (28) o Projeto de Lei 4148/08, do deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), que acaba com a exigência do símbolo da transgenia nos rótulos dos produtos com organismos geneticamente modificados (OGM), como óleo de soja, fubá e outros produtos derivados. A matéria, aprovada com 320 votos a 135, na forma de uma emenda do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), deve ser votada ainda pelo Senado.

    O texto disciplina as informações que devem constar nas embalagens para informar sobre a presença de ingredientes transgênicos nos alimentos. Na prática, o projeto revoga o Decreto 4.680/03, que já regulamenta o assunto.

    Heinze afirmou que a mudança do projeto não omite a informação sobre a existência de produtos transgênicos. “Acho que o Brasil pode adotar a legislação como outros países do mundo. O transgênico é um produto seguro”, afirmou.

    Segundo ele, não existe informação sobre transgênicos nas regras de rotulagem estabelecidas no Mercosul, na Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e na Organização das Nações Unidas (ONU).

    De acordo com o texto aprovado, nos rótulos de embalagens para consumo final de alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo humano ou animal deverá ser informada ao consumidor a presença de elementos transgênicos em índice superior a 1% de sua composição final, se detectada em análise específica.

    A redação do projeto deixa de lado a necessidade, imposta pelo decreto, de o consumidor ser informado sobre a espécie doadora do gene no local reservado para a identificação dos ingredientes.

    A informação escrita sobre a presença de transgênicos deverá atender ao tamanho mínimo da letra definido no Regulamento Técnico de Rotulagem Geral de Alimentos Embalados, que é de 1 mm.

    Sem transgênicos
    Além do fim do símbolo que identifica os produtos com transgênicos, no caso dos alimentos que não contenham OGM, o projeto mantém regra do atual decreto que permite o uso da rotulagem “livre de transgênicos”.

    Destaque do PT aprovado pelos deputados retirou do texto a condição de que esses produtos sem transgenia somente poderiam usar essa rotulagem se não houvesse similares transgênicos no mercado brasileiro.

    O texto continua a exigir, entretanto, a comprovação de total ausência de transgênicos por meio de análise específica, o que pode dificultar o exercício desse direito pelos agricultores familiares, que teriam de pagar a análise para poder usar a expressão.

    Polêmica em Plenário
    A discussão sobre o tema foi intensa e não houve consenso entre os parlamentares, em especial entre os principais partidos da base aliada do governo, PT e PMDB.

    Para o deputado Alessandro Molon (PT-RJ), o projeto de lei cassa, na prática, o direito de o consumidor saber se há ou não transgênicos. “É correto sonegar ao consumidor essa informação? Está certo tirar o direito de saber se tem ou não transgênicos?”, questionou.

    Já o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) defendeu a medida e lembrou que a Lei de Biossegurança (11.105/05), que regulamentou o uso de transgênicos, completou dez anos neste mês. “Disseram que os transgênicos poderiam causar câncer. Agora renovam a linguagem.”

    O líder do PV, deputado Sarney Filho (MA), disse que o projeto é um retrocesso na legislação atual. “O texto mexe naquilo que está dando certo. O agronegócio está dando um tiro no pé. Por que retroagir?”, questionou. Segundo ele, o texto não acrescenta nada sobre a transgenia, só retira informações.

    Já o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) lembrou que 90% da soja e do milho comercializados no Brasil têm organismos transgênicos em sua composição e, dessa forma, toda a cadeia produtiva desses produtos, como carne e leite. “O projeto é excelente, garantimos o direito do consumidor ser informado”, disse.

    Opiniões divergentes
    O deputado Ivan Valente (Psol-SP) afirmou que, enquanto outros países proíbem completamente o uso de alimentos transgênicos, no Brasil se busca “desobrigar a rotulagem dos transgênicos e excluir o símbolo de identificação”. Ivan Valente ressaltou que não existe consenso se os transgênicos fazem ou não mal à saúde.

    Para o deputado Bohn Gass (PT-RS), era necessário manter o símbolo da transgenia nos produtos. “Qualquer mudança vai prejudicar o consumidor.”

    O deputado Moroni Torgan (DEM-CE), no entanto, criticou a rotulagem diferente para a transgenia. “Por que a diferença entre corante, conservante, agrotóxico e transgênico na embalagem? Se é para colocar letra grande para transgênicos, por que estão usando dois pesos e duas medidas?”, questionou.

    Na opinião do deputado Padre João (PT-MG), a proposta só beneficia as grandes multinacionais do setor agropecuário que vendem sementes transgênicas. “Não podemos ficar a serviço das grandes empresas, devemos ter respeito ao consumidor”, disse.

    O deputado Delegado Edson Moreira (PTN-MG) respondeu ao deputado Padre João que a hóstia, usada no rito católico, também é feita com trigo transgênico. Íntegra da proposta: PL-4148/2008.

    Com informações da Ag. Câmara

  • Cesta Básica subiu 2,03% em junho, diz Procon de Joinville

    Cesta Básica subiu 2,03% em junho, diz Procon de Joinville

    preçoO valor da cesta básica de junho teve um acréscimo de 2,03% em relação aos preços praticados no mês de maio em Joinville, de acordo com pesquisa divulgada nesta terça-feira (4/6) pelo Procon. A cesta é composta de produtos de primeira necessidade nas áreas de alimentos, uso pessoal e limpeza consumidos por uma família durante um mês.

    A pesquisa divulgada pelo Procon foi realizada no dia 3 de junho em seis estabelecimentos comerciais de vários bairros da cidade. Considerando os preços mais baixos encontrados, o Procon chegou ao valor de R$ 202,50. No levantamento de abril foi registrado o preço de R$ 198,48 para os 31 itens que integram a cesta.

    A pesquisa apresenta diferenças de preços em todos os itens pesquisados, como as encontradas no quilo de frango com variação de 42,69%, na margarina (500g) com variação de 69,29%, no café (500g) diferença de 40,30% e feijão (1kg) com diferença de 33,44% entre o menor e o maior preço. Na pesquisa, o Procon verifica o preço mais baixo sem levar em consideração a marca do produto.

    Esta e outras pesquisas de preço estão à disposição na sede do PROCON, à rua Anita Garibaldi, nº 79, bairro Anita Garibaldi (antigo Piazza Itália), no Procon Nova Brasília, na rua Minas Gerais, nº 1.303, (Subprefeitura da Região Sudoeste) ou no site www.proconjoinville.com.br.

    Segundo o gerente do Procon em Joinville, Jorge Nemer, a pesquisa tem a finalidade de ajudar o consumidor a encontrar o melhor preço e a economizar, podendo adquirir outros produtos. “Entre o maior e o menor preço encontrados nos estabelecimentos pesquisados, há uma diferença de aproximadamente R$ 80,00, valor suficiente para adquirir um eletrodoméstico ou uma peça de vestuário”, explicou.

  • Inflação: alimentos, cigarros e educação pressionam elevação do índice

    O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu de 0,77% para 0,89% na segunda prévia de janeiro. Quatro dos oito grupos pesquisados apresentaram acréscimos, entre eles despesas diversas (que passou de 2,20% para 3,24%) sob o efeito dos cigarros (de 5,09% para 7,22%).

    No  grupo alimentação, a taxa atingiu 1,78% ante 1,57%, com a elevação das hortaliças e legumes (que subiu de 5,35% para 11,20%). E, como sempre ocorre nesta época do ano, o grupo educação, leitura  e recreação teve forte avanço, passando de 1,26% para 2,09% em consequência das correções de preços dos cursos formais (que passaram de 1,81% para 4,07%).

    Em habitação, o índice aumentou de 0,26% para 0,32%, puxado pela alta no segmento de móveis (de -0,32% para 0,43%). Nos demais grupos, as elevações ocorreram com taxas menores do que na pesquisa anterior – vestuário (de 0,64% para 0,13%), com destaque para a queda na média de preços das roupas ( de 0,59% para -0,32%) e dos transportes (de 0,34% para 0,30%). Entre os motivos, está a tarifa de táxi (5,11% para 0,41%).

    Em saúde e cuidados pessoais houve ligeiro decréscimo (de 0,58% para 0,56%), com influência dos serviços de salão de beleza (de 1,33% para 0,99%), e comunicação (de 0,04% para 0,02%), provocada pela estabilidade na cobrança da mensalidade para a TV por assinatura (de 0,09% para 0,00%).

    Os cinco itens que mais contribuíram para o aumento da inflação foram: cigarros (de 5,09% para 7,22%); refeições em bares e restaurantes (de 1,10% para 0,80%); tomate (de 8,77% para 16,31%); curso de ensino fundamental (de 2,19% para 5,21%) e curso de ensino superior (de 1,44% para 2,99%).

    Da Ag. Brasil

  • Área cultivada no Brasil cresce mais de 4% e chega a 68 milhões de hectares

    Alavancada principalmente pela expansão da soja, do milho e do algodão herbáceo, a área cultivada no Brasil, em 2011, foi 2,8 milhões de hectares maior do que a de 2010, registrando um crescimento de 4,3% e atingindo um total de 68,1 milhões de hectares.

    Os dados fazem parte da Produção Agrícola Municipal (PAM), Culturas Temporárias e Permanentes, de 2011. Divulgada hoje (26), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a pesquisa investiga 64 culturas em 5.565 municípios brasileiros.

    Segundo o IBGE, entre os produtos pesquisados, 48 apresentaram variação positiva de produção e 36, variação da área positiva plantada – com dez dos produtos analisados registrando melhor produtividade, na comparação com 2010.

    Os dados do levantamento indicam, ainda, que o valor da produção agrícola alcançou R$ 195,6 bilhões, um crescimento de 27,1% em relação ao ano anterior. O crescimento, segundo o IBGE, foi impulsionado, de maneira geral, pela elevação dos preços dos produtos agrícolas, que vêm registrando alta desde 2010 – seja em razão do aumento da demanda ou da redução da oferta, tanto nos mercados interno quanto externo.

    Entre os produtos que mais se destacaram no aumento do valor da produção estão a soja (34,9%); a cana-de-açúcar (38,6%); e o milho (46,4%). Apesar de registrar uma redução na produção, segundo o IBGE, “devido à alternância de anos de alta e de baixa produtividade”, o café também se destacou ao obter uma valorização absoluta da produção, de 40,1%.

    Estimulado pelos bons preços do produto na época do plantio, o algodão herbáceo se destacou com um aumento da produção de 76,2%, em decorrência da elevação do volume plantado. A pesquisa da Produção Agrícola Municipal de 2011, segundo o IBGE, registrou também que a ocorrência de boas condições climáticas, principalmente do final de 2010 para o primeiro trimestre de 2011, como fator determinante para o bom desempenho de algumas culturas – o que fez com que, entre as 64 culturas pesquisadas, 23 apresentassem recordes de produtividade média nacional, com destaque para a soja, o arroz e o feijão, produtos que compõem a cesta básica da população.

    Ag. Brasil

  • Segurança Alimentar: Simpósio defende aprovação de projeto que garante orgânicos na alimentação escolar

    Evento reuniu mais de 500  participantes em Florianópolis e debateu questões relacionadas à produção, consumo e publicidade dos alimentos. O apoio à aprovação do projeto de lei que garante o fornecimento de produtos orgânicos à alimentação escolar foi uma das propostas finais do 1º Simpósio de Segurança Alimentar e Nutricional. O evento, realizado no dia 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação, reuniu mais de 500 participantes no auditório da Assembleia Legislativa de Santa Catarina e contou a participação de especialistas, pesquisadores, representantes de movimentos sociais e de entidades ligadas à produção orgânica e alimentação saudável.

    “Foi um evento muito rico pela troca de informações. Demos um grande passo para a promoção e construção de políticas públicas que promovam a alimentação saudável e a produção sustentável de alimentos. Santa Catarina precisa de uma política estadual para a alimentação saudável, essa é a mensagem que o simpósio nos deixa”, avalia o deputado Dirceu Dresch (PT), proponente do evento, realizado pela Comissão de Saude.

    O deputado também é autor do projeto de lei que determina o percentual mínimo de 20% de alimentos orgânicos, produzidos sem agrotóxicos, na alimentação servida aos alunos da rede pública de ensino. Ele considera que o apoio das entidades ao projeto poderá ajudar a sensibilizar o governo e os demais parlamentares quanto à importância dessa ação. Dresch também é coautor cuja aprovação foi defendida pela simpósio. Trata-se do PL 578/2011, que garante a isenção da cobrança de ICMS dos produtos da agricultura familiar destinados à alimentação escolar e programas públicos.

    Alimentação do brasileiro
    Estudo divulgado pelo Ministério da Saúde indica que a população brasileira se alimenta de forma inadequada e consome gordura saturada em excesso. Dados revelados pela presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Maria Emília, mostraram que a obesidade é um problema crescente no país. Segundo o IBGE, 50,1% dos homens brasileiros com mais de 20 anos estão acima do peso. Entre as mulheres, o índice é de 48%. Dados mostram o elevado índice de obesidade na adolescência, com taxas que praticamente igualam-se às do México e dos Estados Unidos. Os biscoitos e refrigerantes são grandes vilões. “Infelizmente, o aumento da renda propiciou aumento do consumo de alimentos pobres em nutrientes e prejudiciais à saúde”, opina Dresch.

    Propaganda de alimentos
    Dados apresentados pela pesquisadora Renata Alves Monteiro, da Universidade de Brasília (UnB),  mostram que a publicidade dos alimentos precisa de uma regulamentação mais adequada para evitar abusos. “A TV virou a babá das crianças. Elas ficam expostas, em média, cinco horas por dia na frente da televisão e 97% da propaganda de alimentos TV apresentam produtos não-saudáveis. Há  uma indústria bilionária que sabe disso e investe pesadamente no desenvolvimento de estratégias de publicidade para que as crianças sejam doutrinadas a pedir, de forma persistente, aos seus pais, que comprem determinado alimento”, disse a pesquisadora. A criança não tem condição de avaliar o que é certo, ou se o valor passado pela propaganda é correto. A publicidade explora isso e transforma a vida dos pais num pesadelo.

    “Nas gôndolas dos supermercados, as guloseimas, biscoitos recheados, balas, etc. são colocadas na altura das mãos das crianças. Por que não fazem isso com as frutas? Os pais têm responsabilidade para impor os limites, mas a indústria também tem a sua responsabilidade”, argumentou Renata.

    Agrotóxicos
    “O Brasil é hoje o maior mercado doméstico de agrotóxicos do mundo e usa cerca de 20% do veneno produzido. Cada brasileiro consome em média 5,2 quilos de agrotóxicos por ano, conforme os dados revelados no simpósio. A presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional discute um plano de redução do uso de agrotóxicos. O órgão propõe a suspensão da pulverização aérea do veneno, o banimento de produtos que já estão proibidos em outros países e a retirada das subvenções concedidas aos produtores de agrotóxicos.

    “É um absurdo, mas o governo de Santa catarina, para o ano de 2013, prevê um subsídio de R$ 278,7 milhões para insumos, incluindo sementes transgênicas e agrotóxicos”, critica Dresch. Ele comenta ainda que o programa Troca-Troca de sementes do governo do Estado distribui sementes geneticamente modificadas. “Devemos reverter esses valores e estimular a produção agroecológica e orgânica. O Estdo está premiando quem usa agrotóxico e não dá nenhum incentivo à produção limpa.”

    Política de apoio
    Santa Catairna tem mais de 3 mil agricultores familiares. Dresch vislumbra uma grande oportunidade de, por intermédio da agricultura familiar, oferecer um produto de qualidade, que de fato traga saúde e qualidade de vida às pessoas. Ele propõe que o Estado realize ações voltadas à educação alimentar e  ao fomento da produção saudável. “Devemos criar uma política de estímulo à produção de alimentos agroecológicos e orgânicos, comprometendo as estruturas de governo a executá-la. Hoje, a Epagri e a Cidasc pouco fazem nessa área. Há denúncias de que os técnicos são pressionados a desestimular a produção sem agrotóxicos e livre de transgênicos”, aponta o parlamentar.

  • Projeto Universidade Solidária promove arrecadação de alimentos

    O Dia da Solidariedade, comemorado nesta terça-feira (14), dará o pontapé inicial das ações do projeto Universidade Solidária na Católica de Santa Catarina em Jaraguá do Sul e Joinville. Acadêmicos, funcionários e professores podem depositar doações de alimentos não-perecíveis em pontos de coleta na Biblioteca Padre Elemar Scheid e na Cantina da unidade de Jaraguá do Sul, e no corredor principal da unidade Centro em Joinville.

    O projeto Universidade Solidária foi idealizado com a intenção de arrecadar junto à comunidade acadêmica alimentos não perecíveis e destiná-los a famílias em situação de vulnerabilidade social cadastradas nas Pastorais da Comunidade Santa Clara, no bairro Rau, e na Paróquia São Judas Tadeu, no bairro Água Verde, em Jaraguá do Sul. Em Joinville, as doações serão repassadas à ADIPROS – Associação Diocesana de Promoção Social, que se responsabilizará de organizar as doações às famílias cadastradas.

    O programa foi dividido em duas frentes: a de arrecadação e distribuição dos donativos às pastorais parceiras, que é coordenada pela Pastoral da Instituição, e a de organização das cestas básicas, que será feita por acadêmicos sob a responsabilidade do Projeto Comunitário.

    Segundo Marcos Oliari, responsável pela Pastoral da Católica SC, a Instituição também fará contribuições mensais ao Projeto. “A Católica também está fazendo a sua parte doando todos os meses cinco itens alimentícios para compor as cestas básicas. Queremos dar o exemplo e estimular a participação e contribuição da comunidade acadêmica”.

    De acordo com a comissão organizadora do projeto Universidade Solidária, os itens de maior necessidade de doação são: leite em pó, café, azeite, açúcar, farinha de mandioca, trigo, macarrão, polenta, arroz e feijão. A intenção é atender com os donativos de 5 a 6 famílias dessas pastorais.

    Toda segunda terça-feira de cada mês acontecerá o Dia da Solidariedade, como forma de intensificar as doações junto à comunidade acadêmica. “Por isso, enviaremos e-mails marketing aos alunos e funcionários para reforçar a ação. Mas as doações poderão ser feitas durante todo o mês, pois as caixas ficarão todos os dias expostas”, acrescenta Marcos. O Núcleo de Projetos Comunitários também será responsável por enviar acadêmicos às pastorais para auxiliar na organização das cestas básicas e roupas, e também realizar a entrega dos alimentos às famílias selecionadas pelas pastorais.

    Mais informações pelos telefones (47) 3275-8330 e (47) 3275-8305, ou através do e-mail projetocomunitario@catolicasc.org.br

  • Alimentos para a filha são responsabilidade do casal, não apenas do pai, decide Juiz

    A 2ª Câmara de Direito Civil decidiu, por unanimidade, reduzir de R$ 6 mil para R$ 3 mil o valor da pensão paga por um pai à sua filha. A decisão reformou sentença da comarca da Capital, em ação na qual um empresário questionava o valor exigido pela mãe da menina, uma arquiteta com quem manteve relação estável de 2009 a 2011. A Câmara reconheceu que, independentemente da situação financeira do pai, a mãe também deve cobrir parte das despesas da filha.

    O empresário afirmou que o pacto de união estável fixava o regime de separação total de bens e renúncia a alimentos em caso de extinção da sociedade de fato. Detalhava, ainda, que as despesas listadas em eventual ação de alimentos, como internet, telefone, faxineira, gasolina, prestação de apartamento, IPTU, condomínio, natação, lavanderia e estacionamentos, caberiam à mãe, que já custeava esses valores.

    O autor acrescentou que a ex-companheira nunca dependeu financeiramente dele, por ser jovem, morar sozinha, ter imóvel próprio e profissão, embora diga estar desempregada. Assim, defendeu que a mulher deve arcar com metade das despesas da filha, e ofereceu o pagamento de dois salários-mínimos mais plano de saúde para a criança.

    O relator, desembargador substituto Gilberto Gomes de Oliveira, reconheceu em parte o pedido e admitiu que a obrigação alimentar não pode ser medida apenas pelos recursos do pai. O magistrado observou, ainda, que antes da união a mulher já tinha independência financeira e arcava com todas as suas despesas. Outro ponto destacado pelo relator foi a ausência de comprovantes de gastos específicos com a filha, os quais entendeu serem de fácil demonstração.

    Para Oliveira, a discussão concentrou-se no sustento da filha traduzido em despesas com alimentação, vestuário, educação e recreação, além de gastos com farmácia, babá e plano de saúde. “Não me convenço que uma criança que nem sequer completou dois anos de idade necessite, a título de alimentos pagos apenas pelo pai, de R$ 6 mil, ainda que este acumule vasta fortuna, mormente porque, como consignei algumas vezes neste arrazoado, a responsabilidade pela criação da pequenina não recai apenas sobre os ombros do varão ou da mulher: é do casal”, finalizou o relator.

    Do Jornal Absoluto

  • Patrocinadores “não-saudáveis” provocam polêmica a cem dias para Londres 2012

    A menos de cem dias do início dos Jogos Olímpicos de Londres, ativistas vêm treinando com afinco um novo tipo de modalidade: protestar contra alguns dos principais patrocinadores do evento. Na mira deles, estão grandes empresas, como Coca-Cola, McDonald’s, BP, Dow Chemical e Rio Tinto. Especialistas ligados à área da saúde têm aumentado a pressão pela restrição à publicidade de comidas tipo fast-food em grandes eventos esportivos, sob a alegação de que essa propaganda incentiva o ganho de peso.

    Por sua vez, ambientalistas elevaram o tom das críticas contra a participação de companhias envolvidas em acidentes ambientais no patrocínio à Olimpíada. Eles já lançaram, inclusive, uma campanha, intitulada ‘Greenwash Gold 2012’, contendo pesadas críticas contra três patrocinadores: BP, Dow Chemical e Rio Tinto.

    Saúde
    Pesquisas recentes revelam que um de cada quatro britânicos já é obeso. Para membros da Academy of Medical Royal Colleges (AoMRC), uma das principais associações de saúde pública da Grã-Bretanha, a obesidade é hoje “a principal ameaça à saúde pública no país”.

    Por isso, eles estão pressionando empresas como Coca-Cola e McDonald’s a restringir a publicidade na Olimpíada, uma vez que a propaganda “envia uma mensagem errada especialmente às nossas crianças”, diz o professor Terence Stephenson, porta-voz da AoMRC.

    Uma pesquisa conduzida recentemente na Grã-Bretanha revelou que muitos pais aceitariam uma proibição completa da publicidade de comidas pouco saudáveis antes das 21h. O levantamento mostrou ainda que esses pais se sentem obrigados a comprar junk food para seus filhos por causa das mesmas propagandas.

    Cadbury, McDonald’s e Coca-Cola são alguns dos patrocinadores da Olimpíada que têm sofrido com a ira dos ativistas. “Milhões de pessoas farão a correlação entre essas marcas e os atletas vitoriosos. As companhias não gastariam todo esse dinheiro em publicidade se não soubessem que isso não elevaria suas vendas”, justifica Stephenson.

    Embora ainda não haja nenhuma evidência científica sobre a ligação entre a publicidade de fast-food em grandes eventos esportivos e a obesidade, pesquisas indicam que as crianças tendem a encarar o junk food como menos nocivo quando ele é associado a esportes, argumenta o médico Jean Adams, professor de saúde pública na Universidade de Newcastle.

    Já para Stephenson, limitar a publicidade de fast food poderia ter um efeito semelhante à proibição das propagandas de cigarro. Dados levantados pela entidade britânica ASH constataram que o número de adolescentes fumantes no Reino Unido em 2010 caiu pela metade em comparação a 2002, quando a lei que proibia os anúncios de cigarro foi aprovada.

    Meio Ambiente
    As críticas aos patrocinadores também ganharam força com o protesto dos ambientalistas, contrários à participação de três empresas (BP, Dow Chemical e Rio Tinto) nos Jogos Olímpicos. Eles prepararam três mini-documentários sobre os diferentes acidentes ambientais provocados por essas companhias e convidaram o público a votar “no pior patrocinador” da Olimpíada.

    Os vídeos incluem depoimentos de um sobrevivente do vazamento de gás na cidade de Bhopal, em 1984, na Índia, provocado pela empresa Union Carbide Corporation, que anos depois foi comprada pela Dow Chemical; de um representante do Golfo do México sobre o impacto ambiental que se seguiu ao rompimento do poço de petróleo da BP em abril de 2010 e de uma mulher de Utah, nos Estados Unidos, contra um suposto aumento nos níveis de poluição atmosférica causado pela extração dos metais para a confecção das medalhas olímpicas pela mineradora anglo-australiana Rio Tinto.

    A ideia da campanha partiu da ativista Meredith Alexander, que renunciou ao posto na Comissão de Vigilância Ambiental da Olimpíada em protesto contra a participação da Dow Chemical no evento.

    O outro lado
    A Dow Chemical nega qualquer responsabilidade sobre o vazamento de gás químico e reforçou que o pagamento de 288 milhões de libras (R$ 889,2 milhões) para os afetados pela tragédia é “justo e definitivo”. Já a porta-voz da Rio Tinto defendeu as ações da empresa: “Atuamos dentro dos parâmetros de qualidade do ar (estabelecidos por normas legais), (…) que são, por sua vez, baseados em padrões rígidos para proteger a saúde humana”.

    Segundo um porta-voz da BP: “Estamos 100% empenhados em garantir o sucesso da Olimpíada. Não comentamos ações de grupos de protesto”. Por sua vez, um executivo responsável pela comunicação da Coca-Cola alegou que a publicidade transmitida durante os Jogos Olímpicos vai “aumentar o número de consumidores de produtos sem adição de açúcar”, enquanto a assessoria de imprensa do McDonald’s se limitou a dizer que “o patrocínio é essencial para uma bem-sucedida realização da Olimpíada.”

    BBC