Por D. Costa
“Ela surgiu como um sonho tecido em luz dourada, envolta na brisa suave que dança entre as ruas estreitas de Portugal. Seus olhos, duas janelas para o infinito, refletiam o mistério das marés que beijam as falésias. Cada palavra sua, um murmúrio doce como o vinho envelhecido em barris de carvalho, embriagando a noite com sua presença.A sua pele guardava o calor do sol que acaricia os campos de lavanda, e seus gestos tinham a delicadeza das andorinhas que riscam o céu ao entardecer. Ela não caminhava, mas flutuava, como se o próprio chão se rendesse à sua graça. O tempo, escravo da sua beleza, hesitava em seguir, desejoso de permanecer naquele instante em que o mundo era apenas ela e a melodia do seu riso.
Naquela noite, Portugal tornou-se ainda mais belo porque sua essência se fundiu às praças, às pedras e ao murmúrio distante do mar. E, ao amanhecer, quando ela se foi, ficou o perfume suave da sua lembrança, como um segredo murmurado pelo vento entre as colinas”.
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