Poesia – “Uma noite em Portugal”

Poesia – “Uma noite em Portugal”

Por D. Costa

“Ela surgiu como um sonho tecido em luz dourada, envolta na brisa suave que dança entre as ruas estreitas de Portugal. Seus olhos, duas janelas para o infinito, refletiam o mistério das marés que beijam as falésias. Cada palavra sua, um murmúrio doce como o vinho envelhecido em barris de carvalho, embriagando a noite com sua presença.

A sua pele guardava o calor do sol que acaricia os campos de lavanda, e seus gestos tinham a delicadeza das andorinhas que riscam o céu ao entardecer. Ela não caminhava, mas flutuava, como se o próprio chão se rendesse à sua graça. O tempo, escravo da sua beleza, hesitava em seguir, desejoso de permanecer naquele instante em que o mundo era apenas ela e a melodia do seu riso.

Naquela noite, Portugal tornou-se ainda mais belo porque sua essência se fundiu às praças, às pedras e ao murmúrio distante do mar. E, ao amanhecer, quando ela se foi, ficou o perfume suave da sua lembrança, como um segredo murmurado pelo vento entre as colinas”.

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