Poesia – “Sob as ruínas, o Recomeço”

Poesia – “Sob as ruínas, o Recomeço”

Por D. Costa


Sob escombros calados, a terra respira,
O silêncio murmura, o tempo se atira.
A casa despenca, num doce colapso,
E o homem encontra no fim seu espaço.

Paredes que caem revelam o céu,
Tijolos que choram sussurram o mel.

Das ruínas renascem asas ao vento,
Onde o mundo quebrou, nasce o momento.
O que desmorona não deixa de ser,
É semente no pó, pronta a crescer.

Janelas partidas abrem-se ao luar,
Refletem o homem que aprende a andar.
Cada pedra caída compõe uma linha,
De versos guardados na alma que brilha.

O chão que estremece, o eco que vem,
Trazem vida ao passo de um novo além.

Das ruínas renascem asas ao vento,
Onde o mundo quebrou, nasce o momento.
O que desmorona não deixa de ser,
É semente no pó, pronta a crescer.

O passado é um rio que encontra o oceano,
Flui por entre margens, cria novos planos.
Na dança das cinzas, há lume e calor,
O futuro se ergue da força do amor.

Das ruínas renascem asas ao vento,
Onde o mundo quebrou, nasce o momento.
O que desmorona não deixa de ser,
É semente no pó, pronta a crescer.


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