Dificilmente alguém arriscaria conectar um computador na internet sem antes instalar um antivírus na máquina. O software de segurança é, até hoje, o responsável por verificar comportamentos suspeitos e bloquear arquivos maliciosos já conhecidos dentro do ambiente computacional. Ainda assim, há quem acredite que a tecnologia está com os dias contados. Em uma recente entrevista ao Wall Street Journal, Brian Dye, presidente-sênior da Symantec, chegou a dizer que “o antivírus está morto”! Será?!…
A gente achou a declaração um pouco exagerada e fomos conversar com outros especialistas em segurança para saber se eles compartilhavam a mesma opinião.
O que aconteceu, segundo opiniões convergentes, é que o antivírus já não tem a mesma relevância de alguns anos atrás. A internet mudou bastante e atualmente é um ambiente muito mais perigoso e complexo.
Os ataques modernos não têm mais tanto interesse em infectar uma rede ou uma estação de trabalho; os cybercriminosos estão cada vez mais interessados em roubar credenciais e invadir grandes corporações. E para proteger dessas ameaças mais complexas, o antivírus realmente precisa de aliados – soluções complementares como firewall, antispam ou que, por exemplo, garantem o controle de atualização dos softwares e a criptografia de arquivos importantes; a chamada suíte de segurança.
A Symantec é uma das maiores empresas de tecnologia do mundo graças ao seu antivírus, o Norton, criado há 25 anos. Ainda assim, na mesma entrevista, o presidente da empresa disse que essas táticas usadas estão “fadadas ao fracasso” e que a companhia “não mais pensa no antivírus como uma forma de ganhar dinheiro de forma alguma”. Estranho, não?…
A questão é que ainda não existe qualquer tecnologia de segurança que substitua o papel do antivírus. Elas apenas o complementam em uma suíte de segurança completa; e vice-versa. Mas aí a gente chega à conclusão de que essa polêmica declaração pode ter outra intenção… É possível acreditar que a ideia seja simplesmente mudar o nome do antivírus, mas totalmente em uma jogada de marketing e não de tecnologia propriamente dita. E o mercado não se surpreenderia com a hipótese.
Do Olhar Digital.