Duas lideranças haviam se destacado em SC até aqui no combate à pandemia do Covid-19, famoso coronavírus: o governador Carlos Moisés (PSL) e o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM). O Prefeito saiu na frente ao determinar fechamento de escolas, cuidados com a alimentação dos alunos, e posteriores decretos de isolamento social e cuidados da população. Moisés reagiu e também iniciou a tomar medidas duras para evitar que o contágio assumisse proporções catastróficas no estado.
Mas aí começaram as pressões do setor econômico, legítimas, por conta do fechamento geral de comércios, indústrias, atividades diversas. Sem a economia funcionando, empregos e renda em risco, inclusive para que o próprio governo, estados e municípios, seguissem na batalha. Sem dinheiro, nada se concretiza. Da coragem inicial de ambos, começaram a rasgar os discursos de proteção à vida, lentamente, mas com direção definida: reabertura geral que ambos negavam veementemente. O que a população aplaudia, hoje já apupa. Com o “libera geral” feito por ambos em tempos minimamente diferentes, a população se obriga a ir ao trabalho e se expor claramente ao vírus mortal.
A escalada maior da contaminação ainda nem chegou com força ao país inteiro, e tampouco em SC. Cantar vitória antecipadamente não é boa política. Vidas, e milhares delas, estão em jogo. Todos sabemos que a massa se movimenta de acordo com o caminho apontado. Também não temos a cultura da prevenção como outros países que já sofreram pandemias e guerras, têm. Em breve todos acabam relaxando, humanamente natural, e passam a sequer lembrar de higienizar mãos, usar máscaras, etc. O risco de termos a doença vencendo por aqui, ficou grande.
Que tenhamos muita sorte, porque prudência e mais coragem tem faltado à maioria dos Prefeitos, mas não se esperava a mesma atitude das duas lideranças destacadas. Nós aqui já haviamos elogiado a ambos. Agora tememos por suas atitudes temerárias. O perigo está a solta com o libera gera. Cuidem-se, e fiquem em casa ao máximo que puderem.