“Ainda Estou Aqui” conquista o Oscar e emociona o mundo

Por Salvador Neto

Em uma noite histórica para o cinema brasileiro, o filme Ainda Estou Aqui, dirigido pelo consagrado cineasta Walter Salles, foi laureado com o Oscar de Melhor Filme Internacional em 2025. A produção, que narra a impressionante trajetória de Eunice Paiva, mulher que enfrentou com coragem a ditadura militar brasileira após o sequestro e assassinato de seu marido pela repressão, trouxe ao palco de Hollywood uma narrativa poderosa sobre luta, resiliência e justiça.

O filme, estrelado pela brilhante Fernanda Torres e Fernanda Montenegro no papel de Eunice Paiva, traz também a atuação magistral de Selton Mello como o esposo desaparecido, Rubens Paiva. Juntos, os atores conseguem transmitir com visceralidade as dores e os desafios de um período sombrio da história brasileira. O longa transforma a tela em um espelho que reflete não apenas o Brasil, mas as lutas universais por direitos humanos e pela verdade.

A vitória de Ainda Estou Aqui representa mais do que o reconhecimento artístico. É um grito que ecoa em tempos difíceis, onde democracias ao redor do mundo enfrentam novos desafios. O filme nos lembra da importância da memória, da resistência e de preservar a história para que erros do passado não se repitam.

Com lágrimas nos olhos, Walter Salles dedicou a estatueta à memória de Eunice Paiva e a todas as pessoas que sofrem e lutam por justiça. O impacto do filme transcende as barreiras do cinema, mostrando que, no meio da dor, a arte tem o poder de transformar e inspirar.

O Oscar 2025 ficará para sempre marcado como uma celebração não apenas da cinematografia brasileira, mas dos valores universais de coragem e esperança que não se apagam – não importa quão longa seja a noite.

Esse é um marco que une o Brasil e o mundo em torno do poder das histórias que precisam ser contadas.

— Salvador Neto

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Jornalista e escritor. Criador e Editor do Palavra Livre, cofundador da Associação das Letras com sede no Brasil (SC). Foi criador e apresentador de programas de TV e Rádio como Xeque Mate, Hora do Trabalhador entre outros trabalhos na área. Tem mais de 35 anos de experiência nas áreas de jornalismo, comunicação, assessoria de imprensa, marketing e planejamento. É autor dos livros Na Teia da Mídia (2011), Gente Nossa (2014) e Tinha um AVC no Meio do Caminho (2024). Tem vários textos publicados em antologias da Associação Confraria das Letras, onde foi diretor de comunicação.