Bolsonaro age para desestabilizar a democracia

Todos conhecem Bolsonaro há muito tempo. Quem o elegeu e quem não lhe dedicou o voto. Da velha política, agarrado em mandatos na Câmara dos Deputados por 30 longos anos, expulso do Exército, ainda colocou a filharada em mandatos graças ao seus gritos contra a democracia, mulheres, direitos humanos, LGBTs, índios, quilombolas, imprensa. Sempre disse admirar a ditadura, a tortura, ou seja, um perfeito demolidor da vida em liberdade plena, da democracia, esta mesma que o colocou no Congresso e agora na Presidência da “República”.

Inepto para administrar alguma coisa, quem dirá o País, e um país desigual como o Brasil, Bolsonaro veio para destruir. Ele disso isso inúmeras vezes. É a cara visível de um projeto anti-pátria, uma figura que bateu continência para a bandeira americana. O que alguém esperaria mais de um político com este histórico e perfil? Nada mais do que ele tem entregado, ou seja, nada além de ódio, discórdia, grosserias, apoio a amigos da milícia, da família, fantasmas que ganhavam dinheiro público via Queiroz, etc. Tem uma coisa que Bolsonaro não pode ser chamado: desonesto político. Nunca foi.

Ele sempre disse o que faria. Quem acreditou em mudança para melhor foi por não estudar, não acompanhar a política, e entrar em movimentos de massa movidos pela internet – redes sociais. O que ele faz agora ao incitar a população contra as instituições da democracia – Congresso Nacional, STF – dizendo-se atacado, etc, é fruto da nossa demência enquanto sociedade nação. Colocamos um inepto, autoritário, apoiador de tortura no comando do país, e agora temos que enfrentar o que vem por aí deste a sua posse.

Ou as instituições barram a escalada autoritária que visa recolocar o Brasil na ditadura, ou vamos mergulhar não só no atraso que leva a milhões a viver sem emprego, na miséria, vivendo nas ruas embaixo de marquises, sem sinal de luz de retomada de crescimento e com isso a qualidade de vida. Vamos ver amigos e familiares sumindo como na ditadura militar de 1964 que durou longos 25 anos, possibilitando ao povo eleger seu presidente pelo voto direto somente em 1989.

A imprensa não pode mais se acovardar, como os grandes grupos de mídia, que relativizaram e ainda relativizam esse inepto e autoritário Presidente. Lutemos pela democracia, nosso bem maior, a nossa liberdade.

  • por Salvador Neto

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Jornalista e escritor. Criador e Editor do Palavra Livre, cofundador da Associação das Letras com sede no Brasil (SC). Foi criador e apresentador de programas de TV e Rádio como Xeque Mate, Hora do Trabalhador entre outros trabalhos na área. Tem mais de 35 anos de experiência nas áreas de jornalismo, comunicação, assessoria de imprensa, marketing e planejamento. É autor dos livros Na Teia da Mídia (2011), Gente Nossa (2014) e Tinha um AVC no Meio do Caminho (2024). Tem vários textos publicados em antologias da Associação Confraria das Letras, onde foi diretor de comunicação.