O Parque São Francisco, no bairro Adhemar Garcia, zona sul da maior cidade catarinense, Joinville, receberá uma atividade inusitada na tarde deste domingo (22/8).
A partir das 15 horas, jovens de toda a cidade estão sendo convidados para um pipaço e uma oficina de pipa. Usando o brinquedo como símbolo, seus organizadores buscam explicar para a população que a redução da maioridade penal não é a solução para os problemas sociais.
Eles defendem como alternativa mais investimentos em educação, em outros serviços públicos e em políticas públicas para o setor.
Com a iniciativa, estudantes da Escola Paulo Medeiros passaram a debater o assunto. “A gente percebeu que há uma ideia bem confusa dos alunos sobre o que os deputados estão discutindo”, relatou Rafael Corrêa, presidente do grêmio estudantil, referindo-se à Proposta de Emenda Constitucional 171/1993.
Várias escolas foram palco de panfletagens dia 11 de agosto, por ocasião do Dia do Estudante, que convidava para o pipaço deste domingo.
Mayara Colzani faz parte da campanha Público, Gratuito e Para Todos, que organiza a atividade. Segundo ela, a ideia surgiu para pautar o assunto em Joinville.
“Há um discurso sendo construído que pretende criminalizar a juventude por problemas que são de responsabilidade de todos”, enfatizou.
“Uma série de mitos que estão sendo difundidos, inclusive entre os jovens, mas que não tem relação com os dados e as raízes do caos social”.
Outra ação para ampliar a discussão sobre a redução da maioridade penal será um festival cultural, prevista para dia 7 de setembro, revela Mayara.
“Uma série de entidades estão se articulando para dizer que a redução da maioridade penal não é a solução”, destacou. O evento será uma aposta em substituição aos tradicionais desfiles chamados Grito dos Excluídos, organizados ao fim de desfiles cívicos do Dia da Independência.