Restaurante Popular completa cinco anos nesta quinta-feira (11/4)

restaurante popularCinco anos de refeições saudáveis e nutricionalmente balanceadas, ofertadas a um preço acessível à comunidade. Nesta quinta-feira (11/4), o Restaurante Popular Herbert José de Souza está de aniversário e uma programação especial foi organizada para lembrar a data. Um cardápio diferente será servido no restaurante, onde também acontecerão apresentações culturais. “Nestes cinco anos o Restaurante Popular contribuiu significativamente para o fortalecimento da política de segurança alimentar no município. O equipamento público tem como meta proporcionar ao maior número de pessoas o direito básico da alimentação saudável”, explica a nutricionista Caroline Medeiros.

Cerca de 1.100 refeições são servidas diariamente na unidade que já virou referência no município, quando o assunto é alimentação saudável. Cada prato custa ao usuário R$1,00, valor que possibilita o acesso da população de baixa renda à alimentação de qualidade. Diariamente, o cardápio é composto por uma porção de arroz, feijão, uma guarnição, duas porções de verdura, carne, suco ou uma fruta. O motorista Enio Vieira almoça quase todos os dias no restaurante e confirma a qualidade dos alimentos ofertados. “A comida aqui é excelente. Almoço aqui por causa do preço, que é muito acessível, e também por causa da qualidade das refeições”, relata.

Verduras, legumes, frutas e demais produtos artesanais, que carregam consigo a qualidade da produção local, fazem parte do cardápio do restaurante. Os produtos são adquiridos de agricultores da região, através da demanda ofertada pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

A preocupação com a saúde dos usuários do restaurante, refletida na qualidade da refeição ofertada, é também perceptível nas ações de conscientização desenvolvidas na unidade. Em 2012, foi realizada campanha para a redução de sal, açúcar e gordura nos alimentos e serviu para mudar o hábito de consumo de alguns usuários. Para pessoas hipertensas, como o publicitário Artur Nardes, almoçar no restaurante também contribui para o cuidado com a própria saúde. “Sabemos que existe toda uma preocupação com os alimentos e existe um acompanhamento nutricional. O sal na comida, por exemplo, vem na medida certa. É muito bom”, conta o publicitário.

Atualmente, a administração do restaurante é feita pela Associação de Segurança Alimentar e Nutricional de Joinville (Asanj), que recebe um repasse mensal da Prefeitura de Joinville, por meio da Secretaria de Assistência Social (SAS). O valor é investido na manutenção dos equipamentos, remuneração dos funcionários, no pagamento das contas e para subsidiar parte do valor das refeições. No ano de 2012, 255.234 refeições foram servidas na unidade, número que cresce gradativamente ano a ano. A média mensal de pratos ofertados fica em torno de 21 mil.

Excesso de sal pode causar doenças cardiovasculares

Entenda como o sódio age no organismo e porque a redução do consumo a níveis recomendados pela OMS permitiria que 1,5 milhão de brasileiros abolissem a medicação para hipertensão. Apesar de ter papel importante no organismo e contribuir para um bom funcionamento do corpo, o consumo abusivo do sal de cozinha pode trazer problemas à saúde. O excesso de sódio, principal componente do sal de cozinha, está associado ao desenvolvimento da hipertensão arterial, de doenças cardiovasculares, renais e outras, que estão entre as primeiras causas de internações e óbitos no Brasil e no mundo.

O sódio é responsável pela regulação da quantidade de líquidos que ficam dentro e fora das células. Quando há excesso do nutriente no sangue, ocorre uma alteração no equilíbrio entre esses líquidos. O organismo retém mais água, que aumenta o volume de líquido, sobrecarregando o coração e os rins, situação que pode levar à hipertensão. A pressão alta prejudica a flexibilidade das artérias e ataca os vasos, coração, rins e cérebro. Dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011) do Ministério da Saúde revelam que 22,7% dos brasileiros já receberam diagnóstico de hipertensão.

Por dentro, os vasos são cobertos por uma fina camada, que é lesionada quando o sangue circula com pressão elevada. Com isso, eles se endurecem e ficam estreitos, podendo entupir ou romper com o passar dos anos. O entupimento de um vaso no coração pode levar a um infarto — 79.297 óbitos em 2010. No cérebro, o entupimento ou rompimento levam ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido como derrame – causou 99.159 mortes em 2010. Nos rins, podem ocorrer alterações na filtração do sangue e até a paralisação dos órgãos. Portanto, evitar a ingestão excessiva de sal é uma medida simples que pode prevenir contra vários problemas graves de saúde.

A recomendação de consumo máximo diário de sal pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de menos de cinco gramas por pessoa. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela, no entanto, que o consumo do brasileiro está em 12 gramas diários, valor que ultrapassa o dobro do recomendado. Se o consumo de sódio for reduzido para a recomendação diária da OMS, os óbitos por acidentes vasculares cerebrais podem diminuir em 15%, e as mortes por infarto em 10%. Ainda estima-se que 1,5 milhão de brasileiros não precisaria de medicação para hipertensão e a expectativa de vida seria aumentada em até quatro anos.

OPÇÃO SAUDÁVEL – Uma das maneiras mais práticas de diminuir o consumo de sódio é observar as informações nutricionais no verso das embalagens ao comprar alimentos industrializados. Se a quantidade for superior a 400mg em 100g do alimento, é considerado um alimento rico no nutriente, sendo prejudicial à saúde. É recomendável sempre por escolher aquele que apresentar menos sódio.

“Além de reduzir a quantidade de sal no preparo da comida, podemos substituí-lo por outros condimentos, que inclusive vão dar um sabor melhor. É melhor utilizar ervas desidratadas e temperos naturais, como salsa, cebolinha, pimenta e outros. O uso de temperos industrializados também deve ser evitado, pois contêm alto ter de sódio”, recomenda Patrícia Jaime, coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde.

Para contribuir com a diminuição do consumo de sódio, o Ministério da Saúde firmou um acordo com a indústria alimentícia pela redução gradual do teor de sódio em alimentos processados. Desde 2011, governo federal fechou três termos de compromisso para que várias categorias de alimentos sejam produzidas com menos sódio.

“Esse acordo incentiva a indústria a oferecer alimentos menos prejudiciais à saúde e reforça o compromisso do governo federal na promoção de hábitos de vida mais saudáveis dos brasileiros. Com a iniciativa, o Brasil protagoniza a elaboração de um modelo que pode virar referência para diversos países”, completa Patrícia Jaime.

Temperos, caldos, cereais matinais e margarinas vegetais, macarrões instantâneos, bisnagas e vários outros terão metas para os próximos anos de redução do teor de sódio. Somados os três convênios, a previsão é de que até 2020, estejam fora das prateleiras mais de 20 mil toneladas de sódio. O acordo determina acompanhamento das informações da rotulagem nutricional dos alimentos e as análises laboratoriais de produtos coletados no mercado.

Do Portal da Saúde

Semana Mundial do Aleitamento Materno começou hoje em mais de 170 países

A Semana Mundial do Aleitamento Materno começa hoje (1º) e vai até a próxima terça-feira (7) em mais de 170 países. O objetivo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é estimular a amamentação e melhorar a saúde de crianças menores de 5 anos em todo o mundo.

A data comemora a assinatura da Declaração de Innoceti, em agosto de 1990, por diversos países – incluindo o Brasil. Entre os objetivos apresentados pelo documento estão estabelecer um comitê nacional de coordenação da amamentação e adotar uma legislação que proteja a mulher que amamenta no trabalho.

A OMS defende que o aleitamento materno é a melhor forma de fornecer ao recém-nascido os nutrientes necessários. A orientação é que o bebê receba exclusivamente o leite materno até os 6 meses e, depois disso, ele seja associado a outros alimentos até que a criança complete 2 anos ou mais.

No caso do colostro (tipo de leite mais grosso e de cor amarelada produzido ao final da gestação), a recomendação é que ele seja fornecido ao recém-nascido até uma hora após o parto.

Dados da organização indicam que a malnutrição responde, direta ou indiretamente, por praticamente uma em cada três mortes entre crianças menores de 5 anos, sendo que mais de dois terços delas são associadas a práticas inapropriadas de alimentação e ocorrem no primeiro ano de vida da criança.

“Nutrição e carinho nos primeiros anos de vida são cruciais para uma boa saúde e para o bem-estar ao longo da vida. Na infância, nenhum presente é mais precioso do que o aleitamento materno. Ainda assim, menos de um em cada três bebês é exclusivamente amamentado durante os [primeiros] seis meses de vida”, informou a OMS.

Confira os dez passos definidos pela Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano para o sucesso da amamentação:

– Ter uma política de aleitamento materno escrita, que seja rotineiramente transmitida a toda equipe de cuidados de saúde;

– Capacitar toda a equipe de cuidados da saúde nas práticas necessárias para implementar essa política;

– Informar todas as gestantes sobre os benefícios e o manejo do leite materno;

– Ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora após o nascimento do bebê;

– Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas dos filhos;

– Não oferecer a recém-nascidos bebida ou alimento que não seja o leite materno, a não ser que haja indicação médica;

– Praticar o alojamento conjunto, permitindo que mães e bebês permaneçam juntos 24 horas;

– Incentivar o aleitamento materno sob livre demanda;

– Não oferecer bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas;

– Promover grupos de apoio à amamentação e encaminhar as mães a esses grupos na alta da maternidade.

Da CNM/CUT

Mundo precisa de agricultura inteligente para conseguir alimentar a população, alerta estudo

Um relatório divulgado nesta quarta-feira pela Comissão de Agricultura Sustentável e Mudança Climática, formada por cientistas de diferentes países, afirma que são necessárias grandes mudanças na agricultura e no consumo de alimentos no mundo todo para que gerações futuras consigam se alimentar.

A Comissão de Agricultura Sustentável e Mudança Climática passou mais de um ano avaliando dados enviados por cientistas e responsáveis pela elaboração de políticas alimentares. De acordo com o documento publicado pela comissão, o setor agrícola precisa intensificar a sustentabilidade, diminuir o desperdício e reduzir as emissões de gases de efeito estufa das fazendas.

A comissão foi presidida pelo professor John Beddington, o conselheiro científico mais importante do governo da Grã-Bretanha. “Se você vai gerar alimentos o bastante para enfrentar a pobreza de 1 bilhão de pessoas que não conseguem o alimento necessário, imagine com outro bilhão (de aumento na população global) dentro de 13 anos. Você vai precisar aumentar muito a produção agrícola”, disse Beddington à BBC.

“Você não pode fazer isto usando as mesmas técnicas agrícolas que usamos antes, pois isto iria aumentar muito as emissões de gases de efeito estufa no mundo todo”, acrescentou. A atividade agrícola é considerada como provavelmente responsável por cerca de um terço das emissões globais de gases de efeito estufa, apesar de os números ainda serem indefinidos, pois uma grande proporção destes números é relativa à desmatamento com a limpeza de florestas para a criação de áreas cultiváveis e é muito difícil medir as emissões nestes casos.

E, apesar de haver variações regionais, as previsões são de que a mudança climática reduza a produção agrícola. No caso do sul da Ásia, esta redução será dramática. Estudos sugerem que a produção de trigo pode cair pela metade em 50 anos. “Precisamos desenvolver uma agricultura que seja inteligente em relação ao clima – gerando mais produção sem as emissões de gases de efeito estufa”, afirmou Beddington.

Técnicas variáveis
A comissão foi estabelecida pelo Grupo Internacional de Consulta em Pesquisa Agrícola (CGIAR, na sigla em inglês), a rede global de instituições que trabalham com questões alimentares e de pobreza. O relatório final da comissão foi divulgado na conferência Planet Under Pressure (Planeta Sob Pressão, em tradução livre), que ocorre em Londres.

A conferência de quatro dias promove o encontro de acadêmicos, ativistas e empresários para divulgar informações sobre políticas ambientais antes da conferência Rio+20, que ocorre em junho. Segundo Christine Negra, coordenadora do trabalho da comissão, as técnicas para renovação da atividade agrícola variam de acordo com as regiões. “Em lugares onde o uso de métodos orgânicos, por exemplo, é apropriado ou economicamente vantajoso e produz bons resultados sócio-econômicos e ecológicos, esta será uma ótima abordagem”, disse.

“Em lugares onde, com o uso de organismos geneticamente modificados você possa enfrentar os desafios da segurança alimentar e questões sócio-econômicas, então estas serão as abordagens corretas, uma vez que seja provado que são seguras.” A comissão também recomenda mudanças no sistema político e econômico em torno da produção e consumo de alimentos para encorajar a sustentabilidade, aumentar a produção e diminuir os impactos ambientais. Agricultores precisam de mais investimentos e informações, e governos precisam colocar a agricultura sustentável no centro das políticas nacionais, segundo o relatório.

Modelos existentes
Segundo o professor Tekalign Mamo, consultor do Ministério da Agricultura na Etiópia, os modelos para muitas das transformações necessárias já existem. Um destes modelos, destacados no relatório, é o Programa de Segurança Produtiva da Etiópia, que começou em 2003 com a participação do governo e parceiros internacionais.

Mamo afirma que um dos aspectos destes modelos é que “é preciso conseguir bens domésticos, para que as pessoas não gastem todos os recursos em tempos de escassez crônica de alimentos”. “Outro é trabalhar em bens da comunidade, como construção de (dispositivos) de irrigação de pequena escala (…); as comunidades são donas destas atividades e também designam o trabalho livre, e o governo fornece incentivos como alimentos ou dinheiro para os que participam”, afirmou.

O professor afirma que este modelo já tirou “1,3 milhão da população da pobreza e (levou para a situação de) segurança alimentar. E, ao mesmo tempo, também conservou e recuperou o meio ambiente”. O relatório também destacou outros projetos como a garantia na Índia de emprego nas áreas rurais ou as medidas para garantir a propriedade da terra para mulheres em países africanos.

Mas, o documento também recomenda mudanças na política agrícola de países desenvolvidos e cita como exemplo a questão do desperdício de alimentos. “Se desperdiçarmos menos alimentos, teremos que produzir menos e menos gases de efeito estufa serão emitidos”, disse Christine Negra.

Da BBC News

“A mente e o corpo”, por Jana Costa falando sobre sua vida com o diabetes

Fico feliz quando os leitores e admiradores deste Blog participam com suas produções. Trocam experiências, talentos, histórias de vida, projetos e tantos outros. Pois então, agora recebo mais uma participação da Jana Costa, agora abrindo para todos nós a sua história com uma doença silenciosa, sorrateira, que é o diabetes. Mas nem por isso ela deixou de viver, saudavelmente, e nos passa isso em seu artigo que segue logo abaixo, exclusivamente aqui no Palavra Livre. Obrigado Jana!

“A mente e o corpo”

Você acredita naquele ditado que diz, “mente sã, corpo são”? Pois é, é assim mesmo que nosso corpo funciona. Quando a nossa mente está sã, o nosso corpo também está são. A nossa mente nada mais é do que uma energia consciente e criativa que mantém sã ou não as células do nosso corpo. Antoine Lavoisier, considerado o pai da química, deduziu a célebre lei da conversação da matéria no século XVII, “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. E o que eu quero dizer com isso tudo? Bem, o que eu escrevo hoje para vocês é um testemunho da minha convivência com Diabetes Tipo 1, doença essa que descobri aos 15 anos de idade e convivo com ela à 17 anos.

Descobri esse problema de uma forma um pouco trágica, meu pai havia falecido em dezembro de 1994 e no início de 1995 eu comecei a sentir os sintomas da doença. Em março de 95 eu comecei a sentir uma fome excessiva e a perder peso, muito peso. No café da manhã eu comia sozinha 7 pães francês ou d’água (tipo de pão joinvillense). No almoço minha mãe cozinhava uma panela de arroz somente para mim e outra para a família, e no jantar eu comia uma pizza média sozinha. Eu sentia muita sede e de cinco em cinco minutos tinha de ir ao banheiro, pois a quantidade de água que eu bebia tinha de sair por algum lugar. Sem falar das câimbras horríveis na panturrilha e o cansaço extremo, eu não tinha vontade de fazer nada porque não tinha energia para tanto. Aos 15 anos eu media 1,70 m, pesava 44 kilos e minha mãe não entendia aonde iria parar tanta comida.

A preocupação com a minha saúde afetou também o pessoal onde eu trabalhava, que vendo a minha situação decidiu marcar uma consulta médica para mim. Fui à consulta, fiz os exames e o resultado não podia ser diferente, Diabetes Tipo 1, insulino- dependente. Aquele momento foi um choque para mim, eu era adolescente, chocólatra, adorava qualquer tipo de doce, morria de medo de injeção, e muito menos podia imaginar que algum dia eu mesma teria de fazer as aplicações no meu próprio corpo. O período de adaptação durou 3 meses e logo depois comecei a levar a vida normalmente tomando insulina todos os dias. O que mais os médicos me parabenizavam na época era que eu tinha descoberto cedo uma doença que costuma levar pessoas ao coma antes mesmo que seja diagnosticado o problema.

Desde que descobri ter Diabetes eu tenho ciência das minhas limitações, mas eu não penso que sou uma pessoa doente, e por isso mesmo que tenho saúde. Nesses 17 anos eu nunca fui internada por problemas decorrentes da doença e nem fiquei muito tempo com exames alterados. Minha endocrinologista costume me usar como exemplo para outros pacientes, modéstia à parte, (risos) ela também diz que sou sua melhor paciente! Você quer saber o segredo? Mente sã, alimentação saudável e exercícios. O conjunto é o segredo, e a mente sã é o mais importante de todos eles porque com ela você consegue atingir os outros itens. O que você mentaliza é o que você adquire!

Jana Costa – Administradora de Empresas e Agente Autônoma de Investimentos certificada pela ANCOR/CVM desde 2007

Email: janayna.eloterio@gmail.com

 

Diminui consumo de arroz, feijão, frutas e hortaliças e aumenta de sal e açúcar

O país enfrenta, atualmente, uma espécie de transição nutricional, já que hábitos até então comuns como o consumo de arroz e feijão registraram queda, enquanto carnes gordurosas e alimentos embutidos passaram a ser amplamente consumidos. A avaliação é da coordenadora de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Déborah Malta.

Em entrevista à Agência Brasil, ela explicou que o problema de alimentos como salsichas e linguiças é o alto teor de sal, responsável por aumentar o risco de doenças cardiovasculares. A presença de elevados níveis de açúcar na dieta do brasileiro, segundo a coordenadora, também representa uma agravante – sobretudo quando associada a um baixo consumo de frutas e hortaliças.

Os dados fazem parte da pesquisa Vigitel 2010, que mostra que 48,1% da população adulta no país estão acima do peso, enquanto 15% dos brasileiros estão obesos. O estudo indica ainda que apenas 18,2% das pessoas consomem cinco porções de frutas e hortaliças por cinco dias ou mais por semana; 34% consomem alimentos com elevado teor de gordura e 28% consomem refrigerantes cinco ou mais dias por semana.

O consumo diário de sal no Brasil, atualmente, é de 12 gramas – mais de duas vezes maior que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Já o açúcar é consumido de forma considerada exagerada por 61,3% da população.

“Temos, entre os brasileiros, uma piora dos hábitos alimentares”, avaliou Deborah. “Nos últimos anos, a desnutrição, que era um problema, recuou, mas a obesidade e o excesso de peso cresceram – em função de uma alimentação não adequada e não balanceada e também de níveis baixos de atividade física”, concluiu.

De acordo com a coordenadora, a meta do ministério é estabilizar o quadro de excesso de peso e obesidade entre adultos até a próxima década e, ao mesmo tempo, diminuir os índices entre crianças e adolescentes. A pasta firmou, em abril deste ano, um acordo com a indústria alimentícia com foco na redução de sal e de gorduras trans na fabricação de produtos como macarrões instantâneos.

Agência Brasil

Crianças de hoje são mais fracas do que a geração anterior

A troca de brincadeiras de rua pela televisão e pelo videogame tem deixado as crianças mais fracas. Esse foi o resultado de uma pesquisa realizada no Reino Unido. O estudo comparou em 2008 o desempenho em atividades comuns de um grupo de crianças de dez anos com o desempenho de outro grupo de crianças da mesma idade, em 1998. As crianças foram estimuladas a fazer atividades físicas como exercícios de barra e abdominais. Segundo o levantamento, o grupo avaliado em 2008 não consegue realizar os exercícios com a mesma facilidade que o grupo avaliado uma década antes. O resultado da pesquisa não surpreendeu o chefe do Centro de Ortopedia da Criança e Adolescente do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), Pedro Henrique Mendes.

“A modernidade está fazendo com que as crianças fiquem cada vez mais na frente de computadores, de tablets, de jogos eletrônicos. E elas não têm mais as atividades ao ar livre que elas tinham no passado. Primeiro porque não existem mais grandes áreas como existia no passado. Os pais tem que trabalhar, as crianças ficam em creches e escolas. A gente tem um grande grupo de crianças que estão beirando a obesidade, algumas até obesas,outras bem próximo disso. E fazer o controle da alimentação e da atividade física dessas crianças é bem difícil.”

O especialista afirma que para mudar esse cenário o exemplo tem que vir de casa. “Se os pais são obesos, se eles têm maus hábitos alimentares, se eles não fazem atividade física, as crianças não farão atividade física, não se alimentarão bem e serão obesas. E não só a criança deve-se engajar no processo. Os pais têm que mudar isso e mudar seus hábitos. Segundo passo é estimular as crianças a sempre fazerem atividade física, não necessariamente a nível competitivo, mas por lazer e procurar com a criança adequar os horários, tantas horas para o computador, tantas horas para atividade física”. O especialista acrescenta que além destas dicas, é importante cuidar da alimentação dos pequenos.

O Girassol

Escolha melhores os alimentos para combater o colesterol

Mude os hábitos à mesa. Quer um exemplo? Troque o queijo amarelo pelo branco
Quando se fala em colesterol, logo vem à nossa mente que ele é o grande vilão das doenças do coração. E pode até ser, mas apenas se você não o controlar como se deve. Em níveis moderados, ele é até benéfico.

Segundo o cardiologista Marcelo Bertolami, do Instituto Dante Pazzanese, o colesterol é fundamental para a produção de hormônios. O “monstrinho” da história é uma proteína que o transporta pelo corpo, a LDL, conhecida como colesterol ruim. Em níveis elevados, é ela quem provoca o risco de problemas cardiovasculares. Que tal, então, mantê-la equilibrada comendo os alimentos certo?

Mudança de hábitos faz bem!
Coma frutas, legumes e verduras, especialmente as de folhas verde-escuras, como brócolis, couve e espinafre. Ricas em flavonoides, interferem no metabolismo das gorduras. Troque frituras e alimentos empanados pelos assados e grelhados.

Na prática…
Evite Prefira
Leite integral Leite desnatado ou leite de soja
Iogurte Iogurte desnatado e light
Manteiga Margarinas cremosas ou light
Óleo de soja Azeite ou óleo de canola
Queijos amarelos (prato, mussarela, parmesão) Queijo branco ou ricota
Requeijão e cream cheese Requeijão e cream cheese light
Carnes gordas e miúdos
(cupim, costela, fígado, miolo, língua) Carnes magras
(coxão mole e duro, patinho, lagarto)
Embutidos (salsicha, linguiça, mortadela, bacon) Peito de peru e de chester
Frutos do mar (camarão, lula, mariscos) Peixes (sardinha, pescada, atum, linguado)

Abril

Temperos substituem o sal e deixam sua comida muito mais saudável

O sal é um dos vilões mais temidos da atualidade, mas também é o menos combatido. Isso porque desde sempre nós nos acostumamos a comer tudo com uma bela pitada de sal. E se fosse só essa pitada, tudo bem! Mas, o que torna o sal um grande vilão é que ele é a principal fonte de sódio que consumimos, podendo causar aumento da pressão arterial levando a problemas mais sérios de saúde, como a hipertensão e sobrecarregar os rins.

Porém, manter o sal longe do prato ou pelo menos diminuir as quantidades dele nas receitas pode ser mais fácil do que você imagina. A substituição do mineral por outros temperos naturais dá novo gostinho às preparações e ainda por cima promove uma onda de boa saúde. “Os temperos naturais ou condimentos melhoram o sabor, aroma e aparência dos alimentos preparados”, explica a nutricionista Maíra Malta, da Unesp. Por isso, confira alguns temperos que te ajudam a se manter longe do sal.

– Coentro , hortelã, folhas de louro, oregáno, tomilho, açafrão, gengibre, cebola, alho, sálvia, majericão, alecrim, salsinha, pimenta, estragão

Alho e Cebola: Os acompanhamentos básicos de quase todos os nossos pratos fazem muito bem a nossa saúde. “O alho, por exemplo, contribui para a diminuição da pressão sanguínea e dos níveis de colesterol. Já a cebola inibe a ação de algumas bactérias e fungos prejudiciais ao nosso organismo e diminui os riscos de trombose e aterosclerose”, diz a especialista. A duplinha também ajuda na prevenção de alguns tipos de câncer, como o de pulmão, estômago, próstata e fígado.

Minha vida

De que forma é possível manter hábitos saudáveis no trabalho?

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que a tendência ao sedentarismo cresce exponencialmente e tornou-se hoje o quarto maior fator de risco de mortalidade. Por isso, é essencial adotar algumas práticas saudáveis no trabalho. Afinal, segundo o endocrinologista da SBEM, Dr. Josivan Lima, uma rotina sedentária nesses ambientes facilita o desenvolvimento de doenças como diabetes, hipertensão, dislipidemia, infarto, AVC e artroses.

O ideal é movimentar-se mais, na medida do possível. “Na empresa, devemos nos levantar, deixar e receber o cliente ou paciente na porta e fazer tarefas em pé, como ler um artigo ou relatório. Isso, por mais simples que seja, fará diferença até na queima de calorias ao final de um mês ou um ano”, afirma o endocrinologista.

Além disso, é preciso também adequar os hábitos alimentares à rotina do trabalho, diz a nutricionista Carolina Godoy, do Instituto Minha Escolha. Confira abaixo as principais dicas dadas pelos profissionais:

– Fique atenta à postura para evitar dores no corpo, principalmente nas costas.

– Comer em frente ao computador não é recomendável. Mesmo almoçando no escritório, é importante reservar poucos minutos para prestar atenção na comida e mastigar bem os alimentos.

– Jamais pule o café da manhã. Pesquisas indicam que as pessoas que tomam um café da manhã saudável permanecem mais dispostas no restante do dia. Insira frutas ou sucos, cereais ou pães integrais, leite ou iogurte desnatado.

– Evite excessos. Se você anda sentindo muito “sono” ou “preguiça” ao trabalhar depois do almoço, saiba que isso se chama alcalinidade pós-prandial. Sua circulação se dirige mais ao aparelho digestivo e o restante fica meio lento. Portanto, observe a quantidade que anda comendo.

– Mantenha seu metabolismo funcionando durante todo o dia, que vai ajudá-lo também a ingerir menor quantidade de alimentos nas refeições maiores, como almoço e jantar. Para isso, faça pequenos lanches entre as refeições, procurando alimentar-se a cada 3 a 4 horas. Frutas, barrinhas, iogurte desnatado, gelatina diet, frutas secas e desidratadas, bebida de soja e bastante água são indicadas pela nutricionista.

– O excesso de carboidratos em um prato, principalmente sem proteínas, leva a um aumento da insulina muito rápido, e por isso pode ser seguido de fraqueza, além de favorecer o acúmulo de gordura abdominal. Por isso, prefira os carboidratos em sua forma integral e não restrinja jamais esse tipo de alimento do seu cardápio.

– Evite a necessidade de doce de maneira saudável. Essa sensação pode ser por conta de uma privação de carboidratos integrais, como pães, arroz, batata, massas, que é a fonte energética preferida pelo corpo. Aí quando o corpo necessita do açúcar ele acaba pedindo na forma pura.

Mdemulher. abril