Fascismo – Cardeal de São Paulo é agredido em missa na Catedral da Sé

O cardeal de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, foi atacado na manhã desta quinta (24), na Catedral da Sé, por uma mulher que acusou-o e à CNBB de serem comunistas infiltrados na Igreja Católica.

 Aos gritos, ela dizia: “Você e a CNBB são comunistas infiltrados; não podem fazer isso com a minha Igreja”.

Ela avançou sobre o cardeal e arrancou sua mitra, derrubando-o ao chão e ferindo-o no rosto.

Dom Odilo levantou-se com ajuda das pessoas em volta e seguiu caminhando e abençoando as pessoas na catedral lotada.

Tudo aconteceu durante a missa dos Santos Óleos, que abre as celebrações do Tríduo Pascal.
A Igreja tratou o assunto com discrição. Dom Odilo não falou do assunto publicamente.

Segundo a cúpula da Igreja em São Paulo, a mulher não identificada apresentava evidentes sinais de desequilíbrio, mas os padres ouvidos por por Jornalistas Livres estavam preocupados com a agressão no contexto da crise política nacional.

O padre Luiz Eduardo Baronto, cura da Sé, afirmou não entender a origem da agressão: “Não sei se ela agiu por orientação de alguma organização ou por conta própria.”

De acordo com nota divulgada pela Arquidiocese de São Paulo, Scherer está bem e vai presidir todas as celebrações da Semana Santa.

Com informações do Jornalistas Livres, Ag. Brasil

Deputado neonazista bate em mulheres e corre risco de parar na prisão

O deputado neonazista Kasidiaris, que bateu em mulher, pode ser levado a qualquer momento para uma cadeia grega comum, com outros presidiários

Deputado neonazista do partido Amanhecer Dourado, o grego Ilias Kasidiaris bateu em duas mulheres e precisou ser contido por seguranças de um canal de TV, onde ocorria um debate pré-eleitoral. Na noite passada, Kasidiaris agrediu duas deputadas de esquerda, ao vivo, pela rede Ant1. O ato causou indignação nacional e o defensor da causa de Adolf Hitler poderá parar na cadeia, nas próximas horas. As próximas eleições legislativas estão marcadas para o dia 17 de junho.

Na discussão, Kasidiaris se irritou quando a deputada Rena Dourou, da Syriza (Coligação da Esquerda Radical) mencionou um processo judicial em que ele é acusado de assalto a mão armada. A ação havia sido reaberta nesta quarta-feira, mas foi adiada para o dia 11 de unho, uma semana antes da eleição. Após gritar muito, Kasidiaris levantou-se, passou a insultar a deputada Rena, chamando-a para a briga, e jogou água em seu rosto. Revoltada, outra deputada, Liana Kanelli, do KKE (Partido Comunista da Grécia) levantou-se protestando, tentando impedi-lo com um maço de papel. Kasidiaris a empurrou, e depois a agrediu com três socos. Nesse meio tempo, o apresentador do programa, Giorgios Papadakis, tentava detê-lo, sem sucesso. Kasidiaris foi conduzido por seguranças a um estúdio a portas fechadas, mas conseguiu fugir.

Não satisfeito, Kasidiaris ligou depois para a rede de TV, acusando Kanelli de tê-lo agredido primeiro. Ainda ameaçou processar a televisão por “manipulação de imagens”. A procuradora Elena Raikou pediu a prisão de Kasidiaris por “tentativa de infligir perigoso dano corporal“. Como o Parlamento grego está oficialmente dissolvido, ele não goza de imunidade parlamentar e pode ser preso caso o pedido seja aceito pela Justiça.

O episódio causou revolta em todos os demais partidos gregos. O governo provisório grego condenou a agressão. “O mínimo que se pode esperar de um cidadão democrático é a condenação categórica deste ato do Amanhecer Dourado”, disse o porta-voz do governo, Dimitris Tsiodras, em comunicado.

O Amanhecer Dourado obteve inéditos 7% na eleição em 6 de maio, conseguindo ultrapassar a cláusula de barreira e eleger 21 representantes. Como não foi possível a formação de um governo de coalizão, a Presidência convocou novas eleições foram para o mês seguinte. Os neonazistas, segundo as últimas pesquisas, podem conseguir representatividade novamente, embora com menos representantes.

Assista ao vídeo, na íntegra;

Do Correio do Brasil

 

Repórteres do CQC em confusões: um leva “tapa na cara” e outro tem microfone quebrado

Equipes de reportagens do ‘CQC’ mais uma vez se envolveram em confusões com políticos. Na tarde dessa terça-feira, 8, o repórter Mauricio Meirelles informou em seu perfil no Twitter que seu microfone foi quebrado por João Claudio Derosso (recém-desfiliado do PSDB), vereador de Curitiba.  No mesmo dia, também por meio da rede social, Felipe Andreoli informou que levou “tapa na cara” do deputado federal Marcio Reinaldo Moreira (PMDB-MG).

Andreoli afirmou que registrou boletim de ocorrência e espera que o parlamentar pague cestas básicas e se retrate pela agressão. O repórter do ‘Custe o Que Custar’ relatou que levar tapa no rosto é humilhante, sendo do mesmo nível que uma cusparada. “Fiz uma pergunta – vocês verão no CQC – que nós nos fazemos todo santo dia. Ele me respondeu com um tapa na cara. Fora os xingamentos”, postou o jornalista da Band. O político ainda não comentou o caso.

A terça-feira teve outra agressão a integrantes do programa. “Perdemos um amigo aqui na Câmara de Curitiba: o microfone do ‘CQC’”, postou Meirelles no microblog. A equipe de comunicação do Poder Legislativo da capital paranaense confirmou o ocorrido. Derosso, que, de acordo com o site Bem Paraná, corre o risco de perder o mandato, não se pronunciou. O político é acusado pelo Ministério Público de contratar funcionários fantasmas.

A reportagem do programa da Band verificava denúncias de irregularidades na Câmara de Curitiba. Meirelles conversou com alguns vereadores, entretanto, Derosso o ignorou e irritado tomou o microfone do repórter do ‘CQC’ o jogou o equipamento da janela do quarto andar da câmara.

Essa não é a primeira vez que Meirelles está envolvido em confusões em suas reportagens. Durante o encontro da secretária de Estado norte-americano, Hillary Clinton, com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, em Brasília, no início de Abril, o repórter ofereceu uma máscara de carnaval a Hillary. O encontro estava sendo transmitido ao vivo por outras emissoras e a brincadeira irritou alguns jornalistas que acompanhavam o evento.

Do Comunique-se

“Ideia de posse” é o principal motivo de agressão de homens contra mulheres

agressãoA cada dois minutos, cinco mulheres são vítimas de violência no Brasil, aponta a pesquisa “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado”. O estudo foi realizado pela Fundação Perseu Abramo em parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc). Em 2001, o número era ainda maior: oito mulheres em dois minutos. A violência contra a mulher continua surpreendendo pelos números e pela motivação, indica o cientista político e professor na Universidade de São Paulo (USP) Gustavo Venturi, que coordenou a pesquisa.

“Metade dos casos de homens que assumiram que agridem e mulheres que assumiram que são agredidas remete a uma discussão sobre fidelidade, com ideia de posse de um sobre o outro, o que mostra claramente a mentalidade machista e conservadora que há no país”, afirma o pesquisador.

Dados da pesquisa realizada em 2010 com homens e mulheres revelam que 8% dos homens entrevistados admitem já terem batido “em mulher ou namorada”. Um quarto (25%) diz saber de “parente próximo” que já agrediu a parceira e quase metade (48%), afirma ter “amigo ou conhecido que bateu ou costuma bater na mulher”.

Mulheres brasileieras
A pesquisa “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado”, realizada em 2010, ouviu 2.365 mulheres e 1.181 homens, com mais de 15 anos de idade, de 25 estados, de áreas urbanas e rurais.

A margem de erro da pesquisa é entre 2 e 4 pontos percentuais para mulheres e entre 3 e 4 pontos para os homens. Em ambos a intervalo de confiança é de 95%.

O sentimento de posse estaria implícita em ideias corriqueiras, expressas por ditados populares, mas também pode ser percebida em casos extremos. “Essa questão pode variar desde ´quem ama tem ciúme´ com implicações leves, mas pode chegar aos casos extremos que vemos com muita frequência daquele sujeito que diz ´se não é comigo não será com ninguém´ e mata sua companheira ou ex-companheira”, descreve.

Violência subestimada
Pela primeira vez, a pesquisa ouviu homens além de mulheres. Entretanto, Venturi vê os 8% que admitem terem agredido a esposa ou namorada com cautela, já que o índice real deve ser ainda maior.
De acordo com o levantamento, 18% das mulheres consideram já ter sofrido alguma vez “algum tipo de violência de parte de algum homem, conhecido ou desconhecido”; 40% já teriam sofrido alguma modalidade de violência, ao menos uma vez na vida; 24% algum tipo de controle ou cerceamento; 23% alguma violência psíquica ou verbal, e 24% alguma ameaça ou violência física propriamente dita.

Entre as modalidades de violência mais frequentes, 16% de mulheres já levaram tapas, empurrões ou foram sacudidas, 16% sofreram xingamentos e ofensas recorrentes devido a sua conduta sexual e 15% foram controladas a respeito do local aonde iam e com quem sairiam. Além disso, 13% sofreram ameaças de surra e 10% já foi de fato espancada ao menos uma vez na vida.

A pesquisa também constatou que a continuidade de vínculo marital é mais alta nos casos de violência psíquica. De 29% a 43% das mulheres mantêm o relacionamento. A manutenção do vínculo com o agressor também permanece em 20% dos casos de espancamento e mais de 30% diante de diferentes formas de controle e cerceamento.

“Isso exige intervenção forte de políticas públicas para combater esse fenômeno”, observa.

Da Rede Brasil Atual